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REDE DE AVALIAÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DOS PLANOS DIRETORES PARTICIPATIVOS

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Academic year: 2021

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REDE DE AVALIAÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DOS PLANOS DIRETORES PARTICIPATIVOS

Roteiro para Avaliação dos Planos Diretores

Nome do pesquisador: Córa Hisae Monteiro da Silva Hagino

E-mail e telefone de contato: corahisae@hotmail.com (24) 3342-1876 / (21) 87889981 Município: Manaus

Número da lei: Lei n° 671

Data da aprovação do Plano Diretor: 04 de Novembro de 2002 Estado: Amazonas-AM

PARTE A - INFORMAÇÕES GERAIS DO MUNICÍPIO

1. Caracterização sócio-demográfica e econômica do município. Para essa caracterização podem ser utilizadas fontes secundárias (dados IBGE) e o próprio diagnóstico utilizado no Plano Diretor. Além disso, se possível, buscar situar o contexto sócio-político no qual o Plano Diretor foi elaborado.

1.1. Caracterização sócio-demográfica de Manaus – AM

População Total (2007) 1.646.602 habitantes

Área da unidade territorial 11.401 km²

Incidência da Pobreza (2003) 40, 98 %

Fonte: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1, acessado em 15 de abril de 2009.

1.2. Caracterização econômica de Manaus – AM

A produção agropecuária de Manaus é baseada no cultivo de mandioca,

cupuaçu, cítricos e hortaliças. A pecuária é representada principalmente por bovinos e

suínos, com produção de carne e de leite destinada ao consumo local. A pesca é

abundante, com exportação para os demais estados do país e exterior. Criada como área

de livre comércio, a Zona Franca de Manaus se tornou um pólo de intensa atividade

comercial e industrial. Aqui se concentra as principais indústrias de aparelhos

eletroeletrônicos, que abastecem o mercado interno. O comércio oferece produtos

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importados de alta tecnologia a preços acessíveis. Manaus vem se transformando no maior entreposto aduaneiro da América Latina e em porta de saída de produtos de exportação para os mercados do Caribe e Estados Unidos.

Abaixo alguns dados estatísticos:

PIB per capita (2006)

Produto Interno Bruto (PIB) per capita 1.902 reais

Fonte: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1, acessado em 15 de abril de 2009.

Finanças Públicas (2006)

Valor do Fundo de Participação dos Municípios - FPM

114.322.698,17 reais Valor do Imposto Territorial Rural - ITR 35.605,66 reais

Fonte: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1, acessado em 15 de abril de 2009.

Estrutura Empresarial (2006)

Indústrias extrativas - Número de unidades locais 27 unidades locais Indústrias de transformação - Número de unidades

locais

2.512 unidades locais Produção e distribuição de eletricidade, gás e água

- Número de unidades locais

53 unidades locais Construção - Número de unidades locais 1.195 unidades locais

Fonte: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1, acessado em 15 de abril de 2009.

Censo Agropecuário (2006)

Número de estabelecimentos agropecuários 1.163

Área dos estabelecimentos agropecuários 61.348 hectares

Fonte: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1, acessado em 15 de abril de 2009.

Extração Vegetal e Silvicultura (2006)

Madeira - carvão vegetal 62 mil reais 59 toneladas

Madeira -lenha 17 mil reais 5.086 metros cúbicos

Madeira em tora 314 mil reais 7.467 metros cúbicos

Borrachas - hévea - látex coagulado 8 mil reais 4 toneladas Produtos Alimentícios - castanha-

do-pará

6 mil reais 2 toneladas

Fonte: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1, acessado em 15 de abril de 2009.

a) população urbana e rural (Contagem 2007 – IBGE) e sua evolução nos últimos

20 anos.

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População urbana/rural de Manaus

Indicador Unidade 1970 1980 1991 2000

População urbana habitantes 283.673 611.843 1.006.585 1.396.768

População Rural habitantes 27.949 21.540 4.916 9.067

Fonte: IBGE censo demográfico e http://muninet.org.br/banco/index.php?

newFolhaIndicadorID=149&g_cod_hierarquia=145

b) evolução da PEA por setor nos últimos 10 anos.

A população economicamente ativa é de 60,32% mas o índice de desemprego, ou de pessoas em estado de subemprego, ainda é muito alto. Das famílias da região, 68%

ganham menos de dois salários mínimos e só 3,4% mais do que cinco salários mínimos.

Fonte: http//www.fomezero.br

c) estratificação da população por renda e sua evolução nos últimos 10 anos.

Renda per Capita Manaus-AM

Indicador Unidade 1991 2000

Renda per capita R$/habitante 276,90 262,40

Fonte: PNUD - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil e http://muninet.org.br/banco/index.php?

newFolhaIndicadorID=699&g_cod_hierarquia=145

Percentual da renda apropriada pelos 10% mais ricos da população Manaus-AM

Indicador Unidade 1991 2000

Percentual da renda apropriada pelos 10% mais ricos da população

% 45,09 52,08

Fonte: PNUD - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil e http://muninet.org.br/banco/index.php?

newFolhaIndicadorID=699&g_cod_hierarquia=145

Percentual da renda apropriada pelos 40% mais pobres da população de Manaus- AM

Indicador Unidade 1991 2000

Percentual da renda apropriada pelos 40% mais pobres da população

% 9,60 6,76

Fonte: PNUD - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil e http://muninet.org.br/banco/index.php?

newFolhaIndicadorID=699&g_cod_hierarquia=145

Percentual de indigentes de Manaus- AM

Indicador Unidade 1991 2000

Percentual de indigentes 8,05 16,52

Fonte: PNUD - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil e http://muninet.org.br/banco/index.php?

newFolhaIndicadorID=699&g_cod_hierarquia=145

Percentual de pobres de Manaus- AM

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Indicador Unidade 1991 2000

Percentual de pobres % 23,57 35,16

Fonte: PNUD - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil e http://muninet.org.br/banco/index.php?

newFolhaIndicadorID=699&g_cod_hierarquia=145

Déficit Habitacional de Manaus - AM

1

MUNICÍPIO

ABSOLUTO % TOTAL DOS DOMICÍLIOS

Total Urbana Rural Total Urbana Rural

Manaus 68.483 68.108 375 20,95 20,98 16,91

Déficit de Saneamento Ambiental de Manaus - AM

DÉFICIT DE SANEAMENTO (IBGE - 2000)

MUNICIPIO

ABASTECIMENTO ÁGUA BANHEIRO/SANITÁRIO DESTINO LIXO

TOTAL Rede Geral

Poço ou Nascente

Outro TOTAL Rede Geral

Não Tinham

Coletado Outro Destino Manaus 326.852 243.296 46.491 37.065 310.862 106.396 15.990 296.426 30.426

2. Localização do município em tipologia a ser utilizada na metodologia de avaliação. Utilizaremos (i) a tipologia municipal produzida pelo Observatório das Metrópoles (trabalho coordenado pela Tânia Bacelar) e reformulada pela Ermínia Maricato para o Planab, e (ii) a tipologia produzida pelo Observatório sobre o grau de integração dos municípios às metrópoles, especificamente para os municípios situados em regiões metropolitanas.

Classificação PlanHab

2

- Manaus- E – Aglomerados e Centros regionais

3. Verificar se o município já possuía Plano Diretor antes da elaboração deste.

O primeiro plano diretor de Manaus é de 1968, criado pela Lei nº 1.033, estabelecendo o zoneamento, a infra-estrutura viária, o loteamento e a regulamentação das edificações deste município. Cabe ressaltar que o atual Plano Diretor, estabelecido

1

Disponível em http://www.cidades.gov.br/secretarias-nacionais/secretaria-de-habitacao/biblioteca/

publicacoes-e-artigos/deficit-habitacional-no-brasil-2004/

2

Disponível em http://www.cidades.gov.br/secretarias-nacionais/secretaria-de-habitacao/planhab/

biblioteca/ Tipologia%20de%20Municipios%20do%20PlanHab.pdf.

(5)

pela Lei nº 671/2002, está sofrendo um processo de revisão atualmente, com previsão de audiência públicas e participação popular.

4. Ao final da leitura do Plano Diretor, com foco nos aspectos elencados nesse roteiro, solicita-se uma avaliação sintética, buscando refletir sobre o sentido geral do Plano, procurando responder às seguintes questões:

i) Conteúdo: O Plano apresenta uma estratégia econômica/sócio-territorial para o desenvolvimento do município? Quais são os elementos centrais desta estratégia?

Caso não apresente uma estratégia de desenvolvimento econômico/sócio/territorial, qual é o sentido do plano?

O Plano Diretor do município de Manaus-Amazonas tem como estratégia econômica/sócio territorial para o desenvolvimento do município: a valorização de Manaus como metrópole regional; a qualificação ambiental do território; a promoção da economia; a mobilidade em Manaus; uso e ocupação do solo urbano; construção da cidade e gestão democrática (art. 2º do Plano Diretor de Manaus). O sentido do plano baseia-se, portanto, na promoção do desenvolvimento sustentável e na integração de Manaus com a região e no contexto nacional, valorizando este município como metrópole regional. Para tal, o Plano prevê a criação de uma Agência para a Promoção do Desenvolvimento Regional, em seu artigo 6º, parágrafo único. O Plano Diretor da capital do Amazonas prevê, ainda, uma estratégia de promoção da economia que tem como objetivo potencializar Manaus como “centro articulador da dinâmica econômica da Amazônia Ocidental e produtor de conhecimento sobre a região” (art. 16, caput, do Plano Diretor de Manaus).

(ii) Linguagem: Verificar se o plano traz um glossário ou um documento explicativo. Verificar se a linguagem predominante no plano é excessivamente técnica, dificultando sua compreensão pela população, ou se procura uma linguagem mais acessível.

A linguagem predominante no plano é excessivamente técnica, dificultando seu acesso à população. Além disso, utiliza conceitos vagos, sem explicá-los. Alguns exemplo disso:

O artigo 7º do PD utiliza a expressão: “mitigação de processos”. Já o art. 9 º,

inciso VIII, dispõe: “A criação, no Município de Manaus, de uma central analítica

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dotada de equipamentos modernos para análises físico-químicas e microbiológicas, com a finalidade de apoiar os órgãos municipais na fiscalização e preservação do meio ambiente.”

Contudo, no site da Prefeitura de Manaus há uma cartilha sobre o plano diretor com gravuras e linguagem acessível. E, ao fim do Plan, há um dicionário explicativo de alguns termos técnicos.

(iii) Relação do Plano Diretor com o Orçamento Municipal. Verificar se o plano define prioridades de investimentos, relacionando-as ao ciclo de elaboração orçamentária subseqüente.

O plano diretor de Manaus não define diretamente prioridades de investimentos.

Quanto ao orçamento do município, o plano diretor prevê a implantação do orçamento participativo como elemento da descentralização orçamentária (Art. 35, inc. VII). Prevê, ainda, que o Sistema Municipal de Planejamento Urbano deverá elaborar e coordenar a execução integrada de planos, programas e projetos necessários à implementação do Plano Diretor Urbano e Ambiental de Manaus, articulando-os com o processo de elaboração e execução do orçamento municipal (Art.130, III). Por fim, em seu artigo 145, o Plano de Manaus afirma que os objetivos e diretrizes desta lei constarão, obrigatoriamente, do Plano Plurianual de Governo e serão contemplados no orçamento plurianual de investimentos.

(iv) Relação entre o Plano Diretor e o PAC ou outros grandes investimentos. Caso o município seja atingido por algum investimento importante em infra-estrutura de logística/energia, avaliar se o Plano diretor leva em consideração estes investimentos e seus impactos.

O plano diretor de Manaus não menciona o PAC ou outros grandes investimentos, como o gasoduto Manaus-Coari e, desta forma, também não analisa seus impactos, até porque foi elaborado antes destes.

PARTE B - ACESSO À TERRA URBANIZADA

Os objetivos da avaliação estarão centrados nos seguintes aspectos:

a) detectar que diretrizes do Estatuto da Cidade foram reproduzidas nos textos do

PD

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As diretrizes do Estatuto da Cidade que foram reproduzidas no PD de Manaus são:

I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;

II – gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;

III – cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social;

IV – planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e das atividades econômicas do Município e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;

V – regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, consideradas a situação socioeconômica da população e as normas ambientais.

b) apontar diretrizes que, embora não reproduzam o texto do Estatuto, se refiram como objetivos ou diretrizes do plano aos seguintes temas:

Garantia do direito à terra urbana e moradia.

O art. 26, do Plano Diretor de Manaus estabelece: “A Estratégia de Construção da Cidade tem como objetivo geral compartilhar os benefícios sociais gerados na cidade e potencializar atividades econômicas urbanas para a implementação de uma política habitacional que democratize o acesso à terra e à moradia.

O art. 26, parágrafo único, II, do Plano Diretor de Manaus considera como objetivo

da Estratégia de Construção da Cidade ampliar a oferta de habitação social e o acesso à

terra urbana, fomentando a produção de novas moradias para as populações de média e

baixa renda adequadas à qualificação ambiental da cidade.

(8)

Gestão democrática por meio da participação popular.

O Capítulo VII – Da gestão democrática, do Plano Diretor de Manaus, em seu artigo 34 dispõe: “A Estratégia de Gestão Democrática tem como objetivo geral implantar um Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Urbana que se constitua em um processo contínuo, democrático e dinâmico de qualificação das funções inerentes ao próprio sistema, da cidadania e do controle da ocupação urbana, com base nas formulações e instrumentos do Plano Diretor Urbano Ambiental de Manaus.”

O Art. 35 do Plano Diretor de Manaus complementa: “Constituem-se diretrizes da Estratégia de Gestão Democrática: I - efetivar a participação da sociedade no planejamento da cidade, estabelecendo um compromisso com a aplicação do Plano Diretor, seu monitoramento e avaliação.”

Ordenação e controle do uso e ocupação do solo de modo a evitar a retenção especulativa de terrenos.

O plano diretor de Manaus apresenta como diretriz a ordenação do uso e ocupação do solo. Como meios de evitar a retenção especulativa de terrenos estabelece o IPTU progressivo no tempo, por exemplo.

Art. 24 do Plano Diretor de Manaus - A Estratégia de Uso e Ocupação do Solo Urbano tem como objetivo geral ordenar e regulamentar o uso e a ocupação do solo para garantir a qualidade de vida da população, incluindo a reconfiguração da paisagem urbana e a valorização das paisagens não-urbanas.

Justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização.

O art. 1° do Plano Diretor de Manaus estabelece que o desenvolvimento urbano e ambiental de Manaus tem como premissa o cumprimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, nos termos da Lei Orgânica do Município, de forma a garantir a inclusão social através da ampliação do acesso à terra e da utilização de mecanismos de redistribuição da renda urbana;

O art. 26 do Plano Diretor de Manaus dispõe: “A Estratégia de Construção da

Cidade tem como objetivo geral compartilhar os benefícios sociais gerados na cidade e

potencializar atividades econômicas urbanas para a implementação de uma política

habitacional que democratize o acesso à terra e à moradia.”

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Recuperação dos investimentos do Poder Publico de que tenha resultado a valorização de imóveis urbanos.

Não é mencionado diretamente no plano diretor. Somente na outorga onerosa do direito de construir. O Art. 97 do Plano Diretor de Manaus dispõe: “O valor da contrapartida da Outorga Onerosa de Alteração de Uso deverá ser calculada em função da valorização potencial do imóvel, decorrente do uso pretendido.”

Regularização Fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda.

O art. 30 do Plano Diretor de Manaus afirma que para ampliar a oferta de habitação social e o acesso à terra urbana, assim como para prevenir e corrigir os efeitos gerados por situações e práticas que degradam o ambiente urbano e comprometem a qualidade de vida da população, o Poder Executivo deverá implementar uma política habitacional de interesse social, adotando as algumas diretrizes, tais como, promover a regularização urbanística e fundiária.

O art. 31 do Plano Diretor de Manaus dispõe: “Constituem-se programas da política habitacional de interesse social:

I - Programa para Melhoria das Condições de Habitabilidade em Áreas Consolidadas, compreendendo:

a) a regularização urbanística e fundiária das ocupações clandestinas e irregulares de interesse social em áreas de invasões e nas margens dos igarapés, prevendo eventuais remanejamentos, quando necessário.”

Questões centrais:

I. A Função Social da Propriedade

1. O Plano estabelece como objetivo ou diretriz o cumprimento da função social da propriedade? De que forma?

Sim. Em seu art. 1°, o Plano Diretor de Manaus estabelece como objetivo o

cumprimento da função social da propriedade através do parcelamento do solo,

regularização fundiária, promoção do aproveitamento de vazios urbanos de imóveis

subutilizados.

(10)

Art. 1º do Plano Diretor de Manaus – “O desenvolvimento urbano e ambiental de Manaus tem como premissa o cumprimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana.”

II. Controle do Uso e Ocupação do Solo

1. O Plano estabelece macrozoneamento? Da zona urbana e rural?

Sim, o Plano estabelece o macrozoneamento, mas somente de área urbana.

2. Estão definidos os objetivos do macrozoneamento? Quais?

Sim, através de diretrizes enunciadas no artigo 37 do Plano Diretor de Manaus: “A Macroestruturação do Município de Manaus visa garantir a ocupação equilibrada do território municipal e o desenvolvimento não predatório das atividades, adotando como diretrizes:

I - proteger as paisagens notáveis e os recursos naturais do território;

II - direcionar o uso e a ocupação do território de modo a preservar a natureza;

III - otimizar as redes de circulação intramunicipal e intermunicipal, permitindo integrar o território e facilitar a articulação regional.”

3. O macrozoneamento está demarcado em mapas? Delimitado por perímetros?

Sim, o macrozoneamento está demarcado em mapas nos anexos do Plano Diretor. É delimitado por área urbana e área de transição.

4. Além do Macrozoneamento o plano estabelece alguma outra forma de regulação do uso e ocupação do solo ou remete a uma revisão/elaboração de lei de uso e ocupação do solo?

Não.

III. Perímetro Urbano e Parcelamento do Solo

1. O Plano estendeu (ou diminuiu) o perímetro urbano? Criou alguma regra

para a extensão do perímetro? Qual?

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Sim, houve aumento no perímetro urbano. O Plano também não criou regras para a expansão do perímetro urbano, apenas refere-se à divisão entre área urbana e área de transição.

Art. 53 do Plano Diretor de Manaus – “Para efetivação da Estruturação do Espaço Urbano, a Área Urbana é dividida pelo seu modelo espacial em Macrounidades Urbanas e Corredores Urbanos e a Área de Transição é dividida em Unidades Espaciais de Transição.”

2. O plano incluiu regras para o parcelamento do solo urbano ou remeteu para legislação específica? Criou regras específicas para parcelamento de interesse social?

Remeteu para legislação específica municipal (Lei n° 665, de 23 de julho de 2002).

Art. 65 da Lei n° 665/2002- O parcelamento do solo urbano será regulamentado por lei municipal específica, visando:

I - ao ordenamento da expansão urbana;

II - ao controle da densificação;

III - à minimização dos impactos ambientais;

IV - à ampliação do acesso à terra urbana pela população.

Art. 66 da Lei n° 665/2002 – “Constituem diretrizes para as normas de parcelamento:

I - a restrição ao parcelamento do solo nos fragmentos florestais urbanos;

II - a proteção das áreas verdes e das áreas de fragilidade ambiental.”

3. Identificar a previsão de área de expansão urbana e sua definição.

Não há previsão de área de expansão urbana e sua definição no Plano Diretor e na Lei de parcelamento do solo. Há apenas a chamada área de transição urbana, que possui uma reserva florestal, por esse motivo, não pode ser considerada área de expansão urbana.

4. Verificar se o plano estabelece que os novos loteamentos devem prever

percentuais para área de habitação de interesses social.

(12)

Não há previsão de percentuais para área de habitação de interesses social no Plano Diretor e na Lei n° 665, de 23 de julho de 2002, que trata do parcelamento do solo.

Atenção: Caso este tema não seja tratado no próprio plano, avaliar a lei de parcelamento do solo em vigor. Indicar se o plano prevê a revisão desta lei e em que prazo

O tema do parcelamento do solo é tratado superficialmente no Plano Diretor, que remete à legislação específica municipal (Lei n° 665, de 23 de julho de 2002), que regulamenta o parcelamento do solo urbano no Município de Manaus.) O plano não prevê a revisão da lei de parcelamento do solo de Manaus. Há, ainda, a Lei nº 846/05, que trata das Áreas de Especial Interesse.

IV.Coeficientes e Macrozonas:

1. Verificar quais são os tipos de zona e/ou macrozonas definidos no Plano.

- Unidades de Conservação localizadas integralmente fora da Área Urbana e da Área de Transição e as unidades de conservação localizadas na Área Urbana e na Área de Transição;

- Áreas de Interesse agroflorestal, mineral e turístico.

- Área Urbana (Macrounidade Orla do Rio Negro Oeste; Macrounidade Orla do Rio Negro Leste; Macrounidade Centro; Macrounidade Integração; Macrounidade Tarumã- Açu; Macrounidade Leste; Macrounidade Ducke.)

- Área de Transição (Unidade Espacial de Transição Puraquequara; UET Ducke; UET Mariano; UET Praia da Lua).

2. Definição de coeficientes de aproveitamento básico e máximo (se não forem definidos esses coeficientes, verificar quais são os parâmetros utilizados para o controle do uso e ocupação do solo).

Os coeficientes de aproveitamento básico e máximo do Terreno para cada Unidade de Estruturação Urbana - UES e Corredor Urbano é definido no Anexo III do Plano Diretor. Os coeficientes de aproveitamento básico é sempre 2,00, já o máximo varia entre 2,40 e 5,60, dependendo da área.

3. Definição do que é subutilização, não utilização e terreno vazio.

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Não há a definição dos termos não utilização e terreno vazio no Plano Diretor de Manaus e na Lei de parcelamento do solo deste mesmo município. Já o termo subutilização é definido no artigo 80 do Plano Diretor.

Art. 80 - Poderá ser considerado subutilizado o imóvel urbano que, localizado nas áreas delimitadas pelo Poder Público em lei específica, apresentar as seguintes condições:

I - glebas não parceladas localizadas na Área Urbana, com área superior a 3 (três) ha;

II - edificações de 4 (quatro) ou mais pavimentos, vazios e sem utilização por período superior a 2 (dois) anos;

III - obras de edificações com 4 (quatro) ou mais pavimentos paralisadas por mais de 3 (três) anos;

IV - lotes urbanos abandonados por período superior a 1 (um) ano.

4. Definição de como se calculam os coeficientes de aproveitamento.

A lei n° 672, de 04 de novembro de 2002 que institui as normas de Uso e Ocupação do Solo no Município de Manaus, Estado do Amazonas, em seu artigo 65 define estes coeficientes:

Art. 65 - Para efeito de controle da intensidade de ocupação nas Áreas Urbana e de Transição serão adotados o Coeficiente de Aproveitamento Máximo de Terreno e o Coeficiente de Aproveitamento Básico de Terreno.

§ 1º- O Coeficiente de Aproveitamento Máximo do Terreno - CAMT é o fator que multiplicado pela área do terreno define a área total de edificação permitida neste mesmo lote, sendo variável para cada Unidade de Estruturação Urbana - UES e suas subdivisões e para os Corredores Urbanos e seus segmentos, bem como para cada Unidade Espacial de Transição - UET e seu setor urbano, de acordo com os Quadros deIntensidade de Ocupação, nos Anexos III, IV e V.

§ 2º- O Coeficiente de Aproveitamento Básico de Terreno CABT é o fator de referência

para aplicação da Outorga Onerosa do Direito de Construir, conforme disposto no Plano

Diretor Urbano e Ambiental de Manaus, tendo valor fixo igual a 2,0 (dois) para todas as

Unidades de Estruturação Urbana - UES e suas subdivisões e para os Corredores

Urbanos e seus segmentos onde é permitida a aplicação deste instrumento.

(14)

5. Definição das macrozonas e/ou zonas e seus coeficientes e/ou parâmetros de utilização.

As macrozonas foram definidas no anexo III do Plano Diretor de Manaus.

Quadro do coeficiente de aproveitamento do terreno para aplicação da outorga onerosa do direito de construir por unidade de estruturação urbana – UES

CORREDORES/

MACROUNIDADES URBANAS

SEGMENTOS UES COEFICIENTE DE APROVEITAMENT O MÁXIMO DO TERRENO- CAMT

COEFICIENTE DE APROVEITAMENT O BÁSICO DO TERRENO- CABT MACROUNIDADE

ORLA RIO NEGRO OESTE

SETOR ORLA COMPENSA NA UES COMPENSA

5,4 2,00

SETOR ORLA SÃO RAIMUNDO NA UES SÃO RAIMUNDO

5,4 2,00

MACROUNIDADE CENTRO

UES

ADRIANÓPOLIS

4,8 2,00

UES VIEIRALVES 4,8 2,00

UES SÃO

GERALDO

3,0 2,00

UES CENTRO 4,8 2,00

MACROUNIDADE INTEGRAÇÃO

UES PARQUE 10 3,0 2,00

UES ALEIXO 3,0 2,00

SETOR

MEMORIAL DA AMAZÔNIA

NA UES

DISTRITO I

4,8 2,00

MACROUNIDADE TARUMÃ-AÇU

UES

ITAPORANGA

3,0 2,00

6. Identificar o estabelecimento de zoneamento e políticas específicas para as áreas centrais e sítios históricos.

Os sítios históricos encontram-se na macrounidade Centro, dentro da UES Centro

Antigo, no setor sítios hitóricos, de acordo com o artigo 8º, VI, da Lei que trata do

parcelamento do solo de Manaus:

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Art. 8º, inciso VI - UES Centro Antigo - unidade de concentração de comércio e serviços, de verticalização baixa, compatíveis com a diversidade comercial e a concentração de bens de interesse cultural, com incentivo às atividades de comércio e serviços e à manutenção da volumetria atual, que abrange parte dos bairros Centro, N.Sa. Aparecida e Praça 14 de Janeiro e contém o seguinte setor e eixos de atividades:

a) Setor Sítio Histórico - segmento da UES Centro Antigo, dentro dos limites do Sítio Histórico da Cidade de Manaus, de usos e atividades condicionados à presença de bens tombados e de ocupação horizontal de alta densidade.

Quanto à política específica de sítios históricos, remete-se à Seção II do Plano que trata de Patrimônio Cultural, que abrange os sítios históricos:

Art. 12 - Constituem-se diretrizes para a proteção dos bens que integram o Patrimônio Cultural de Manaus:

I - identificar, catalogar e proteger os bens imóveis de valor significativo;

II - registrar e valorizar as manifestações culturais consideradas bens imateriais ou intangíveis da cidade e da região;

III -incentivar procedimentos e criar mecanismos que visem à divulgação, à valorização e à potencialização do uso do Patrimônio Cultural.

A lei de parcelamento de solo de Manaus (Lei n° 672, de 04 de novembro de 2002) dispõe ainda:

Art. 36 - Os proprietários dos bens constantes do patrimônio histórico e cultural de Manaus serão incentivados pela Prefeitura a preservá-los e conservá-los nos termos da Lei n° 2.044/89 e da Lei Orgânica do Município de Manaus - LOMAN e do Decreto n°

1.939/93.

Art. 37 - Os proprietários dos imóveis que compõem o patrimônio histórico, artístico e cultural de Manaus poderão negociar medidas mitigadoras ou compensatórias, inclusive a transferência do direito de construir, com o órgão municipal competente, conforme estabelecido no Plano Diretor Urbano e Ambiental de Manaus.

7. Identificar o estabelecimento de zoneamento específico para áreas de proteção ambiental.

As zonas ambientais foram divididas da seguinte forma:

I - as Zonas de Unidades de Conservação ZUC;

II - as Zonas de Proteção Ambiental - ZPA;

III - as Zonas de Proteção Paisagística - ZPP;

(16)

IV - as Zonas de Recuperação Ambiental - ZRA;

V - as Zonas de Controle Especial - ZCE.

V. ZEIS

1. Definição de tipos de ZEIS.

O zoneamento de Manaus é feito por áreas, desta forma, as áreas de especial interesse são divididas em:

-Áreas de Especial Interesse Social

-Áreas de Especial Interesse para Reestruturação Urbana -Áreas de Especial Interesse Ambiental

2. Definição da localização em mapa, ou coordenadas ou descrição de perímetro

Nos anexos do Plano Diretor de Manaus as áreas de interesse social são localizadas em um mapa. E, ainda, a Lei nº 846/05, descreve a localização.

3. Definição da população que acessa os projetos habitacionais nas ZEIS.

A população que acessa os programas habitacionais está definida no art. 31, parágrafo 2°, Plano Diretor – “Os programas habitacionais de interesse social destinam-se prioritariamente ao atendimento de parcela da população com renda familiar de até 5 (cinco) salários mínimos”.

4. Definição de tipologias habitacionais em ZEIS.

Estão definidas nos artigos 105 e 106 do Plano Diretor de Manaus:

Art. 105 - As Áreas de Especial Interesse Social são as destinadas à implantação de política e programas para promoção da habitação de interesse social.

Art. 106 - As Áreas de Especial Interesse Social serão delimitadas por lei municipal específica e definidas pelas seguintes condições:

I - áreas ocupadas por população de baixa renda que apresentem irregularidades urbanísticas e/ou irregularidade fundiária;

II - áreas destinadas à promoção da habitação de interesse social, inseridas em

programas municipal, estadual ou federal;

(17)

III - áreas destinadas ao reassentamento de população de baixa renda que tenha sua moradia em situação de risco devidamente identificada pelo órgão público competente.

5. A remissão para lei específica.

Há remissão para lei específica como disposto no art. 106 do Plano Diretor de Manaus – “As Áreas de Especial Interesse Social serão delimitadas por lei municipal específica”.

6. Caso as ZEIS já estejam demarcadas em mapas, identificar qual é o percentual da zona definido no plano.

Apesar das áreas de especial interesse estarem marcadas em mapa, não está explicitado o percentual. Visualmente, percebe-se que é menos de 10% da área do município.

7. Verificar se existem definições de investimentos em equipamentos sociais nas ZEIS, tais como investimentos em educação, saúde, cultura, saneamento, mobilidade, etc.

Há previsão somente quanto à habitação.

VI. Instrumentos de Politica Fundiária

1. Para cada um dos instrumentos de políticas de solo listados abaixo, é necessário verificar:

Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à legislação complementar específica ou se é autoaplicável através do próprio plano.

Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para

sua edição/regulamentação e qual é este prazo.

(18)

Se é autoaplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perimetro).

Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um objetivo/estratégia do plano ou a seu macrozoneamento. Qual?

Caso autoaplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano.

Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento;

Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos critérios de isenção.

Identificar se está especificada a fórmula de cálculo da contrapartida.

Identificar para onde vão os recursos.

Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades

Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em questão.

Identificar se estão definidos prazos.

No caso do EIV, incluir a definição da linha de corte do empreendimento que estaria sujeito ao EIV.

Instrumentos Como se aplica

Edificação/

Parcelamento Compulsórios

IPTU progressivo no tempo

Estes instrumentos estão especificados no Plano Diretor de Manaus. Todavia, o art.

79 do Plano remete à especificação à lei municipal, não havendo prazo para a edição desta norma. No texto do Plano Diretor há previsão da área em que se aplica estes instrumentos. Esta utilização está vinculada aos objetivos de ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana em Manaus.

O plano não dispõe de prazos de monitoramente deste instrumento, remetendo à lei

municipal a ser criada, porém indica que após cinco anos sem que o proprietário

tenha cumprido as obrigações de parcelamento, edificação ou utilização, o

Município poderá desapropriar o imóvel. Não há prazos definidos para revisão dos

instrumentos, nem foi definido quem aprova a utilização. O procedimento de

aplicação foi definido de forma geral. Não se define, ainda, para onde vão os

(19)

recursos gerados pelo IPTU progressivo no tempo, sua destinação e finalidades, nem o responsável pela gestão destes recursos.

Outorga Onerosa (de direitos de construção ou alteração de usos)

Este instrumento está especificado no Plano Diretor de Manaus, sendo autoaplicável através do mesmo. No texto desta normatização há previsão da área em que se aplicam estes instrumentos. Esta utilização da outorga onerosa do direito de construir não está vinculada explicitamente a um objetivo do plano. O plano não dispõe de prazos de monitoramente deste instrumento, nem dispõe de um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano. Não há, ainda, prazos definidos para revisão deste instrumento. Foi definido que um órgão integrante do Sistema Municipal de Planejamento Urbano aprovará a utilização deste instrumento, sem se definir, que órgão é este. O procedimento de aplicação foi definido. Critérios de isenção de pagamento constam no Plano. Os recursos gerados pela outorga onerosa serão destinados ao Fundo de Desenvolvimento Urbano, a fim de promover ações urbanísticas, fundiária ou programas habitacionais. Este instrumento também é tratado na lei nº 672, de 04 de novembro de 2002 que institui as Normas de Uso e Ocupação do Solo no Município de Manaus.

Operação Urbana Consorciada

Este instrumento não está especificado no Plano Diretor de Manaus, e não sendo autoaplicável através do mesmo. No texto desta normatização não há previsão da área em que se aplica este instrumento, há apenas áreas prioritárias passíveis de utilizar este tipo de instrumento. A operação interligada ou operação consorciada não está vinculada explicitamente a um objetivo do plano ou a seu macrozoneamento. O plano não dispõe de prazos de monitoramente deste instrumento, nem dispõe de um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano. Não há, ainda, prazos definidos para revisão deste instrumento.

ZEIS – Zonas de Especial Interesse Social

Este instrumento está especificado no Plano Diretor de Manaus e é autoaplicável através do mesmo, sendo definida a área de aplicação em mapa em anexo ao Plano.

A utilização deste instrumento está vinculada à função social da propriedade. Não está previsto um prazo de transição entre a norma vigente e o novo plano. Não há previsão de prazos para monitoramento e revisão deste instrumento. Não está bem definido o procedimento para sua utilização.

Transferência do

Direito de

Construir

Este instrumento está especificado no Plano Diretor de Manaus e é autoaplicável através do mesmo, não sendo, contudo, definida a área de aplicação. A utilização deste instrumento não está vinculada explicitamente a um objetivo do plano. Não há previsão de prazos para monitoramento e revisão deste instrumento. O procedimento para a sua utilização foi previsto.

EIV – Estudos de

Impacto de

Vizinhança

Este instrumento está especificado no Plano Diretor de Manaus. Todavia, o Plano remete à especificação à lei de parcelamento do solo municipal, que já foi regulamentada. Esta utilização está vinculada aos objetivos de ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana em Manaus.

No texto do Plano Diretor não há previsão de prazos para monitoramento e revisão

deste instrumento. Está definido quem aprova a utilização do EIV e o procedimento

deste instrumento. A Lei n° 672, de 04 de novembro de 2002, que trata do

(20)

parcelamento do solo de Manaus, inclui a definição da linha de corte do empreendimento que estaria sujeito ao EIV.

Concessão de uso especial para moradia

Não é mencionado no Plano Diretor de Manaus e na lei municipal nº672 de 2002, que trata de temáticas relativas ao uso e ocupação do solo em Manaus.

C. Acesso aos serviços e equipamentos urbanos, com ênfase no acesso à habitação, ao saneamento ambiental e ao transporte e à mobilidade.

O Estatuto da Cidade estabelece que o plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de desenvolvimento regional e expansão urbana.

(art.40). Nesse sentido é fundamental avaliar em que medida o plano diretor aprovado pelos municípios incorporam diretrizes, instrumentos e programas visando o acesso aos serviços e equipamentos urbanos e a sustentabilidade ambiental, com ênfase no acesso à habitação, ao saneamento ambiental, ao transporte e mobilidade e ao meio ambiente urbano sustentável.

Questões Centrais:

I - O Plano Diretor e a Integração das Políticas Urbanas.

Buscar-se-á avaliar a existência de uma abordagem integrada das políticas urbanas através dos seguintes aspectos:

1. Definições, diretrizes e políticas que expressem essa abordagem integrada.

O primeiro artigo do primeiro título do Plano Diretor de Manaus que trata dos princípios afirma que o desenvolvimento urbano e ambiental de Manaus tem como premissa o cumprimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, nos termos da Lei Orgânica do Município, de forma a garantir:

- a articulação das ações de desenvolvimento no contexto regional;

- a integração entre os órgãos, entidades e conselhos municipais, visando à atuação coordenada no cumprimento das estratégias fixadas neste Plano e na execução dos planos, programas e projetos a ele suplementados.

O Plano apresenta, ainda, uma estratégia de valorização de Manaus como

metrópole regional, visando à integração de política urbana do município ao contexto

regional e nacional, conforme dispõe o artigo 5º do Plano Diretor.

(21)

Art. 5° - A integração das funções do Município no contexto nacional e regional se dará através das seguintes diretrizes:

I - reforço da participação de Manaus em planos e programas, de âmbito estadual e federal, voltados para o desenvolvimento do Município e da região;

II - promoção da complementaridade de atividades produtivas e a integração das funções urbanas de Manaus com os municípios da região;

III - fortalecimento da atuação dos agentes econômicos e de instituições de Manaus e dos demais municípios do Estado para o desenvolvimento sustentável da região.

2. A criação de programas e a instituição de instrumentos visando a integração das políticas urbanas.

O Plano Diretor de Manaus prevê a criação de diversos programas, como:

Programa de Gestão Ambiental, Programa de Gestão Energética Local, Programa de Gestão de Recursos Hídricos, Estratégia de Promoção da Economia, Programa de Promoção do Lazer Urbano, Programa de Abastecimento de Manaus, Programa de Transporte Coletivo Urbano, Programa de Melhoria de Circulação e Acessibilidade Urbana, Programa de Revitalização da Área Central, Programa de Dinamização de Centros de Bairros, Programa de Criação e consolidação de Centros de Turismo e Lazer, Política habitacional de interesse social, Programa para melhoria das condições de habitabilidade em áreas consolidadas, Programa de reassentamento da população removida de áreas de risco, Programa de Construção de Habitação Social, Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Urbana, Programa de Modernização Administrativa, Programa de Informação ao Cidadão, Plano de Integração Regional, Plano de organização do território municipal, Plano de Proteção das margens de curso d’ d’água, Macroplano da Orla do Rio Negro e Rio Amazonas, Plano de Saneamento Ambiental, Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Plano Integrado de Transportes, Plano de Alinhamento e passeio, Plano de Saneamento e Drenagem. A efetivação destes programas será avaliada no relatório de estudo de caso do município de Manaus.

O artigo 129 do Plano Diretor de Manaus cria o Sistema Municipal de Planejamento Urbano para a viabilização de processo contínuo de planejamento e gestão urbana em Manaus. Este Sistema tem suas atribuições delimitadas pelo artigo 130 do Plano:

Art. 130 - São atribuições do Sistema Municipal de Planejamento Urbano:

(22)

I - formular estratégias e políticas urbanas;

II - coordenar a implementação do Plano Diretor Urbano e Ambiental de Manaus e os processos de sua revisão e atualização;

III - elaborar e coordenar a execução integrada de planos, programas e projetos necessários à implementação do Plano Diretor Urbano e Ambiental de Manaus, articulando-os com o processo de elaboração e execução do orçamento municipal;

IV - aplicar a legislação municipal relacionada ao desenvolvimento urbano ambiental, estabelecendo interpretação uniforme de seus dispositivos;

V - monitorar e controlar os instrumentos de aplicação do Plano Diretor Urbano e Ambiental de Manaus e dos programas e projetos previstos;

VI - designar e atribuir competências às instâncias responsáveis pela execução, monitoramento e fiscalização no processo de implementação do Plano Diretor Urbano e Ambiental de Manaus, caracterizando a divisão articulada das funções de planejamento e de gestão das de controle e fiscalização;

VII - aperfeiçoar os procedimentos de consultas prévias nos órgãos municipais de licenciamento;

VIII - instituir e integrar o Sistema de Informações para o Planejamento, estabelecendo o fluxo contínuo de informações entre os órgãos integrantes do Sistema Municipal de Planejamento Urbano;

IX - promover a melhoria da qualidade técnica de projetos, obras e intervenções promovidas pelo Poder Executivo no espaço urbano;

X - articular a atuação das concessionárias de serviços públicos com a execução de planos, programas e projetos urbanos, definindo prioridades e estabelecendo medidas para sua viabilização;

XI - colaborar para o aprimoramento técnico dos servidores municipais e para a formação de um quadro de fiscalização qualificada;

XII - promover e apoiar a formação de conselhos comunitários de gestão urbana, ampliando e diversificando as formas de participação no processo de planejamento e gestão da cidade.

3. Identificar eventuais contradições e dicotomias entre as definições e instrumentos relativos às políticas setoriais previstas no Plano.

Aparentemente não há contradições e dicotomias entre os instrumentos relativos

às políticas setoriais previstas no Plano Diretor de Manaus. O maior problema

(23)

encontrado é a falta de estabelecimento de metas concretas e de prazos a serem cumpridos.

II – O Plano Diretor e a Política de Habitação.

Buscar-se-á identificar:

1. A existência de diagnóstico identificando a situação habitacional do município, com ênfase nas desigualdades sociais nas condições de moradia e no déficit habitacional. Identificar se essa avaliação incluiu levantamentos específicos ou se o plano prevê a elaboração de cadastros de moradias precárias.

Não há no Plano Diretor de Manaus qualquer referência à situação habitacional do município. O Plano não prevê cadastro de moradias precárias.

2. As diretrizes estabelecidas para a política de habitação.

As diretrizes estão estabelecidas no art. 26 do Plano Diretor de Manaus:

Art. 26 - A Estratégia de Construção da Cidade tem como objetivo geral compartilhar os benefícios sociais gerados na cidade e potencializar atividades conômicas urbanas para a implementação de uma política habitacional que democratize o acesso à terra e à moradia.

Art. 26, Parágrafo único - São objetivos específicos da Estratégia de Construção da Cidade:

II - ampliar a oferta de habitação social e o acesso à terra urbana, fomentando a produção de novas moradias para as populações de média e baixa renda adequadas à qualificação ambiental da cidade.

IV - promover a melhoria das condições de habitabilidade nas áreas consolidadas por moradias populares, na perspectiva de garantir novas oportunidades para a população de baixa renda.

Além disso, o art. 30 do Plano Diretor de Manaus, que trata da política habitacional de interesse social tem como diretrizes:

I - fomentar o desenvolvimento de soluções tecnológicas para edificação e infra-

estrutura, visando padrões construtivos adequados aos condicionantes ambientais e

urbanos de Manaus;

(24)

II - ampliar o acesso ao financiamento da habitação de interesse social para populações de média e baixa renda;

III - assegurar infra-estrutura, meios de transporte e equipamentos sociais na localização de novos empreendimentos habitacionais;

IV - promover a melhoria das condições de habitabilidade nas áreas consolidadas por moradias populares, na perspectiva de garantir novas oportunidades para a população de baixa renda;

V - adotar alternativas eficazes e sustentáveis de saneamento que não onerem excessivamente o custo da moradia;

VI - promover o reassentamento da população de baixa renda sujeita a situações de risco, mantendo as populações reassentadas, preferencialmente, no mesmo local ou nas proximidades, garantindo maior segurança e melhor condição de acesso ao trabalho, ao lazer, à saúde e à educação;

VII - promover a regularização urbanística e fundiária.

3. A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual estabelecimento de metas concretas.

O plano prevê a criação de 3 programas de habitação: Programa para a melhoria das condições de habitabilidade em áreas consolidadas; Programa de Reassentamento de População Removida da Áreas de Riscos e Programa de Construção de Habitação Social. Não há estabelecimento de metas concretas com indicação de prazos a cumprir.

4. A definição de uma estratégia de aumento da oferta de moradias na cidade pela intervenção regulatória, urbanística e fiscal na dinâmica de uso e ocupação do solo urbano.

Há no Plano Diretor uma diretriz de ampliação da oferta de habitação social e o acesso á terra urbana através de intervenção regulatória, urbanística e fiscal, através da utilização de alguns instrumentos de política urbana previstos no Estatuto da Cidade. A receita destes instrumentos irá para um fundo para financiar a construção de habitações populares.

5. A definição de instrumentos específicos visando a produção de moradia

popular. Verificar se o plano define instrumentos específico voltado para

cooperativas populares.

(25)

O Plano Diretor de Manaus prevê a criação de um programa específico de construção de habitação de interesse social. Quanto à cooperativas o art. 18, parágrafo único do Plano Diretor de Manaus dispõe que o Município estimulará a formação de cooperativas associadas a programas sociais e urbanísticos, sobretudo quando vinculadas aos programas de habitação social e de qualificação ambiental.

6. A criação de programas específicos (urbanização de favelas, regularização de loteamentos, etc.)

Os programas específicos a serem criados na área de habitação são: Política habitacional de interesse social, Programa para melhoria das condições de habitabilidade em áreas consolidadas, Programa de reassentamento da população removida de áreas de risco e Programa de Construção de Habitação de Interesse Social.

7. A utilização dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade – em especial, (i) a instituição de ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social, inclusive em áreas vazias; (ii) a demarcação de áreas dotadas de infra- estrutura, inclusive em centrais, para fins de habitação popular; (iii) o estabelecimento de parâmetros de uso e ocupação do solo condizentes com os princípios da função social da propriedade; (iv) a outorga onerosa do direito de construir; (v) o parcelamento compulsório e o IPTU progressivo – e sua relação com a política de habitação definida no plano diretor, observando a aplicação desses instrumentos em áreas definidas, seus objetivos e o estabelecimento de prazos.

O Plano Diretor de Manaus estabelece Áreas de Especial Interesse Social, que são

as destinadas à implantação de política e programas para promoção da habitação de

interesse social. Destas áreas, uma parte se encontra em áreas centrais, mas a maior

parte do território das AEIS encontra-se mais afastada do Centro. Foram estabelecidos

parâmetros de uso e ocupação do solo condizentes com o princípio da função social da

propriedade e foram previstos a arrecadação de recursos destinados à habitação popular

através dos seguintes instrumentos: a outorga onerosa do direito de construir; o

parcelamento compulsório e o IPTU progressivo. A aplicação desses instrumentos foi

prevista em áreas definidas e seus objetivos foram delimitados, contudo não houve o

estabelecimento de prazos.

(26)

8. O uso de outros instrumentos voltados para a política habitacional tais como consórcios imobiliários, operações interligadas com destinação de recursos para o Fundo de Habitação, etc.

O Plano de Manaus estabelece que as Operações Consorciadas serão priorizadas em áreas de regularização urbanística e fundiária.

9. O estabelecimento de plano municipal de habitação, a definição de objetivos, diretrizes e o estabelecimento de prazos.

O Plano Diretor de Manaus em seu artigo 30 estabelece que o Poder Executivo deverá implementar uma política habitacional de interesse social, com as seguintes diretrizes:

I - fomentar o desenvolvimento de soluções tecnológicas para edificação e infra- estrutura, visando padrões construtivos adequados aos condicionantes ambientais e urbanos de Manaus;

II - ampliar o acesso ao financiamento da habitação de interesse social para populações de média e baixa renda;

III - assegurar infra-estrutura, meios de transporte e equipamentos sociais na localização de novos empreendimentos habitacionais;

IV - promover a melhoria das condições de habitabilidade nas áreas consolidadas por moradias populares, na perspectiva de garantir novas oportunidades para a população de baixa renda;

V - adotar alternativas eficazes e sustentáveis de saneamento que não onerem excessivamente o custo da moradia;

VI - promover o reassentamento da população de baixa renda sujeita a situações de risco, mantendo as populações reassentadas, preferencialmente, no mesmo local ou nas proximidades, garantindo maior segurança e melhor condição de acesso ao trabalho, ao lazer, à saúde e à educação;

VII - promover a regularização urbanística e fundiária.

Não há o estabelecimento de prazos para a concretização das diretrizes, dos

programas de habitação e da implementação desta política habitacional de interesse

social.

(27)

10. A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis de governo estadual e federal.

O artigo 32 do Plano Diretor de Manaus estabelece que os programas habitacionais deverão ser financiados por meio de recursos originários da articulação com outros programas no âmbito dos Governos Estadual e Federal.

11. A instituição de fundo específico de habitação de interesse social, ou de fundo de desenvolvimento urbano (desde que também seja destinado à habitação), e suas fontes de recursos, observando: (i) o detalhamento da destinação dos recursos do Fundo; (ii) quem gere o Fundo criado; (iii) quais são as receitas do Fundo; (iv) a necessidade de legislação específica;

(v) prazos estabelecidos.

O plano de Manaus criou o Fundo de Desenvolvimento Urbano como sendo o instrumento destinado a gerir recursos para implementação da política habitacional de interesse social do Município. Serão destinados ao Fundo de Desenvolvimento Urbano recursos gerados pela aplicação dos instrumentos de intervenção urbana, com exceção do IPTU progressivo. O órgão responsável pelo gerenciamento do Sistema Municipal de Planejamento Urbano. Não foram estabelecidos prazos. Foi criado, ainda, o Fundo Municipal de Habitação.

12. A existência de definições relativas ao orçamento municipal (PPA, LDO e LOA), como tornar obrigatório a existência de um Programa de Habitação a ser contemplado nos instrumentos orçamentários PPA, LDO e LOA ou a determinação de prioridades de investimentos, a definição de obras e investimentos concretos na área habitacional, por exemplo.

Não há qualquer especificação que articule o tema da habitação com o orçamento municipal. Não está prevista uma destinação dos instrumentos orçamentários aos programas de habitação a serem implementados. Há somente a criação do Fundo Municipal de Habitação.

13. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas.

Não é estipulado critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas no

Plano Diretor de Manaus.

(28)

14. O grau de auto-aplicabilidade das definições estabelecidas na política habitacional.

Para delinear o grau da auto-aplicabilidade das políticas setoriais estabelecidas nos Planos Diretores analisados, foram eleitos, os seguintes critérios: se o Plano Setorial tinha prazo para ser criado ou instituído; se o PDP contemplava Fundo voltado para a política específica ou seus respectivos fins; se havia correlação das leis orçamentárias com a política específica e se havia estratégia, programa, objetivo ou meta concreta relativa à política setorial.

Com relação à aferição de resultados do grau de aplicabilidade, foram atribuídos os seguintes pesos: Grau 1 caso Manaus preenchesse 100% dos critérios mencionados no parágrafo anterior; Grau 2 se Manaus alcançasse 75% dos itens eleitos; Grau 3 se obtivesse 50% dos quesitos e, finalmente, Grau 4 se cumprisse 25% dos pressupostos identificados acima.

MUNICIPIO

PRAZO PARA PLANO DE HABITACAO

FUNDO ORCAMENTO ESTRATEGIA E PROGRAMAS DE OFERTA E AUMENTO DE MORADIA

GRAU DE APLICABILIDADEE

Manaus N S N S Grau 3*

S = SIM N = NAO Grau 1= Quatros Sim Grau 2 = Três Sim Grau 3 = Dois Sim Grau 4=–

Um Sim

* esse município apresentou projeto ao Ministério das Cidades e foi contemplado para receber recursos do FNHIS para fins de moradia de interesse social

15. A definição dos instrumentos e mecanismos de controle social na política de habitação.

Como forma de controle social o Plano prevê a adoção de mecanismos de fiscalização e monitoramento dos projetos habitacionais que integrem a participação da população.

III – O Plano Diretor e a Política de Saneamento Ambiental.

Buscar-se-á identificar:

(29)

1. A existência de diagnóstico identificando a situação do município na área do saneamento ambiental, com ênfase nas desigualdades sociais no acesso ao abastecimento de água, à rede de esgotos e à coleta de resíduos sólidos, bem como a situação social relativa à gestão de recursos hídricos, em especial à drenagem urbana e seus impactos sobre as áreas sujeitas às enchentes.

Não há diagnóstico do município na área de saneamento ambiental ou o diagnóstico não foi enviado pelo município até o fechamento da pesquisa.

2. As diretrizes estabelecidas para a política de saneamento ambiental, identificando se o PD apresenta uma visão integrada de saneamento ambiental. Aqui também é fundamental verificar se na política de uso do solo há definições relativas à disponibilidade de infra-estrutura de saneamento.

O PD de Manaus apresenta visão integrada de saneamento como se percebe no art. 116:

Art. 116 - O Plano de Saneamento Ambiental tem por objetivo geral integrar as ações do Poder Executivo Municipal no que se refere à prestação dos serviços de saneamento básico, para garantia da qualidade de vida da população, de acordo com a estratégia de qualificação ambiental do território desta Lei.

Cabe ressaltar que não há definições relativas à disponibilidade de infra- estrutura de saneamento no PD.

1. A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual estabelecimento de metas concretas. Verificar se o PD apresenta alguma definição sobre a titularidade municipal do serviço ou sobre o papel do município na gestão dos serviços, se traz alguma indicação de privatização dos mesmos, ou ainda se traz alguma informação relativa ao contrato com a prestadora de serviços.

São objetivos do Plano de Saneamento Ambiental:

- o diagnóstico da capacidade dos serviços públicos relativos ao saneamento ambiental;

- as diretrizes básicas para a melhoria das condições do saneamento ambiental;

(30)

- a definição de competências no âmbito do município para a gestão do saneamento ambiental;

- a definição de um programa municipal integrado para a promoção da saúde pública e saneamento urbano;

- a indicação de técnicas alternativas para implementação do saneamento em áreas de especial interesse social;

- a elaboração de programa de monitoração da qualidade do ar em ambientes climatizados internos, de acordo com as normas do Ministério da Saúde, em especial, a Portaria SVS/MS n° 298/98;

- a elaboração de programas de controle das emissões atmosféricas industriais e de automóveis;

- a elaboração de programa de monitoração e controle da qualidade da água destinada ao consumo humano.

A relação de Manaus com as concessionárias está estabelecida de forma genérica. Quanto aos resíduos sólidos, compete ao órgão municipal responsável pela coleta e destinação dos resíduos sólidos no município a elaboração do Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos. Quanto ao Plano de Saneamento e Drenagem, o PD prevê que este será elaborado pelo Executivo Municipal, tendo como representantes os seguintes órgãos e concessionária: Administração Municipal Direta e Indireta;

Administração Estadual Direta e Indireta e Concessionária prestadora de serviços de águas e esgotos.

2. A definição de instrumentos específicos visando a universalização do acesso aos serviços de saneamento ambiental.

Não há no PD de Manaus a definição de instrumentos específicos visando a universalização do acesso aos serviços de saneamento ambiental.

3. A utilização dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade – em

especial, (i) a instituição de ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social,

inclusive em áreas vazias; (ii) a demarcação de áreas dotadas de infra-

estrutura, inclusive em centrais, para fins de habitação popular; (iii) o

estabelecimento de parâmetros de uso e ocupação do solo condizentes com

os princípios da função social da propriedade; (iv) a outorga onerosa do

direito de construir; (v) o parcelamento compulsório e o IPTU

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