Secagem -
Drying
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
No processamento cerâmico,
sucede a
conformação
e precede a queima
Matérias - primas
caracterizadas
Cálculos e
dosagem Mistura Conformação
Secagem Queima Acabamento Inspeção
Produto final Consumo
Fluxograma geral do processamento de cerâmicas
Observação: um fluxograma específico pode ter mais ou menos etapas
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Secagem - introdução
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Secagem
- remoção de água, por evaporação
Qual a condição necessária para evaporação?
•
gases de combustão
• eletricidade
Equipamentos
Estufas ou Fornos
Processo endotérmico
H
2O
(l)
H
2O
(g)Pressão de vapor da água
seja maior que a
Pressão
Parcial do vapor da água
na atmosfera em que o
material esteja por secar.
Secagem - introdução
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Secagem - introdução
Calor x Processamento
cerâmico
• secagem de produtos conformados • queima (sinterização)
• produzir aglomeração e reduzir porosidade (chamote)
• aliviar tensões residuais
• cristalização de fases vítreas
Efeitos produzidos por tratamentos térmicos em peças
cerâmicas
• alterações de massa e volume
• movimentação dos átomos e aumento na velocidade de difusão • redução da porosidade e
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Secagem - introdução
Pressão de vapor - revisão
Existe uma relação entre
Pressão de Vapor
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Ar
Mistura
de
nitrogênio,
oxigênio
e
pequenas
quantidades de outros gases
Ar atmosférico
Ar que normalmente contém um pouco de
vapor de água
(umidade)
Ar seco
Ar que não contém vapor de água
Umidade absoluta, ou
específica, ou ainda,
relação de umidade)
Massa do vapor d´água presente
(m
v) em uma unidade de massa
de ar seco (m
s)
s v
m
m
w
kg de vapor d´água/kg de ar secoSecagem - introdução
Ar saturado
•
ar seco – umidade específica ZERO
• adição de vapor – aumenta a umidade específica
• ar não absorve mais umidade -
SATURAÇÃO
AR a 25ºC, 101,3 kPa
(Psat,H2O a 25ºC = 3,1698 kPa) Pv=0 ar seco
Pv < 3,1698 kPa ar não saturado
Pv > 3,1698 kPa ar saturado
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Secagem - introdução
Psicometria
•Trata da determinação das propriedades de misturas de gás e vapor
• O sistema AR-VAPOR de água é o mais frequentemente encontrado
Mistura insaturada Quando a dada temperatura, é pressão parcial do vaporinferior à pressão de vapor do na mistura GV, a uma
líquido, à mesma temperatura
Mistura saturada Quando a pressão do vapor for igual à pressão parcial do
líquido
Mistura
supersaturada
Quando a umidade absoluta do gás for superior à correspondente na saturação – parte da umidade encontra-se na forma líquida
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Secagem - introdução
Temperatura de bulbo seco
Temperatura de bulbo úmido
Algumas definições
Richard E. Sonntag PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Temperatura seca
É a temperatura de uma mistura G-V, obtida através da imersão de um termômetro, ou qualquer outro sensor de temperatura, no interior da mistura.
Temperatura úmida
• Entende-se por temperatura úmida a temperatura estacionária atingida por uma pequena quantidade de líquido, que se
evapora no interior uma grande quantidade de mistura G-V em escoamento.
• Se o gás tiver insaturado, algum líquido é evaporado para a corrente de gás, transportando com ele o seu calor latente de vaporização, tornando-se mais frio o sistema termômetro – algodão.
•Atingindo o seu estado estacionário, a temperatura mantém-se constante - TU
Temperatura do ponto de orvalho ou ponto de orvalho
É a temperatura à qual, por efeito do resfriamento, o vapor na mistura G-V começa a condensar
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Secagem - introdução
Umidade Relativa (UR)
É a razão entre a pressão parcial do vapor no ar pela pressão
de vapor da água à temperatura do ar
100
.
.
v pP
P
R
U
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II Secagem - introduçãoAlgumas definições
É a razão entre a quantidade real de umidade no ar a uma dada
temperatura e a quantidade máxima que o ar pode conter
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
• Secagem é uma operação importante na fabricação de produtos cerâmicos
• Do ponto de vista industrial, a operação de secagem é uma das fases mais delicadas de todo o processo produtivo cerâmico
• A ocorrência de gradientes térmicos e de umidade, durante o processo de eliminação da água, dá lugar ao aparecimento de tensões mecânicas, susceptíveis de gerar defeitos nos produtos – deformações e fissuras –
que os inutilizam, ou baixam os níveis de qualidade
• Igualmente, são importantes os aspectos econômicos relacionados com os custos energéticos de operação
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Conclusão
Econômica
Secagem mais rápida possível
Técnica
Secagem rápida: retração diferencial –
produz trincamento e até fissuras
Produção da unidade
200 ton/dia de cerâmica vermelha para construção
Água a ser eliminada na secagem 48 ton/dia
Consumo do secador (água evaporada) 4184 kJ/kg (1000 kcal/kg)
Energia necessária 200,8 x 106 kJ/dia
Quantidade de gás natural (GN)
necessária, sabendo–se que 50% da necessidade seja recuperadas
2650 normal m3
Preço do normal m3 R$ ????
Custo R$ ????
Custos de secagem – um exemplo
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Secagem de placas
Secagem de pratos, travessas, tigelas e peças assemelhadas
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Defeitos frequentes na secagem - exemplos
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Processos de
transferências
na operação de secagem
Tipos T C
Condução
Convecção
Radiação
Em cerâmica, maioria dos processos de secagem utiliza a convecção
O processo de transferência mais lento controla a velocidade de secagem
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Processos de
transferências
na operação de secagem
Secagem
Convecção:
• presença de um fluido (ar, Ar, etc)
• Coeficiente pelicular de transferência de calor
• Área
Condução:
• contato direto entre as fontes quente e a fria
• Área
Radiação:
• fonte e receptor – sem intervenção do meio
• Emissividade – absorvidade
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Processos de
transferências
na operação de secagem
Secagem
z
T
y
T
x
T
kA
Q
cd cdQ
c
h
c
A
c
T
1
T
s
• Qcd, Qc, Qr são as velocidades de transferência de calor por condução, convecção e radiação • gradientes de temperatura nas direções x,y e z
• Ts é a temperatura superficial do corpo
• T1 é a temperatura do meio gasoso entre as fontes quente e fria
•T2 é a temperatura da fonte emissora de radiação (parede ou meio gasoso) • k é a condutividade térmica do material do produto
• hc é o coeficiente de transferência de calor por convecção • ε coeficiente de emissão da superfície do produto à Ts
• s coeficiente de absorção da superfície do produto, para radiação incidente, emitida pela vizinhança à T2
• é a constante de Stefan Boltzmann
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Secagem por convecção
Rendimento térmico total da operação de secagem por convecção 60%
Ar quente
Secagem
Eleva a temperatura do sólido
Transforma o líquido em vapor
Calor cedido ao equipamento de transporte do produto
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
A velocidade de secagem por convecção depende:
1 – Fatores externos
• Temperatura
• Umidade relativa do ar
• Velocidade de circulação do ar • Área da superfície exposta • Pressão total
2 – Fatores internos
• Natureza física da peça
• Estrutura da peça • Teor de umidade • Temperatura
• Espessura da peça
Secagem
F ato r de v el oc ida de
Velocidade de evaporação da água em superfície livre
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
v p
E evaporaçãoK
P
P
V
KE é a constante deevaporação que depende das condições de fluxo de ar
Secagem
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Secagem – Umidade dos sólidos
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Secagem – Umidade dos sólidos
Umidade dos sólido
100
(%)
u s um
m
m
U
W
W
X
1
X é o teor de umidadeW é a massa de água no sólido úmido
kg de água/kg de sólido seco
200 ton/dia de cerâmica vermelha para
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Secagem - mecanismos
Norton
Como
a
água
pode
estar
distribuída
no
processamento cerâmico?
• água de hidratação
(cristalização)
• água de suspensão (
deve ser removida antes ou durante a
conformação
)
• água interpartículas
• água dos poros
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Secagem - mecanismos
Norton
Água interpartículas ou intercamadas
(água livre aparece mesmo depois de uma filtração, espessamento, absorção por moldes, etc – espessura de ordem de 50 nm)
• a retirada dessa água promove retração da peça
Água nos poros
• está nos interstícios entre as partículas
• a remoção dessa água promove pequena ou quase nenhuma retração
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Secagem – Umidade dos sólidos
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Secagem – Umidade dos sólidos
Como a umidade está em um SÓLIDO?
Umidade ligada
Pressão de vapor da umidade retida no
sólido, a determinada temperatura, for
inferior a pressão do vapor do líquido puro, à
mesma temperatura
Umidade não ligada
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Secagem – Umidade dos sólidos
Classificação dos sólidos para efeito de secagem
•
sólidos porosos não higroscópicos
Areia, minerais britados, partículas de polímeros e alguns
cerâmicos
Critérios
de definição
• volume de poros claramente reconhecível, que está cheio de líquido quando o sólido está
completamente saturado, e cheio de ar quando o sólido se encontra completamente seco
• umidade fisicamente ligada desprezível, isto é, o sólido não é higroscópico
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Secagem – Umidade dos sólidos
Classificação dos sólidos para efeito de secagem
•
sólidos porosos higroscópicos
Argilas, peneiras moleculares, madeiras, têxteis, etc.
•
existe um espaço de poros claramente
reconhecidos
• existe uma grande quantidade de umidade
fisicamente ligada
• ocorre retração nas etapas iniciais de
secagem
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Secagem – Umidade dos sólidos
Classificação dos sólidos para efeito de secagem
•
sólidos coloidais não porosos
Sabões, gomas, alguns polímeros (ex: nylon) e vários
produtos alimentícios
• não existe qualquer espaço de poros
• todo líquido se encontra fisicamente ligado
Esse tipo não se aplica às cerâmicas
Critérios
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Isotermas de sorção-desorção e
entalpia de ligação
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Secagem – Umidade dos sólidos
Curvas de equilíbrio (desorção) entre o ar úmido e alguns sólidos, a 25ºC (Fonte Fonseca)
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Secagem – Umidade dos sólidos
Isotermas de sorção-desorção
• as isotermas de sorção-desorção são válidas para temperaturas particulares Região A: monomolecular Região C: multimolecular Região B: intermediária • caulim (6) – baixa higroscopicidade • tabaco (7) – alta higroscopicidade • se a pressão parcial é próxima de zero a umidade de equilíbrio no sólido é próxima de zero A saturação do ar aumenta muito: • aumento da condensação capilar. • expansão do sólido
Histerese de sorção-desorção (umidificação-desumidificação)
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Secagem – Umidade dos sólidos
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Secagem – Umidade dos sólidos
Entalpia de ligação da umidade ao sólido
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Variação da viscosidade da água com a temperatura PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
P
d
C
C
K
dt
dV
1
2Movimento da umidade através de um meio poroso com um gradiente de umidade (C1-C2)/d
Secagem - mecanismos
Velocidade de escoamento
Velocidade de perda de água na secagem da argila úmida
Fases na secagem de uma argila úmida
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Secagem - mecanismos
Representação da Velocidade de Secagem em função da Umidade média do produto, para condições externas constantes
AB – regime transitório
• se estabelece quando o sólido é posto com o gás de secagem
• depende das condições do sólido e do gás de secagem
BC – superfície de secagem saturada de
líquido
• não depende das características do sólido e sim da superfície
• tem temperatura constante • ponto C – umidade crítica CD – velocidade de eliminação de líquido diminui
• Acontece quando a velocidade de eliminação de líquido à superfície for superior a do movimento do líquido para a superfície
• a secagem depende das características do sólido
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Secagem - mecanismos
Representação da Velocidade de Secagem em função da Umidade média do produto, para condições externas constantes
Representação da variação da Umidade média do produto em função do tempo, para condições externas constantes
Retração de peças cerâmicas durante a secagem
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
A evolução da retração linear de secagem de
massas argilosas em função da perda de água de
conformação é representada por meio da chamada
curva de Bigot.
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Retração de peças cerâmicas durante a secagem
A umidade crítica
depende da estrutura
interna do corpo cerâmico
• granulometria (para uma
mesma composição
mineralógica, a Umidade
Crítica será tanto menor quanto mais fino for o sistema)
• natureza mineralógica dos componentes da massa
cerâmica
• morfologia das partículas • método de preparação (colagem, extrusão, etc) Secagem - mecanismos
M.O.E. Schwartz,
Secagem - mecanismos
Curvas de Bigot para duas massas cerâmicas argilosas - Fonseca
Secagem - mecanismos PROCESSAMENTO DE MATERIAIS CERÂMICOS
Secagem - mecanismos
17/8/16
Secagem - mecanismos PROCESSAMENTO DE MATERIAIS CERÂMICOS
Secagem: temperatura de 65 ± 5 °C
a cada 40 minutos todas as peças foram medidas e
pesadas até que estabilizassem as medidas para a
realização da curva de Bigot.
sinterizadas em forno mufla elétrico, controlador de
Secagem - mecanismos PROCESSAMENTO DE MATERIAIS CERÂMICOS
Secagem - mecanismos PROCESSAMENTO DE MATERIAIS CERÂMICOS
Curva de secagem característica
• Quando se utilizam diversas condições para secar um mesmo material, as
curvas de secagem são geometricamente similares.
• Se essas curvas forem normalizadas, a respeito da velocidade inicial de secagem e da umidade crítica média, então todas elas se aproximam de uma
Curva de secagem característica de uma argila plástica
Vsec. é a velocidade de secagem por unidade de área
Vsec.inicial é a velocidade inicial de secagem
f é a velocidade de secagem característica
X é a umidade média
Xcr é a umidade média crítica
Xeq. é a umidade de equilíbrio
é a umidade característica
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Curva de secagem característica
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Curva de secagem característica
• se o comportamento do sólido na secagem é descrito pela curva
característica, as suas propriedades devem satisfazer aos seguintes critérios: 1. A umidade crítica Xcr é invariante e independente da umidade inicial;
2. Todas as curvas de secagem de um determinado sólido são geometricamente similares, de modo que a curva característica seja única e independente das condições externas.
Esses critérios são restritivos, sendo quase impossível
satisfazê-los numa gama larga de condições.
Condições externas e internas de secagem
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Condições externas e internas de secagem
1. Condições externas de secagem
• condições que não se relacionam com a estrutura do sólido a secar. -Temperatura
- Umidade relativa do ar
As Condições Externas de Secagem são particularmente importantes nas etapas iniciais de secagem – remoção da umidade livre
Durante a remoção da umidade – estabelece elevado gradiente de umidade entre o interior e a superfície do sólido – aparecimento de tensões que podem causar a fissuração e a deformação dos produtos
A velocidade de secagem deve ser convenientemente ajustada, diminuindo a velocidade de evaporação da superficial
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Condições externas e internas de secagem
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Condições externas e internas de secagem
2. Condições internas de secagem
•
características do sólido influencia a cinética da secagem
dos produtos cerâmicos
•
transferência de calor para o sólido úmido
•
gradiente de temperatura no sólido
•
migração da umidade do interior para a superfície do sólido
mecanismos de:
• Difusão
• Escoamento capilar
• Pressões internas – retração associada à secagem O
conhecimento do movimento interno da umidade é muito
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Condições externas e internas de secagem
2. Condições internas de secagem
• Secagem é um processo complexo que envolve a transferência de calor e massa
• Para projetar, otimizar e controlar o funcionamento dos secadores, é necessário recorrer a modelos para descrever o processo de secagem –
muito trabalho de pesquisa – melhorar o empirismo
• difusividade efetiva da umidade; • condutividade térmica efetiva;
• coeficientes peliculares de transferência de calor e massa; • constante de secagem;
• conteúdo de umidade no equilíbrio
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Condições externas e internas de secagem
2. Condições internas de secagem
difusividade efetiva da umidade
e
condutividade térmica efetiva
relacionadas
com
a
transferência de massa e
calor no interior do sólido
coeficientes peliculares de
transferência de calor e massa
relacionadas
com
a
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Condições externas e internas de secagem
2. Condições internas de secagem
• difusividade efetiva da umidadeEfeito da umidade e da temperatura na difusividade da umidade em um tijolo de argila – Fonte: Fonseca
X
D
t
X
2
D é a difusividade efetiva (m2/s)X é a umidade do sólido (kg/kg de sólido seco) t é o tempo (s)
é o operador laplaceano2
2ª Lei de Fick
Tabelas mostram valores de difusividade para vários materiais
D = D0 exp.(-E/RT) a X a T X X T T D T X D 0 0 0 ) , ( • Difusão molecular • Escoamento capilar • Escoamento de Knudsen • Difusão superficial
O escoamento de gases pode ser
classificado em três regimes distintos:
Viscoso, Molecular e Intermediário
.
Como há diferentes comportamentos do
gás em cada regime, calculamos a condutância e
os fluxos moleculares com relações específicas
para cada regime.
Este escoamento ocorre quando a frequência
de colisões entre as moléculas do gás é muito
grande em comparação com a frequência de
colisões das moléculas com as paredes.
D
O escoamento é molecular quando,
λ >>D
ou seja, as colisões das moléculas são quase que
exclusivamente com as paredes do tubo e não
entre si.
Neste regime temos que,
λ ~ D
sendo a frequência das colisões das moléculas
com as paredes da mesma ordem que as
colisões molécula-molécula.
A distinção entre os regimes é feita
através do número de
Knudsen N
k
.
Quantificação do tipo de escoamento
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Condições externas e internas de secagem
2. Condições internas de secagem
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Condições externas e internas de secagem
2. Condições internas de secagem
- condutividade térmica efetivaEfeito da geometria na condutividade térmica de materiais heterogêneos, usando modelos estruturais – Fonte: Fonseca
Condutividade térmica de um material mede a sua capacidade para conduzir calor. T C k t T p 2 Equação de Fourier p C k Difusividade térmica k é a condutividade térmica (kW/m.K)
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Condições externas e internas de secagem
2. Condições internas de secagem
Coeficientes peliculares de transferência de calor e massa
Equação de Newton
Q = h
HA (T
A-T)
• Q velocidade de transferência de calor
• hH coeficiente superficial de transferência na interface gás-sólido • A área efetiva de transferência
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Condições externas e internas de secagem
2. Condições internas de secagem
Coeficientes peliculares de transferência de calor e massa
Coeficiente de transferência de calor em função da velocidade do ar para alguns tipos de secadores
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Condições externas e internas de secagem
2. Condições internas de secagem
Coeficientes peliculares de transferência de calor e massa
Coeficiente de transferência de massa em função da velocidade do ar para alguns tipos de secadores
constante de secagem
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
2. Condições internas de secagem
X
X
K
dt
dX
2L
D
K
Para placasX é a umidade média do material X* é a umidade de equilíbrio
t é o tempo
D é a difusividade
L é espessura da placa
K é muito importante para efeito de
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Resumo
Velocidade de secagem • difusividade efetiva da umidade
- condutividade térmica efetiva - constante de secagem
- conteúdo de umidade no equilíbrio
- temperatura
- umidade relativa do ar - forma física do sólido
• sólido com elevada densidade aparente
• baixa porosidade • poros pequenos
A velocidade de secagem deixa de ser dependente de e passa a ser mais dependente da difusão
q
Exemplos de secadores
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Sistemas de secagem - equipamentos industriais de secagem cerâmica
•
tipo de produto
-
secadores para produtos cerâmicos
estruturais (barro vermelho, por exemplo)
-
secadores para pavimentos e revestimentos
- secadores de louça
-
etc
• leva em conta
-quantidade de produtos
- forma
•
quanto ao fluxo
:-
contínuos
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Sistemas de secagem
Secador a vagonetas duplos: (A) duto de entrada do ar, (B) duto de exaustão do ar, com
registro, (C) ventilador de hélice com inclinação ajustável de 1 a 15 HP, (D) motor do ventilador, (e) aquecedores aletados, (F) câmara de vento, (G) bocais ajustáveis para os jatos de ar, (H) vagonetas de bandejas, (J) chicanas de reversão – Perry.
Ar
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Sistemas de secagem – fornos contínuos
• Peças úmidas e frias contatam o ar com umidade relativa elevada e baixa temperatura
• Baixas velocidades de secagem
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Sistemas de secagem – fornos contínuos
• Ar seco com temperatura elevada contata diretamente com as peças frias e úmidas
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Fornos intermitentes a gás
Dimensionamento de secadores
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Questões básicas do dimensionamento: Quanto tempo durará a secagem ?
Quais as dimensões do secador ?
Qual o consumo energético no processo ?
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
3 situações distintas:
1. Necessidade de selecionar o tipo e tamanho de secador para secar determinado produto e de otimizar os custos de investimento e de operação
2. Necessidade de conhecer as condições de funcionamento de um secador em operação, ou avaliar a sua capacidade para tratamento de um novo produto
3. Necessidade de conhecer e otimizar as condições de funcionamento de um secador em operação
experiência industrial – trabalhos experimentais – novas tecnologias
Ferramentas:
Ferramentas: Idem a 1, mas para um determinado tipo de secador
Ferramentas: É mais frequente – experiência e responsabilidade do operador
na condução do processo fabril
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II
Para calcular um secador precisa-se fazer balanços de massa e de energia que permite conhecer e otimizar os consumos energéticos associados ao funcionamento das instalações de secagem.
PROCESSAMENTO DE CERÂMICAS II Processo básicos de cálculo na secagem
Variáveis envolvidas no funcionamento de um secador - Fonseca
fluxo mássico de gás seco temperatura do ar seco tem pe ratu ra do ar úm ido umidade do sólido
fluxo mássico de sólido seco temperatura do material umidade absoluta do gás um ida de do s ól ido tem pe ratu ra do m ate ri al um idade abs oluta do g ás tempo de residência massa do sólido seco