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CARACTERIZAÇÃO DO PERFÍL LIPÍDICO DAS AMOSTRAS ANALISADAS NO LABORATÓRIO CENTRAL DO HOSPITAL MUNICIPAL VEREADOR HUGO BRAGA EM PIABETÁ, MAGÉ – RJ.

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CARACTERIZAÇÃO DO PERFÍL LIPÍDICO DAS AMOSTRAS ANALISADAS

NO LABORATÓRIO CENTRAL DO HOSPITAL MUNICIPAL VEREADOR

HUGO BRAGA EM PIABETÁ, MAGÉ – RJ

ANA ROBERTA FIGUEIREDO1*; ARIANA CLAIR1; EMERSON MOREIRA REIS2

1Acadêmicos de Ciências Biológicas, (Escola de Ciências da Saúde,Unigranrio); 2Docente da Escola de Ciências da Saúde,Unigranrio; *anarobertafigueiredo@gmail.com Rua Professor José de Souza Herdy, 1160. CEP 25071-200, Duque de Caxias, RJ.

RESUMO

Nos últimos tempos acumularam-se evidências relacionadas às desordens nas frações lipídicas do sangue, o que chamamos de dislipidemias. A dislipidemia é causada através da ingestão excessiva em colesterol e gorduras. No Brasil, as dislipidemias apresentam um grave problema de saúde pública, além de serem a principal causa de gastos em assistência médica pelo Sistema Único de Saúde. A dosagem de colesterol na infância merece atenção, pois crianças e adolescentes com vida sedentária e ingestão excessiva de gorduras e açucares são propensas a desenvolver doenças graves. Realizamos testes bioquímicos e fizemos um levantamento de dados para compararmos o índice de lipídeos das faixas etárias estudadas, em um total de 120 amostras. O objetivo da pesquisa foi descrever o perfil lipídico, a prevalência de dislipidemia e sobrepeso em crianças e adolescentes e correlacioná-las com o perfil adulto do Hospital Municipal Vereador Hugo Braga situado no município de Magé – RJ.

Palavras-chave: Dislipidemia, obesidade, colesterol.

LIPID PERFÍL CHARACTERIZATION OF SAMPLES ANALYSED AT THE

CENTRAL LABORATORY OF THE “HOSPITAL MUNICIPAL VEREADOR

HUGO BRAGA” IN PIABETÁ, MAGÉ – RJ

ABSTRACT

Recently accumulated evidence related to disorders in lipid fractions of blood, which called dyslipidemia. Dyslipidemia is caused by excessive intake of cholesterol and fats. In Brazil, the dyslipidemia present a serious public health problem, besides being the leading cause of medical spending by the Unified Health System.The level of cholesterol in childhood deserves further attention, since children and adolescents with a sedentary lifestyle and excess intake of fats and sugars are prone to develop serious diseases. We conducted biochemical tests and did a survey to compare the lipid content of the age groups studied, a total of 120 samples.The purpose of this research was to describe the lipid profile, the prevalence of dyslipidemia and overweight among children and adolescents and correlate them with the adult profile of “Hospital Municipal Vereador Hugo Braga” located in the city of Magé-RJ.

Keywords:Dyslipidemia, obesity, cholesterol.

INTRODUÇÃO

Os lipídios são substâncias de origem biológica insolúveis em água, mas solúveis em solventes apolares. Estão presentes em todos os tecidos e exercem uma grande importância para o nosso organismo. Atuam como hormônios ou

precursores hormonais, reserva energética,

componentes estruturais e funcionais das

biomembranas, isolante na condução nervosa e previnem a perda de calor. Dentre os lipídeos presentes no plasma sanguíneo de maior

importância fisiológica e clínica podemos citar os

ácidos graxos, os triglicerídeos, os

fosfoglicerídeos e o colesterol livre e esterificado (MOTTA, 2003).

O colesterol é uma substância gordurosa encontrada na corrente sanguínea e em todas as células do nosso corpo. Tem importantes funções nas membranas celulares, influenciando na sua fluidez e no estado de ativação de enzimas ligadas a membranas. O organismo humano faz cerca de

1000 miligramas de colesterol por dia,

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(ou mais) podem vir diretamente da alimentação.

(INSTITUTO PRÓCARDIACO, 2009). O

colesterol é parte de um corpo saudável, mas se está demais no sangue pode ser um problema. O colesterol alto é um fator de risco para doença coronariana e derrame.

Triglicerídeos (TG) atuam como reserva de energia e da classe dos lipídeos é o mais abundante, apesar de não serem componentes de membranas celulares. São altamente eficientes em armazenamento de energia, pois são menos oxidados do que carboidratos ou proteínas,

fornecendo significativamente mais energia

(VOET, 2008).

À medida que as pessoas vão

envelhecendo, quando ganha peso ou ambos, seu colesterol e triglicérides tendem a subir (MOTTA, 2003).

As lipoproteínas são partículas solúveis em água com a função de transportar em seu núcleo os lipídeos no plasma. Sua constituição é formada de quantidades variáveis de colesterol e seus ésteres, triglicerídeos, fosfolipídios e proteínas (apolipoproteínas) que são solúveis no plasma devido à natureza hidrófila da porção protéica. O colesterol LDL e HDL na realidade são de fato lipoproteínas que exercem o transporte de colesterol, e acabaram sendo chamadas desta forma. Lipoproteínas de densidade baixa (LDL, low-density lipoproteins) são ricas em colesterol e transportadas até as células. Já as lipoproteínas de densidade alta (HDL, high-density lipoproteins) atuam na captação do colesterol ao nível celular, conduzindo-o até o fígado onde ocorrerá a sua catabolização e eliminação (MOTTA, 2003).

De um modo particular o aumento do LDL – C, na hipercolesterolemia, é preditor da DAC devido suas partículas conterem 70% de colesterol no sangue, o consequente de ser o principal alvo de intervenção médica. O HDL – C ao contrário do LDL - C diminue o risco relativo de DAC, pois tem função protetora sobre a aterogênese detendo da habilidade de fazer o transporte reverso do colesterol e é através desse mecanismo protetor que consegue remover o colesterol das células e transporta-lo até o fígado

para então, ser excretado. Ele também

potencializa a coleta de outras lipoproteínas circulantes em células como o músculo liso e influencia a ligação e absorção das LDLs. (GAMA, 2005; LEHNINGER, A.L.,1995).

Nos últimos tempos acumularam-se evidências relacionadas às desordens de uma ou mais frações lipídicas no sangue, o que chamamos

Dislipidemia é um quadro clínico que se caracteriza por concentrações anormais de lipídios (gorduras) ou lipoproteínas no sangue. Incluindo dentre as gorduras colesterol e triglicerídeos. (FRANCA & ALVES, 2006). A dislipidemia é causada através da ingestão de uma dieta rica em colesterol e gorduras, quando o organismo produz colesterol e triglicerídeos demais ou até mesmo em ambas as situações. A doença ocorre em consequência da formação de placas lipídicas depositadas na parede arterial, podendo assim obstruir a luz dos vasos sanguíneos (INSTITUTO PRÓCARDIACO, 2009).

Para estudar a dislipidemia inicialmente são empregados exames do perfil lipídico que é definido pelas determinações do colesterol total (CT), TG e HDL- C (colesterol contido nas HDL) e cálculo do LDL-C (colesterol contido nas LDL)

(SOCIEDADE BRASILEIRA DE

CARDIOLOGIA, 1994). Numerosos estudos experimentais, epidemiológicos e ensaios clínicos associaram nitidamente a dislipidemia com o aumento do risco de morte. A elevação dos níveis plasmáticos de colesterol de baixa densidade (LDL-C), a redução dos níveis de colesterol de alta densidade (HDL-C) e também o aumento de triglicerídeos (TG) são fatores de risco para eventos cardiovasculares, no qual se encontra como a principal causa de morte no mundo (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009). Os dados

brasileiros revelam que as doenças

cardiovasculares excedem outras causas de óbito e, em 1998, foram responsáveis por 27% das mortes. Devido à grande incidência das dislipidemias, estratificaram os pacientes em grupos de maior risco e desenvolveram políticas de saúde capazes de encaminhá-los para o tratamento. No Brasil, as dislipidemias associadas com agravantes não transmissíveis como diabete, hipertensão e obesidade também vêm representar nos dias de hoje, um grave problema de saúde pública, além de serem a principal causa de gastos em assistência médica pelo Sistema Único de Saúde. Uma grande preocupação é adquirida a partir do momento em que se torna ciente o crescimento nesta última década da prevalência de dislipidemia e da obesidade, devido à falta da

prática de exercícios físicos regulares

(sedentarismo), o consumo de uma alimentação rica em gorduras saturada e pobre em fibras (RIBAS & SANTA DA SILVA, 2009).

Nos últimos anos, a dosagem de colesterol durante a infância tem recebido maior atenção. É de grande importância a detecção de níveis

(3)

(DAC) na idade adulta e que podem ser beneficiadas através de dieta intensiva. A DAC é rara em adultos jovens, e tem características distintas das apresentadas em pacientes mais velhos. Todavia, crianças e adolescentes com estilo de vida sedentário e alimentação rica em gorduras e açúcar são propensas a desenvolver coronariopatia. Durante a juventude a ausência de exposição a fatores como fumo e álcool contribuem para uma melhor definição do perfil lipídico adequado (FRANCA & ALVES, 2006).

Tivemos como objetivo descrever o perfil lipídico estimando a prevalência de dislipidemia e

sobrepeso em crianças e adolescentes e

correlacioná-las com o perfil adulto do Hospital Municipal Vereador Hugo Braga situado no município de Magé – Rio de Janeiro.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi realizado no laboratório central de análises clínicas do Hospital Municipal Vereador Hugo Braga situado no 6º Distrito do município de Magé no Rio de Janeiro no período de novembro de 2009 a fevereiro de 2010.

Foram realizados testes bioquímicos em amostras sanguíneas e através destes, realizamos uma coleta de dados para compararmos o perfil lipídico existente nas faixas etárias estudadas.

Para obtenção da amostra, recomendou-se: coleta após jejum de 12 a 14h; para determinação isolada de CT não foi necessário o jejum; manteve-se a alimentação habitual e evitou-se a ingestão de bebidas alcoólicas na véspera; não praticando exercício físico imediatamente antes da coleta; punção venosa 5min após sentado ou deitado, evitando estase venosa prolongada (mantendo torniquete por menos de 2min); evitou-se também a coleta no período das 3 semanas seguintes a uma enfermidade leve ou nos 3 meses após doença grave clínica, ou cirúrgica; identificando eventual uso de medicamentos que possam alterar o perfil lipídico. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 1994)

Foram avaliados os resultados dos testes

bioquímicos de crianças com idades

compreendidas entre 4 a 12 anos, adolescentes entre 11 a 19 anos e adultos entre 20 a 45 anos. Assim, analisando os valores de colesterol total (CT), triglicerídeos (TG), colesterol associado à lipoproteína de alta densidade (HDL), colesterol associado à lipoproteína de baixa densidade (LDL), todos estes após 12 horas de jejum como determinado por métodos enzimáticos. Ao final, encontra-se um estudo comparativo dos dados analisados entre cada faixa etária.

RESULTADOS

De acordo com a pesquisa realizada no Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Municipal Vereador Hugo Braga diversos dados foram levantados em relação ao nível de gorduras presentes nas amostras analisadas.

Foram analisadas 120 amostras de diferentes idades e sexos, correspondendo a 30 crianças, 30 adolescentes e 60 adultos (30 homens e 30 mulheres). Separamos os resultados obtidos de acordo com cada faixa etária.

Crianças

Dentre o total das amostras analisadas de crianças em relação aos níveis séricos de Colesterol Total (CT) podemos constatar que 1/3 delas, ou seja, mais de 33% encontra-se com o nível do mesmo entre limitrole e elevado, o que já é preocupante, como demostra o gráfico 1. Já em relação aos níveis séricos de triglicerídeos (TG), 20% dessas crianças estão com o TG elevado (gráfico 2). Na análise do Colesterol HDL (HDL – C) encontramos um número que nos remete atenção, pois 14 criancas estão abaixo do nível normal, perfazendo mais de 46% das amostras como demonstrado no gráfico 3. Contudo, na análise do Colesterol LDL (LDL – C) obtivemos 1/3 das amostras no nível limitrole (gráfico 4).

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Gráfico 1. Níveis séricos de CTde crianças entre 4 a 10 anos. Gráfico 2. Níveis séricos de TGde crianças entre 4 a 10 anos.

Gráfico 3. Níveis séricos de HDL-Cde crianças entre 4 a 10 anos. Gráfico 4. Níveis séricos de LDL-Cde crianças entre 4 a 10 anos.

Adolescentes

Dentre o total das amostras analisadas de adolescentes em relação aos níveis séricos de CT fizemos o levantamento de que mais de 23% dos adolescentes já estão dentro do nível limitrole e acima de 3% estão com o nível elevado (Gráfico 5). Os níveis séricos de TG atingiram mais de 13% das amostras o nível elevado (Gráfico 6).

Na análise do HDL – C 6 adolescentes, correspondentes à 20%, estão com o nível elevado como podemos visualisar no gráfico 7. Já ao tratarmos do LDL – C obtivemos a mesma porcentagem do nível indesejável em relação ao HDL – C (20% das amostras), sendo 5 adolescentes com o nível limitrole e 1 com o nível elevado (Gráfico 8).

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Gráfico 5. Níveis séricos de CTde adolescentes de 11 a 19 anos. Gráfico 6. Níveis séricos de TGde adolescentes de 11 a 19 anos.

Gráfico 7. Níveis séricos de HDLde adolescentes de 11 a 19 anos. Gráfico 8. Níveis séricos de LDLde adolescentes de 11 a 19 anos.

Adultos

Em relação às amostras dos adultos tivemos uma grande variação nos níveis obtidos. Os níveis séricos de CT indesejados chegaram a somar mais de 26% das amostras dentre as 60 analisadas, o que dizem respeito a 10 amostras com o nível limitrole e 6 com o nível elevado (gráfico 9). Em relação aos níveis séricos de TG encontram-se 35% das amostras com suas concentrações altas, o equivalente a 21 amostras, sendo relativas a 10 amostras com limiar alto, 10 amostras constando o elevado e 1 amostra correspondendo a muito elevado (gráfico 10).

O HDL –C constou em 23 amostras o nível baixo e em 22 amostras o nível intermediário, ou seja, 75% com o nível indesejável e somente os restantes 25% com o nível desejável (gráfico 11). Na abordagem dos níveis de LDL – C foi onde encontramos uma variabilidade maior entre os níveis, pois a maior parte dos analisados

(correspondentes a 56,7%) estão com

concentrações negativas, dentre 16 amostras com limiar alto, 10 amostras com limiar elevado, 5 amostras no nível intermediário e 3 amostras acima do nível elevado.

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Gráfico 9. Níveis séricos de CTde adultos entre 25 e 45 anos. Gráfico 10. Níveis séricos de TGde adultos entre 25 e 45 anos.

Gráfico 11. Níveis séricos de HDLde adultos entre 25 e 45 anos. Gráfico 12. Níveis séricos de LDLde adultos entre 25 e 45

DISCUSSÃO

Com base nos dados coletados, levando em conta três grupos distintos de idades (crianças, adolescentes e adultos) avaliamos a exposição das amostras do Hospital citado acima quanto à

obesidade. O presente estudo identificou

importantes características do perfil lipídico destes pacientes.

Como foi discutido por Perllanda (2002) a prevalência de obesidade em crianças vem crescendo cada vez mais, sendo atribuída

principalmente a fatores ambientais e

socioculturais, pois estão incentivadas a uma dieta pouco saudável, com alta proporção de gorduras, e a uma atitude sedentária. Embora no nosso país a desnutrição ainda seja prevalente, a obesidade também vem aumentando drasticamente. Ainda,

anos e 21% das entre 12 e 17 anos são obesas. Aproximadamente, 50% das crianças obesas têm outros fatores de risco cardiovasculares.

Como dissertado pela I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e na Adolescência

(SOCIEDADE BRASILEIRA DE

CARDIOLOGIA, 2005) foi realizada uma pesquisa sobre o Padrão de Vida (PPV) em 1997 pelo IBGE que analisou dados de amostras de crianças e adolescentes entre 2 a 17 anos no Brasil e demonstrou a prevalência de obesidade de 10,1%, sendo maior na nossa região, a Sudeste, tendo a maior incidência concentrada nas famílias de maior renda.

A propensão de aumento do IMC médio das populações tornou-se um fenômeno disseminado tanto em países desenvolvidos como nos em desenvolvimento, já que a obesidade é o sexto fator mais importante para a carga global de

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influenciam a obesidade é justamente a

desigualdade em saúde (BRASIL, 2009).

Nesta pesquisa, o dado que merece maior destaque é, seguramente, o valor de prevalência de crianças dislipidêmicas que correspondem 6% a mais dos níveis séricos de CT nesta faixa etária do que em adultos, o que trata-se de um número expressivo.

A obesidade é decorrente tanto de fatores

nutricionais, como também de distúrbios

comportamentais, pois ocorreu uma mudança nos padrões de lazer nos dias de hoje. As antigas e saudáveis atividades infantis estão sendo aos poucos substituídas pelo excessivo gasto de tempo em frente à televisão, ao computador e a

jogos eletrônicos. Essa transformação

sociocultural acarreta, além de uma diminuição da atividade física, um aumento desnecessário da ingesta calórica (PELLANDA, 2002).

Todavia, qualquer crescimento na prevalência de dislipidemia e sobrepeso em adultos e, sobretudo, em crianças é muito importante, pois esses são dois dos mais importantes fatores de risco de para o desenvolvimento de DAC, uma das três principais causas de morbidade e mortalidade no Brasil (RIBAS & SANTA DA SILVA, 2009). A situação torna-se mais grave pela constatação de que o risco da pressão arterial atingir valores elevados pode variar de acordo com o período da obesidade, ou melhor, quanto mais tempo o individuo permanecer obeso será maior a probabilidade dele desenvolver um quadro hipertensivo. Durante muito tempo, uma boa parte do século XX, a hipertenção ficou confinada aos adultos de idades avançadas, o que é bem diferente nos dias de hoje, pois agora essa doença acomete crianças e adolescentes obesos, até mesmo antes mesmo da puberdade, levando na

maioria das vezes a complicações

cardiovasculares severas em idades jovens, comprometendo a qualidade e a expectativa de vida dessas pessoas. (FERREIRA & AYDOS, 2010)

CONCLUSÃO

Doenças relacionadas com as dislipidemias estão em sua maioria relacionadas com uma má alimentação e uma vida de sedentarismo. Em vários estudos já foi comprovado que uma má alimentação vem acompanhada das comodidades das comidas rápidas (fast foods), da falta de exercícios físicos, o sedentarismo, e da correria do dia-a-dia nas grandes, médias e pequenas cidades. (ÉPOCA, 2010).

Nas grandes e médias cidades encontramos uma grande correria, pessoas com pressa, muitas afazeres e pouco tempo, inclusive para fazer exercícios físicos e/ou se alimentar bem. O extresse proveniente desses fatores favorece a formação de radicais livres que levam a oxidação da LDL. Com isso os fast foods ganham força e se expandem cada vez mais. Sendo mais fácil e cômodo aderir a uma má alimentação. Como podemos observar nas porcentagens dos níveis do colesterol total, triglicéridios, LDL, HDL o

quanto, principalmente as crianças estão

propensas, caso não se cuidarem, a

desenvolverem doenças relativas às dislipidemias nos dias de hoje.

Com isso, o desafio que nos surge de controlar ou reduzir a frequência da obesidade, requer outra geração de políticas públicas que articulem a promoção da alimentação saudável e de estilos de vida ativos com medidas regulatórias que impeçam a propaganda de alimentos não saudáveis, com intervenções que tornem o ambiente urbano mais propício para a prática regular da atividade física e com ações de saúde dirigidas a indivíduos que já apresentam excesso de peso. Na prevenção e no tratamento das dislipidemias, a terapia nutricional a ser adotada, deve ser agradável ao paladar e visualmente atraente. O indivíduo deverá receber também orientações relacionadas à seleção, quantidade, técnicas de preparo e substituições dos alimentos.

(SOCIEDADE BRASILEIRA DE

CARDIOLOGIA, 2005; BRASIL, 2009).

Abandonar as comodidades dos fast foods, buscar uma alimentação saudável e fazer exercícios físicos ainda é o nosso melhor caminho, o nosso melhor remédio.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ÉPOCA, Revista. Comer mal é um vício ou temos escolha? Editora Globo, n.º 620, 2010.

FERREIRA, Joel Saraiva; AYDOS, Ricardo Dutra. Prevalência de hipertensão arterial em crianças e adolescentes obesos. Ciênc. saúde coletiva [online]. Vol.15 nº1. Rio de

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INSTITUTO PROCARDIACO. Disponível em: <http://www.institutoprocardiaco.com.

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MINISTÉRIO DA SAÚDE, Brasil. Dislipidemias em pacientes de alto risco de desenvolver eventos cardiovasculares. Disponível em:

<http://portal.saude.gov.br/

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MOTTA, Valter T. Bioquímica clínica para laboratório: princípios e interpretações / Valter T Motta – 4ª Ed. Porto Alegre: Ed. Médica Missau; São Paulo: Robe Editorial, EDUCS – Caxias do Sul, 2003. 419 p.; 28 cm

PELLANDA, Lucia Campos et al. Doença cardíaca isquêmica: a prevenção inicia durante a infância. J. Pediatr. (Rio J.) [online]. 2002, vol.78, n.2, pp. 91-96. ISSN 0021-7557. doi:

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RIBAS, Simone Augusta; SILVA, Luiz Carlos Santana da. Dislipidemia em escolares na rede privada de Belém. Arq Bras Cardiol 2009; 92 (6): 446-451

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VOET, Donald. Fundamentos de boiquimica: a vida em nível molecular/ Donald Voet, Judith G Voet, Charlotte W Pratt; tradução Jaqueline Josi Samá Rodrigues... [ET al.]. – 2ª Ed. – Porto Alegre: Artmed, 2008. 1264 p.; 28 cm

Recebido em / Received: 2010-07-23 Aceito em / Accepted: 2010-10-05

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Gráfico 1. Níveis séricos de CT de crianças entre 4 a 10 anos.       Gráfico 2. Níveis séricos de TG de crianças entre 4 a 10 anos
Gráfico 7. Níveis séricos de HDL de adolescentes de 11 a 19 anos.     Gráfico 8. Níveis séricos de LDL de adolescentes de 11 a 19 anos
Gráfico 11. Níveis séricos de HDL de adultos entre 25 e 45 anos.       Gráfico 12. Níveis séricos de LDL de adultos entre 25 e 45

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