A C Ó R D Ã O
(4ª Turma)
GMCB/pa
RECURSO DE REVISTA.
INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI N.º 13.467/2017. TRANSCENDÊNCIA.
Considerando a possibilidade de a
decisão recorrida contrariar a
jurisprudência atual, iterativa e
notória desta Corte Superior,
verifica-se a transcendência política, nos termos do artigo 896-A, § 1º, II, da CLT.
FÉRIAS E DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO PROPORCIONAIS. RESCISÃO CONTRATUAL POR JUSTA CAUSA. PROVIMENTO.
A matéria não comporta mais discussão, no âmbito desta Corte Superior, que, em interpretação aos artigos 146 e 147 da CLT, pacificou o entendimento no sentido de que a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento de férias proporcionais,
ainda que incompleto o período
aquisitivo de doze meses, e décimo terceiro salário proporcional, exceto na hipótese de dispensa do empregado por justa causa.
Na hipótese, o Tribunal Regional, ao
entender pela condenação da reclamada ao pagamento de férias e de décimo terceiro salário proporcionais, não obstante ter reconhecido a legitimidade da dispensa por justa causa do reclamante, destoou do entendimento jurisprudencial desta Corte Superior. Precedentes. Incidência da Súmula nº 171.
Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento.
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n° TST-RR-22373-15.2017.5.04.0512, em que é Recorrente
TRANSFARRAPOS TRANSPORTES RODOVIARIOS DE CARGAS LTDA e Recorrido OTONIEL ROCHA..
O egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região decidiu dar parcial provimento ao recurso ordinário interposto pela reclamada para: a) determinar que, na apuração das horas extras devidas, seja computado tão somente adicional de horas extras para as excedentes da 8ª hora diária e hora mais adicional tão somente em relação às excedentes da 44ª hora semanal; b) absolvê-la da condenação ao pagamento de honorários advocatícios.
A reclamada interpõe recurso de revista, buscando a reforma da decisão regional.
O apelo foi admitido às fls. 643/644. Não foram apresentadas contrarrazões.
O d. Ministério Público do Trabalho não oficiou nos autos.
É o relatório.
V O T O
1. CONHECIMENTO
Presentes os pressupostos extrínsecos de
admissibilidade recursal, passo ao exame dos pressupostos intrínsecos.
1.2.TRANSCENDÊNCIA
À luz do artigo 246 do Regimento Interno desta colenda Corte Superior, as normas relativas ao exame da transcendência, previstas no artigo 896-A da CLT, com as inovações trazidas pela Lei nº 13.467/2017, serão aplicáveis aos recursos de revista interpostos contra acórdãos publicados a partir de 11.11.2017.
Assim, uma vez que o recurso de revista interposto contra acórdão regional publicado em 16.10.2019, após, portanto, a
entrada em vigor da Lei nº 13.467/2017, deve ser feita a análise da transcendência.
De acordo com o artigo 896-A da CLT, a esta colenda Corte Superior, em sede de recurso de revista, compete examinar "se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica". Nessa perspectiva, apenas serão objeto de exame as matérias controvertidas que ultrapassem a esfera dos interesses subjetivos das partes litigantes, alcançando o interesse público.
Calmon de Passos, ao tratar da antiga arguição de relevância no recurso extraordinário, já sinalizava a dificuldade em definir o que seria relevante ou transcendente para os fins da norma, tendo em vista que a afronta à legislação, ainda que assecuratória de direito individual, já evidencia o interesse público. Vejamos:
[...]. Se toda má aplicação do direito representa gravame ao interesse público na justiça do caso concreto (único modo de se assegurar a efetividade do ordenamento jurídico), não há como se dizer irrelevante a decisão em que isso ocorre.
A questão federal só é irrelevante quando não resulta violência à inteireza e à efetividade da lei federal. Fora isso, será navegar no mar incerto do "mais ou menos", ao sabor dos ventos e segundo a vontade dos deuses que geram os ventos nos céus dos homens.
Logo, volta-se ao ponto inicial. Quando se nega vigência à lei federal ou quando se lhe dá interpretação incompatível, atinge-se a lei federal de modo relevante e é do interesse público afastar essa ofensa ao Direito individual, por constituir também uma ofensa ao Direito objetivo, donde ser relevante a questão que configura. (PASSOS, José Joaquim Calmon de. Da arguição de relevância no recurso extraordinário. In Revista forense: comemorativa - 100 anos. Rio de Janeiro: Forense, 2007, v. 1, p. 581-607 ) Cumpre destacar que, no caso da transcendência em recurso de revista, o §1º do artigo 896-A da CLT estabelece os parâmetros em que é possível reconhecer o interesse público no julgamento da causa
e, por conseguinte, a sua transcendência, ao prever os indicadores de ordem econômica, política, jurídica e social.
Na hipótese, considerando a possibilidade de a decisão
recorrida contrariar a jurisprudência atual, iterativa e notória desta Corte Superior, verifica-se a transcendência política, nos termos do artigo 896-A, § 1º, II, da CLT.
1.2.1. RESCISÃO POR JUSTA CAUSA. FÉRIAS E 13º SALÁRIO PROPORCIONAIS
Registre-se, inicialmente, que a reclamada cumpriu o disposto no artigo 896, §1º-A, I, da CLT, conforme pode ser constatado à fl. 628.
O egrégio Tribunal Regional, ao tratar da questão, deixou consignado, in verbis:
“1. VERBAS RESCISÓRIAS. DESPEDIDA POR JUSTA CAUSA. FÉRIAS PROPORCIONAIS. 13 SALÁRIO PROPORCIONAL. MULTA DO ART. 477 DA CLT.
Não se conforma a reclamada com a condenação ao pagamento de 6/12 de férias proporcionais com 1/3 e 10/12 de 13º salário proporcional de 2017. Alega que a despedida por justa causa não enseja o pagamento de férias proporcionais, invocando a Súmula nº 171 do TST. Invoca ainda a Convenção nº 132 da OIT. Quanto ao pedido de pagamento do décimo terceiro proporcional, defende que o art. 3º da Lei nº 4.090/62 dispõe que o pagamento da parcela somente é devido quando a dispensa do empregado ocorrer sem justa causa. Em relação à multa do artigo 477, §8º, da CLT, defende que, uma vez indevidas as férias proporcionais e 13 salário proporcional, também não é devida a multa do art. 477 da CLT.
Aprecio.
É devido 13º salário proporcional mesmo no caso de despedida por justa causa, em face do disposto no art. 7º, VIII, da Constituição Federal, atribuindo a tal direito o status de direito fundamental.
No mesmo sentido, são devidas férias proporcionais no caso de despedida por justa causa, consoante Convenção 132 da OIT e art. 5º, §2º, da Constituição Federal.
Este TRT consolidou entendimento no sentido de que a despedida por justa causa não afasta direito à percepção das férias proporcionais. Nesse sentido é a Súmula nº 139 deste Regional, com o seguinte teor:
Súmula nº 139 - "DESPEDIDA POR JUSTA CAUSA. FÉRIAS PROPORCIONAIS: A dispensa por justa causa do empregado não afasta o direito ao pagamento das férias proporcionais.
Assim, mantida a condenação da ré ao pagamento de férias proporcionais e 13º salário proporcional, também é devido a multa do art. 477 da CLT, em face do atraso no pagamento das parcelas rescisórias referidas.
Provimento negado.”
Em suas razões de recurso de revista, a reclamada sustenta, em síntese, que seria indevido o pagamento de férias e de décimo terceiro salário proporcionais no caso de dispensa por justa causa. Aduz que, excluídas tais verbas, seria também indevida a condenação no pagamento da multa prevista no artigo 477, § 8º, da CLT.
Aponta ofensa aos artigos 147 da CLT e 3º da Lei nº 4.090/1962, contrariedade à Súmula no 171, bem como transcreve arestos
a fim de comprovar divergência jurisprudencial.
O recurso alcança conhecimento.
Discute-se nos autos a aplicação do artigo 147 da CLT em conflito com a Convenção nº 132 da OIT, que garante ao trabalhador o direito às férias proporcionais, independente do motivo da rescisão contratual em conflito.
Quanto à matéria, esta Corte Superior solucionou a questão por meio da edição da Súmula nº 171, entendendo que, mesmo após a edição da referida convenção, o empregado dispensado por justa causa não tem direito às férias proporcionais.
Assim consignou seu entendimento, in verbis:
"FÉRIAS PROPORCIONAIS. CONTRATO DE TRABALHO. EXTINÇÃO (republicada em razão de erro material no registro da referência legislativa), DJ 05.05.2004
Salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa causa, a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento da remuneração das férias proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de 12 (doze) meses (art. 147 da CLT) (ex-Prejulgado nº 51)."
Do mesmo modo, esta colenda Corte Superior possui o entendimento de que, na hipótese de dispensa do empregado por justa causa, o empregador não está sujeito ao pagamento do décimo terceiro salário proporcional.
Nesse sentido, citam-se os seguintes precedentes: "RECURSO DE REVISTA. FÉRIAS E DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO PROPORCIONAIS. RESCISÃO CONTRATUAL POR JUSTA CAUSA. PROVIMENTO. A matéria não comporta mais discussão, no âmbito desta Corte Superior, que, em interpretação aos artigos 146 e 147 da CLT, pacificou o entendimento no sentido de que a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento de férias proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de doze meses, e décimo terceiro salário proporcional, exceto na hipótese de dispensa do empregado por justa causa. Assim, a decisão do Tribunal Regional, ao entender pela condenação do reclamado ao pagamento de férias e de décimo terceiro salário proporcionais, não obstante ter reconhecido a legitimidade da dispensa por justa causa do reclamante, destoou do entendimento jurisprudencial desta Corte Superior. Precedentes. Incidência da Súmula nº 171. Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento" (RR-21388-95.2016.5.04.0022, 4ª Turma, Relator Ministro Guilherme Augusto Caputo Bastos, DEJT 05/03/2021).
"RECURSO DE REVISTA 1. FÉRIAS E DÉCIMO TERCEIRO PROPORCIONAIS. RESCISÃO CONTRATUAL POR JUSTA CAUSA. PROVIMENTO. A matéria não comporta mais discussão, no âmbito desta
pacificou o entendimento no sentido de que a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento de férias proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de doze meses, e 13º salário proporcional, exceto na hipótese de dispensa do empregado por justa causa. Assim, o reconhecimento, pela Corte Regional, da dispensa por justa causa do reclamante, com a manutenção da condenação da reclamada ao pagamento de férias e 13º salário proporcionais, destoou do entendimento jurisprudencial desta Corte. Precedentes. Incidência da Súmula nº 171. Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento. 2. HORAS EXTRAORDINÁRIAS. CARGO DE CONFIANÇA. IN Nº 40 DE 16/4/2016. NÃO CONHECIMENTO. A decisão denegatória não admitiu o recurso de revista quanto ao tema em epígrafe nem houve interposição de agravo de instrumento pela reclamada, conforme exigência da IN nº 40 do TST com vigência a partir de 16/4/2016, que dispõe "admitido apenas parcialmente o recurso de revista, constitui ônus da parte impugnar, mediante agravo de instrumento, o capítulo denegatório da decisão, sob pena de preclusão". Recurso de revista de que não se conhece" (RR-21713-65.2014.5.04.0402, 4ª Turma, Relator Ministro Guilherme Augusto Caputo Bastos, DEJT 15/02/2019).
"RECURSO DE REVISTA. 1. RESCISÃO CONTRATUAL POR JUSTA CAUSA. FÉRIAS E 13º SALÁRIO PROPORCIONAIS. INDEVIDOS. PROVIMENTO. A matéria não comporta mais discussão, no âmbito desta Corte Superior, que, em interpretação aos artigos 146 e 147 da CLT, pacificou o entendimento no sentido de que a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento de férias proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de doze meses, e 13º salário proporcional, exceto na hipótese de dispensa do empregado por justa causa. Assim, o reconhecimento, pela Corte Regional, da dispensa por justa causa do reclamante, com a manutenção da condenação da reclamada ao pagamento de férias e 13º salário proporcionais, destoou do entendimento jurisprudencial desta Corte. Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento. (...)." (RR - 1762-90.2011.5.04.0402 , Relator
Julgamento: 17/12/2014, 5ª Turma, Data de Publicação: DEJT 19/12/2014)
"RECURSO DE REVISTA. JUSTA CAUSA. 13º SALÁRIO PROPORCIONAL E FÉRIAS PROPORCIONAIS. MULTA DO ARTIGO 477, § 8º, DA CLT. I - As férias e a gratificação natalina relativas ao período incompleto se tornam indevidas quando configurada a dispensa por justa causa, nos termos dos artigos 3º, da Lei nº 4.090/62, e 146, parágrafo único, da CLT, e da Súmula 171 do TST. Precedentes desta Corte. II - Recurso conhecido e provido." (RR - 698-31.2013.5.04.0384 , Relator Ministro: Antonio José de Barros Levenhagen, Data de Julgamento: 22/06/2016, 5ª Turma, Data de Publicação: DEJT 24/06/2016)
"RITO SUMARÍSSIMO. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO PROPORCIONAL. TERÇO CONSTITUCIONAL. DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA. Havendo dispensa do empregado por justa causa, não é devido o pagamento do décimo terceiro salário proporcional, conforme os termos do art. 3.º da Lei 4.090/62. Recurso de Revista de que se conhece e a que se dá provimento." (Processo: RR - 680-22.2011.5.15.0045 Data de Julgamento: 26/06/2013, Relator Ministro: João Batista Brito Pereira, 5ª Turma, Data de Publicação: DEJT 01/07/2013)
"RECURSO DE REVISTA. (...). FÉRIAS PROPORCIONAIS E DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO PROPORCIONAL. JUSTA CAUSA. Recurso fundamentado em divergência jurisprudencial. A questão do cabimento de férias proporcionais nas hipóteses de dispensa com justa causa é dirimida pela aplicação da Súmula 171 do TST, que nega o direito à parcela quando da ocorrência de justa causa como causa terminativa da relação de emprego. O entendimento sumulado prevalece mesmo após a ratificação da Convenção 132 da OIT pelo Decreto 3.197/99, que não previu expressamente o cabimento das férias proporcionais no caso de dispensa com justa causa. No que concerne ao décimo terceiro salário proporcional, a parcela foi instituída pela Lei 4.090/62, que em seu art. 3º restringiu o
despedido sem justa causa. Precedentes desta Corte. A decisão regional coaduna-se, portanto, com o entendimento reiterado desta Corte Superior. Despicienda a análise dos julgados, frente ao óbice do artigo 896, §4º, da CLT (lei 9756/98). Recurso de revista não conhecido. (...)." (RR - 51200-35.2009.5.02.0039, Relator Ministro: Alexandre de Souza Agra Belmonte, Data de Julgamento: 08/03/2017, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 24/03/2017)
"RECURSO DE REVISTA. DISPENSA POR JUSTA CAUSA.
FÉRIAS PROPORCIONAIS. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO
PROPORCIONAL. Esta Corte entende que o empregado dispensado por justa causa não tem direito às férias proporcionais. Incidência da Súmula nº 171. Quanto ao décimo terceiro salário proporcional, o art. 3º da Lei nº 4.090/62 dispõe que o pagamento da parcela somente é devido quando a dispensa do empregado ocorrer sem justa causa. Precedentes. Recurso de revista a que se dá provimento. (...)" (RR-240-24.2011.5.04.0662, Relatora Ministra: Kátia Magalhães Arruda, 6ª Turma, DEJT 21/02/2014)
Assim, a matéria não comporta mais discussão, no âmbito desta Corte Superior, que, em interpretação aos artigos 146 e 147 da CLT, pacificou o entendimento no sentido de que a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento de férias proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de doze meses, e de décimo terceiro salário proporcional, exceto na hipótese de dispensa do empregado por justa causa.
Ante o exposto, a decisão do Tribunal Regional, ao entender pela condenação do reclamado ao pagamento de férias e de décimo terceiro salário proporcionais, não obstante ter reconhecido a legitimidade da dispensa por justa causa do reclamante, destoou do entendimento jurisprudencial desta Corte Superior.
Por todo o exposto, conheço do recurso de revista por contrariedade à Súmula nº 171 e por violação do artigo 3º da Lei nº
2. MÉRITO
2.1. FÉRIAS E DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO PROPORCIONAIS. RESCISÃO CONTRATUAL POR JUSTA CAUSA
Como consequência do conhecimento do recurso de revista, por contrariedade à Súmula nº 171 e por violação do artigo 3º da Lei nº 4.090/1962, dou-lhe provimento para excluir da condenação o pagamento das férias e de décimo terceiro salário proporcionais em decorrência da dispensa por justa causa e, por corolário lógico, fica excluída a condenação no pagamento da multa prevista no artigo 477, § 8º, da CLT.
ISTO POSTO
ACORDAM os Ministros da Quarta Turma do Tribunal
Superior do Trabalho, por unanimidade: I) reconhecer a transcendência política da causa; II) conhecer do recurso de revista por contrariedade à Súmula nº 171 e por violação do artigo 3º da Lei nº 4.090/62 e, no mérito, dar-lhe provimento para excluir da condenação o pagamento das férias e décimo terceiro proporcionais em decorrência da dispensa por justa causa e, por corolário lógico, excluir o pagamento da multa prevista no artigo 477, § 8º, da CLT.
Brasília, 2 de junho de 2021.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
CAPUTO BASTOS Ministro Relator