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REPÚBLICA DE ANGOLA ASSEMBLEIA NACIONAL COMISSÃO DE ECONOMIA E FINANÇAS,

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REPÚBLICA DE ANGOLA ASSEMBLEIA NACIONAL

COMISSÃO DE ECONOMIA E FINANÇAS,

COMISSÃO DE ASSUNTOS CONSTITUCIONAIS E JURÍDICOS E

COMISSÃO DE ADMNISTRAÇÃO DO ESTADO E PODER LOCAL

RELATÓRIO PARECER CONJUNTO FINAL

ASSUNTO: APRECIAÇÃO, NA ESPECIALIDADE, DA PROPOSTA DO ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO PARA O EXERCÍCIO

ECONÓMICO DE 2019 E DA LEI QUE O APROVA.

INTRODUÇÃO

Em conformidade com o disposto na alínea c) do artigo 120.º da Constituição da República de Angola, conjugado com o n.º 2 do artigo 264.º do Regimento da Assembleia Nacional, o Presidente da República, enquanto Titular do Poder Executivo, remeteu ao Presidente da Assembleia Nacional, a 31 de Outubro de 2018, a Proposta do Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico de 2019, com a respectiva Proposta de Lei que o aprova.

Nos termos do disposto no n.º 2 do artigo 265.º do Regimento da Assembleia Nacional, o Presidente da Assembleia Nacional, através do ofício n.º 0132/00/A-018/GPAN/2018, de 01 de Novembro, remeteu às Comissões de Economia e Finanças, de Assuntos Constitucionais e Jurídicos e de Administração do Estado e Poder Local, competentes em razão da matéria para emissão do Relatório Parecer Conjunto e, às demais Comissões

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de Trabalho Especializadas para a emissão de Parecer, conforme o estabelecido nos número 1 do artigo 268.º e do número 1 do artigo 270.º do Regimento da Assembleia Nacional, cujos pareceres são anexos do presente Relatório Parecer Conjunto.

I – GENERALIDADE

1. De acordo com o disposto na alínea e) do artigo 161.º da Constituição da República de Angola, a matéria a legislar, enquadra-se nas competências da Assembleia Nacional, no domínio político e legislativo.

2. A Proposta de Lei que aprova o Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico de 2019 é de iniciativa do Presidente da República, enquanto Titular do Poder Executivo, nos termos da alínea c) do artigo 120.º da Constituição da República de Angola.

3. A Proposta do Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico de 2019 cumpre, na generalidade, com as regras de elaboração, apresentação, adopção, execução, fiscalização e controlo do Orçamento Geral do Estado, bem como com os princípios da unidade, universalidade e equilíbrio, estabelecidos no artigo 104.º da Constituição da República de Angola e nos artigos 4.º, 5.º e 7.º da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho – Lei do Orçamento Geral do Estado.

4. A Proposta do Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico de 2019, assume os grandes objectivos nacionais definidos no Plano de Desenvolvimento Nacional de médio prazo 2018-2022, organizados em seis eixos de intervenção, designadamente:

i) Desenvolvimento Humano e Bem-Estar;

ii) Desenvolvimento Económico Sustentável, Diversificado e Inclusivo;

iii) Infra-Estruturas Necessárias ao Desenvolvimento;

iv) Consolidação da Paz, Reforço do Estado Democrático e de Direito, Boa Governação, Reforma do Estado e Descentralização;

v) Desenvolvimento Harmonioso do Território;

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vi) Garantia da Estabilidade e Integridade Territorial de Angola e Reforço do seu Papel no Contexto Internacional e Regional.

5. A presente proposta do Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico de 2019, pretende viabilizar a concretização dos objectivos macroeconómicos e de política de desenvolvimento do Executivo a alcançar no ano de 2019, em linha com os objectivos definidos no Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022, nomeadamente:

a) Restaurar a estabilidade macroeconómica e aprofundar a consolidação fiscal.

b) Reanimar o sector produtivo, com especial realce para a agricultura.

c) Implementar o conteúdo sectorial do PDN 2018-2022.

6. Para garantir a estabilidade macroeconómica na presente conjuntura, o Executivo elaborou a Proposta do Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico de 2019, tendo como suporte, os seguintes pressupostos:

a) A taxa de crescimento do PIB Petrolífero + LNG de 3,1%;

b) A taxa de crescimento do PIB Não Petrolífero de 2,6%;

c) O preço médio do barril de petróleo bruto de USD 68,00;

d) A produção petrolífera de 573,2 milhões de barris/ano;

e) O preço médio do LNG de USD 29,00/BOE;

f) A produção petróleo + LNG de 608,6 milhões de barris/ano;

g) A produção de Diamantes de 9.442 quilates;

h) A taxa de inflação de 15,00%;

7. A Proposta do Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico de 2018 estima receitas de Kz 11.355.138.688.790,00 (Onze biliões, trezentos e cinquenta e cinco mil milhões, cento e trinta e oito milhões, seiscentos e oitenta e oito mil e setecentos e noventa Kwanzas) e fixa despesas em igual montante.

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II - NA ESPECIALIDADE

1. A proposta do Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico de 2019, integra as seguintes peças, que foram apreciadas detalhadamente:

 Relatório de Fundamentação;

 Resumo da Receita por Natureza Económica;

 Resumo da Receita por Fonte de Recursos;

 Resumo da Despesa por natureza Económica;

 Resumo da Despesa por Função;

 Resumo da Despesa por Local;

 Resumo da Despesa por Programa e

 Dotações Orçamentais por Órgãos.

2. A proposta do Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico de 2019, apresenta o nível de Receitas a obter e fixa os limites de Despesas a serem autorizadas a todos os entes orçamentados, como a seguir se descreve:

A) RECEITAS

1. A proposta de Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico de 2019, comporta receitas estimadas em Kz 11.355.138.688.790,00 (Onze biliões, trezentos e cinquenta e cinco mil milhões, cento e trinta e oito milhões, seiscentos e oitenta e oito mil e setecentos e noventa Kwanzas), cuja fonte de recurso é a seguir apresentada:

Quadro n.º 1

Receita por fonte de Financiamento

Fontes de Recursos Valores Peso no OGE Financiamentos Externos 1.995.676.950.533,00 17,58%

Financiamentos Internos 1.933.993.855.822,00 17,03%

Recursos Consignados-Diversos 15.000.000.000,00 0,13%

Recursos Consignados-Local 673.971.776.263,00 5,94%

Recurso Ordinário do Tesouro 6.343.602.199.494,00 55,86%

Recursos Próprios 392.893.906.678,00 3,46%

Total 11.355.138.688.790,00 100%

Fonte: Relatório de Fundamentação da proposta do OGE-2019

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2. As Receitas Fiscais (excluindo os desembolsos de financiamentos e venda de activos) estão projectadas em cerca de Kz 7.423,8 mil milhões, equivalente a 21,3% do PIB, sendo 46,8% proveniente das receitas petrolíferas e 15,1% das receitas não petrolíferas, representando 15,3% e 4,9% do PIB, respectivamente.

3. O Superavit Orçamental previsto no OGE-2019, no valor de Kz 506,1 mil milhões, será suportado com financiamentos internos líquidos no valor de Kz 416,6 mil milhões e financiamentos externos líquidos no valor de Kz 89,5 mil milhões.

4. A venda de activos está projectada em Kz 1.821.593.920,00 (Mil milhões, oitocentos e vinte e um milhões, quinhentos e noventa e três mil, novecentos e vinte Kwanzas).

B) DESPESAS

1. A Despesa Total para o Exercício Económico de 2019 é igual à Receita Total e está fixada em Kz 11.355.138.688.790,00 (Onze biliões, trezentos e cinquenta e cinco mil milhões, cento e trinta e oito milhões, seiscentos e oitenta e oito mil e setecentos e noventa Kwanzas), o que corresponde a 32,60% do PIB.

2. As Despesas Correntes fixadas em Kz 5.720.587.797.356,00 (Cinco biliões, setecentos e vinte mil milhões, quinhentos e oitenta e sete milhões, setecentos e noventa e sete mil e trezentos e cinquenta e seis Kwanzas) não ultrapassam as Receitas Correntes, estimadas em Kz 7.423.646.288.515,00 (Sete biliões, quatrocentos e vinte e três mil milhões, seiscentos e quarenta e seis milhões, duzentos e oitenta e oito mil e quinhentos e quinze Kwanzas).

3. Na presente proposta orçamental, as despesas com o Sector Social totalizam Kz 2.339,9 mil milhões, o que corresponde a 39,8% da Despesa Fiscal Total.

4. A despesa com o pessoal representa Kz 1.796,3 mil milhões, o que corresponde a 15,8% da Despesa Total.

5. As Reservas do Tesouro estão projectadas no valor de Kz 107.800.000.000,00 (Cento e sete mil milhões e oitocentos

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milhões de Kwanzas) o que corresponde 0,95% da Despesa Total.

6. A despesa total projectada pode ser melhor visualizada na tabela que segue:

Quadro n.º 2

APLICAÇÕES DE RECURSOS

(valores em mil milhões de Kwanzas)

DESPESAS VALOR

PROJECTADO PESO NO OGE 2019

Custo com o Pessoal 1.796,30 15,8%

Bens e Serviços 1.375,90 12,1%

Juros 1626,4 14,3%

Transferências Correntes 804,9 7,1%

Aquisição de Activos não Financeiros 1314,3 11,6%

Amortização da Dívida 3.843,30 33,9%

Aquisição de Activos Financeiros 594 5,2%

TOTAL 11.355,1 100,00%

Fonte: Relatório de Fundamentação da proposta do OGE-2019

7. As Despesas de Natureza Económica, por Função e por Programa, estão em conformidade com o Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022.

8. Observa-se que no conjunto das despesas, o sector social tem uma participação de 39,8% da despesa total prevista, como se pode verificar no quadro abaixo:

Quadro n.º 3

DESPESAS POR FUNÇÃO (Sem os encargos financeiros)

(valores em mil milhões de Kwanzas)

DESPESAS VALOR

PROJECTADO PESO NO OGE 2019

Administração 1.210,30 20,6%

Defesa, Segurança e Ordem Pública 1.048,50 17,8%

Sector Social 2.339,90 39,8%

Sector Económico 1.286,70 21,9%

Fonte: Relatório de Fundamentação da proposta do OGE-2019

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C) PROPOSTA DE LEI QUE APROVA O ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO PARA O EXERCÍCIO ECONÓMICO DE 2019

1. A Proposta de Lei que aprova o Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico de 2019, está estruturada em 7 (sete) capítulos que comportam 25 (vinte e cinco) artigos, designadamente:

a) O Capítulo I, com a epígrafe “Constituição do orçamento”, contém 2 (dois) artigos;

b) O Capítulo II, com a epígrafe “Ajustes orçamentais”, contém 1 (um) artigo;

c) O Capítulo III, com a epígrafe “Operações de crédito”, contém 3 (três) artigos;

d) O Capítulo IV, com a epígrafe “Consignação de receitas”, contém 2 (dois) artigos;

e) O Capítulo V, com a epígrafe “Disciplina orçamental”, contém 6 (seis) artigos;

f) O Capítulo VI, com a epígrafe “Disposições fiscais e de estabilidade orçamental”, contém 5 (cinco) artigos;

g) O Capítulo VII, com a epígrafe “Disposições finais e transitórias ”, contém 6 (seis) artigos.

2. Da análise efectuada ao texto da Proposta de Lei que aprova o Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico de 2019, as Comissões de Economia e Finanças, de Assuntos Constitucionais e Jurídicos e de Administração do Estado e Poder Local, propõem as alterações seguintes:

2.1 No artigo 9.º, inserir um novo número, passando a figurar como n.º 22, com a seguinte redacção: “É o

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Presidente da República, enquanto Titular do Poder Executivo, autorizado a transferir projectos e as respectivas verbas inscritos no OGE, dos órgãos da Administração Central para os órgãos da Administração Local e dos Governos Provinciais para as Administrações Municipais, de acordo com o regime de desconcentração e delimitação de competências”.

3. Proceder à renumeração do artigo 9.º.

4. O n.º 1 do artigo 10.º passa a ter a seguinte redacção:

Sem prejuízo dos poderes próprios dos órgãos de fiscalização, controlo e inspecção da Administração do Estado, a fiscalização preventiva é exercida através da emissão do visto, da sua recusa ou da Declaração de Conformidade emitida pelo Tribunal de Contas”.

5. No mesmo artigo 10.º, eliminar o n.º 3;

6. Ainda no artigo 10.º, inserir dois novos números, passando a figurar como números 3 e 7 respectivamente, com os seguintes conteúdos:

N.º 3 – “As unidades orçamentais dos órgãos da Administração Central e Local do Estado devem submeter ao Tribunal de Contas, para efeitos de fiscalização preventiva, os contratos de qualquer natureza, de valor igual ou superior a KZ 300.000.000,00 (Trezentos milhões de Kwanzas)”.

N.º 7 – “A delegação de competências referida no número anterior deve especificar o projecto, o valor, e deve ser limitada no tempo”.

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7. No número 4 do artigo 10.º, depois da expressão “ presente artigo“ substituir a expressão “entrada em vigor” por “ só produz efeitos”; e depois da palavra “visto” inserir a expressão “ ou da declaração”;

8. No artigo 14.º, sobre a remessa do balanço de execução trimestral do Orçamento Geral do Estado, o mesmo deve ser conformado com o estabelecido nas alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 275.º do Regimento da Assembleia Nacional.

9. O n.º 1 do artigo 15.º passa a ter a seguinte redacção:

“Para efeitos de execução do Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico de 2019 é criada a Contribuição Especial sobre Operações Cambiais de Invisíveis Correntes, nos termos do Código Geral Tributário, aprovado pela Lei nº 21/14, de 22 de Outubro, cujo regime jurídico se estabelece nos números seguintes”.

10. No artigo 17.º, eliminar o número 4.

11. No artigo 19.º, introduzir dois novos números, passando a figurar como números 3 e 4, com os seguintes conteúdos:

3.“A suspensão e a restrição de direitos e regalias previstas nos números 1 e 2 do presente artigo não se aplicam aos magistrados judiciais e do Ministério Público, nem aos oficiais de justiça, excepto a prevista na alínea d) do n.º 2”.

4.“A suspensão e a restrição de direitos e regalias previstas na alínea a) do n.º 2 do presente artigo não se aplicam aos Deputados à Assembleia Nacional”.

12. Proceder à renumeração do artigo 19.º.

13. Na epígrafe do Capítulo VII, inserir a expressão: “e transitórias”;

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14. Ainda no capítulo VII, introduzir um novo artigo, passando a figurar como artigo 22.º, com a seguinte redacção:

“Artigo 22.º

(Nominação de impostos)

As referências feitas aos impostos constantes da presente Lei, devem ser entendidas como feitas a qualquer imposto que os venha a substituir”.

III – CONSTATAÇÕES

Na sequência dos debates na especialidade, que contaram com a participação dos Auxiliares do Titular do Poder Executivo e de representantes dos parceiros sociais, bem como das audições feitas ao Executivo pelas Comissões de Trabalho Especializadas da Assembleia Nacional, no âmbito da apreciação e discussão da presente proposta de OGE, os Deputados constataram o seguinte:

1. ÁREA DE PLANEAMENTO E FINANÇAS

1. Que a Proposta do Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico de 2019, assume os grandes objectivos nacionais definidos no Plano de Desenvolvimento Nacional de médio prazo (PDN 2018- 2022), operacionalizados em 83 programas que dele constam;

2. Que o Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico de 2019 está avaliado no montante de Kz 11.355,1 mil milhões, reflectindo um aumento de 17,2%

relativamente ao OGE 2018, avaliado em Kz 9.685,6 mil milhões;

3. Que as projecções fiscais para o Exercício Económico de 2019 apontam para um superávit global de 1,5% do PIB e

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as projecções macroeconómica apontam para um crescimento do PIB de 2,8% e uma taxa de inflação acumulada de 15%;

4. Que a proposta de Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico de 2019, estima um preço médio das ramas angolanas de USD 68,00/barril, não obstante as incertezas e os riscos associados à volatilidade do preço do barril de petróleo no mercado internacional;

5. Que da proposta de Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico de 2019, constam projectos inscritos com dotações exíguas para a sua execução;

6. Que na distribuição da Despesa por função, o Executivo priorizou a despesa do sector social com uma participação de 39,8% da despesa total prevista;

7. Que a proposta de Orçamento Geral do Estado de 2019, apresenta receitas próprias em alguns sectores, no entanto há sectores e órgãos que arrecadam receitas próprias e que não estão reflectidas na presente proposta;

8. Que a actual crise económica e financeira que o País está a viver, exige dos órgãos do Estado medidas imediatas para a diversificação da economia, assim como uma efectiva fiscalização e disciplina na execução dos programas e/ou projectos de investimentos públicos e na gestão do Orçamento Geral do Estado aos mais variados níveis.

2. ÁREA SOCIAL

2.1. SECTOR DA SAÚDE

1. Que a dotação orçamental do Ministério da Saúde está fixada em Kz 128.587.447.640,00 (Cento e vinte e oito mil milhões, quinhentos e oitenta e sete milhões, quatrocentos e quarenta e

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sete mil, seiscentos e quarenta Kwanzas), representando um incremento de 34%, comparado com o orçamento de 2018;

2. Que há um aumento da verba do OGE atribuída ao sector da saúde, de 3,63% em 2018 para 6,60% em 2019.

2.2. SECTOR DA EDUCAÇÃO

1. Que a dotação orçamental do Ministério da Educação está fixada em Kz 43.717.146.678,00 (Quarenta e três mil milhões, setecentos e dezassete milhões, cento e quarenta e seis mil, seiscentos e setenta e oito Kwanzas), representando um incremento de 33%, comparado com o orçamento de 2018;

2. Que a dotação global para o Sector da Educação, por função, atribuída para 2019 é de 5,15% do OGE, enquanto em 2018 representou 5,10% do OGE;

3. Que há a inexistência de verbas no OGE para a merenda escolar e regista-se a necessidade de um instrumento jurídico para a sua regulamentação;

4. Que há a necessidade de se concluírem as infra-estruturas inacabadas e a falta de laboratórios, material e reagentes para os mesmos;

5. Que existe um elevado número de crianças fora do sistema de ensino e falta de salas de aulas sobretudo nas zonas rurais;

6. Que há uma concentração excessiva do Orçamento da Educação ao nível central.

2.3. SECTOR DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

1. Que a dotação orçamental do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação está fixada em Kz 77.816.395.208,00 (Setenta e sete mil milhões, oitocentos e dezasseis milhões, trezentos e noventa e cinco mil, duzentos e oito Kwanzas), que representa um aumento de 13% em relação ao OGE de 2018;

2. Que a dotação global para o Sector do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, por função, atribuída em 2019

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é de 0,69% do OGE, enquanto que em 2018 representou 0,71%

do OGE;

3. Que o valor atribuído para as bolsas de estudo internas é insuficiente em função das necessidades;

4. Que se verifica a inexistência de verbas no OGE 2019 para melhoria das condições das infra-estruturas e tecnologias necessárias ao funcionamento do Sector;

5. Que se regista um défice de Assistentes Sociais junto das comunidades.

2.4. SECTOR DA CULTURA

1. Que a dotação orçamental do Ministério da Cultura está fixada em Kz 4.189.898.211,00 (Quatro mil milhões, cento e oitenta e nove milhões, oitocentos e noventa e oito mil, duzentos e onze Kwanzas), representando um acréscimo de 62%, comparado com o OGE de 2018;

2. Que na distribuição da despesa por Programa de Investimentos Públicos (PIP), foram inscritos neste orçamento sete (7) programas, dos quais se destacam, a Requalificação do Reino do Bailundo, a Requalificação do Museu do Dundo e a Construção e Apetrechamento do Depósito do Museu Nacional de Antropologia.

2.5. SECTOR DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

1. Que a dotação orçamental do Ministério da Comunicação Social está fixada em Kz 3.640.712.544,00 (Três mil milhões, seiscentos e quarenta milhões, setecentos e doze mil, quinhentos e quarenta e quatro Kwanzas), representando um acréscimo de 46% comparado com o OGE de 2018.

2.6. SECTOR DO TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL

1. Que a arrecadação de receitas do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, para o exercício económico de 2019, prevê o montante de Kz 240.131.383.031,00 (Duzentos e quarenta mil milhões, cento e trinta e um milhões,

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trezentos e oitenta e três mil, trinta e um Kwanzas), que representa um acréscimo de 12% em relação ao OGE de 2018;

2. Que a dotação orçamental do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social está fixada em Kz 244.555.352.471,00 (Duzentos e quarenta e quatro mil milhões, quinhentos e cinquenta e cinco milhões, trezentos e cinquenta e dois mil, quatrocentos e setenta e um Kwanzas), representando um acréscimo de 31% comparado com o OGE de 2018.

2.7. SECTOR DAS TELECOMUNICAÇÕES E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

1. Que a arrecadação de receitas do Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação para o exercício económico de 2019 prevê o montante de Kz 16.447.231.868,00 (Dezasseis mil milhões, quatrocentos e quarenta e sete milhões, duzentos e trinta e um mil, oitocentos e sessenta e oito Kwanzas), que representa um acréscimo de 814% em relação ao OGE de 2018;

2. Que a dotação orçamental do Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação está fixada em Kz 12.766.116.651,00 (Doze mil milhões, setecentos e sessenta e seis milhões, cento e dezasseis mil, seiscentos e cinquenta e um Kwanzas), que representa um acréscimo de 51% em relação ao OGE de 2018;

3. Que a dotação global do Sector das Telecomunicações, por função, atribuída em 2019 é de 0,20% do OGE, enquanto que em 2018 representou 0,14% do OGE;

4. Que o sector não tem capacidade de modernizar o INAMED em todo o território nacional, por insuficiência de verbas.

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2.8. SECTOR DA ACÇÃO SOCIAL, FAMÍLIA E PROMOÇÃO DA MULHER

1. Que a dotação orçamental do Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher está fixada em Kz 20.055.910.339,00 (Vinte mil milhões, cinquenta e cinco milhões, novecentos e dez mil, trezentos e trinta e nove Kwanzas), representando um decréscimo de 31% comparado com o orçamento de 2018;

2. Que se verifica a dispersão de verbas orçamentais para a rubrica Protecção Social atribuídas aos diferentes sectores.

2.9. SECTOR DA JUVENTUDE E DESPORTOS

1. Que a dotação orçamental para o Ministério da Juventude e Desportos está fixada em Kz 5.046.954.777,00 (Cinco mil milhões, quarenta e seis milhões, novecentos e cinquenta e quatro mil, setecentos e setenta e sete Kwanzas), representando um acréscimo de 25%, comparado com o orçamento de 2018.

2.10. SECTOR DO AMBIENTE

1. Que a dotação orçamental atribuída ao Ministério do Ambiente está fixada em Kz 4.721.219.931,00 (Quatro mil milhões, setecentos e vinte e um milhões, duzentos e dezanove mil, novecentos e trinta e um Kwanzas), representando um acréscimo de 20%, comparado com o orçamento de 2018;

2. Que, no âmbito do programa de construção e aquisição de equipamentos para os aterros sanitários, estão apenas contemplados nesta proposta de OGE 2019, o município do Dande, na Província do Bengo e a Cidade do Kilamba, na Província de Luanda.

2.11. SECTOR DOS ANTIGOS COMBATENTES

1. Que a dotação orçamental atribuída ao Ministério dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria (incluindo as dotações das respectivas unidades orçamentais), está fixada em Kz

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7.769.355.900,00 (Sete mil milhões, setecentos e sessenta nove milhões, trezentos e cinquenta e cinco mil, novecentos Kwanzas), representando um acréscimo de 275%, comparado com o orçamento de 2018;

2. Que não obstante o aumento verificado, os valores inscritos não correspondem às necessidades projectadas para a satisfação das necessidades dos assistidos e para as actividades correntes do Ministério;

3. Que a existência de obras inscritas e não executadas nos Programas de Investimentos Públicos de exercícios anteriores, com principal incidência no edifício Sede, faz com que o arrendamento a terceiros, para o funcionamento do Ministério, seja de kz 50.000.000,00 (Cinquenta Milhões de Kwanzas) mensais, correspondendo a kz 600.000.000,00 (Seiscentos Milhões de Kwanzas) anuais, valores estes incomportáveis face ao actual estado económico e financeiro do País;

4. Que apesar da dotação de verbas para o Centro de Acolhimento do Luena estar previsto, seria importante concretizar-se o início da construção dos Centros Regionais de Acolhimento localizados no Uíge, Huambo e Huíla, no quadro do apoio directo aos deficientes de guerra em extrema vulnerabilidade.

3. ÁREA DA ECONOMIA REAL

3.1. SECTOR DOS RECURSOS MINERAIS E PETRÓLEOS

1. Que a dotação orçamental atribuída ao Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos está fixada em Kz 14.520.971.742,00 (Catorze mil milhões, quinhentos e vinte milhões, novecentos e setenta e um mil, setecentos e quarenta e dois Kwanzas), representando um acréscimo de 3%, comparado com o orçamento de 2018.

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3.2. SECTOR DA CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS

1. Que a arrecadação de receitas do Ministério da Construção e Obras Públicas para o exercício económico de 2019, prevê o montante de Kz 8.375.126,00 (Oito milhões, trezentos e setenta e cinco mil, cento e vinte e seis Kwanzas), que representa um decréscimo de 16% em relação ao OGE de 2018;

2. Que a dotação orçamental atribuída ao Ministério da Construção e Obras Públicas, está fixada em Kz 248.638.386.558,00 (Duzentos e quarenta e oito mil milhões, seiscentos e trinta e oito milhões, trezentos e oitenta e seis mil, quinhentos e cinquenta e oito Kwanzas), representando um acréscimo de 47%, comparado com o orçamento de 2018;

3. Que a acção das ravinas continua a provocar danos à livre circulação de pessoas e bens, bem como a destruição de infra- estruturas sociais e económicas em vários municípios do País;

4. Que há necessidade de garantir a reabilitação e a manutenção de troços rodoviários estrategicamente importantes para o desenvolvimento económico do País e que não tenham sido contemplados no programa de construção e reabilitação de infraestruturas rodoviárias;

5. Que se verifica uma fraca implementação da Lei das Acessibilidades.

3.3. SECTOR DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E HABITAÇÃO 1. Que a dotação orçamental atribuída ao Ministério do

Ordenamento do Território e Habitação está fixada em Kz 26.981.671.054,00 (Vinte e seis mil milhões, novecentos e oitenta e um milhões, seiscentos e setenta e um mil, cinquenta e quatro Kwanzas), representando um decréscimo de 11%, comparado com o orçamento de 2018.

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3.4. SECTOR DA ENERGIA E ÁGUAS

1. A dotação orçamental atribuída ao Ministério da Energia e Águas é de Kz 383.895.891.407,00 (Trezentos e oitenta e três mil milhões, oitocentos e noventa e cinco milhões, oitocentos e noventa e um mil, quatrocentos e sete Kwanzas), representando um acréscimo de 7%, comparado com o orçamento de 2018.

2. Que, não obstante verificar-se uma melhoria significativa no fornecimento de energia eléctrica, particularmente na Província de Luanda, regista-se ainda um défice significativo ao nível das outras Províncias.

3.5. SECTOR DO COMÉRCIO

1. Que a dotação orçamental atribuída ao Ministério do Comércio está fixada em Kz 5.687.128.596,00 (Cinco mil milhões, seiscentos e oitenta e sete milhões, cento e vinte e oito mil, quinhentos e noventa e seis Kwanzas), representando um acréscimo de 2%, comparado com o orçamento de 2018.

3.6. SECTOR DA AGRICULTURA E FLORESTAS

1. A arrecadação de receitas do Ministério da Agricultura e Florestas para o exercício económico de 2019, prevê o montante de Kz 537.628.276,00 (Quinhentos e trinta e sete milhões, seiscentos e vinte e oito mil, duzentos e setenta e seis Kwanzas), que representa um acréscimo de 8% em relação ao OGE de 2018;

2. Que a dotação orçamental atribuída ao Ministério da Agricultura e Florestas está fixada em Kz 56.232.913.743,00 (Cinquenta seis mil milhões, duzentos e trinta e dois milhões, novecentos e treze mil, setecentos e quarenta e três Kwanzas), representando um acréscimo de 101%, comparado com o orçamento de 2018;

3. Que há necessidade de se continuar a tomar medidas céleres para estancar e responsabilizar os autores da devastação das florestas, exploração ilegal da madeira, bem como da caça furtiva;

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4. Que há necessidade de redinamizar a agricultura familiar e a investigação científica nos subsectores da agricultura, pecuária, silvicultura e florestas no contexto da diversificação da economia.

3.7. SECTOR DOS TRANSPORTES

1. A arrecadação de receitas do Ministério dos Transporte, para o exercício económico de 2019, prevê o montante de Kz 149.675.696.493,00 (Cento e quarenta e nove mil milhões, seiscentos e setenta e cinco milhões, seiscentos e noventa e seis mil, quatrocentos e noventa e três Kwanzas), que representa um acréscimo de 2.858% em relação ao OGE de 2018;

2. Que a dotação orçamental atribuída ao Ministério dos Transporte, está fixada em Kz 195.479.712.856,00 (Cento e noventa e cinco mil milhões, quatrocentos e setenta e nove milhões, setecentos e doze mil, oitocentos e cinquenta e seis Kwanzas), representando um acréscimo de 314%, comparado com o orçamento de 2018.

3.8. SECTOR DA INDÚSTRIA

1. A arrecadação de receitas do Ministério da Industria, para o exercício económico de 2019, prevê o montante de Kz 71.940.140,00 (Setenta e um milhões, novecentos e quarenta mil, cento e quarenta Kwanzas), que representa um decréscimo de 37% em relação ao OGE de 2018;

2. Que a dotação orçamental atribuída ao Ministério da Industria, está fixada em Kz 26.581.315.574,00 (Vinte e seis mil milhões, quinhentos e oitenta e um milhões, trezentos e quinze mil, quinhentos e setenta e quatro Kwanzas), representando um acréscimo de 106%, comparado com o orçamento de 2018.

3.9. SECTOR DAS PESCAS E DO MAR

1. Que a dotação orçamental atribuída ao Ministério das Pescas e do Mar está fixada em Kz 12.493.619.684,00 (Doze mil milhões,

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quatrocentos e noventa e três milhões, seiscentos e dezanove mil, seiscentos e oitenta e quatro Kwanzas), representando um acréscimo de 35%, comparado com o orçamento de 2018.

3.10. SECTOR DO TURISMO

1. Que a dotação orçamental atribuída ao Ministério do Turismo, está fixada em Kz 2.653.342.315,00 (Dois mil milhões, seiscentos e cinquenta e três milhões, trezentos e quarenta e dois mil, trezentos e quinze Kwanzas), representando um acréscimo de 137%, comparado com o orçamento de 2018.

4. ÁREA DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL DO ESTADO

1. A dotação orçamental atribuída ao Ministério da Administração do Território e Reforma do Estado é de Kz 16.374.603.026,00 (Dezasseis mil milhões, trezentos e setenta e quatro milhões, seiscentos e três mil, vinte e seis Kwanzas), representando um acréscimo de 119%, comparado com o orçamento de 2018.

2. Que está em curso o processo de descentralização dos projectos de investimentos de subordinação central, com vista a conferir aos governos provinciais a responsabilidade de fiscalizar a execução dos projectos.

3. Que ainda há necessidade do OGE reflectir um maior equilíbrio territorial na distribuição dos recursos financeiros, com vista a reduzir as assimetrias regionais.

5. ÁREA DE SEGURANÇA NACIONAL 5.1. MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL

1. Que as verbas atribuídas ao Ministério da Defesa Nacional (incluindo as dotações do Estado Maior General e Ramos das Forças Armadas, bem como de Institutos e outras instituições com autonomia administrativa e financeira), totalizam Kz 632.613.356.618,00 (Seiscentos e trinta e dois mil milhões, seiscentos e treze milhões, trezentos e cinquenta e seis mil, seiscentos e dezoito Kwanzas), que representa um aumento de 15% em relação ao OGE de 2018;

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2. Que há necessidade de se reflectir sobre a problemática do quadro de efectivos excedentários das Forças Armadas no âmbito da diminuição das despesas com o pessoal;

3. Que se verifica uma décalage entre as necessidades reais e os valores orçamentados, prejudicando essencialmente o Programa de Potenciação e Apetrechamento Técnico-Militar;

4. Que se verifica a existência de efectivos excedentários, dentre eles os portadores de deficiência e os que pertencem ao Quadro de Milicianos, dando lugar ao aumento das despesas com o pessoal. Recorde-se que, esta situação deveu-se à dificuldade da sua inserção no mercado de trabalho, a seguir à passagem à disponibilidade;

5. Que se regista a existência de efectivos reformados por enquadrar na Caixa de Segurança Social das Forças Armadas;

6. Que se verifica uma reduzida dotação de recursos financeiros face à necessidade urgente de conclusão das obras do Hospital Militar Principal e para o seu equipamento;

7. Que se verifica que a dotação orçamental não prevê verbas para a execução do Programa de Reparação e Benfeitoria das Instalações, despesas com a exploração e manutenção de aeronaves e unidades de superfície, bem como para as operações e manutenção dos meios de transporte e demais meios que integram a técnica militar, bem como a remotorização da que está de baixa.

5.2. MINISTÉRIO DO INTERIOR

1. Que para o Ministério do Interior (incluindo as dotações das respectivas unidades orçamentais) é atribuída uma verba no montante de Kz 416.408.395.299,00 (Quatrocentos e dezasseis mil milhões, quatrocentos e oito milhões, trezentos e noventa e cinco mil, duzentos e noventa e nove Kwanzas), que representa um acréscimo de 13% em comparação ao OGE de 2018.

2. Que as necessidades reais para o efectivo funcionamento do Órgão não correspondem com os valores orçamentados, porquanto estes têm maior incidência nas despesas com o pessoal;

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3. Que se verificam deficientes condições de acomodação dos efectivos de serviço e meios de mobilidade destes;

4. Que se mantêm as obras inscritas e não executadas nos Programas de Investimentos Públicos de exercícios anteriores, em detrimento da programação de novas;

5. Que se deverá cumprir com o que está plasmado no artigo 3.º do Decreto Presidencial n.º 9/12, de 20 de Janeiro, que cria o Instituto Superior de Ciencias Policiais e Criminais, no que respeita à sua autonomia financeira, passando a ser uma Unidade Orçamental.

5.3. SERVIÇOS DE INTELIGÊNCIA E SEGURANÇA DO ESTADO 1. Que a dotação orçamental atribuída aos Serviços de

Inteligência e Segurança do Estado (incluindo as dotações das respectivas unidades orçamentais) está fixada em Kz 63.865.625.917,00 (Sessenta e três mil milhões, oitocentos e sessenta e cinco milhões, seiscentos e vinte e cinco mil, novecentos e dezassete Kwanzas), que representa um acréscimo de 50% em comparação ao OGE de 2018;

2. Que as necessidades reais para o seu efectivo funcionamento estão além dos valores orçamentados, porquanto estes têm maior incidência nas despesas com o pessoal;

3. Que persiste a existência em todo o território de obras inscritas e não concluídas nos Programas de Investimentos Públicos de exercícios anteriores por falta de pagamentos;

4. Que permanece a necessidade urgente de edificação e reabilitação de instalações operacionais destes serviços em cinco Províncias e serviços hospitalares para apoio médico e medicamentoso aos efectivos.

5.4. SERVIÇOS DE INTELIGÊNCIA EXTERNA

1. Que a dotação orçamental dos Serviços de Inteligência Externa está fixada em Kz 17.438.487.021,00 (Dezassete mil milhões, quatrocentos e trinta e oito milhões, quatrocentos e oitenta e

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sete mil, vinte e um Kwanzas), que representa um acréscimo de 9% em relação ao OGE de 2018.

2. Que se verifica a existência de obras inscritas e não executadas nos Programas de Investimentos Públicos de exercícios anteriores;

3. Que prevalece a carência de verbas destinadas às deslocações ao exterior, tendo em conta tratar-se de um sector, cujo campo de acção é no exterior do País;

4. Que se verifica a necessidade de constante renovação do equipamento e técnica operativa;

5. Que se verifica que as verbas para o trabalho no exterior integram a conta única das Missões Diplomáticas, trazendo consigo uma maior transparência na gestão e que deverá haver uma rigorosa exigência junto dos Chefes das Missões para o cumprimento na disponibilização integral das verbas enviadas, nos termos do Decreto Presidencial n.º 17-A/17, de 07 de Abril.

5.5. SERVIÇOS DE INTELIGÊNCIA E SEGURANÇA MILITAR

1. Que a dotação orçamental dos Serviços de Inteligência e Segurança Militar é fixada em Kz 2.349.731.982,00 (Dois mil milhões, trezentos e quarenta e nove milhões, setecentos e trinta e um mil, novecentos e oitenta e dois Kwanzas), que representa um acréscimo de 25% em relação ao OGE de 2018.

2. Que se verifica a necessidade de renovação do equipamento e técnica operativa;

3. Que não obstante o incremento orçamental, os valores orçamentados não reflectem as reais necessidades do Órgão.

6. ÁREA DAS RELAÇÕES EXTERIORES

1. Que a dotação orçamental atribuída ao Ministério das Relações Exteriores é fixada em Kz 44.002.258.604,00 (Quarenta e quatro mil milhões, dois milhões, duzentos e cinquenta e oito

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mil, seiscentos e quatro Kwanzas), que representa um acréscimo de 37% em relação ao OGE de 2018;

2. Que a arrecadação de receitas do Ministério das Relações Exteriores para o exercício económico de 2019, prevê o montante de Kz 906.481.642,00 (Novecentos e seis milhões, quatrocentos e oitenta e um mil, seiscentos e quarenta e dois Kwanzas), que representa um decréscimo de 67% em relação ao OGE de 2018;

3. Que o Ministério das Relações Exteriores encerrará apenas as Missões Diplomáticas e Consulares menos estratégicas sendo as verbas poupadas canalizados para restruturar e melhorar as condições de trabalho das Missões estratégicas que permanecerem em funcionamento;

4. Que há a necessidade de se aumentarem as verbas destinadas ao repatriamento de imigrantes ilegais;

5. Que as verbas destinadas aos postos fronteiriços são insuficientes, tendo em conta a extensão das fronteiras do território nacional;

6. Que alguns postos fronteiriços já construídos carecem de apetrechamento.

7. ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

1. Que a dotação orçamental do Tribunal Constitucional inscrita para o presente exercício é fixada em Kz 3.393.229.294,00 (Três mil milhões, trezentos e noventa e três milhões, duzentos e vinte e nove mil, duzentos e noventa e quatro Kwanzas), que representa um incremento de 26% comparado com a dotação do OGE-2018;

2. Que a dotação orçamental do Tribunal Supremo inscrita para o presente exercício é fixada em Kz 3.277.486.458,00 (Três mil milhões, duzentos e setenta e sete milhões, quatrocentos e oitenta e seis mil, quatrocentos e cinquenta e oito Kwanzas), que representa um acréscimo de 23% comparado com a dotação do OGE-2018;

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3. Que a dotação orçamental do Tribunal de Contas inscrita para o presente exercício é fixada em Kz 1.991.158.565,00 (Mil milhões, novecentos e noventa e um milhões, cento e cinquenta e oito mil, quinhentos e sessenta e cinco Kwanzas), que representa um acréscimo de 27% comparado com a dotação do OGE-2018;

4. Que se verifica a necessidade de se proceder à revisão da Lei n.º 13/10, de 9 de Julho – Lei Orgânica e do Processo do Tribunal de Contas, para que possa estar associada à Lei n.º 9/16, de 16 de Junho – Lei dos Contratos Públicos;

5. Que a dotação orçamental para a Procuradoria-Geral da República inscrita é fixada em Kz 20.882.245.872,00 (Vinte mil milhões, oitocentos e oitenta e dois milhões, duzentos e quarenta e cinco mil, oitocentos e setenta e dois Kwanzas), que representa um acréscimo de 44% comparado com a dotação do OGE-2018;

6. Que a dotação orçamental do Conselho Superior da Magistratura Judicial inscrita para o presente exercício é fixada em Kz 1.014.243.904,00 (Mil milhões, catorze milhões, duzentos e quarenta e três mil, novecentos e quatro Kwanzas), que representa um decréscimo de 2% comparado com a dotação do OGE-2018;

7. Que a dotação orçamental atribuída ao Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos para o exercício económico de 2019 é fixada em Kz 63.692.137.145,00 (Sessenta e três mil milhões, seiscentos e noventa e dois milhões, cento e trinta e sete mil, cento e quarenta e cinco Kwanzas), que representa um acréscimo de 4% comparado com a dotação do OGE-2018.

IV - RECOMENDAÇÕES

Com base nas constatações feitas durante os debates na especialidade, no âmbito da apreciação e discussão da presente proposta de OGE, os Deputados recomendam o seguinte:

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1. ÁREA DE PLANEAMENTO E FINANÇAS

1. Tendo em conta a volatilidade e a imprevisibilidade do preço do barril de petróleo bruto no mercado internacional e estando o preço médio das ramas angolanas estimadas em USD 68,00/barril é considerada prematura uma revisão à proposta de Orçamento Geral do Estado para o exercício económico de 2019, ficando o Executivo com a responsabilidade de, nos próximos meses, acompanhar a evolução do mesmo e, caso se mantenha ou ocorra uma variação negativa, propor uma revisão orçamental;

2. Que se continue a envidar esforços para reduzir as vulnerabilidades fiscais, fortalecer a sustentabilidade da dívida, reduzir a inflação e implementar um regime cambial flexível para assegurar a estabilidade das Reservas Internacionais Liquidas;

3. Que se torna imperiosa a criação de classificadores ou códigos orçamentais que permitam facilmente identificar todos os programas, actividades e projectos que, no âmbito da classificação funcional-programática da despesa que concorre para a materialização do mesmo objectivo, com as respectivas acções e metas, conforme o estipulado no artigo 15.º da Lei do Orçamento Geral do Estado (Lei n.º 15/10 de 14 de Julho);

4. Que haja maior remanejamento das receitas ligadas às funções da educação e da saúde, que estão distribuídas noutras funções;

5. Que no processo de elaboração do Orçamento se evite a duplicação de verbas para a mesma despesa;

6. Que sejam excluídos da proposta de Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico de 2019, os projectos sem garantia de financiamento, por apresentarem verbas irrisórias no valor total de Kz. 31.537.118.394,00 (Trinta e um mil milhões, quinhentos e trinta e sete milhões, cento e dezoito mil, trezentos e noventa e quatro Kwanzas) e canalizados para o reforço do Programa Integrado de Desenvolvimento Rural e Combate à Pobreza (com destaque para a Merenda Escolar) e para a Assistência e Patrocínio Judiciário;

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7. Que, em função da necessidade de revisão da Lei n.º 13/10, de 9 de Julho – Lei Orgânica e do Processo do Tribunal de Contas, sejam efectuados os ajustes necessários ao orçamento do Tribunal de Contas para atender às exigências do novo regime remuneratório e ao quadro de pessoal a ser admitido;

8. Que no próximo exercício, a Academia de Pescas e Ciência do Mar do Namibe seja elevada à categoria de Unidade Orçamental, tendo em consideração a dimensão e a complexidade técnica da mesma;

9. Que no âmbito do processo de transparência orçamental seguida pelo Executivo, sejam disponibilizados os balanços de execução orçamental à sociedade civil e ao cidadão comum, particularmente por via electrónica/digital (website do Ministério das Finanças);

10. Que sejam reforçadas as verbas alocadas à Assembleia Nacional, com vista ao pagamento das dívidas com assistência médica, manutenção do edifício e manutenção dos meios rolantes;

11. Que seja reactivado o Posto Aduaneiro de Catuiti para aumentar a capacidade contributiva dos serviços municipais;

12. Que sejam melhorados os critérios de atribuição de verbas às unidades orçamentais e aos seus órgãos dependentes;

13. Que sejam elaborados estudos com vista à revisão das tarifas dos voos domésticos da Companhia Aérea Nacional (TAAG), tendo em conta o nível de salários praticados no País;

14. Que as propostas dos próximos exercícios apresentem todas as receitas próprias arrecadadas por todos os entes orçamentados e que a Inspensão Geral da Administração do Estado (IGAE), a nível central e local, exerça o seu papel, no âmbito do controlo interno;

15. Que os gestores públicos observem a disciplina orçamental durante o processo de execução do Orçamento Geral do Estado de 2019.

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2. ÁREA SOCIAL

2.1. SECTOR DA SAÚDE

1. Que nos próximos exercícios sejam acauteladas verbas no orçamento para a conclusão das obras do Hospital Sanatório do Município do Cuito e do Hospital Regional do Cuemba, na Província do Bié, Hospital de Nambuangongo, Hospital dos Dembos, Hospital do Ambriz e Hospital da Comuna da Barra do Dande, na Província do Bengo, Hospital de Cacongo e Hospital Provincial de Cabinda, Hospital da Arimba, Hospital Pediátrico e Maternidade do Lubango, na Província da Huíla e o Hospital Provincial do Moxico;

2. Que seja dada maior atenção ao combate à doença do sono (tripanossomíase) e à lepra, e garantida a protecção e apoio social às vítimas destas doenças;

3. Que nos próximos exercícios, sejam acauteladas as verbas para a reabilitação do Hospital Sanatório do Namibe para acudir as carências desta unidade em medicamentos e pessoal com formação adequada;

4. Que sejam acauteladas as verbas para o apetrechamento da lavandaria do hospital Ngola Kimbanda na província do Namibe;

5. Que sejam aperfeiçoados os mecanismos de prevenção e de controlo do surto de raiva e reforçar os programas de vacinação anti rábica em todo país;

6. Que nos próximos exercícios sejam previstas verbas para a conclusão do Hospital Geral do Zaire, a reabilitação do Hospital Geral do Huambo e do Hospital Provincial da Lunda Norte (Dundo);

7. Que sejam acauteladas as verbas para a acudir as carências de condições primárias como ambulâncias e medicamentos para os primeiros socorros, nos centros de Saúde no Município de Belize, na Província de Cabinda;

8. Que sejam subvencionados os medicamentos de doenças crónicas e endémicas;

9. Que haja um incremento dos montantes atribuídos aos Programas Prioritários “Melhoria da Saúde Materno-Infantil e

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Nutrição” de 1,07% para 3% e “Reforço do Sistema de Informação Sanitária e Desenvolvimento da Investigação em Saúde” de 1,32% para 2% (reconhecendo o mínimo recomendado pela OMS em 2008). Para o efeito, deverão ser reduzidas as percentagens das verbas atribuídas às rubricas

“Acções Correntes” e “Reforço das Capacidades Técnico Materiais”;

10. Que nos próximos exercícios, se incremente a verba para o

“Programa de Reforço do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica”, por ser uma das fracas componentes do sistema de saúde angolano carecendo de muito mais capacidade para detecção precoce de surtos epidémicos;

11. Que em 2019, seja concluído o concurso público para admissão e promoção de médicos e outros profissionais de saúde iniciado em 2018;

12. Que nos próximos exercícios sejam previstos o subsídio de isolamento, de risco e de turno, especialmente para os médicos colocados nos municípios mais recônditos do País.

2.2. SECTOR DA EDUCAÇÃO

1. Que se continue a reformular o sistema de educação para a melhoria e desenvolvimento da qualidade do ensino;

2. Que nos próximos exercícios sejam reforçadas as verbas atribuídas ao ensino primário e educação especial, bem como para a manutenção das infra-estruturas escolares já construídas e o fundo de formação contínua dos professores;

3. Que sejam remanejadas as dotações orçamentais para a função Educação existentes noutros Sectores, com vista a reforçar as capacidades do sector da educação a nível local;

4. Que se conclua o processo de admissão e promoção de professores iniciado em 2018;

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5. Que nos próximos exercícios sejam previstos o subsídio de isolamento, de risco e de turno para os professores colocados nos municípios mais recônditos do País;

6. Que da dotação orçamental do sector, sejam remanejadas verbas para a reabilitação do Instituto Médio Politécnico de Cabinda;

7. Que nos próximos exercícios sejam reforçadas as verbas para o recrutamento de pessoal na função pública, para fazer face à carência de professores, em particular nos municípios de Massango e Marimba, na Província de Malange;

8. Que seja regularizado o pagamento dos subsídios de alojamento dos professores alfabetizadores, na Província da Lunda-Sul, que estão sem auferir há mais de 5 anos;

9. Que se estude a possibilidade da criação de um Fundo do Livro.

2.3. SECTOR DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

1. Que nos próximos exercícios sejam acauteladas verbas para a construção e apetrechamento das regiões académicas existentes no País e que carecem de escolas de ensino de base;

2. Que nos próximos exercícios seja diligenciado o incremento progressivo da percentagem das verbas atribuidas a este Sector, por ser de bastante importancia para o desenvolvimento do País;

3. Que sejam remanejadas as verbas atribuídas ao sector, para que parte dela seja destinada a reabilitação e manutenção das infra-estruturas das universidades públicas;

4. Que se elabore com alguma urgência o estatuto orgânico da Academia de Pescas e Ciência do Mar do Namibe, para que efectivamente se possa tornar uma Unidade Orçamental;

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5. Que da dotação orçamental do sector, sejam remanejadas verbas para a reabilitação da Faculdade de Ciências Agrárias da Chianga e do Instituto Veterinário Agrário, na Província do Huambo.

2.4. SECTOR DA CULTURA

1. Que seja feita uma intervenção conjunta entre o Ministério da Cultura e da Defesa para recuperar e preservar a Fortaleza de São Fernando (Moçâmedes), património cultural que serve de base naval da marinha de guerra;

2. Que nos próximos orçamentos sejam previstas verbas destinadas à conclusão do processo de cadastramento das autoridades tradicionais e que se respeite aquelas, cuja linhagem, é anterior à criação do próprio Estado;

3. Que nos próximos exercícios, se atribua uma verba para estudos e reabilitação da Igreja da Missão Católica do Mussuco, no Município do Cuango, na Província da Lunda Norte;

4. Que nos próximos exercícios sejam reforçadas as verbas para construção e apetrechamento de casas de cultura, de bibliotecas municipais e nos distritos urbanos, para promoção e elevação da actividade cultural e artística nacional;

5. Que sejam elaborados estudos para a criação de incentivos à promoção de fazedores de artes, grupos teatrais e actores culturais, incentivo ao livro e a leitura, música, dança, cinematografia e utilização das línguas nacionais quer por via do Mecenato Cultural e quer por via de um Fundo de Apoio à Promoção Cultural, através de Contractos Programas;

6. Que nas verbas atribuídas ao Ministério, sejam definidas as de apoio à publicação de obras literárias, discográficas, cinematográficas, etc, com maior destaque à Brigada Jovem de Literatura.

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2.5. SECTOR DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

1. Que seja dada particular atenção à formação, capacitação e o recrutamento de quadros do sector por forma a adaptar- se à nova dinâmica social, com vista a melhorar o funcionamento do Ministério da Comunicação Social;

2. Que seja revisto, com urgência, a situação da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERCA), no que toca ao aumento do tecto orçamental e a sua transformação em unidade orçamental independente.

2.6. SECTOR DO TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL

1. Que sejam criados mecanismos de controlo na arrecadação de receitas do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social.

2.7. SECTOR DAS TELECOMUNICAÇÕES E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

1. Que nos próximos exercícios, no âmbito da Reforma do Estado, sejam inscritas verbas para a Governação Electrónica;

2. Que nas verbas destinadas às actividades do sector, parte delas sejam utilizadas na manutenção das mediatecas existentes.

2.8. SECTOR DA ACÇÃO SOCIAL, FAMÍLIA E PROMOÇÃO DA MULHER

1. Que no âmbito da implementação do Programa de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza, sejam atribuídas verbas destinadas à acção social para reduzir a pobreza extrema na Província do Cunene;

2. Que nos próximos exercícios sejam incrementadas as verbas destinadas a criação de mais centros de aconselhamento familiar e casas de abrigo para vítimas de violência doméstica;

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3. Que os mecanismos de prevenção e apoio às vítimas de calamidades naturais sejam mais céleres;

4. Que no âmbito do Programa de Promoção do Género e Empoderamento da Mulher, o sector articule as acções com os Ministérios da Agricultura, Pescas, Ambiente, Indústria, Comércio e Ordenamento do Território, para que haja maior impacto no público-alvo;

5. Que no âmbito da implementação do Programa de desenvolvimento Local e Combate à Pobreza, sejam reforçados os mecanismos institucionais e familiares de apoio ao idoso e pessoas vulneráveis;

6. Que seja reforçada a educação na primeira infância;

7. Que sejam transferidos para o Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, as verbas atribuídos a outros serviços de Protecção Social nos diferentes Órgãos.

2.9. SECTOR DA JUVENTUDE E DESPORTOS

1. Que nos próximos orçamentos, sejam reforçadas as verbas para o Instituto Superior de Educação Física e para o Instituto Nacional de Educação Física (INEF), a fim de se elevar o número de professores de educação física, no intuito da concretização do programa de massiificação desportiva e de ensino da educação física e desporto, nos estabelecimentos de ensino em Angola e proporcionar mais e melhor abordagem da prática dos desporto escolar;

2. Que, no âmbito da política desportiva nacional, se adopte e implemente a estratégia de desenvolvimento das modalidades de maior proeminência no País, com particular atenção ao Basquetebol, o Futebol, o Andebol, Ring Hockey, Ginástica, Pesca Desportiva e outras modalidades individuais;

3. Que nos próximos exercícios sejam alocadas verbas para lançamento da empreitada do Centro Desportivo de Alto Rendimento na Província do Huambo, a fim de corresponder às exigências desportivas de alta competição;

4. Que nos próximos exercícios sejam previstas verbas com vista a a suportar despesas com crianças super dotadas e jovens

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com QI (Quoficiente de Inteligência) acima da média, com vista a garantir a contínua formação, dentro ou fora do País;

5. Que nos próximos exercícios sejam previstas verbas para a reabilitação do Estádio de Futebol das Cacilhas, na Província do Huambo;

6. Que nos próximos exercícios sejam atribuídas verbas para o Conselho Nacional da Juventude, para realização dos torneios das diferentes modalidades;

7. Que nos próximos exercícios sejam aumentadas as verbas para o Ministério da Juventude e Desportos com vista a aumentar a sua intervenção em distintos programas de integração juvenil.

2.10. SECTOR DOS ANTIGOS COMBATENTES

1. Que sejam criados mecanismos para prosseguir com as acções tendentes à regularização do pagamento das pensões aos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria ou beneficiários sobrevivos;

2. Que nos próximos orçamentos, se continue a orçamentar verbas para a construção de residências para os antigos combatentes a nível do país e se continue a implementar programas de reinserção e integração;

3. Que se realizem acções para a implementação efectiva dos Centros Nacional e Regionais de Acolhimento e Orientação dos Antigos Combatentes e dos Veteranos da Pátria.

2.11. SECTOR DO AMBIENTE

1. Que nos próximos exercícios sejam reforçadas as verbas do Ministério do Ambiente, com vista a permitir a construção e a aquisição de equipamentos para aterros sanitários a nível de todas as províncias do País;

2. Que no âmbito do Programa de Prevenção de Riscos e Protecção Ambiental, sejam reforçados os mecanismos de intervenção para minimizar os impactes ambientais causados

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pela exploração do petróleo, diamantes, gás natural, inertes e outros recursos não-renováveis;

3. Que no âmbito da operação transparência se discipline a actividade de exploração de inertes, na perspectiva do aumento da receita, bem como responsabilizar as empresas diamantíferas e os garimpeiros pelos desvios dos rios e o abate das árvores, em inobservância às leis ambientais;

4. Que no âmbito da implementação do Plano Estratégico de Gestão de Resíduos, sejam elaborados estudos para a implementação de projectos de tratamento e reciclagem do lixo e de geração de energia eléctrica a partir do lixo;

5. Que nos próximos exercicios sejam previstas verbas para a protecção ambiental do Projecto Turístico Okavango/Zambeze.

1. ÁREA DA ECONOMIA REAL

1.1. SECTOR DOS RECURSOS MINERAIS E PETRÓLEOS 1. Que as empresas exploradoras de diamantes fixem as suas

sedes nas cidades onde exercem as suas actividades e cumpram com a sua responsabilidade social, por forma a garantirem mais oportunidades de emprego para a redução das assimetrias regionais;

2. Que nos próximos exercícios seja recuperado o porto mineiro do Namibe e reactivada a mina de ferro de Cassinga, na Província da Huíla, enquanto potenciais fontes de arrecadação de receitas para o OGE.

1.2. SECTOR DA CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS

1. Que nos próximos exercícios sejam revistas as verbas no orçamento para a reabilitação dos troços por concluir nas Províncias da Lunda Sul, Lunda Norte, Bié, Cuando Cubango, Cabinda, Uíje, Bengo, Malanje, Luanda, Cuanza Sul, Moxico, Cunene, Huila e Zaire;

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2. Que nos próximos exercícios, sejam alocadas verbas para a reabilitação de vias secundárias e terciarias;

3. Que nos próximos exercícios, sejam aumentadas as dotações orçamentais para o combate às ravinas que poderão afectar a circulação de pessoas e bens na Província do Bié, na via que liga Cuito – Menongue, Cuito Cuanavale, Lunda Norte, Lunda Sul, Uíge, Moxico, Zaire e que seja criado um Fundo Nacional de Combate às Ravinas, por forma a evitar múltiplas inscrições de verbas para o mesmo fim;

4. Que nos próximos exercícios, sejam atribuídas verbas destinadas ao apetrechamento do Instituto Nacional de Estatística do Namibe.

5. Que nos próximos exercícios, seja dada continuidade à reabilitação da estrada EN100 Luanda/Benguela até Namibe e as pontes aí existentes;

6. Que nos próximos exercícios sejam previstas verbas para a reabilitação das vias do Balombo/Ebanga/Ganda e o acesso à Babaera e das pontes em toda a extensão da estrada Benguela/Dombe Grande/Rio Equimina/Lucira;

7. Que nos próximos exercícios sejam previstas verbas para a conclusão das obras das Centralidades da Caála, Bailundo, Cuanza Norte, Zaire e Malanje;

8. Que nos próximos exercícios, sejam previstas verbas para a reabilitação da estrada que liga a sede do Município do Cuango-Cafunfo-Comuna do Luremo, até à fronteira com a República Democrática do Congo;

9. Que nos próximos exercícios, sejam previstas verbas para a construção de uma estrada alternativa que liga as províncias do Leste, para minimizar os constrangimentos decorrentes de cortes provocados pela queda de pontes e outras causas que inviabilizam a livre circulação na EN230;

10. Que nos próximos exercícios, sejam reforçadas as verbas previstas para a reabilitação das pontes sobre os rios Hoque e Kutembo na província da Huíla;

11. Que nos próximos exercícios, sejam previstas verbas destinadas a projectos pendentes na Província de Cabinda, nomeadamente o Projecto de Pavimentação do Acesso à

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Rotunda da República, Projecto de Reabilitação da rua por detrás do Estaleiro da ENSICA, Projecto de Reabilitação da Rotunda do Pio à Rotunda da Administração, Projecto de Reparação e Recelagem da rua do Comércio e Projecto da Construção da Via de Acesso à Nova Ponte Buco/Ngoio;

12. Que nos próximos exercícios sejam previstas verbas para a reabilitação das estradas Munenga/Libolo, bem como a estrada nacional que liga Sumbe/Seles;

13. Que nos próximos exercícios sejam previstas verbas para a reabilitação da estrada EN250 Cuito, Camacupa, Cuemba, bem como do troço Camacupa/ Ringoma na Província do Bié;

14. Que nos próximos exercícios sejam reabilitadas as vias terciarias que constam das rotas de produção agrícola;

15. Que nos próximos exercícios sejam criadas condições técnicas para instalação de balanças nas estradas com vista a garantir maior tempo de vida útil das mesmas;

16. Que nos próximos exercícios sejam reabilitadas as estradas das circunscrições da Província do Cuando Cubango, para fazer face ao fomento do turismo no Projecto Okavango- Zambeze;

17. Que nos próximos exercícios sejam inscritas verbas para a continuidade das obras de construção do polo industrial do Cunje e do micro polo do Andulo;

18. Que nos próximos exercícios sejam inscritas verbas para a reabilitação do troço Belize/Buco Zau/ Malembe;

19. Que nos próximos exercícios sejam inscritas, no orçamento da província do Uíge, verbas para a reabilitação dos troços Macocola/Milunga/Macolo/ Massau; Sanza Pombo/Buenga Norte/ Cuilo/Cambozo; Songo/Ambuíla/Quipedro; Alto Cavale à Comuna do Bungo, que liga à Província e Quimbele/Cuango;

20. Que nos próximos exercícios seja dada continuidade das obras inscritas nos Programas de Investimentos Públicos de exercícios anteriores, paralisadas por falta de verbas;

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21. Que nos próximos exercícios sejam inscritas verbas no orçamento para a reabilitação dos troços, por concluir, nas Províncias do Cunene das vias Calueque, Chitado, Oncócua e a requalificação da avenida principal na cidade de Ondjiva. Na Província do Cuando Cubango as vias Catuitui, Mavinga, Rivungo, assim como as vias secundárias e terciarias da cidade do Menongue;

22. Que nos próximos exercícios sejam atribuídas verbas para a requalificação do troço, por concluir no município do Lucala, na província de Malange.

1.3. SECTOR DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E HABITAÇÃO

1. Que nos próximos exercícios sejam atribuídas verbas, no âmbito de investimento público na Província do Bengo, destinadas à elaboração de projectos de requalificação urbana;

2. Que nos próximos exercícios, sejam inscritas verbas para a construção da Marginal e da Circular Externa, na província Cabinda com vista a fluir o trânsito rodoviário do porto de águas profundas, designado Caio.

1.4. SECTOR DA ENERGIA E ÁGUAS

1. Que o Executivo procure soluções de financiamento para atender o défice de energia eléctrica ainda verificado no País, por via da construção de mini-hídricas e o uso de sistemas de energia fotovoltaico e energia eólica, lá onde for possível, assim como para a construção de chimpacas e canais de água abertos em zonas planas que servirão para o abastecimento de água para a população, agricultura e pecuária;

2. Que, no processo de contratação pública pelos órgãos Centrais e Locais do Estado, no âmbito do programa “Agua para Todos”, sejam revistos os critérios para a contratação de empresas que garantam a qualidade das empreitadas.

Referências

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