UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE
CIÊNCIAS
DA
SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA
CURSO DE
ESPECIALIZAÇÃO
EM
ENDODONTIA
USO
DO
ALENDRONATO
DE
SÓDIO
E DO
EMDOGAIN
NO
TRATAMENTO DA REABSORÇÃO
RADICULAR
EXTERNA
ANA PAULA MACIEL DE SOUZA CRISTIANNE DEMETRIO
00 rs1
p r,
ANA PAULA MACIEL DE SOUZA
e
1.71;
CRISTIANNE DEMETRIO
USO DO
ALENDRONATO
DE
SÓDIO
E DO
EMDOGAIN
NO
TRATAMENTO DA REABSORÇÃO
RADICULAR
EXTERNA
Trabalho de conclusão apresentado ao Curso de Especialização em Endodontia da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito para obtenção do titulo de especialista em Endodontia.
Orientador: Prof Wilson Tadeu Felippe
ANA PAULA MACIEL DE SOUZA
CRISTIANNE DEMETRIO
USO
DO
ALENDRONATO
DE
SÓDIO
E DO
EMDOGAIN
NO
TRATAMENTO DA REABSORÇÃO
RADICULAR
EXTERNA
Este trabalho de
conclusão
foi julgado adequado para
obtenção
do titulo de
Especialista em
Endodontia e
aprovado em sua forma
fmal
pelo Curso de
Especialização
em
Endodontia.
Florianópolis, 5
de dezembro de
2003
Prof Wilson Tadeu Felippe Coordenador
DEDICATÓRIA
ESPECIAL
Aos meus pais Ademir José
Demetrio eSe
lese Cesa Demetriopelo exemplo de
perseverança etrabalho.
Ao meu noivo Jaques
emeu
irmãoRodrigo
pelo apoio
eincentivo.
A
minha amada
mãeEma que proporcionou
total suporte para minha
formação.Ao meu
irmãoMateus
emeu namorado
Emerson por toda paciência
eapoio.
DEDICATÓRIA
A todos os mestres, de ontem
e
de hoje, que dedicaram tempoe
conhecimento à nossaformação.
A Professora Liene Campos pela importante participação.
Aos funcionários Sérgio
e
Jaqueline por tudo que por nós fizeram no decorrer do curso.AGRADECIMENTO ESPECIAL
SOUZA, Ana Paula Maciel; DEMETRIO, Cristianne. Uso do alendronato de sódio
e
do Emdogain no tratamento dareabsorção
radicular externa. 2003. 31f. Trabalho de conclusão (Especialização em Endodontia) — Curso de Especialização em Endodontia,Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
RESUMO
0 objetivo deste estudo foi revisar, na literatura, as pesquisas que avaliaram o uso do
Alendronato (ALN) e das Proteínas Derivadas da Matriz do Esmalte (PDME) corno
alternativas para o tratamento das reabsorções radiculares externas que ocorrem após o
reimplante dental. O ALN é um aminobisfosfonato atuante no processo da reabsorção
mediada por osteoclastos. Baseado na ação sobre as células osteoclasticas, o uso tópico do
ALN é proposto para inibir ou reduzir a reabsorção radicular em dentes reimplantados. As
PDME estão envolvidas no processo de embriogênese do cemento e são utilizadas nos
tratamentos que envolvem a regeneração tecidual, em função de sua propriedade de estimular
a diferenciação e multiplicação celular. Estas duas substâncias constituem uma nova e
promissora alternativa para o tratamento da reabsorção por substituição em casos de
reimplante dental. Estudos longitudinais são necessários para comprovar a eficácia e
aplicabilidade clinica destas substâncias.
Palavras-chave: Alendronato de sódio. Proteínas derivadas da matriz do esmalte. Emdogain.
SOUZA, Ana Paula Maciel; DEMETRIO, Cristianne.
Uso do
alendronato de sódioe
do
Emdogain
na
prevençãoda
reabsorção radicularexterna.
2003. 31f Trabalho de conclusão (Especialização em Endodontia) — Curso de Especialização em Endodontia,Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
ABSTRACT
The aim of this study was to review, in literature, researchs that evaluated the use of
the Alendonate and Enamel Matrix Derivatives Proteins as alternatives for the treatment of
the extern root resorption that occur after dental replantation. The Alendronate is an
aminobisphosphonate with effect on bone resorption. Based in action on osteoclast cells, the
topic use of Alendronate is proposed for inhibit or reduce the root resorption in replanted
teeth. Enamel Matrix Derivatives Proteins are involved in process of the cement
embryogenesis and are utilized in treatments that involve tissue regeneration, in function of its
propriety of estimulate the cell differentiation and multiplication. These substances constitute
a new and promised alternative for the treatment of the replacement resorption in cases of
dental replantation. Longitudinal studies are suggested for proved the efficacy and clinic
application of this substances.
Key words: Alendronate sodium. Enamel matrix derivative proteins. Emdogain. Root
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO
DA LITERATURA.2.1 Alendronato
I I2.1.1 Uso em periodontia 11
2 1.2 Uso em endodontia 13
2.1.3 Mecanismo de ação 14
2.2 Emdogain 15
2.2.1 Uso em periodontia. 15
2.2.2 Uso em endodontia. 18
3 DISCUSSÃO
224 CONCLUSÃO
29I INTRODUÇÃO
Os traumas dento-alveolares constituem o terceiro fator etiológico que mais leva a
perda dentária, seguindo as doenças cárie e periodontal.
Dentre as injurias traumáticas em dentes permanentes, mais de 16% resultam no
completo deslocamento do dente para fora do seu alvéolo. Como consequência da avulsão, o
dente apresenta rompimento do feixe visculo-nervoso e de todas as fibras do ligamento
periodontal, além da desidratação e da contaminação, que ocorrem no meio extra-alveolar.
Por sua vez, o sucesso do reimplante está intimamente relacionado à manutenção da
vitalidade do ligamento periodontal. Os danos causados ao ligamento, seja pelo trauma
mecânico, desidratação ou contaminação, afetam a viabilidade de suas células e pioram o
prognóstico do reimplante.
A primeira reação ao dano imposto à superfície radicular é a inflamação. Esta resposta
determina a reabsorção que por sua vez é proporcional ao dano causado pelo trauma. Se a área
da inflamação é restrita a uma pequena área da raiz e nenhum estimulo inflamatório adicional
está presente, o dano será reparado por cemento. Por outro lado, se o dano à superficie
radicular atinge uma grande área, a anquilose acontecerá, resultando em reabsorção por
substituição.
Com o intuito de minimizar ou eliminar as reabsorções radiculares, vários protocolos
de tratamento têm sido estudados e sugeridos.
Um deles, baseia-se no uso do Alendronato (ALN), um aminobisfosfonato, atuante no
processo de reabsorção, usado no tratamento de patologias mediadas por osteoclastos, como,
Baseado na ação sobre as células osteoclisticas, o uso tópico do ALN é proposto como
uma tentativa de inibir ou reduzir a reabsorção radicular.
Outras linhas de pesquisa têm buscado a diferenciação e multiplicação celular como
tentativa de recobrir areas radiculares desprovidas de ligamento periodontal (LP). Com base
em evidências de que as proteínas derivadas da matriz do esmalte (PDME) são ativas durante
a embriogênese do cemento, elas têm sido avaliadas e utilizadas nos tratamentos periodontais
que envolvem a regeneração tecidual, evitando reações imunológicas indesejáveis.
0 objetivo deste estudo foi de realizar uma revisão da literatura a fim de verificar a
possibilidade do uso do ALN e das PDME como alternativas para o tratamento da reabsorção
2 REVISÃO DA LITERATURA'
Esta revisão
da literatura inclui
trabalhos que contemplam o uso do ALN e das PDN1Eem Periodontia e Endodontia.
Por ser um tema recente em
Endodontia,poucos trabalhos foram publicados
eos
resultados, antes de serem extrapolados para a prática clinica,
necessitam de
avaliações longitudinais.2.1 Alendronato
O ALN é
um
aminobisfosfonatoque atua como um potente
inibidorda
reabsorçãomediada por
osteoclastos.Os
bisfosfonatos são análogossintéticos do
pirofosfatocom forte
afinidadeà
hidroxiapatita (DICIONÁRIODE ESPECIALIDADES
FARMACÊUTICAS 2000/2001).2.1.1
Uso em periodontia
Yaffe et al.
(1999)avaliaram a
distribuiçãodo
ALNnos tecidos,
apósa
aplicação cirúrgicalocal. Foram utilizados
8ratos nos quais realizaram um retalho
mucoperiostealna
12
região de pré-molares e molares da mandíbula, por vestibular e lingual, nos lados esquerdo e
direito. Esponjas gelatinosas embebidas em solução de ALN foram aplicadas no lado direito
(experimental). No lado esquerdo (controle), as esponjas foram embebidas em solução salina.
Os retalhos foram readaptados imediatamente, sem sutura, e as esponjas mantidas no local por
10 e 60 min nos grupos 1 e 2, respectivamente. Os animais foram sacrificados e os tecidos
mucoso e ósseo adjacentes ao posicionamento das esponjas foram removidos e a quantidade
de droga absorvida detectada. No lado experimental, o osso alveolar absorveu
aproximadamente 22 mg de ALN ou 10% da dose. A quantidade de ALN detectada no osso
alveolar no lado controle foi de 20% a 30% da dose absorvida no lado experimental. Em ossos
longos, 0,3mg de ALN foi encontrado, o que corresponde a 0,15% da dose absorvida. Isto
indica que o ALN é eficientemente absorvido quando em contato com tecido ósseo, passando
inclusive à circulação sanguínea, já que é encontrado em locais distantes à aplicação. No
entanto, a dose de ALN detectada no lado controle foi insuficiente para inibir a reabsorção.
Além disso, é importante observar que a quantidade de ALN observada na mucosa caiu de
3,1% para 1,6% em 10 mm e 60 mm, respectivamente. No lado controle, 0,2% da dose
absorvida foi encontrada em tecidos moles.
Seguindo a mesma linha de pesquisa, Yaffe et al. (2000) avaliaram a eficácia de 3
novos bisfosfonatos heterociclicos VS-5, VS-6 e ISA-13 sobre a redução da perda óssea
alveolar em comparação com o ALN. Etidronato e suberoil também foram comparados is
novas drogas. Inicialmente, realizaram um retalho mucoperiosteal na região de pré-molares e
molares da mandíbula de ratos, por vestibular e lingual, nos lados esquerdo e direito. Esponjas
gelatinosas, embebidas em solução de 20mg de bisfosfonato foram aplicadas no lado direito
(experimental) da mandíbula. No lado esquerdo (controle), as esponjas foram embebidas
13
no local por 2 h no mínimo. Os ratos foram sacrificados 21 dias após a cirurgia_ As
mandíbulas foram dissecadas e secções de 1,5mm de espessura foram preparadas com cortes
no sentido vestíbulo-lingual. Foram realizadas inicrorradiografias de alta resolução de todas
as secções no sentido mesio-distal e avaliadas quanto A. perda óssea. Os 3 novos bisfosfonatos
heterociclicos, VS-5. VS-6 e ISA-13 foram mais efetivos que o etidronato e suberoil, e menos
efetivos que o ALN. Além disso, entre as 3 novas drogas testadas o ISA-13 mostrou-se mais
efetivo, seguido do VS-5 e VS-6.
2.1.2 Uso em endodontia
Levin et al. (2000) avaliaram o efeito da aplicação tópica do ALN na redução ou
inibição da reabsorção radicular externa após avulsão. Foram utilizadas 82 raizes de
pré-molares de cães, com canais previamente modelados e obturados. Os dentes foram extraidos e
em 12 deles, um defeito de 0,5 mm de profundidade foi produzido artificialmente na raiz.
Posteriormente, 6 raizes foram mergulhadas em Solução Salina Balanceada de Hank (SSBH)
com 1 rnM de ALN e as demais em SSBH durante 5 min e reimplantadas. As 70 raizes
restantes foram divididas em 2 grupos de 35 dentes. 0 primeiro grupo foi deixado em meio
seco por 40 min e o segundo por 60 mm. Dezenove raizes de cada grupo foram armazenadas
em SSBH com 1mM de ALN ou SSBH por 5 min e reimplantadas. Dezesseis raizes de cada
grupo foram armazenadas em SSBH com 1mM de ALN ou SSBH por 5 min e reimplantadas.
Após 4 meses, os cães foram sacrificados e os espécimes, contendo o dente e o osso alveolar
adjacente, foram seccionadas perpendicularmente ao longo eixo das raizes, sendo 5 secções
14
formada entre a raiz e o osso alveolar. Nas 12 raizes não submetidas à desidratação ocorreu o
reparo completo e as soluções empregadas não interferiram na cementogênese. Nos grupos
submetidos A desidratação, as amostras armazenadas em SSBH apresentaram-se, em geral,
reparadas (11%), anquilosadas (19%) e corn reabsorção inflamatória (70%). Quando o ALN
foi associado A SSBH, 29% das amostras apresentaram reparo, 30% anquilose e 41%
reabsorção. Nenhuma diferença significante foi encontrada entre os grupos submetidos A
desidratação por 40 ou 60 min. Em todos os cães, a porcentagem de superficies reparadas foi
maior para o grupo tratado com ALN quando comparado ao grupo tratado com SSBH. 0 uso
do ALN também resultou em uma menor perda de estrutura radicular.
2.1.3 Mecanismo de ação
Estudos atuais indicam que os osteoblastos têm um papel importante na reabsorção
óssea devido A sua atividade estimuladora de osteoclastos pela produção de fatores
osteotrópicos. Vitté; Fleisch; Guenther (1996) avaliaram o mecanismo pelo qual os
osteoblastos atuam como medidores do efeito inibitório dos bisfosfonatos sobre a reabsorção
óssea, in vitro. Pode haver dois possíveis modos operacionais: os bisfosfonatos podem inibir a
síntese de fatores de estimulo para osteoclastos, ou a droga pode induzir osteoblastos a
sintetizar um inibidor para a função osteoclástica ou outra substância que interfira no
desenvolvimento dos osteoclastos. Os autores concluíram que os osteoblastos, in vitro,
mediam a ação dos bisfosfonatos sobre a reabsorção pela síntese de um inibidor do
recrutamento, sobrevivência dos osteoclastos, ou ambos. Estes achados não s6 oferecem um
15
função dos osteoblastos na regulação da reabsorção óssea. Além disso, os osteoblastos podem
mediar a ação não somente estimulando, mas, também inibindo a reabsorção. Estas drogas
podem, além disso, tornar-se instrumento valioso para elucidar o mecanismo preciso que
governa a reabsorção osteoclistica na saúde e na doença
2.2.Emdogain
O Emdogain consiste em uma proteína liofilizada e alginato de propilenoglicol (APG) como
veiculo. (HAMAMOTO et al., 2002)
2.2.1 Uso em periodontia
Ninomiya et al. (2002) apresentaram um caso clinico, onde aplicaram as PDME no
transplante de um dente impactado, com raizes incompletamente formadas. Um segundo
pré-molar superior foi cuidadosamente extraído e preservado em SSBH. As PDME foram
aplicadas em toda a superficie radicular, e o dente reimplantado e ferulizado com contenção
rígida. 0 dente transplantado não apresentou dor espontânea ou a percussão, e o teste de
vitalidade mostrou-se positivo após 3 meses. Os autores observaram, através de análise
radiográfica, a formação de tecidos periodontais e desenvolvimento radicular. Após 3 meses,
houve formação de novo osso e após 6 meses, pode ser observado considerável
lo
osso. Não existiram sinais de
reabsorção
eanquilose.
Os autores consideraramque
o uso dasPDME
pode ter aumentado a atividade regenerativa dostecidos periodontais,
podendotambém ser associada ao desenvolvimento
radicular,
vistoque,
o principal componente dasPDME são
proteínas derivadas da bainhaepitelial
deHertwig.
A
amelogenina,
maior componenteprotéico
do esmalte dental, constitui cerca de 90%
de um dente em desenvolvimento, e tem-se mostrado uma proteína de adesão celular. Visto
que
aamelogenina intacta
não pode ser isolada em quantidade ou espontaneamente separadade outro
peptideo amelogeninico,
aamelogenina recombinada
éfreqüentemente
usada emanálises
químicas. Aamelogenina recombinada
difere daamelogenina intacta
pelaausência
de fosfato e
metionina N-terminal,
sendo assim, Hong et al.(2002)
avaliaram a possibilidadeda
arnelogenina recombinada
serresponsável
pela atividade deadesividade
celular,promovendo a proliferação e
migração
das células do LP. Aamelogenina recombinada
possuium mecanismo cation bivalente dependente para sua atividade, e apesar de unir-se A
hidroxiapatita,
foi demonstrado quenão
é capaz de unir-se aocolágeno
ouheparina
emcondições fisiológicas.
A atividade deadesão
celular daamelogenina
pode ter um papel naadesão
dosameloblastos
ou outros tipos celulares Ahidroxiapatita
durante o desenvolvimento,e pode
fornecer
umaexplicação
para alguns efeitos clínicos doEmdogain.
Segundo
Nikopoulos; Peteinalci; Castanas (2002),
aregeneração tecidual
apósmanipulação
terapêutica tem sido o maior desafio naperiodontia,
cirurgia oral e trauma dostecidos
periodontais. Alguns
produtos têm sido propostos pararegeneração
dos tecidos17
imunológicos do Emdogain em humanos durante 1 ano. Para o experimento, 10 pacientes,
com lesões intra-ósseas >= 4 mm, medidas com sonda periodontal, foram selecionados para
aplicação do Emdogain. Após anestesia, foi realizada curetagem gengival e raspagem do
defeito intra-ósseo. A área foi lavada com solução salina estéril e condicionada com acido
fosfórico 35% por 10 s. 0 Emdogain foi aplicado em tomo da superficie exposta da raiz. Os
pacientes foram orientados a enxaguar o local com clorexidina 0,2% e fazer uso de penicilina
1.500.000 UI 3 vezes ao dia. 0 produto não causou nenhum efeito nas subpopulações de
linfocitos T ou B, o que indica não estimular o sistema imune. Apesar de a composição
química exata do Emdogain não ser bem conhecida, estudos prévios não mostraram nenhuma
reação cruzada imunoquimica entre o Emdogain e uma série de fatores de crescimento ou de
interleucinas. Os resultados confirmam a utilidade clinica do Emdogain na cirurgia
periodontal, indicando que este agente é bem tolerado pelo sistema imune do hospedeiro.
Figueredo; Cohen; Machado (2003), através de revisão de literatura, avaliaram as
conseqüências da utilização de PDME na regeneração periodontal. Segundo os autores, sua
utilização como um material regenerador, está baseada na atividade da amelogenina durante a
embriogênese do cemento. As proteínas do esmalte quando usadas em humanos têm a
capacidade de promover uma matriz extracelular natural para recolonização de superficies
radiculares danificadas por células que exprimem o fenótipo do cementoblasto, induzindo a
formação de um cemento acelular. A deposição deste cemento pode favorecer a formação de
um novo LP e osso alveolar e a conseqüente recuperação do periodonto destruido. 0
Emdogain é uma formulação comercial disponível, composta de amelogenina suma,
18
requisitos essenciais (6 uma solução liquida, tem pH não neutro, e permite uma precipitação
gradual de matriz quando em condições fisiológicas restabelecidas) para a aplicação de
PDME, podendo promover a repopulação da area por células similares aos fibroblastos. Seu
mecanismo de ação ainda não é completamente conhecido, mas acredita-se que simule o
papel das proteínas do esmalte na cementogênese. Portanto, a deposição temporária de
proteínas da matriz do esmalte sobre a superficie radicular seria um passo essencial para
induzir a neoformação de cemento acelular, que pode eventualmente ser seguida pela
formação de um novo LP e osso alveolar.
2.2.2. Uso em Endodontia
lqbal e Bamaas (2001) avaliaram o efeito das PDME na reabsorção radicular de dentes
reimplantados. Foram extraidos incisivos permanentes de cães, secos por períodos de 15, 30 e
60 min e posteriormente reimplantados após a aplicação do Emdogain. Conforme instruções
do fabricante, o Emdogain foi misturado 15 mm antes da aplicação nos dentes. Dois minutos
antes do reimplante a cavidade foi lavada com 5 ml de solução salina. Os dentes foram presos
pela coroa e lavados com 2 ml da solução e o excesso foi removido com gaze. Os dentes
foram então cobertos com o gel do Emdogain e reimplantados. Dentes homólogos dos
mesmos animais foram usados como controle e submetidos aos mesmos tempos de
desidratação e reimplantados sem o tratamento prévio com o Emdogain. Uma semana após o
19
1, os dentes foram esplintados por 1 semana e os animais sacrificados após 8 semanas. No
grupo 2, os dentes foram esplintados por 1 semana e os animais sacrificados após 12 semanas.
No grupo 3, os dentes não foram esplintados e os animais sacrificados após 12 semanas. Os
dentes foram analisados histologicamente quanto aos seguintes aspectos: presença de Areas da
raiz com reabsorção superficial, presença de inflamação, reabsorção por substituição, ou
ambos, e presença de normalidade. A porcentagem de células do LP encontrada no grupo
tratado com Emdogain foi significativamente mais elevada do que aquela encontrada no
grupo controle. A incidência de inflamação, reabsorção por substituição, ou ambos, foi
significativamente menor no grupo experimental do que no grupo controle. Além disso, o
Emdogain apresentou melhores resultados em 12 semanas do que em um intervalo de 8
semanas, quanto A. incidência de reabsorção por substituição. Os autores concluíram que o
produto testado pode estimular a proliferação das células do LP, o que torna o Emdogain, uma
alternativa para o tratamento de superficies radiculares danificadas em dentes avulsionados.
Filippi; Pohl; Von Arx (2002) realizaram um estudo clinico prospectivo que
investigou o uso do Emdogain no reparo da anquilose relacionada a traumas no reimplante
intencional. Dezesseis dentes anquilosados de pacientes com idades entre 7 e 23 anos,
afetados pela reabsorção por substituição, foram submetidos aos seguintes procedimentos:
após a extração do dente, o canal radicular foi tratado e retrobturado com núcleo de titânio.
Antes do reimplante, o Emdogain foi aplicado na superficie radicular de todos os dentes e nos
alvéolos. 0 período de avaliação variou de 4 a 24 meses. Os resultados incluíram avaliações
da mobilidade obtida com Periotest, som A percussão e radiografias periapicais. Todos os
20
apresentaram sinais de recorrência da anquilose; eles tiveram suas funções restabelecidas
e
não exibiram patologias clinicas. Quatro dentes severamente traumatizados demonstraram
recorrência de anquilose após um
período
médio de 6 meses; um dente foi perdido em umsegundo acidente
após
7 meses. Pelos resultados, os autores afirmaram queo
tratamento dareabsorção por substituição após trauma leve ou moderado; com a aplicação tópica do
Emdogain no reimplante dental preveniram, em muitos casos,
o
aparecimento ou adiaram arecorrência da anquilose.
Pesquisa realizada por Hamamoto et al. (2002) avaliaram os efeitos da aplicação
e
distribuição das PDME nos tecidos periodontais dos molares de maxilares de ratos
transplantados para uma posição
subcutânea
da parede abdominal dos mesmos. Os dentesforam divididos em 4 grupos. No grupo 1, os dentes foram transplantados imediatamente após
a extração; no grupo 2, os dentes foram cobertos por PDME
e
imediatamente transplantados;no grupo 3, os dentes foram submetidos à desidratação com jatos de ar por um
período
de 30min
e
posteriormente transplantados; no grupo 4, os dentes tiveramo
mesmo tratamento queo
grupo 3, foram cobertos por PDME
e
transplantados. Os ratos foram sacrificados após 2 dias,1, 2 ou 4 semanas
e
cortes histológicos dos dentes foram examinados por meio demicroscopia ótica
e
com imunohistoquimica (anticorpos antiamelogenina). Os dentestransplantados imediatamente
após
a extração mostraram formação de osso alveolar separadodas raizes dentais pelo espaço periodontal, independente do uso de PDME. Nos dentes
submetidos à secagem por 30 min
e
tratamento com PDME, novo osso alveolar foi formadoem 5 dos 8 dentes após 2
e
4 semanase
somente 1 dente mostrou reabsorção radicular.11
com PDME mostrou formação de osso alveolar e todos apresentaram reabsorção. Todos os
dentes tratados com PDME apresentaram uma reação imunohistoquimica por amelogenina, os
dentes que não receberam o mesmo tratamento não apresentaram a referida reação. Segundo
os autores, as PDME acumulam-se nas células da superficie radicular, promovendo
regeneração dos tecidos periodontais. Também melhora o reparo das areas de reabsorção e
participa na prevenção das reabsorções radiculares. Conforme os resultados os autores
afirmaram que as PDME podem prolongar o tempo extra-alveolar aceitável e, portanto,
3 DISCUSSÃO
Um dos papéis mais importantes do Cirurgião-dentista, qualquer que seja a sua
especialidade, é a instituição de medidas para preservar o dente e suas estruturas de suporte
em condições de saúde. Na Endodontia, o estudo do trauma dento-alveolar tem tomado
posição de destaque.
Embora as injúrias traumáticas ocorram em qualquer idade, em geral afetam os dentes
permanentes de pacientes na faixa etária de 8 a 12 anos. Em múltiplos acidentes, a intensidade
e forma da batida, aliadas à frouxa estrutura do ligamento periodontal favorecem o total
deslocamento do dente para fora de seu alvéolo, ou seja, a avulsão.
A importância funcional e estética dos dentes afetados e, principalmente a pouca idade
dos pacientes, quando da ocorrência deste traumatismo, têm determinado inúmeros estudos na
tentativa de assegurar o sucesso do reimplante dental.
0 dano celular, como resultado do trauma, pode desencadear três tipos de resposta
periodontal: formação de tecido periodontal normal, reabsorção superficial, reabsorção
inflamatória e reabsorção por substituição.
Como estratégia para diminuir ou impedir o processo de reabsorção, estudos têm sido
realizados com o Alendronato de Sódio (ALN).
O ALN é um aminobisfosfonato que atua como um potente inibidor da reabsorção
mediada por osteoclastos. Os bisfosfonatos são análogos sintéticos do pirofosfato, com forte
afinidade A. hidroxiapatita (DICIONÁRIO DE ESPECIALIDADES FARMACÊUTICAS
2000/2001). Eles representam uma classe de componentes desenvolvidos para diagnóstico e
23
terapêutico tem sido na doença de Paget, doenças ósseas tumorais e, recentemente, na
osteoporose.
0 mecanismo pelo qual os bisfosfonatos inibem a reabsorção óssea mediada por
osteoclastos, no entanto, não está completamente esclarecido. Por causa da forte afinidade
química com a superficie óssea mineral, a sua ação inibitória foi, primeiramente, atribuida ao
dano metabólico na atividade dos osteoclastos. Este modo de ação foi suportado por
evidências de que os osteoclastos adquirem uma aparência degenerativa e apresentam
alteração funcional, não somente, in vivo, mas também, in vitro, após a cultura sobre
partículas ósseas cobertas por bisfosfonatos. Interessante, entretanto, observar que a eficácia
de diferentes bisfosfonatos sobre a reabsorção, quando aderidos a uma superficie óssea
mineral, in vitro, não reflete sua relativa potência, in vivo (VITTE; FLEISCH; GUENTHER,
1996).
A idéia de que os bisfosfonatos podem não desempenhar somente uma ação direta
sobre a atividade ou recrutamento dos osteoclastos, mas interagir também com células
osteoblisticas tem encorajado muitos estudos.
Vitté; Fleisch; Guenther (1996) ressaltaram que os bisfosfonatos não agem
isoladamente sobre células osteoclisticas e que os osteoblastos, in vitro, atuam como
mediadores da ação dos bisfosfonatos sobre a reabsorção pela síntese de um inibidor do
recrutamento ou sobrevivência dos osteoclastos. Estes achados não só oferecem um
mecanismo de ação adicional para os bisfosfonatos, mas também acentua a importância da
função dos osteoblastos na regulação da reabsorção óssea. Além disso, os osteoblastos podem
mediar a agar), não somente estimulando, mas, também inibindo a reabsorção, o que faz destas
drogas; instrumentos valiosos para elucidar o mecanismo preciso que governa a reabsorção
14
Até
o
momento, as terapias com bisfosfortatos têm preconizadoo
uso sistêmico dadroga, via oral ou endovenosa. No entanto, estas não são as vias de administração de eleição
para uso em casos de reimplante dental.
Segundo Funayama et al. (2000) a administração de aminobisfosfonatos a pacientes
requer cuidados. Em seu estudo em ratos, os autores constataram a possibilidade da injeção
intraperitonial de ALN potencializar a ação da enzima histidina decarboxilase. Esta enzima
é
capaz de estimular a liberação de histamina, importante mediador quimico do processo
inflamatório, independente da presença de antigenos. Assim, os autores sugeriram que a
administração de aminobisfosfonatos pode resultar em efeitos colaterais indesejáveis
(exacerbação das respostas inflamatórias) em humanos.
Segundo
o
fabricante do medicamento Fosamax® (MERCK) apresentado sob a formade comprimidos contendo 10 mg de Alendronato de
Sódio,
a administração oral da drogapode trazer algumas reações adversas, como esofagite, erosão esofagiana
e
Ulcerasesofag,ianas. Diante disso, algumas recomendações acompanham
o
uso do ALN, quandoadministrado via oral. 0 medicamento deve ser tomado somente com Agin, pelo menos meia
hora antes do primeiro alimento, bebida ou medicamento do dia. Outras bebidas (inclusive
água
mineral), alimentose
alguns medicamentos parecem reduzir sua absorção. Para facilitara chegada ao estômago
e
reduzir a irritação esofagiana, deve ser tomado apóso
levantar, comum copo cheio de
água e o
paciente não deve deitar-se por pelo menos 30 mine
até após aprimeira refeição do dia. A não observação destas recomendações pode aumentar
o
risco deexperiências adversas no estômago. (DICIONÁRIO DE ESPECIALIDADES
FARMACÊUTICAS 2000/2001).
Distúrbios do metabolismo mineral
e
do cálcio, tais como deficiência de vitamina De
hipocalcemia, devem ser corrigidos antes do inicio da terapia com ALN. Além disso,
o
uso daUP"
111116k•seeia •••6•,1, 25
estes grupos. Em casos de
superdosagem,
recomenda-se aadministração
de leite ouantiácidos
que se ligam ao
ALN. (DICIONÁRIO
DE ESPECIALIDADESFARMACÊUTICAS
2000/2001).
Em Odontologia, o
ALN
tem sido utilizado na tentativa de reduzir areabsorção
ósseaem cirurgias
periodontais
e, mais recentemente, em casos de reimplante dental, como formade reduzir a
reabsorção radicular
e favorecer o reparo.0
osso alveolar é capaz de absorver aproximadamente10%
da dose aplicada o queindica que o
ALN
é eficientemente absorvidoquando
em contato com o tecido ósseo,passando inclusive a
circulação
sanguínea, jáque
é encontrado em locais distantes àaplicação
(YAFFE et al.,
1999).
Em
comparação
a outrosbisfosfonatos,
oALN
tem se mostrado o mais eficaz naredução
dareabsorção
óssea alveolar em cirurgiasperiodontais
(YAFFE et al.,2000).
A aplicação tópica do
ALN é
capaz de reduzir ou inibir areabsorção radicular externa
após
avulsão
em dentes de odes. Além disso, o índice de reparo é maiorquando
os dentessão
tratados com
ALN
antes do reimplante.0
seu uso também resulta em uma menor perda deestrutura
radicular
(LEVIN et al.,2001).
Diante do que foi relatado, ressalta-se
que
oALN
é realmente uma droga atuante noprocesso de
reabsorção radicular,
no entanto a carência em estudos sobre o produto,especialmente na Area
odontológica impõe
alguns cuidados quanto ao seu uso.A
ausência
de pesquisas com grupospediátricos
contra-indica aadministração
sistêmica da droga na faixa etária onde os traumas
dento-alveolares
ocorrem com maiorfreqüência.
Além disso, ainativação
do produto,quando
administrado via oral, napresença
deleite e
antiácidos,
faz questionar a suautilização
tópicaquando
o leite é usado como meio de16
Outra questão a ser discutida seria o uso do hidróxido de cálcio como curativo de
demora no tratamento endeidontico de dentes avulsionados, neutralizando, pelo seu elevado
pH, o poder de ação do ALN.
Uma outra alternativa para reduzir, inibir, ou ambos, a reabsorção radicular são as
PDME, cujo produto industrializado é comercializado com o nome Emdogain Gel, disponível
em seringas de 0,3 e 0,7 ml.
O Emdogain é uma mistura heterogênea de PDME, isoladas de coroas dentais de
porcos, de 6 meses de idade. 0 componente predominante (mais de 90 %) é a amelogenina. A
amelogenina é a principal proteína do esmalte dental de um dente em desenvolvimento
(HONG et al. 2002). 0 veiculo é composto por uma solução de alginato de propilenoglicol
(HAMAMOTO et al., 2002).
As PDME são proteínas complexas que podem facilitar o crescimento dos
cementoblastos em torno da superfície radicular desnuda, promovendo a proliferação,
aumentando a migração e diferenciação das células progenitoras, deste modo regenerando o
periodonto de inserção (FILIPPI; POHL; VON ARX, 2002; HONG et al., 2002). As PDME
promovem ainda, a proliferação seletiva das células do LP, podendo ser usadas na
regeneração do cemento acelular e das fibras extrinsicas nele inseridas (IQBAL; BAMAAS,
2001).
Os tecidos periodontais, ainda que parcialmente destruidos possuem células
mesenquimais indiferenciadas e fibroblastos com capacidade de regenerá-lo. Imitar os eventos
que acontecem durante o desenvolvimento radicular é uma possibilidade para que ocorra a
regeneração periodontal. Há evidências de que as células da bainha epitelial de Hertwig,
extensão apical do órgão do esmalte, secretam proteínas durante a formação do cemento
17
Baseado na atividade da amelogenina durante a gênese do cemento, esta proteína tem
sido empregada como material regenerador. As PDME têm a capacidade de produzir uma
matriz extracelular natural sobre as superfícies radiculares danificadas. Esta matriz facilita a
recolonização por células que exprimem o fenótipo do cementoblasto, induzindo a formação
de cemento acelular. A deposição deste cemento pode favorecer a formação de um novo LP e
osso alveolar, e a conseqüente recuperação do periodonto destruido. Acredita-se que simule o
papel das PDME na cementogênese (F1GUEREDO;COHEN; MACHADO. , 2003).
As PDME estão envolvidas tanto na prevenção da reabsorção radicular como no
reparo das cavidades de reabsorção. 0 mecanismo responsável por estes efeitos ainda não está
completamente elucidado, mas sabe-se que pode estar associado com alguns fatores de
crescimento que células do LP secretam quando cultivadas na presença de PDME. Este
produto, quando adicionado a um meio de cultura aumenta expressivamente o número de
fatores de crescimento, e acelera significativamente a inserção, o metabolismo e a taxa de
crescimento celular, aumentando expressivamente o número de fatores de crescimento
(HAMAMOTO et al., 2002).
Segundo Ninoiya et al. (2002), as PDME exercem alguns efeitos sobre as células do
LP, tais como: promoção do crescimento celular; aumento da taxa de adesão celular,
estimulação dos sinais celulares e indução de matriz proteica Em seu estudo, os autores
consideraram que o uso das PDME pode ter aumentado a atividade regenerativa dos tecidos,
favorecendo os procedimentos de transplante dental.
0 uso do Emdogain também foi capaz de prevenir o aparecimento ou adiar a
recorrência de anquilose, quando usado topicamente no reimplante intencional de dentes
anquilosados (FILIPPI; POHL; VON ARX, 2002).
0 uso das PDME foi capaz de prolongar o tempo extra-alveolar aceitável e portanto
2F
onde o reimplante imediato
não
é possível.Não está
claro como os efeitos dasPDME estão
ligados à
regeneração
periodontal dos dentes com período extra-alveolar de30
min.Presume-se
que
célulaspróximas
àsuperficie radicular
mantenham a viabilidade em resposta àadição
das
PDME,
regulando aregeneração
de todo o tecido periodontal(HAMAMOTO
et al.,2002).
Sabe-se que um percentual considerável de células do LP sobrevive se o período
extra-alveolar de um dente traumaticamente
avulsionado
for menorque lh
em atmosferaúmida
(IQBAL; BAMAAS., 2001).
Estudos adicionais
que
avaliem longos períodosextra-alveolares
poderão mostrar se asPDME
têm efeito naregeneração
periodontalquando
todas as células aderidas àsuperficie
radicular
estiveremnecrosadas.
AsPDME
também podem aumentar as chances de sucessonos casos dos dentes que
são
reimplantados com traumas no LP e nos dentesque são
intencionalmente extraídos e reimplantados
(HAMAMOTO
et al.,2002).
Vale ressaltar que o
Emdogain não
modifica a resposta celular ouhumoral,
in vivo, oque indica segurança
imunológica
do agente, pelo menosapós 1
ano,quando
usadotopicamente
(N1KOPOULOS; PETE1NAK1; CASTANAS, 2002).
Apesar dos resultados
satisfatórios
demonstrados nosvários trabalhos,
ainda hánecessidade de outros estudos longitudinais a fim de comprovar a eficiência da
aplicação
'X)
4 CONCLUSÕES
De acordo com esta revisão da literatura, podemos concluir que:
1) 0 ALN é capaz de inibir ou reduzir o processo de reabsorção radicular por substituição que
freqUentemente ocorre em casos de reimplante dental.
2) As PDME são capazes de promover a diferenciação e multiplicação celular a partir de
células viáveis do LP, buscando o recobrimento de áreas desnudas da raiz.
3) 0 uso destas substâncias constitui uma alternativa nova e promissora para o tratamento da
reabsorção radicular por substituição em casos de reimplante dental.
4) Estudos longitudinais são necessários para comprovar a e ficácia e aplicabilidade clinica