LUIZ CARLOS
ZARDINELLO
ABORDAGEM RESTAURADORA DE DENTES TRATADOS
ENDODONTICAMENTE:
PINOS
CERÂMICOS
LUÍS
CARLOS
ZARDINELLO
ABORDAGEM RESTAURARDORA DE DENTES TRATADOS
ENDODONTICAMENTE: PINOS CERÂMICOS
Monografia
apresentada ao curso de
Especialização
em
Prótese Dentária,da
Universidade Federal de Santa Catarina,
como parte dos requisitos para
obtençãodo
titulode Especialista em
Prótese DentáriaOrientador: Prof. Dr. Darcy
ZaniOGS-u A
LUIZ
CARLOS
ZARDINELLO
ABORDAGEM
RESTAURARDORA
DE DENTES TRATADOS
ENDODONTICAMENTE:
PINOS
CERÂMICOS
Esta monografia foi julgada adequada para obtenção do titulo de Especialista em Prótese Dentária e aprovada em sua forma final pelo Curso de Especialização em Prótese Dentária.
Florianópolis, 16 de fevereiro de 2002.
-
r. Izo Milton Zani Coordenador
Prof. Dr. D cy Zani
Prof.a CláudiaM. Volpato
)
ZARDINELLO, Luiz Carlos. Abordagem restauradora de dentes tratados
endodonticamente: pinos cerâmicos. 2002, 64 p. , monografia (Especialização em
Prótese Dentária) — Curso de Especialização em Prótese Dentária, Universidade
Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Dentes tratados endodonticamente são
normalmente frágeis, necessitando de um reforço ao serem restaurados. Núcleos
metálicos fundidos e pinos intra-radiculares metálicos, usados há muitos anos na
restauração desses dentes, não reforçam a estrutura dental e podem levar a
fraturas radiculares. A restauração de dentes tratados endodonticamente pode ser
executada de forma direta ou indireta, e requerer ou não o uso de um dispositivo
retentor intra-radicular, ou seja, pino intracanal. No entanto, a decisão, quanto ao
tipo de tratamento ideal ou retentor intracanal a ser utilizado é complexa e difícil,
envolvendo muitos fatores e varia significativamente de acordo com o caso
clinico. São muitos os sistemas de pinos pré-fabricados disponíveis no mercado,
e a correta escolha exige condições básicas, tais como: capacidade de retenção,
indução, distribuições de tensões e a fácil manipulação destes. A indicação ou
não de um pino intracanal está calcado em vário parâmetros, incluindo ai
principalmente a posição do dente na arcada, a oclusão do paciente, a quantidade
de estrutura dental remanescente e a configuração do canal. Recentemente,
pinos intra-radiculares de fibras de carbono vêm sendo introduzidos no mercado,
apresentando várias vantagens: adesão à estrutura dental e ao material de
preenchimento, módulo de elasticidade próximo ao do dente natural, resistência
corrosão, facilidade de remoção com brocas e solventes e o fato de permitirem
um preparo mais conservador do dente.
ZARDINELLO, Luiz Carlos. Restoring approach of teeth treated
endodontical: ceramic pins. 2002, 64 p., monograph (Specialization in Dental
Prosthesis) - Course of Specialization in Dental Prosthesis, Federal University of
Santa Catarina, Florianópolis. Teeth treated endodontical are usually fragile,
needing a reinforcement to the they be restored. Melted metallic nuclei and pins
intra-radiculares metallic, used there are many years in the restoration of those
teeth, they don't reinforce the dental structure and they can take to you fracture
radicular. The restoration of teeth treated endodontical can be executed in way
direct or indirect, and to request or I don't use him/it of a device retainer
intra-radicular, in other words, pin intracanal. However, the decision, as for the type of
ideal treatment or retainer intracanal to be used is complex and difficult, involving
many factors and it varies significantly in agreement with the clinical case. They
are many the systems of available prefabricated pins in the market, and the
correct choice demands basic conditions, such as: retention capacity, induction,
distributions of tensions and the easy manipulation of these. The indication or not
of a pin intracanal it is stepped on in several parameters, including mainly the
position of the tooth there in the arcade, the patient's occlusion, the amount of
remaining dental structure and the configuration of the channel. Recently, pins
intra-radiculares of fibers of carbon they have been introduced at the market,
presenting several advantages: adhesion to the dental structure and the
completion material, close module of elasticity to the of the natural tooth,
resistance to the corrosion, removal easiness with drills and solvents and the fact
of they allow a preparation more conservative of the tooth.
RESUMO 4
ABSTRACT
1INTRODUÇÃO 7
2 REVISÃO LITERÁRIA 11
2.1 SISTEMAS DE PINOS 19
2.1.1 Sistemas pinos personalizados 19
2.1.2 Sistema de pinos metálicos pré-fabricados 20
2.2 SISTEMA DE PINOS CERAMICOS PRE-FABRICADOS 24 2.3 SISTEMA DE PINOS DE CARBONO PRE-FABRICADOS 27 2.4 SISTEMA DE PINOS DE FIBRA DE VIDRO 30 2.5 SISTEMAS DE PINOS DE ZIRCÔNIO 31
2.5.1 Técnica duas pegas 38
2.5.2 Técnica pressão com calor 40
2.5.3 Estágios da técnica clinica e laboratorial para uso dos pinos de Zircônio 41
2.5.4 Preparação da superfície da raiz 42
2.5.5 Fabricação de núcleo empress 44
2.5.6 Cimentação do pino de zircônio e núcleo empress 44
2.5.7 Fabricação da coroa empress 46
2.5.8 Transmissão da luz in vivo através do pino de zircônio 46
2.5.9 Cimentação das coroas empress 47
3 DISCUSSÃO 49
4 CONCLUSÕES 58
A ligação entre a odontologia e as cerâmicas têm sido longa. Pierre
Fauchard (1678-1761), dentista francês, primeiro sugeriu o uso do esmalte de
joalheiro para fabricar dentes artificiais.
No século XIX o processo vulcante fez dentaduras de porcelana mais
acessíveis. No entanto, esta ligação entre a odontologia e cerâmica tem tido altos
e baixos. Em 1887, Dr. Laud introduziu a coroa-jaqueta de porcelana, mas seu
super uso levou ao declínio desta técnica.
Nos anos 20, resultados de sucesso novamente renovaram o interesse em
cerâmica para as coroas. Trinta anos mais tarde, com o advento do uso de
acrílico na odontologia, o uso de porcelanas novamente declinou.
Nos anos 60 quando coroas metalocerâmica foram introduzidas, a
porcelana novamente tornou-se moda. Isto levou a uma revolução nos anos 70 e
80, e ligou restaurações tornando-se a escolha mais popular de tratamento na
prostodontica.
Atuais avanços nas técnicas de ligações adesivas têm estabelecido a
porcelana como a primeira linha de tratamento na odontologia estética. Na
década de 90 muitos sistemas novos de cerâmica para a fabricação de
moldavel, (Dicor) sistemas leocita vidro (IPS, Empresse Ivoclar, Vivadente), e um
sistema de infiltração de vidro (In Ceram, Vita).
As cerâmicas têm também realizado um papel a cirurgia regenerativa
periodontica: vidros bioativos agora sendo usados como alloplasts, ossos
transplantados com resultados clínicos de sucesso.
Um outro desenvolvimento é o uso de pinos cerâmicos de zircônio para
restauração de dentes não vital. Durante estes últimos 20 anos, entendia-se que
pinos e núcleos fundidos eram a melhor solução para a reconstrução de dentes
tratados endodonticamente.
Considerava-se que tais pinos reforçavam estes dentes, sendo que a
implantação de um pino metálico o tornava extremamente resistente, bem como,
a restauração subseqüente.
Todavia, a literatura demonstrou que pinos não reforçam dentes tratados
endodonticamente, pois, a perda da propriocepção, também contribui para o
aumento na possibilidade de fratura dos dentes tratados endodonticamente.
Atribui-se como razão primeira para o uso de pinos, a conexão entre a
porção coronária reconstruída e a estrutura radicular remanescente, que
possibilita a adequada retenção para a coroa. Sabe-se que a terapia endodontica
permite aos pacientes manter dentes severamente danificados. A restauração de
Numerosos sistemas e técnicas de pinos tem sido descritas.
Os dentistas que trabalham com coroas de cerâmica pura necessitam, em
muitos casos, de uma estrutura de pinos de cerâmica pura. Os processos até
agora disponíveis necessitam que um núcleo muito resistente de óxido de zirc6nio
seja produzido, ou um núcleo preexistente de metal seja recoberto com uma
camada de opacificador.
Dentes tratados endodonticamente freqüentemente necessitam um pino e
um núcleo como base para a restauração final. A restauração de dentes não vital
anterior com pino e núcleos e restaurações de cerâmica podem levar a
comprometer a estética por causa da semitranslucidez da cerâmica e da
capacidade da estrutura de metal do pino e núcleo subjacente.
A luz pode entrar num dente de duas direções: do periodonto da coroa
através da raiz e da coroa para o periodonto, novamente através da raiz. Uma das
características mais importantes dos pinos de zircônio é sua habilidade para
permitir a luz ser transmitida em ambas destas direções. Quando a luz é permitida
entrar do periodonto na coroa do dente, a descoloração cinza indesejada da
gengiva marginal é evitada.
As propriedades dos pinos de dióxido de zircônio de itrio parcialmente
estabilizado têm sido descritas em relação à resistência, estética e
biocompatibilidade. Por causa destas qualidades favoráveis, pinos intraradiculares
exigentes da boca, segundo Ahmad (1998).
Neste sentido, foi indicada esta revisão bibliográfica enfocando a
importância da aplicação prática dos pinos feitos de zircônio, pois estes são
relativamente novos na area da odontologia, dados clínicos em longo prazo são
A restauração de dentes Endodonticamente tratados pode ser executada de
forma direta ou indireta, e requerer ou não o uso de um dispositivo
retentor-radicular (pino intracanal). A decisão, no entanto, quanto ao tipo de tratamento
ideal e/ou retentor intracanal a ser utilizado é complexa e difícil, que envolve
muitos fatores e varia significativamente de acordo com o caso clinico.
Numa síntese da literatura, sugere-se que a maior razão pela qual clínicos e
especialistas defendiam a instalação de um pino intra-radicular em dentes
tratados endodonticamente era o reforço da porção radicular, que mesmo
podendo ser equivocada, continua, ainda hoje, sendo a razão maior de sua
indicação Koutayas (1999).
Atualmente persiste a dúvida de que, o suposto aumento da resistência
fratura de um dente por meio da implantação de um pino intra-radicular continua
sendo objeto de controvérsias, uma vez que um grupo de pesquisadores confirma
e sustenta tal hipótese, enquanto outro atesta que a instalação deste dispositivo
não influencia na resistência do dente ou pode até mesmo diminui-la Winstron
(1997).
Devido a inexistência de trabalhos mais claros e pela impossibilidade de
conclusividade dos fatos, nota-se que as duas principais vantagens do uso de
a) prover retenção para o material restaurador definitivo ou para o material de
preenchimento no caso de restaurações indiretas;
b) reforçar a porção coronal remanescente de um dente com grande destruição
coronal, difundindo, desta forma, as tensões impostas a ela para a estrutura
radicular, minimizando, assim, a probabilidade de fratura;
As características ideais de um pino intracanal segundo Baratieri (2001):
a) ser biocompativel;
b) ser de fácil uso;
c) preservar a dentina radicular;
d) evitar tensões demasiadas à raiz;
e) prover unido química/mecânica com o material restaurador e/ou para
preenchimento;
f) ser resistente à corrosão;
g) ser estético;
Contudo a indicação ou não de um pino intracanal baseia-se em vários
parâmetros, os quais incluem principalmente a posição do dente na arcada, a
oclusão do paciente, a função de dente, a quantidade de estrutura dental
remanescente e a configuração do canal. Sabe-se que, nos dentes posteriores, as
forças mastigatórias são geralmente verticais, fazendo com que, na maioria dos
casos inexista a necessidade de se reforçar demasiadamente a estrutura coronal
e a preferencia é dada a alternativas retentivas mais conservadoras do que o uso
de um pino intracanal. É exceção à esta regra o grupo dos pré-molares
superiores, no qual a situação é diferente, já que tais são também suscetíveis ãs
forças de cisalhamento que requerem, assim, uma análise mais cuidadosa. Em
razão disso é que o profissional em ação deve sempre observar a altura da coroa
clinica, que no caso de ser grande pode indicar o uso do pino, dada a
suscetibilidade às forças laterais de grande intensidade. Nos molares com grande
destruição coronal, a utilização de pinos pode estabilizar as raizes desprotegidas
prevenindo assim as fraturas da bifurcação Baratieri (2001). Já no que se refere
aos dentes anteriores contrários ã maioria dos dentes posteriores, os dentes
anteriores sofrem predominantemente tensões de cisalhamento devido ã sua
função e posição na arcada, o que indica, com freqüência, o uso de pinos
intra-radiculares. Entretanto, em que pese tal situação, o profissional deve avaliar se a
abertura para o acesso endodõntico realmente enfraqueceu significativamente o
dente. Neste sentido, toda a vez que o profissional se defrontar com um caso em
que grande parte da estrutura dental tenha sido perdia por cárie ou traumatismo,
e que até mesmo já possua uma restauração extensa, ele deverá optar pela
fratura. Tal conduta deve ser seguida no caso de restaurações indiretas, havendo
dúvidas no momento do preparo quanto A resistência do remanescente coronal
Baratieri (2001). Existe uma concepção, quase generalizada, de que quanto maior
o diâmetro do pino, maior será sua retenção e resistência Segundo Baratieri
(2001), tal concepção 6, no entanto, errada e prejudicial, pois quanto maior a
quantidade de dentina intra-radicular removida, mais fragilizada torna-se a
estrutura remanescente, e menor será a resistência à fratura do dente quando
restaurado. Acrescenta-se, ainda o fato de que o uso de pinos com grande
diâmetro tem demonstrado ter pouca significância na sua retenção, assim, o pino
deverá ter idealmente o menor diâmetro possível, conservando ao máximo a
estrutura dental. 0 profissional deve desta forma limitar o preparo do canal quase
tão-somente à remoção da guta-percha e do cimento obturador, provocando
apenas uma leve asperização da superfície interna radicular. No que tange a
utilização de pinos intracanais, eles podem serem indicados nas seguintes
situações:
a) quando um dente anterior tenha sido tratado endodonticamente e a
abertura de acesso o tenha enfraquecido significativamente;
b) quando houver destruição coronal extensa e a necessidade de um pino
para reter e/ou restaurar a estrutura coronal;
c) para prevenir fraturas através da bifurcação em restaurações de molares
d) quando um dente sofre forças horizontais, de cisalhamento ou de
compressão intensas e concentradas.
Historicamente utilização de pinos metálicos fundidos cimentados
internamente nos canais radiculares de dentes tratados endodonticamente
iniciou-se de forma ordenada com Pierre Feuchard (1678-1761), a partir de 1972 (apud
Martignoni, 1990).
A partir dai, o cirurgião dentista adotou o sistema, aperfeiçoando-o com dois
objetivos; o primeiro foi o de aumentar a resistência das forças oclusais do dente
desvitalizado, a fim de evitar a fratura da raiz, e o segundo é o de conseguir
restaurar de forma mais efetiva a coroa dental avariada pela cárie.
Martignoni (1990), a porção intra-radicular do pino se compõe de duas
funções:
a) a primeira permite a reconstrução da porção coronária;
b) a segunda é de servir como um veiculo para a penetração do cimento no
interior dos túbulos dentindrios previamente condicionados.
Tal significa que a parte intra-radicular do pino não deveria ficar em contato
com as paredes do canal e com o fundo do preparo, no entanto, deveria oferecer
somente a máxima superfície possível de adesão ao cimento. Seguindo tal
radicular não tem nenhuma relação com as paredes da raiz, e com o fundo do
preparo, ficando inteiramente imerso no cimento, este sim, constitui o real
elemento retentivo do próprio pino Martignoni (1990).
Segundo Kahn (1991), a estrutura radicular de um dente tratado
endodonticamente serviria de guia para a seleção e inserção de um sistema de
pinos. E, que a estrutura dentária remanescente é um elemento chave, que
viabiliza uma maior retenção e alta resistência à fratura.
Já, para Morgano (1996), caso a terapia endodõntica seja inevitável, a
preservação da estrutura dental de torna primordial. Desta forma, o pino deve ser
requerido para suportar a base, no entanto, o cumprimento do pino não deve ser
comprometido e a largura deve ser minima. 0 diâmetro do pino deve ser, preferencialmente, igual ao diâmetro do canal, ou levemente maior que este.
Deve-se procurar deixar o diâmetro do pino o menor possível, desde que este
mantenha a rigidez. Deve-se observar que, o cumprimento intra-radicualr possui
uma relação direta com a sua retenção. Desta forma, o pino intra-canal deve ser o
mais longo possível, idealmente ocupando dois terços do cumprimento da raiz
suportada por estrutura óssea alveolar, o que num canal radicualar de
configuração e proporções normais eqüivale a cerca de sete milimetros. Importa
também, mencionar que tal regra básica é fundamental para a preservação de
fraturas radiculares e assegura a permanência de, no mínimo, três a cinco
milímetros de material obturador na extremidade apical, considerada uma pratica
que, alguns fatores limitam um pouco essas regras, tais como o comprimento do
canal, a curvatura do canal e obstrução endodeintica. Contudo, é sempre bom ter
em mente que dentes aonde o espaço apical selado é infringido são mais
suscetíveis a fraturas bem como a falhas endodônticas, já que a pequena
quantidade de material obturador remanescerte pode vir a causar perda do
selamento.
Cristensen (1996), relatou que nos últimos 50 anos houve uma grande
evolução no conceito de pinos, pois, dogmas sobre os pinos fundidos foram
sendo dissipados e dominados pelos pinos pré-fabricados.
Segundo Carmo (1997), existem requisitos básicos aos quais o sistema
pino-base deve seguir:
a) remoção da guta percha feita de modo gradual, via uso de calcadores
moderadamente aquecidos; manter um mínimo de três a quatro
milímetros de guta percha no canal, responsáveis pelo selamento apical;
b) a largura do pino sera determinada pela parte mais estreita da raiz
podendo ocupar um terço do diâmetro da raiz na entrada do conduto e,
devendo manter um milímetro de estrutura dentária em torno do pino, na
regido apical;
resistência e estabilidade da peça, sem contudo invadir os quatro
milímetros da zona de segurança, na regido apical. Todavia, sendo o
comprimento do pino igual ou superior ao comprimento da coroa, deve
apresentar dois terços do comprimento da raiz, o que deve ser aceito
como regra geral para tais casos.
Vários são os tipos e marcas comercias de pinos disponíveis no mercado
atualmente. Segundo Tênis (1998), tais pinos são antecipadamente produzidos
levando em conta caraterísticas básicas que ficam presentes em cada sistema. 0
uso destes pinos permite ao profissional a exclusão da fase laboratorial,
resultando em economia de tempo, e a restauração imediata do dente.
Os pinos podem ser divididos em dois grandes grupos: personalizados
(fundidos) e pré-fabricados. Os pré-fabricados podem, ainda, ser subdivididos em
metálicos ou não-metálicos, sendo que os metálicos pode m ser ativos, passivos
cônicos ou passivos paralelos (cilíndricos), enquanto os não-metálicos só se
encontram disponíveis no modo passivo. Os pinos não metálicos também podem
ser subdivididos em flexíveis e rígidos.
Afirmou Purton e Love (1998), que os pinos rosqueados provêm melhor
retenção. No entanto, podem gerar tensões desfavoráveis com potencial de
fratura radicular. Já os pinos dentados paralelos como apoio provêm uma
adequada retenção, produzindo níveis aceitáveis de tensão dentro da dentin& e
2.1 Sistemas de pinos
São inúmeros os sistemas e marcas comerciais de pinos a disposição no
mercado odontológico atual Paul et al (1995). Com o objetivo de viabilizar a
compreensão de tais sistemas, pode-se dividi-los em dois grandes grupos:
personalizados (fundidos) e pré-fabricados.
Os pinos pré-fabricados, podem ainda, ser divididos em metálicos e
não-metálicos. Os metálicos podem ser ativos, passivos cônicos ou passivos paralelos
(cilindricos), já os não-metálicos podem ser divididos em flexíveis e rígidos
Baratieri (2001).
2.1.1 Sistemas pinos personalizados
Segundo Baratieri (2001), este sistema de pinos são idubitavelmente os
mais tradicionais usados no processo de restauração de dentes tratados
endodonticamente com ampla destruição coronal. Por outro lado, sendo ele um
procedimento antigo pode vir a se constituir numa vantagem, já que o operador
está dispensado de novo treinamento especifico. Também, inexiste a
necessidade de preenchimento posterior, já que a parte coronal já é
confeccionada pelo técnico de laboratório em dimensões preestabelecida. 0 custo
do trabalho do técnico, a necessidade do procedimento de moldagem e de mais
sessões para a finalização do trabalho são outros fatores contra-indicados e
contribuidores significativos para a grande diminuição desse sistema de
tratamento. Contudo, mesmo apontadas as desvantagens inerentes deste sistema
algumas indicações clássicas como a mudança de ângulo raiz/coroa; ou seja: no
caso de uma raiz vestibularizada em que a coroa necessite ser lingualizada para
se harmonizar posicionalmente com os outros dentes, o núcleo pode ser fundido
para gerar essa configuração. Por outro lado, para canais excessivamente
cônicos ou elípticos, os pinos pré-fabricados circulares não se adaptam as
paredes e necessitam de uma camada de cimento mais espessa, situação em
que se adaptam perfeitamente os pinos fundidos.
Note-se também, que é representativa a diminuição do uso de pinos
fundidos metálicos, em função de estudos clínicos que apontam um maior índice
de êxito com pinos pré-fabricados Cristensen (1996) e Orbjorner (1995).
Cita-se, também, que análises laboratoriais apontam para o fato de que a
resistência a fratura de dentes restaurados com o auxilio de pinos fundidos é
menor do que a resistência de dentes restaurados com o auxilio de pinos
pre-fabricados Moll; Howe; Svare (1978), Newburg e Pameijer (1976).
2.1.2 Sistema de pinos metálicos pré-fabricados
0 mercado nacional, defasado em ofertas até um passado recente, recebeu
nos últimos anos inúmeras marcas e sistemas de pinos pré-fabricados. Como sua
indicação correta depende de diversos fatores, essa crescente oferta criou
dificuldades na escolha do tipo de núcleo e também do sistema de pinos a ser
utilizados. Note-se, que os pinos metálicos pré-iabricados não raro são feitos de
aço inoxidável, sendo 18% de cromo e 8% de níquel, sendo que a utilização
do potencial alérgico do níquel, o que contribuiu fortemente para o crescimento na
utilização do sistema de pinos metálicos de titânio, pois são biocompativeis. Com
relação a uma classificação, os pinos metálicos, podem ser passivos cônicos,
passivos paralelos e ativos, podendo ser totalmente diferentes entre si em relação
porção coronal, ou seja, o núcleo. Todavia, certos sistemas trazem essa parte
revestida por um agente de cobertura opaca, que tem por objetivo prover a união
química com a resina de preenchimento, mascarando o efeito negativo do metal
segundo Baratieri (2001).
Segundo Nerdiz et al (1998), com relação a resistência, a do titânio é menor
que a resistência do aço inoxidável, agora com relação aos pinos, isso não parece
diferir significativamente.
7.1. 1 .1 Pinos metálicos cônicos
Segundo Baratieri (2001), este pinos tem por característica primordial uma
superfície lisa ou com macrorretenções do tipo serrilhamento, podendo, também,
estar disponíveis num modelo escalonado para facilitar a adaptação em alguns
canais especiais. Tais pinos são cimentados no canal radicular e a fixação ocorre
a expensas do cimento e das retenções do pino.
Outros fatores que interferem são diâmetro, desenho e comprimento do
pino. Estes pinos são inerentemente menos retensivos devido ao seu desenho e a
fixação, ao estarem presente tais condições, esse sistema de pinos se constitui
em alternativa muito boa para permitir um preparo mais conservador.
Pinos metálicos passivos paralelos
0 sistema de pinos metálicos passivos paralelos, segundo Nerdiz (1998), é
mais retentivos que os passivos cônicos, mas, por outro lado, possuem a
desvantagem de precisar da ampliação do canal para a sua acomodação, em
especial na região apical, aumentando os riscos de perfuração radicular.
Neste sentido, a preferência recai sobre os cônicos, ao contrário só se
houver a necessidade de muita retenção, e que a raiz seja robusta, para não
comprometer sua resistência na ação de alargamento do canal para acomodá-lo.
Geralmente afirmou Baratieri (2001), se indica tais sistema de pinos para raizes
curtas e/ou quando houver necessidade de muita retenção.
2.1.2.3 Pinos metálicos ativos
Este sistema de pinos, segundo StandIle et al (1972), impõem atividade ao
canal, vale dizer que estes geram grandes tensões no mesmo, pois possuem
fresas laterais e são rosqueados e/ou travados nas paredes dos canais quando
Segundo Baratieri (2001), deve-se frisar que tal desvantagem limita o seu
uso apenas em casos muito singulares, mas mesmo assim com muita precaução,
já que a possibilidade de fratura 6 grande. Na etapa de fixação, o pino deve,
depois da sua inserção total, ser desrosqueado de volta, minimizando, com isso, a
quantidade de tensões induzidas. No entanto, apesar dessa desvantagem, se
reconhece que os pinos ativos são os mais retensivos de todos os tipos de pinos
pré-fabricados, o que os indica para casos de canais com pouca profundidade,
seja por causas naturais — raiz anatomicamente curta -, ou acidentais, que
impossibilitam acesso a toda a extensão do canal — instrumento endodemtico
fraturado, pino remanescente no canal.
Os pinos pré-fabricados metálicos, não estão totalmente contra-indicados
sobre prótese sem metal, porque o material de preenchimento coronário pode ser
estético. 0 mais importante é que esses pinos sejam biocompativeis e também
não sofram alterações estruturais no contato com fluidos orais, devendo-se
portanto, evitar pinos fabricados com ligas clue possam sofrer corrosão. Em
contraposição, o certo seria utilizar sistemas de pinos de materiais inertes
quimicamente e com boas propriedades ópticas, dando privilégio a estética. Os
novos materiais estéticos para restaurações levaram ao desenvolvimento de
sistemas de ancoragem intra-radicular com propósito estético: Zircônio, fibra de
2.2 Sistema de pinos cerâmicos pré-fabricados
Uma das primeiras vantagens biomecânicas advindas do pino adesivo foi o
ótimo desempenho quanto a resistência ã fratura de dentes tratados
endodonticamente.
Foi Flemning et al (1996), que ratificou o valor dos materiais modernos e
técnicas adesivas. Mesmo diante de alta resistência à fratura, sugeriu-se que com
um sistema adesivo, a possibilidade de fracasso seria menos destrutivo à raiz do
que com um sistema convencional de pinos e núcleos. Os adesivos mais atuais
aumentam também significativamente a resistência A tração dos pinos cimentados
com resina.
Observa Koutayas e Kern (1999), que os pinos metálicos, bem como alguns
sistemas de pinos de fibra de carbono, mesmo sendo muito úteis e usados,
precisam do fato fator estético, quisito cada vez mais fundamental na odontologia
atual. Mesmo com os dispositivos de mascaramento da porção corona l do
sistema pino/núcleo, o escurecimento inerente ao pino, não raro, se pronuncia
através da parede óssea vestibular que se encontra adelagaçada e não consegue
ser mascarada pelo tecido gengival. Acrescenta-se ainda, o freqüente
questionamento a respeito da possibilidade de manchamento radicular pelo
depósito de ions metálicos advindos do processo de corrosão dos materiais
sem metal e do avanço dos produtos cerâmicos e dos adesivos que viabilizam a
união a tais sistemas, nasceram os pinos cerâmicos, que tem a missão de aliar
propriedades positivas dos pinos metálicos com as vantagens de um material
muito estético e inerte aos tecidos vivos. Pesquisados e desenvolvidos em 1993,
tais pinos não raro são confeccionados com óxido de Zircônio — 94,9% -, por esta
razão sua resistência flexural é similar à dos pinos metálicos e superior que a dos
pinos de fibra de carbono.
Kern; Simon; Strupb (1997), concordaram que os fatores resistência e
rigidez também podem ser uma limitação no que diz respeito ao manuseio, ou
seja a dificuldade de cortar o pino, bem a remoção, que por não sofrer
deformação tem menor chance de fragmentar a interface. A adesão de pinos
cerâmicos à estrutura dentindria e à resina composta para preenchimento do
núcleo coronal é muito boa, em vista da excelente compatibilidade química entre
estes e os materiais resinosos, que ocorre em razão do processo industrial de
silanização do pino.
Relata Baratieri (2001), que com referência a influencia da elasticidade no
processo de reconstrução e/ou fortalecimento do elemento dental, vale dizer: será
que um pino menos flexível influenciaria na resistência à fratura do dente e/ou no
processo de unido do pino à raiz? Atualmente, tal aspecto ainda não está bem
apurar é que pinos cerâmicos, por apresentarem alto modulo de elasticidade, são
menos suscetíveis a falhas adesivas durante a função mastigat6ria. Por outro
lado, por serem mais rígidos, permitem o uso de pinos de menor diâmetro, o que
preserva a estrutura dental reduzindo as chances de fratura radicular. Segundo
este, as grandes vantagens do uso do sistema de pinos de cerâmica seriam:
a) biocompatibilidade;
b) excelente características estéticas;
c) unido química com os materiais resinosos (quando silanizados):
d) eiocompatibilidade (inerte em tecidos vivos);
e) alta resistência mecânica;
f) possibilita união com cerâmicas fundidas e injetada;
g) radiopacidade;
h) podem ser empregados tanto de forma direta como indireta (personalizados).
Como desvantagens assinala-se:
a) manuseio (dificuldade no corte);
2.3 Sistema de pinos de carbono pré-fabricados
Os pinos de carbono pré-fabricados comercializados desde 1990, são
constituídos segundo Bachicha et al (1998), de 64% de fibras de carbono
longitudinais e 36% de uma matriz epóxica.
Purton e Paybe (1996), através de seus estudos apontam que uma das
características dos pinos pré-fabricados de carbono é a sua flexibilidade, que por
sua vez divulgada pelo fabricante como sendo similar à da estrutura dentindria e,
por conseqüência, se constitui em grande vantagem. Apresentaram um estudo,
onde a rigidez de todos os componentes na restauração de dentes tratados
endodonticamente parece ser fundamental para evitar flexão sobre cargas
funcionais, ou seja, qualquer flexibilidade comprometeria a fixação do pino,
tornando o sistema suscetível a falhas
Contudo, o fato flexibilidade ainda gera controvérsias e continua motivo de
forte investigação, já que as pesquisas ainda não correspondem de forma
aceitável qual o melhor caminho a ser tomado pelo profissional para reconstruir o
dente tratado endodonticamente, com extensa destruição Baratieri (2001)
.Koutayas e Kern (1999), desenvolveram uma pesquisa onde comparou-se
a resistência à fratura entre suas restaurações com núcleos fundidos e com pinos
de fibras de carbono, constatando que os últimos apresentavam apenas a metade
Contudo, segundo Wennstron (1997), se trata de uma ação singular,
observar e avaliar o outro aspecto do estudo que avaliou o tipo de fratura: nos
destes restaurados com o auxilio de pinos de fibra de carbono só houve fratura
da parede radicular em 5% dos casos, ao contrário dos dentes com núcleos
metálicos fundidos em que esse tipo de falha ocorreu em 91% dos casos. Em
face destes resultado, conclui-se que o módulo de elasticidade do pino similar ao
tecido dentindrio diminui a resistência da restauração, que se fratura mais
facilmente; por outro lado, a possibilidade de fratura radicular é significativamente
diminuída, e de acordo com muitos, pode ser de grande vantagem.
Para Purton e Love (1996), tendo como uma de suas propriedades uma
matriz resinosa, isto 6, grupos metacrilato disponíveis, tais pinos, em
conformidade com os fabricantes, aderem-se quimicamente aos materiais para
preenchimento e fixação quando os mesmos são resinas compostas ou seus
derivados — cimento resinoso -. No entanto, se esperava, com isso, que esse tipo
de união fosse mais forte e duradouro do que a unido mecânica formada entre
pinos metálicos e cimentos de diferentes origens, fato esse que não foi
confirmado por alguns estudos nos quais foi constado que pinos de fibra de
carbono têm menor retenção que os metálicos, tanto ao material para
preenchimento quanto ao canal radicular.
Contudo, Sakkal (1997), entende que aquilo que aparentemente pode ser
uma desvantagem pode vir a ser uma vantagem, já que os pinos de fibra de
de intervenção endodõntica, é simples o acesso aos canais por meio de brocas
especiais em baixa rotação, que seguirão a orientação das fibras, minimizando
com isso a possibilidade de perfurações acidentais. A radiopacidade que
anteriormente não existia nessa modalidade de pinos também já se encontra
disponível nos sistemas atuais.
Baratieri (2001), relatam que as fibras de carbono são utilizadas na
construção de aeronaves e conferem grande rigidez a esses pinos; a resistência
fadiga é cerca de 1640 MPa, duas a três vezes maior que a do titânio. Essa
rigidez da fibra de carbono faz com que um pino de pequeno diâmetro seja
altamente resistente â fratura, quando comparado a pinos metálicos de mesmo
diâmetro. Ao que confere a estética, os pinos de fibras de carbono também vêm
se superando, pois estavam disponíveis apenas em tons acinzentados, o que
prejudicava, sensivelmente, a estética nos casos de dentes anteriores.
Recentemente, foi desenvolvido um modelo corn fibras de carbono envoltas por
fibras minerais de matiz, semelhante ao da estrutura dental — Aesthetic Post —
Bisco.
Sidoli; King; Setchell (1997), observa que em resumo, os pinos de fibras de
carbono parecem não confirmar possuírem todas as vantagens colocadas pelo
fabricante, ainda que se constituam em alternativa de tratamento interessante,
alternativa essa que tem demonstrado resultados promissores, como estudos
clínicos que demonstraram um índice de sucesso tão satisfatório quanto o de
em que haja remanescências coronal e radicula.r.
2.4 Sistema de pinos de fibra de vidro
Conforme Baratieri (2001), este sistema de pinos foi introduzido no mercado
recentemente. As fibras unidirecionais, de coloração bastante favorável, permitem
inclusive a transmissão da luz até o ápice o que favoreceria o uso de cimento
dual. São encontrados na forma cônica — Luscent Ancho rs, Dentatus, Germany —,
e paralela — Fiberkor, jeneric Pentron, USA -, disponíveis em três diâmetros. De
acordo com o fabricante, a resistência é a mesma dos pinos de Wank), com a
vantagem de poderem ser removidos com o uso de instrumentos rotatórios
convencionais. Estes sistemas são muito novos e necessitam de informações
laboratoriais, bem como resultados clínicos longitudinais. As vantagens em se
utilizar um sistema como esses são aparentes: por ser composto de fibras de
vidro envoltas por material resinoso, o pino provê refração e transmissão das
cores internas através da estrutura dental, porcelana ou resina sem a
necessidade de uso de opacos ou modificadores e, além disso, adere-se
quimicamente às resinas para uso odontológico, dispensando qualquer
tratamento de sua superfície. Outra vantagem é o fato de eles poderem ser
facilmente removidos do canal com um instrumento manual, existindo a
necessidade de retratamento endodôntico. Com referência à técnica, o
profissional faz o preparo do canal com uma broca padronizada, procede
aplicação do ácido/sistema adesivo e leva o cimento resinoso dual ou a resina
juntamente com o pino resinoso. Se for pelo sistema Luscent (Dentatus), o
fabricante informa que este propicia transmissão da luz azul visível, o que
permitiria o uso de resina fotopolimerizáveis de baixa viscosidade para este
trabalho.
2.5 Sistemas de pinos de zircônio
Segundo, Ahmad (1998), na insistente procura da restauração estética para
dentes nonvital, a introdução de um sistema de pino intra-radicular colorido como
dente será aqui descrita. Como é de conhecimento geral pinos metálicos
convencionais podem oxidar e causar reações inflamatórias e descoloração do
periodonto. Por outro lado, tem-se o fato comprovado de que o Dióxido de
Zircônio é uma cerâmica estável quimicamente com propriedade físicas e óticas
que a tornam escola ideal para a construção de restaurações life-like estética.
A ligação existente entre a odontologia e as cerâmicas têm sido longa. 0
relacionamento entre ambas tem tido seus altos e baixos. Em 1887, o Dr. Land
introduziu a coroa-jaqueta de porcelana, mas seu super uso levou ao declínio
desta técnica. Nos anos 20, resultados de sucesso novamente renovaram o
interesse em cerâmica para coroas. Trinta anos mais tarde, com o advento do uso
de acrílicos na odontologia, o uso de cerâmicas novamente declinou. Nos anos 60
quando coroas de metalo cerâmica foram introduzidas, a porcelana novamente
tornou-se voga. Essa retomada levou a uma revolução nos anos 70 e 80, e ligou
restaurações tornando-se a escolha mais popular de tratamento prostodontica.
porcelana como a primeira linha de tratamento na odontologia estética. Na
década de 90 muitos sistemas novos de cerâmica para a fabricação de
restaurações têm sido introduzidos, tais como: um sistema de porcelana moldável
(Dicor), sistemas leucita-vidro (IFS, Empress e lvoclar, Vivadent), e um sistema
de infiltração de vidro (In Ceram, Vita). As cerâmicas têm também, realizado um
papel na cirurgia regenerativa periodontica: vidro bioativos agora sendo usados
como aloplástico ossos transplantados com resultados clínicos de sucesso. Um
outro novo desenvolvimento é o uso de pinos de cerâmica de Zircônio para a
restauração de dentes não vital. A cerâmica chamada óxido de alumínio
policristalina foi introduzida nos anos 70 para a cirurgia ortopédica. Esta cerâmica
é biocompativel e resistente ao desgaste quando comparada com outros
materiais usados para a aplicação similar neste tipo de cirurgia, tais como ligas e
polímeros. 0 problema com alumina nesta área é que diâmetros de menos do que
32 mm não podem ser fabricados por causa da sua baixa resistência a ruptura,
baixa força tênsil e comportamento quebradiço Doze anos atrás, cerâmicas de
Zircônio foram introduzidas, ela possui duas vezes a força da alumina e menos
concentração de estresse na junção com os cones de metal usados para cabeças
femurais.
Kern e Wegner (1998), relatam que desde os anos 80 a cerâmica de
Zirc6nio tem sido usado em ortopedia para a substituição total de quadril. Na
odontologia, ela tem sido testada com sucesso em animais como um material
para implantes orais. Recentemente pinos de Zircônio para restaurar dentes
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33implantes dentários estão atualmente sendo pesquisados e desenvolvidos.
Baratieri (2001), assinala que os pinos de Zircônio foram desenvolvidos com
Zircônio tetragonal. Eles possuem resistência flexural em torno de 1600 MPa e
sua aparência estética é muito boa. A desvantagem é a incompatibilidade química
com as resina compostas, o material de preenchimento mais amplamente
utilizado na atualidade. Em face dessa desvantagem e para supri-la, existem
anéis pré-fabricados de Zircônio que podem ser colados â porção coronária para
facilitar a reconstrução dessa região.
Esses pinos podem ser utilizados com resina composta como material de
preenchimento e também ter porcelana fundida na porção coronária. É de pleno
conhecimento que pinos de metal usados para restaurar endodonticamente
dentes tratados, podem brilhar através de coroas de cerâmica e tecido fino da
gengiva. Quando ligas não preciosas são usadas, oxidação de produtos podem
levar a descoloração. Pinos e núcleos de cerâmica podem ser usados em
combinação com coroas de cerâmica para evitar estes problemas Kouttayas; Kern
(1999).
Deve-se atentar para o fato de que pinos e núcleos são altamente
biocompatfveis e quase sempre aumentarão a translucidez de uma restauração
de cerâmica. Um experimento in vitro comparou a transmissão de luz do pino de
Zircônio com um de metal (Para Post, Whaledent). Uma valiosa propriedade do
ideal para uso em restaurações estéticas. 0 método convencional para restaurar
dentes tratados endodonticamente, coronalmente comprometidos, é usando pinos
e núcleos metálicos, e colocando uma coroa metal() cerâmica para completar a
restauração. Esta técnica forma estrutura de dente coronal perdida e ganha
resistência funcional através de pinos intra-radiculares. Nas regiões posteriores
da boca, onde a estética não é a primeira preocupação, é um ótimo método para
restaurar estes dentes. Para dentes anteriores, entretanto, uma coroa metalo
cerâmica não é a restauração ideal por causa da sua falta de transmissão de luz,
e em última estância, uma estética comprometida deve ser aceita. Um
experimento in vitro comparou a transmissão de luz do pino de Zircônio com um
metal (ParaPost, Whaledent). Um dente canino extraído foi preparado para uma
coroa Empress com 360 graus de ombro. 0 dente foi apicocoronalmente
secionado na metade, com o canal da raiz numa metade preparado para receber
um pino metálico, enquanto que a outra metade foi preparada para receber o pino
de Zirc6nio. 0 dente e pinos foram iluminados por luzes coloridas diferentes para
avaliar a penetração da luz na raiz do dente através dos pinos. 0 dente foi
iluminado por luz vermelha enquanto que os pinos foram iluminados por luz azul.
Resulta que o pino impede a luz de entrar no canal da raiz, e, portanto, de entrar
na raiz. Luz azul difunde na raiz do dente através do pino de Zircônio Ahmad
(1998).
A seguir será descrito a fabricação de pinos e núcleos de cerâmica de alta
resistência que é o Zircônio, através de técnicas diferentes: técnica 2-pegas a
cerâmica de Zircônio copiado, e a técnica pressão com calor, a qual envolve um
pino de Zircônio pré-fabricado. Os dentes tratados endodonticamente não raro
necessitam um pino e um núcleo como base para a restauração final. A
restauração de dentes nonvital anterior com pinos e núcleos e restaurações de
cerâmica podem levar a comprometer a estética por causa da semi-lucidez da
cerâmica e da opacidade da estrutura de metal do pino e do núcleo subjacente.
Neste sentido, no que depender da espessura e da opacidade da massa vedante
e da restauração cerâmica, o pino e núcleo de metal pode brilhar através ou pelo
menos diminuir a profundidade da translucide2:. Por outro lado, pinos de metal
podem também brilhar nas areas da raiz cervical, alterando a aparência do tecido
fino da gengiva. Também, principalmente quando ligas de metal não-precioso
são usados para a fabricação de pino e núcleo, produtos oxidantes podem se
depositar nos tecidos da gengiva ou causar descoloração da raiz. Inúmeras e
diferentes técnicas foram e tem sido desenvolvidas propondo resolver o problema
da descoloração coronal acinzentada e obter o disfarce necessário quando
restaurações de cerâmica são cimentadas aos dentes restaurados com pinos e
núcleos de metal. A aplicação de uma porcelana opaca ao núcleo de metal, ou o
uso de um cimento vedante opaco, da uma aparência mais intensa e opaca a
restauração, principalmente quando uma restauração de cerâmica de vidro é
colocada. Resina cobrindo o núcleo de gesso e cobrindo o núcleo de metal com
ombros de porcelana tem sido também recomendado. Contudo m quase que ao
mesmo tempo com a entrada dos sistemas atuais de cerâmica, o uso de pinos e
núcleos de cerâmica foi sugerido como uma alternativa para resolver problemas
Kwiatkowski e Geller (apud Koutayas e Kern 18 1989), descreveram a
aplicação clinica de pinos e núcleos de cerâmica de vidro (Dicor Dentsply).
Kern e Knode (1991), (apud Koutayas e Kern 1991), introduziram pinos e
núcleos feitos de cerâmica de vidro oxido de alumínio infiltrado (In-Ceram, Vita
Zahnfabrik)
LOthy; Scharer; Gauckler (1993), desenvolveram pino e núcleo de Zircônio,
que tem uma alta resistência flexural (1600 MPa) é uma ótima estética. Baseado
neste estudo, Meyerber (1993), introduziu uni novo conceito para obutmert
usando pinos e núcleos ambos de cerâmica, de Zircônio. Este tem mostrado que
a transmissão de luz através dos pinos é excelente.
Sandhaus e Pasche (apud Koutayas e Kern, 1999), e outros introduziram
pinos endodonticos de cerâmica de Zircônio pré-fabricados para a odontologia
restaurativa. Sandhaus e Pasche (apud Koutayas e Kern 1999), também,
sugeriram o uso de cerâmica de Zircônio para a fabricação de um núcleo e pino
em uma peça.
Ahmad (1998), neste estudo se demonstra a preparação direta de núcleo
usando uma coroa pré-formada e um pino de óxido de Zirc6nio pré-fabricado,
curto tempo de ajuste do composto e ionêmerc de vidro recompensa adequado
com materiais de formação de núcleo, e suas vantagens e desvantagens tem sido
(Bond-it) foi obtida mecanicamente (deixando áspero) e lixando a superfície do
pino de óxido de Zircônio, deste modo aumentando a retenção de componentes
vedantes. 0 uso de uma coroa pré-formada para a formação do núcleo é um
simples procedimento de um estágio o qual permite quase imediata preparação
da coroa final, permitindo um procedimento menos caro e menos demorado do
que procedimentos convencionais e resulta em boa estética.
No que diz respeito as vantagens desse sistema de pinos, isto a maior
vantagem de um pino e núcleo de cerâmica é a sua tonalidade de dente. A
contribuição positiva do núcleo de cerâmica tonalidade dentina é relacionada a
profunda difusão e absorção da luz transmitida no conjunto do núcleo da
cerâmica. Toda restauração de cerâmica transmite uma certa porcentagem de luz
incidental ao núcleo e pino de cerâmica sobre a qual ela tenha sido colocada
Koutayas; Kern (1999).
Em face disso, com pinos e núcleos de cerâmica, a cor da restauração final
será derivada de uma tonalidade interna similar ao comportamento ótico do dente
natural. Além disso, um pino de cerâmica não reflete intensamente através do fino
tecido da gengiva e prove uma profundidade essencial para translucidez das
áreas da raiz cervical Purton; Ernest; Schumann (1993).
.A baixa intensidade de ruptura e resistência de ruptura são os principais
obstáculos para um uso mais extenso das cerâmicas dentais convencionais como
resistência de ruptura de pinos e núcleos de cerâmica, e para comportamento
clinico, nenhum dado clinico de longo prazo é fornecido na literatura Koutayas;
Kern (1999).
A parte da intensidade da ruptura, a resistência da ruptura de um material
de cerâmica parece ser mais previsível na sua laxa de reprovação. Cerâmicas de
alta-resistência, tais como Cerâmica alumina infiltrado de vidro In-Ceram e a
cerâmica alumina infiltrado de vidro Procera (Nobel Biocare) mostram 3 a 6 vezes
mais altas intensidade de flexão e resistência de ruptura do que cerâmicas de
vidro e feldspática convencionais Koutayas; Kern (1999).
A tecnologia contemporânea do pó de Zirc6nio contribuem para a fabricação
de novos materiais de cerâmica biocompativeis com propriedades mecânicas
melhoradas, ou seja, mais intensidade de flexão aumentada e resistência de
ruptura. Desta forma, cerâmica de óxido de Zircônio parece ser um material muito
promissor para a fabricação de pinos núcleos cerâmico Koutayas; Kern (1999).
2.5.1 Técnica duas peças
Kern e knode (apud Koutayas e Kern 1991), descreveram a fabricação de
pinos e núcleos de cerâmica pelo uso da técnica de fundição, e desde então, o
conceito da técnica foi levemente modificada. Com está técnica, a construção do
núcleo e o pino são feitos em uma peça de material de cerâmica de óxido de
prognóstico clinico de longo prazo da In-Ceram como material de pino e núcleo,
este método deveria ser usado apenas em canais de raiz largos sem uma
redução crucial da estrutura dentina circunferencial.
Koutayas, Kern (1999), relatam que após o recente desenvolvimento de
pinos de cerâmica de Zircônio, tornou-se possível combinar ambos materiais.
Para a construção de um pino e núcleo de duas peças, um pino de yttrium
oxide-parcialmente estabilizado zircônio (ER-Cerapost, Brasseler) é usado em conjunto
com um núcleo de cerâmica alumina ou alumina-magnésia, fabricado tanto pela
técnica copy-milling quanto fundição. Os pinos de cerâmica de Zirc6nio são
comercialmente disponíveis em três tamanhos ISSO (050, 090, 110) e
suplementa o sistema Pino-ER (Brasseler) existente. Esta técnica é também
aplicada para ambos, método direto ou indireto de fabricação. Para o método
direto, o canal da raiz é preparado, e o pino de cerâmica de Zircônio é testado.
Um núcleo é formado intraoralmente adaptando-se composto de resina leve-cura
Celay-Tech ao pino inserido. Depois da remoção do núcleo de resina do pino, o
núcleo é copiado em cerâmica na máquina Celay. Para o método de fabricação
indireta, um molde do pino inserido é feito e um molde de trabalho é fundido. 0
núcleo é então formado com composto de resina leve-cura no molde mestre. Por
final ele também é copiado em cerâmica. Como uma alternativa a fabricação de
núcleo copy-milling, a técnica fundição pode ser usada como descrito
anteriormente com uma pequena modificação. Urn pino de plástico do sistema ER
é inserido no canal da raiz do molde de gesso especial In-Ceram. 0 pino de
nenhum problema porque ele é queimado durante o aquecimento de
sedimentação. Depois do núcleo waxup e os dois moldes de silicone serem feitos,
o slip é injetado para a técnica fundição. Depois do aquecimento glass-infiltration
o núcleo de alumina infiltrada e o pino de Zircônio são lixados (polidos com areia)
e limpados ultrasonicamente em álcool 96%. Para cimentação, uma resina
adesiva (ex Penavia 21, Kuraray) é aplicada as superfícies bonding do pino e
núcleo, e então eles são ambos vedados ao suporte do dente. Primeiramente, o
núcleo de cerâmica é colocado sobre o dente preparado e imediatamente depois
o pino é inserido no canal da raiz através do canal do núcleo. Por fim, depois de
assentar a resina vedante, o pino é encurtado até sua extremidade protuding
occlusal, e a reparação é terminada. Quando uma quantia de substância de
dentes livres de cáries estiver disponível, ao invés de núcleo construido, um
composto construido de resina auto-cura pode também ser usada em combinação
com um pino de Zircônio.
2.5.2 Técnica pressão com calor
Para Koutayas e Kern (1999), a técnica Pressão tem recentemente
encontrado aplicação na construção de pino e núcleo de cerâmica. É baseado no
bem conhecido sistema IPS empress (Ivoclar). Neste sistema, um material feito
de cerâmica de vidro reforçada por pré-cerâmica fundível é aquecido e
pressionado num molde de revestimento, depois de queimado a cera similar
(técnica da cera perdida). Na técnica pressão com calor, um núcleo de cerâmica
Zirconium pré-fabricado (CosmoPost, Ivoclar), e portanto, ambos materiais são
fundidos numa restauração pino-núcleo sólida. Para a preparação do canal da
raiz, mandris especiais (conjunto CosmoPost, lvoclar) são usados para que então
o canal possa receber um pino de Zircônio com o diâmetro apropriado (1,4 ou
1,7mm). Depois que o molde é feito e o molde mestre construido, o molde do
núcleo de cera pode ser moldado em laboratório. Um método direto intraoral pode
ser também empregado com o uso de uma resina auto-cura (Modelo GC, GC)
depois da inserção de um pino no canal da raiz. Então o procedimento pressão
com calor, o qual é idêntico para ambos os métodos, é seguido. Um jito (sprue) de
cera de 3,0 mm de diâmetro e 6,0 a 8,0 mm de comprimento é ligado ao núcleo
com uma inclinação que permitia um fluxo e expansão uniforme da cerâmica de
vidro. Nesta hora, o pino e núcleo é revestido em material de molde refratário
phosphate-bonde. 0 procedimento pressão com calor é realizado num forno
especialmente desenhado (IPS-Empress EP 500, lvoclar). 0 lingote de cerâmica
é primeiro aquecido a 1,189°c, sendo então pressionado com 0,3 a 0,4 MPa de
pressão sob vácuo. Depois de resfriar, o pino e o núcleo, como uma solida
construção de cerâmica, ambos são ajustados no molde mestre, só então testado
na boca do paciente e cimentado adesivamente.
2.5.3 Estágios da técnica clinica e laboratorial para uso dos pinos de
Zirc6nio
Ahmad (1998), apresentou três casos, onde demonstra os vários estágios
trata-se de um paciente com dois incisivos centrais maxilares que eram não vitais
e as raizes, com muitas manchas intrínsecas e extrínsecas, restaurações de
resina composta de delineamento insatisfatório e inflamação marginal da gengiva.
No segundo foi requerido a substituição de um verniz no incisivo lateral esquerdo
maxilar. Havia uma combinação inadequada de cor entre o verniz existente e os
dentes vizinhos, e a superfície da porcelana mostrava porosidade, claramente
visível como um ponto branco sob luz ultravioleta. No terceiro caso o paciente
tinha uma coroa metalo cerâmica velha no canino direito maxilar com exposição
da estrutura de metal por causa da lasca de porcelana. Havia também um
afastamento gengival de 5mm que o paciente recusou tratar na hora da
apresentação. A margem bucal da substituição da coroa foi localizada no mesmo
nível da coroa ligada existente. Se a margem bucal fosse permitida delimitar no
nível gengival atual, cirurgia period6ntica futura para cobrir a superfície da raiz
não seria praticável, porque nova aproximação no ligamento period6ntico não
pode ocorrer na superfície da porcelana.
2.5.4 Preparação da superfície da raiz
Ahmad (1998), anotou que recentemente uma técnica tem sido descrita na
qual a superfície tratada é preparada com três ombros para produzir uma
restauração de cerâmica. Neste procedimento, conhecido como preparação da
raiz axial três ombros (TSARP), três ombros são preparados na superfície da raiz.
0 primeiro ombro é para a coroa da cerâmica, a segunda para a formação de
resultados de estética e transmissão de luz podem ser alcançados, mas a técnica
é bastante exigente para ambos, clinico e técnico. Para raizes de diâmetro
pequeno, pode não ser possível preparar três ombros; a visibilidade do pino de
metal através do fino revestimento do núcleo de cerâmica sera, portanto,
prejudicial ao resultado final da estética. Contudo, ao se utilizar um pino de vidro
a técnica (TSARP) é modificada para apenas a preparação de dois ombros na
superfície da raiz. Está técnica é chamada de Preparação da Raiz Axial
duplo-ombro (DSARP). Este estudo usou um pino de Zircônio chamado ER-Cerapost
(Bresseler), o qual tem 20 mm de comprimento chega a diâmetro de extremidade
de 0,5, 0,9 e 1,1 mm. A metade aplical do pino é afunilada, enquanto a metade
coronal é cilíndrica. Todos os instrumentos escareadores e roughening para
preparar e cimentar o pino são incluidos no kit. Analisando os casos citados
anteriormente, observou-se, que no primeiro, o paciente mostrou uma arquitetura
relativamente plana, a qual foi refletida no contorno gengival superficial ao redor
dos incisivos centrais maxilares. No caso dois, o osso interproximal era alto e o
contorno gengival ao redor do incisivo lateral esquerdo maxilar era, portanto, mais
pronunciado. Se a preparação é cortada plana, sem seguir o contorno gengival, a
interproximidade é violada levando a uma inflamação period6ntica crônica. Já
para o terceiro caso foi feita uma abordagem diferente da comentada até aqui,
pois, havia estrutura de dente adequado de cor aceitável, apenas o pino de
2.5.5 Fabricação de núcleo empress
Ahmad (1998), relata que o núcleo Empress é fabricado num laboratório
dental, onde os pinos são colocados nos canais da raiz e um molde é feito. Pinos
simulados e coroas de resina acrilica são usados temporariamente como dentes.
Depois de despejar o modelo de gesso, o pino é colocado no canal da raiz
preparado e lubrificado com separador médio. O núcleo Empress formado é por
cera perdida no segundo ombro ao redor do pino de zirc6nio. Uma vez que o
modelo de cera é completado, ele é deslizado fora do pino e coberto. 0 pino não
é colocado no forno com o modelo de núcleo de cera. Por causa dos diferentes
coeficientes de expansão termal do Zircônio e do material Empress, o núcleo
Empress romperia na remoção se o pino e o modelo de cera fossem ambos
colocados no forno. Por fim, a superfície de ajuste que se engata ao segundo
ombro é causticada e silanized.
2.5.6 Cimentação do pino de zircônio e núcleo empress
Ahmad (1998), registrou nesta seqüência de estudos a respeito dos
avanços na aplicação dos sistemas de pinos de Zircônio, os seguintes pontos: o
núcleo e pino são cimentados usando uma técnica de ligação adesiva, a qual
produz uma taxa de retenção de pino que é aproximadamente duas vezes a
Na prática, a seqüência é a seguinte: Um corte de 360 graus é feito no
aspecto mais coronal do pino para coincidir com a extremidade coronal do núcleo
Empress. Este corte coronal serve como um guia para assegurar que o pino seja
assentado corretamente uma vez que o cimento seja aplicado. 0 canal da raiz é
limpo com 0,2% de clorexidine, o pino é limpo com álcool 70%, e a superfície de
ajuste do núcleo é causticado com ácido fosfórico. 0 canal é então tornado
áspero com um instrumento de mão fornecido com o kit Cerapost. 0 pino é então
condicionado com primer e dentina adesiva, e silane é aplicado. Na seqüência
desses procedimentos, o pino é mantido com pinças e aquecido com ar quente,
pois a silanização requer ativação por aquecimento. Um cimento auto-cura é
colocado sobre o pino e sobre a superfície do núcleo Empress, o qual tem
também sido silanizado e tratado com primer e adesivo. Nos seguintes
procedimentos, deve primeiro o núcleo ser assentado sobre a face da raiz para
engatar o segundo ombro. 0 pino é então passado através do lúmem do núcleo
ao nível do corte coronal feito anteriormente. Uma vez que o cimento está
colocado, qualquer excesso do pino projetado do núcleo é reduzido com
instrumento de diamante numa turbina de mão irrigada com muita água.
Excesso de cimento é aparado e o núcleo é polido com discos e rodas abrasivas.
Com este método, o núcleo Empress é terminado com alto brilho. Os pinos e
núcleos cimentados. Com relação aos caso relatados no inícios destas técnicas,
observou-se que, em todos eles, o pino foi reduzido como necessário para
combinar com a preparação da coroa. 0 melhoramento da cor dos núcleos foi
notável no paciente 1. A cor do núcleo é crucial, pois, um núcleo descolorido irá
2.5.7 Fabricação da coroa empress
Ahmad (1998), relatou neste texto que na fabricação da coroa Empress,
depois dos pinos e núcleo serem cimentados, um molde é feito para as coroas
Empress definitivas. Garante que para facilitar a construção de coroas de
cerâmica as margens da preparação deveriam ser uniformes, e todas as linhas
de Angulo deveriam ser arredondadas. Os núcleo de gesso são revestidos com
uma solução que libera uma tinta vermelha e seu relacionamento com as coroas
fica evidente. A aparência glass-like das coroas Empress
é
aparente pelatransmissão da luz.
2.5.8 Transmissão da luz in vivo através do pino de zircônio
Segundo Ahmad (1998), a luz pode entrar num dente de duas direções: do
periodonto da coroa através da raiz, e da coroa para o periodonto, novamente
através da raiz. Uma das características mais importantes dos pinos de Zirc6nio é
a sua habilidade para permitir a luz ser transmitida em ambas as direções.
Quando a luz é permitida a entrar no periodonto na coroa do dente a
descoloração cinza indesejada da gengiva marginal é evitada. 0 relacionamento
espacial do pino de Zircônio/núcleo formado Empress para o tecido vizinho
permite através de fotos, que este complexo seja iluminado por luz azul. A
relação aos tecidos moles e rígidos. Somente o coronal ao pino, o núcleo
Empress engata o segundo ombro interno da técnica DSARP. 0 primeiro ombro,
externo para a coroa final circunda o núcleo de cerâmica. Com o objetivo de
comparar a transmissão de luz do pino metálico e de Zircônio, dois pinos foram
feitos para o paciente 2. 0 primeiro foi um pino de Zircônio e núcleo Empress e o
segundo foi um pino de ouro moldado. A coroa definitiva Empress foi feita para
ajustar-se a ambos os núcleos de Zircônio/Empress e metal. No estágio de
tentativa de assentamento do pino, a coroa foi primeiro assentada sobre o pino
metálico. Enquanto a luz foi direcionada através do periodonto na raiz do dente.
Os tecidos macios brilharam vermelhos, mas a luz foi impedida pelo pino
metálico na raiz do dente, e a coroa, portanto, permaneceu escura. 0 núcleo
Zircônio/Empress foi então substituído pelo pino metálico e a luz foi novamente
direcionada do periodonto no dente. A diferença na transmissão da luz foi
evidente: o incisivo lateral brilhou uma cor amarela/laranja, similar ao
distanciamento do canino para a coroa.
2.5.9 Cimentação das coroas empress
Relatou Ahmad (1998), que depois do estágio de tentativa, as coroas foram
finalizadas e retornaram do laboratório para cimentação. Uma técnica de ligação
adesiva, similar àquela mencionada para fixação do pino/núcleo, é empregada.
Relata ainda, que a aparência pós operatória de uma semana das coroas
Empress nos incisivos centrais do paciente 1, ou seja, as manchas internas e
coroa cimentada do paciente 2, depois de duas semanas, o sulco gengival
saudável é claramente visível ao redor da margem cervical da prótese. Relatou
também, o pontilhado distal e mesial nas papilas interdentais ao redor do incisivo
lateral, e inclusive a excelente aparência final da coroa no caniço direito maxilar
do paciente 3. A área da raiz cervical da coroa é manchada para imitar uma raiz
natural. Quando a cirurgia period6ntica é realizada para cobrir a reentrância, a
coroa combinará com seus correlativos adjacentes. Seguindo o procedimento
cirúrgico, a linha do cimento visível será disfarçada pela margem gengival livre