PREFÁCIO ... 4 A FREGUESIA VISTA PELO SEU PRESIDENTE ... 5 1. AGENDA 21 DE TORRES VEDRAS ... 6 1.1 A Agenda 21 Local: Conceitos e Objectivos Gerais ... 7 1.2 Metologia e Objectivos da A21 de Torres Vedras ... 11 2. CARACTERIZAÇÃO DA FREGUESIA DE DOIS PORTOS ... 12 3. SESSÃO DE PARTICIPAÇÃO ... 19 3.1 Objectivos ... 20 3.2 Sessão Plenária Inicial ... 21 3.3 Apresentação, Debate e Hierarquização dos Desafios ao Desenvolvimento da Freguesia de Dois Portos ... 23 3.4 Sessão em Grupos de Trabalho: Aspectos Metodológicos ... 25 3.5 TEMA 1: Escola e Jardim de Infância Adequados ao Aumento da Procura ... 26 3.6 TEMA 2: Linhas de Água sem Esgotos e Aproveitadas para Espaços de Lazer ... 28 3.7 TEMA 3: Resíduos Sólidos, Ecopontos e Higiene Pública ... 30 3.8 Imagens dos Grupos de Trabalho Temáticos ... 32 3.9 Sessão Plenária de Apresentação dos Resultados ... 33 3.10 Constituição de Grupos de Acompanhamento ... 34
Carlos Bernardes Vice‐Presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras
Sob o lema “Que Futuro Desejamos para a Freguesia de Dois Portos”, a Câmara Municipal entendeu que a participação das comunidades locais era fundamental para alcançar os objectivos que nos propomos.
Objectivos esses, que passam pelas boas práticas Internacionais promovidas pelas Nações Unidas na Conferência do Rio de Janeiro, bem como os Compromissos de Aalborg que recentemente aderimos.
1. AGENDA 21 DE
TORRES VEDRAS
1.1 A Agenda 21 Local: Conceitos e Objectivos Gerais
A Agenda 21 Local (A21L) é um instrumento para a promoção do desenvolvimento sustentável. A autarquia trabalha em parceria com todos os actores locais para elaborar um Plano de Acção e, sobretudo, concretizar esse plano através de um conjunto de projectos realizáveis mas ambiciosos. É portanto um instrumento que visa a acção e que tem como grande objectivo a construção de comunidades sustentáveis, ou seja, comunidades socialmente justas e inclusivas, com uma economia local forte e vibrante, utilizando os recursos naturais de forma muito cuidada e prudente e com níveis elevados de participação da sociedade civil indispensável à boa governação.
O conceito de Agenda 21 surgiu na Conferência sobre Ambiente e Desenvolvimento que teve lugar no Rio de Janeiro em 1992. Desta Cimeira, surgiu a Declaração do Rio onde o Capítulo 28 é exclusivamente dedicado à Agenda 21. As autarquias locais são aqui encorajadas e desafiadas a promoveram a sua própria Agenda para a sustentabilidade. O documento referente à Agenda 21 foi assinado por quase todos os países do mundo, incluindo Portugal.
Desde então a A21L tem‐se imposto por mérito próprio e, actualmente, mais de 6.000 autarquias da Europa já desenvolveram a sua própria Agenda para a sustentabilidade.
A grande mais‐valia da A21L é a forma como trabalha e envolve todos os actores locais (cidadãos, empresários, técnicos, etc.) tanto na identificação dos principais desafios ao desenvolvimento assim como na construção de visões de futuro partilhas e de soluções para lá chegar. A implementação procura a responsabilidade partilhada e a formação de redes de parcerias. A sua filosofia é que os desafios são demasiado grandes para serem enfrentados só pela autarquia local, sendo necessário o envolvimento activo de todos os actores dessa comunidade. De um modo geral, o ciclo de planeamento da A21L é constituído por 4 fases principais (ver Figura 1): • A 1.ª fase, a fase de Elaboração da A21L, que inclui a definição da estratégia e o plano de acção com as respectivas fichas de projectos prioritários. • A 2.ª fase, a fase de Implementação, em que se tomam decisões e se implementam as acções no terreno. • A fase de Avaliação, em que se medem e monitorizam os resultados alcançados e se comparam os resultados com as metas e objectivos pré‐estabelecidos.
4
1
2
3
1. Elaborar a A21L Criar a Estrutura de Gestão Diagnóstico e Vectores Estratégicos Proposta de Plano de Acção 2. Implementar a A21LAdoptar incrementalismo pragmático Concretizar acções e projectos Comunicar os bons resultados
4.Aumentar Capacidade e Conhecimentos com A21L
Capacidades Institucionais e
Sociais para o desenvolvimento sustentável 3. Avaliar a A21L Monitorar e medir resultados Comparar resultados e metas Divulgar resultados da avaliação Figura 1 – Esquema das 4 fases do processo de planeamento da A21L.
A Câmara Municipal de Torres Vedras, consciente da importância da A21L para a construção de comunidades sustentáveis, decidiu implementar a sua Agenda 21. Responde assim ao desafio lançado pelas Nações Unidas na Conferência do Rio de Janeiro. Na senda das boas práticas internacionais, aderiu também os Compromissos de Aalborg.
A Câmara Municipal de Torres Vedras deliberou aderir formalmente a este conjunto de Compromissos para o desenvolvimento sustentável, que são dinamizados internacionalmente pela “Campanha Europeia de Cidades e Vilas Sustentáveis”. Trata‐se de um movimento de âmbito Europeu dirigido explicitamente às autarquias locais que desejam aplicar boas práticas para o desenvolvimento sustentável e colocar‐se na vanguarda dos processos de planeamento e gestão para a sustentabilidade. Os Compromissos de Aalborg visam ajudar as autarquias, e os seus parceiros, a trabalhar no sentido de conseguirem cidades, vilas e comunidades locais inclusivas, prósperas, criativas e sustentáveis que proporcionam uma boa qualidade de vida a todos os cidadãos. Encorajam também o envolvimento dos cidadãos e restantes actores locais em todos os aspectos relativos à vida e destinos colectivos da comunidade.
Os 10 Compromissos de Aalborg e os 5 Sub‐Temas incluídos em cada Compromisso:
1. Governância
1.1 Continuar a Desenvolver uma Perspectiva Comum e de Longo Prazo para o Desenvolvimento Sustentável
1.2 Fomentar a Capacidade de Participação e de Acção para o Desenvolvimento Sustentável na Sociedade Civil e na Administração Pública
1.3 Apelar a todos os Sectores da Sociedade Civil para a Participação efectiva nos Processos de Decisão
1.4 Tornar as Nossas Decisões Claras, Rigorosas e Transparentes
1.5 Cooperar Efectivamente e em Parcerias com Municípios Vizinhos, outras Cidades e Vilas e outros Níveis de Administração
2. Gestão local para a sustentabilidade
2.1. Reforçar os Processos de Agenda 21 Local, ou outros, com vista ao Desenvolvimento Sustentável e Integrá‐los, de forma Plena, no Funcionamento da Administração Local 2.2. Realizar uma Gestão Integrada para a Sustentabilidade, baseada no Princípio da Precaução e tendo em conta a futura Estratégica Temática da União Europeia sobre Ambiente Urbano.
2.3. Estabelecer Metas e Prazos concretos face aos Compromissos de Aalborg bem como um Programa de Monitorização destes Compromissos
2.4. Assegurar a Importância das Questões de Sustentabilidade nos Processos de Decisão a nível Urbano, bem como uma Atribuição de Recursos baseada em Critérios de Sustentabilidade sólidos e abrangentes
2.5. Cooperar com a Campanha Europeia sobre Cidades e Vilas Sustentáveis e as suas Redes de Cidades para Monitorizar e Avaliar o nosso Progresso tendo em vista alcançar as Metas de Sustentabilidade estabelecidas
3. Bens comuns naturais
3.1. Reduzir o Consumo de Energia Primária e Aumentar a Parte de Energias Renováveis nesse Consumo
3.2. Melhorar a Qualidade da Água, Poupar Água e Usar Água mais Eficientemente
3.3. Promover e Aumentar a Biodiversidade e Alargar e Cuidar de Áreas Naturais Especiais e de Espaços Verdes 3.4. Melhorar a Qualidade do Solo, Preservar Terrenos Ecologicamente Produtivos e Promover a Agricultura e a Florestação Sustentáveis
3.5. Melhorar a Qualidade do Ar
4. Consumo responsável e opções de estilos de vida
4.1 Evitar e Reduzir os Resíduos e Aumentar a Reutilização e a Reciclagem
4.2. Gerir e Tratar os Resíduos de Acordo com as Melhores Práticas
4.3. Evitar os Desperdícios de Energia e Melhorar a Eficiência Energética
4.4. Adoptar uma Política Sustentável de Aquisição de Bens e Serviços
4.5. Promover Activamente a Produção e o Consumo Sustentáveis, em particular de Produtos com Rótulos Ambientais, Biológicos, Éticos e de Comércio Justo
5. Planeamento e Desenho Urbano
5.1. Reutilizar e Regenerar Áreas Abandonadas e Socialmente Degradadas
5.2. Evitar a Expansão Urbana, dando prioridade ao Desenvolvimento Urbano no Interior dos Aglomerados, através da Recuperação dos Espaços Urbanos Degradados e assegurando Densidades Urbanas Apropriadas
5.3. Assegurar a Compatibilidade de Usos ao nível dos Edifícios e Áreas Urbanas, com Equilíbrio entre Empregos, Habitação e Equipamentos, dando prioridade aos Usos Residenciais nos Centros das Cidades
5.4. Assegurar uma adequada Conservação, Renovação e Utilização/ Reutilização do nosso Património Cultural Urbano
5.5. Adoptar Critérios de Desenho Urbano e de Construção Sustentáveis e Promover a Arquitectura e as Tecnologias de Construção de Alta Qualidade
6. Melhor mobilidade, menos tráfego
6.1. Reduzir a Necessidade de Utilização do Transporte Individual Motorizado e Promover Modos de Transporte Alternativos, Viáveis e Acessíveis a Todos
6.2. Aumentar a Parte de Viagens Realizadas em Transportes Públicos, a Pé ou de Bicicleta
6.3. Encorajar a Transição para Veículos Menos Poluentes
6.4. Desenvolver um Plano de Mobilidade Urbana Integrado e Sustentável
6.5. Reduzir o Impacto dos Transportes sobre o Ambiente e a Saúde Pública
Os 10 Compromissos de Aalborg e os 5 Sub‐Temas incluídos em cada Compromisso:
7. Acção local para a saúde
7.1. Disseminar Informação no sentido de se Aumentar o Nível Geral dos Conhecimentos da População sobre os Factores Essenciais de uma Vida Saudável, a maioria dos quais se situa fora do Sector restrito da Saúde
7.2. Promover o Planeamento Urbano para o Desenvolvimento Saudável das nossas Cidades garantindo assim os Meios Indispensáveis para construir e manter Parcerias Estratégicas para a Promoção da Saúde
7.3. Aumentar a Equidade no Acesso à Saúde com Especial Atenção aos Pobres, o que requer a Elaboração regular de Relatórios sobre o Progresso conseguido na Redução das Disparidades
7.4. Promover Estudos de Avaliação de Impacte na Saúde, como meio de permitir a todos os Sectores de Actividade focar o seu Trabalho na melhoria da Saúde e da Qualidade de Vida
7.5. Motivar os Urbanistas para Integrarem Condicionantes de Saúde nas Estratégias de Planeamento e Desenho Urbano
8. Economia local dinâmica e sustentável
8.1. Introduzir Medidas para Estimular o Emprego Local e a Formação de Empresas
8.2. Cooperar com o Tecido Empresarial Local para Promover e Implementar Boas Práticas Empresariais 8.3. Desenvolver e Implementar Princípios de Sustentabilidade para a Localização de Empresas
8.4. Encorajar o Mercado de Produtos Locais e Regionais de Alta Qualidade
8.5. Promover um Turismo Local e Sustentável
9. Equidade e justiça social
9.1. Desenvolver e Implementar Programas para Prevenir e Reduzir a Pobreza
9.2. Assegurar o Acesso Equitativo aos Serviços Públicos, à Educação, a Oportunidades de Emprego, à Formação Profissional, à Informação e a Actividades Culturais 9.3. Promover a Inclusão Social e a Igualdade entre os Géneros
9.4. Aumentar a Segurança da Comunidade
9.5. Garantir Habitação e Condições de Vida de Boa Qualidade e Socialmente Adequadas
10. Do local para o global
10.1. Elaborar e seguir uma abordagem Estratégica e Integrada para Minimizar as Alterações Climáticas e trabalhar para conseguir níveis sustentáveis de Emissões de Gases geradores do Efeito de Estufa
10.2. Integrar a Política de Protecção Climática nas nossas Políticas de Energia, de Transportes, de Consumo, de Resíduos, de Agricultura e de Florestas
10.3. Disseminar informação sobre as causas e os Impactes Prováveis das Alterações Climáticas, e integrar Medidas de Prevenção na nossa Política referente às Alterações Climáticas
10.4. Reduzir o nosso Impacto no Ambiente Global e Promover o Princípio da Justiça Ambiental
1. 2 Metodologia e Objectivos da A21 de Torres Vedras
A equipa da FCT/UNL e a Câmara Municipal de Torres Vedras estão a trabalhar a dois níveis:
• A nível de todo o Concelho, com a caracterização do Estado do Desenvolvimento no contexto dos 10 Compromissos de Aalbog, tendo como finalidade a elaboração de um conjunto de Objectivos, Metas e Indicadores para Torres Vedras associados a esses Compromissos e visando a acção;
• A nível das freguesias, como espaços de vida e de trabalho com as suas particularidades territoriais e ambientais com desafios específicos. Na sequência do trabalho ao nível de cada uma das 20 freguesias e em seu complemento, há depois uma perspectiva de agregação para o nível concelhio. O presente relatório insere‐se neste nível de Freguesia.
O território do concelho de Torres Vedras não apresenta características totalmente homogéneas em toda a sua extensão, apresentando as várias freguesias do concelho particularidades geográficas, sociais, culturais e económicas próprias.
Assim, a A21L de Torres Vedras desce, como já referido, a cada uma das 20 freguesias do concelho de modo a constituir‐se um Plano de Acção mais adequado e mais próximo da realidade local.
Em cada uma das freguesias foram realizadas entrevistas aos Presidentes de Junta de Freguesia e foi realizado um levantamento e análise de estudos, planos e outros documentos com relevo e com os quais a A21L se tem de relacionar (por exemplo, Plano Director Municipal, Carta Educativa, Plano de Desenvolvimento Social do Concelho de Torres Vedras, Plano Municipal de Recursos Naturais).
O processo de participação dos actores locais teve um momento forte com a realização do Fórum de Participação (ver Capítulo 3).
As sessões de participação pública realizadas nas freguesias tiveram como principal objectivo envolver a população na identificação dos principais problemas e na procura de soluções para a melhoria da qualidade de vida na sua freguesia tendo como padrão o Desenvolvimento Sustentável.
2. CARACTERIZAÇÃO
DA FREGUESIA DE
DOIS PORTOS
339 1546 509 288 1322 543
0‐14 anos 15‐64 anos 65 ou mais 1991 2001 21,5 32 19 10 13 4,3 0,2 Nenhum nível de ensino
1.º Ciclo 2.º Ciclo 3.º Ciclo Ensino Secundário Ensino Superior Outro Ensino 28,9 30,1 41 10,6 28 61,4
Sector Primário Sector Secundário Sector Terciário 1991 2001 37,5 41,7 4,9 5,2 1991 2001 Taxa de Actividade Taxa de Desemprego Superfície (km2) 36,27 Concelho 407,07 População Residente (2001) 2 153 Concelho 72 250 Taxa de Crescimento (1991‐2001) ‐10,06% Concelho 7,54% Densidade Populacional (2001) 59hab/km2 Concelho 177hab/km2 Taxa de Analfabetismo (2001) 18,0% Concelho 10,8% Taxa de Desemprego (2001) 5,2% Concelho 5,3% Taxa de Actividade (2001) 41,7% Concelho 47,8% Índice de Envelhecimento (2001) 188,5% Concelho 111,1%
Gráfico 1 – Evolução da População Residente segundo o Grupo Etário.
Gráfico 2 – Nível de Escolaridade da População Residente em 2001 (%)
Gráfico 3‐ Evolução da População Activa Empregada
Residente segundo o Sector de Actividade (%)
Gráfico 4 ‐ Evolução da Taxa de Actividade e da Taxa de Desemprego (%)
PRINCIPAIS PONTOS POSITIVOS
• Freguesia tipicamente rural, de grande riqueza paisagística e patrimonial;
• A freguesia de Dois Portos situa‐se do interior do concelho de Torres Vedras junto à margem direita do rio Sizandro. Tem como limites as freguesias de Carmões, Carvoeira, Runa, Santa Maria do Castelo e S. Miguel, Turcifal e o concelho de Sobral de Monte Agraço. A freguesia de Dois Portos é constituída pelas localidades de Bulegueira, Caixaria, Dois Portos, Feligueira, Feliteira, Folgorosa, Furadouro, Granja, Maceira, Moncova, Mouguelas, Murteira, Outeiro da Zibreira, Patameira, Portela do Bispo, Ribaldeira, Ribeira Maria Afonso e Sirol.
Esta freguesia tem uma superfície de 36,27km2 e representa cerca de 8,9% da área total do concelho. Com uma população residente de 2 153 habitantes, Dois Portos registou um decréscimo populacional entre 1991 e 2001, situação idêntica à verificada noutras freguesias do interior do concelho. De notar ainda que esta freguesia registou decréscimos populacionais acompanhados por uma diminuição do número de alojamentos. (Fonte: Estudos de Caracterização do Território Municipal, Abril 2006).
A densidade populacional da freguesia é de 59hab/km2, um valor bastante abaixo da densidade populacional do concelho que é de 177hab/km2 e o valor mais baixo entre todas as freguesias.
Quanto à estrutura etária da população residente (Gráfico 1) assistiu‐se, entre 1991 e 2001, ao aumento do Índice de Envelhecimento, que passou de 150,1% em 1991 para 188,5% em 2001, e à diminuição do Índice de Juventude de 66,6% em 1991 para 53,0% em 2001 (Fonte: Torres Vedras em Números, 2006). Isto significa que há uma forte diminuição do número de jovens e um aumento do número de idosos resultando no envelhecimento muito significativo da estrutura populacional da freguesia.
Os níveis de escolaridade da população residente (Gráfico 2) não são muito elevados, dado que 61,1% da população possui apenas o ensino básico, dos quais mais de 30% da população possui apenas o 1.º Ciclo do Ensino Básico. Se aos 61,1% da população com o ensino básico acrescentarmos os 21,5% dos indivíduos sem nenhum nível de ensino, verificamos que a grande maioria (82,6%) da população não ultrapassou a escolaridade básica. A Taxa de Analfabetismo em 2001 era de 18%, um valor muito superior à média do concelho que era de 10,8% (Fonte: Torres Vedras em Números, 2006).
Em relação à Taxa de Desemprego, verifica‐se um aumento, passando de 4,9% em 1991 para 5,2% em 2001, um valor semelhante à média do concelho que é de 5,3%. Quanto à Taxa de Actividade, a taxa que permite definir o peso da população activa sobre o total da população, aumentou cerca de 4,2% de 1991 para 2001. A taxa de actividade é um bom indicador do grau de dinamização económica de um dado lugar. Em relação aos equipamentos escolares na freguesia de Dois Portos existem várias Escolas Básicas do 1º Ciclo nas localidades de Dois Portos, Feliteira e Furadouro, assim como, dois Jardins‐de‐infância nos lugares de Dois Portos e Caixaria. Os equipamentos desportivos existentes são vários campos de jogos localizados em diversos lugares da freguesia. Conta ainda com uma Extensão de Saúde do Centro de Saúde de Torres Vedras. Dois Portos é uma freguesia com grande dinâmica associativa. Possui uma Banda Filarmónica e Escola de Música, a Sociedade Filarmónica de Ribaldeira, e o Rancho Folclórico os Rurais do Furadouro. Conta ainda com várias associações como, a Associação de Desporto Recreio Cultura e Melhoramento de Dois Portos, a Associação Desportiva e Recreativa “Os Sizandros”, a União Recreativa Patameirense, a Associação Cultural Recreativa e Desportiva do Furadouro, a Associação Cultural Recreativa Desportiva e de Melhoramentos de Outeiro da Zibreira, a Associação Recreativa e Desportiva da Caixaria, a Associação Cultural Recreativa e de Melhoramentos de Sirol, a Associação Recreativa Desportiva de Bulegueira, o Centro Popular de Trabalhadores de Ribaldeira, a Associação de Caçadores da Freguesia de Dois Portos e a Associação de Socorros da Freguesia de Dois Portos.
Do património arquitectónico da freguesia destacam‐se a Igreja de S. Pedro, situada no Casal de S. Pedro, e a Ermida de N. S.ª da Purificação, situada na localidade de Sirol, e classificadas como Imóvel de Interesse Público.
Outros locais de interesse são o conjunto edificado de Nossa Senhora dos Milagres e as várias capelas existentes nas diversas localidades da freguesia, pontes romanas, azenhas (como a Azenha do Pinhal e a Azenha das Cachoças), a estação de caminhos‐de‐ferro, várias quintas (como a Quinta do Hespanhol, a Quinta do Jardim, a Quinta da Ribaldeira e a Quinta de Além), assim como, moinhos (Moinho de Feiteira, Moinho do Monte da Maceira, Moinho dos Aires, Moinho dos Milagres, entre outros). Apresenta ainda algumas fortificações das linhas de Torres como fortes (Forte da Feiteira e o Forte da Archeira), a Bateria da Ribaldeira e o troço de estrada militar na Serra do Monte Deixo.
Esta freguesia está inserida na área geográfica correspondente à Denominação de Origem Controlada (DOC) de vinhos tintos e brancos de Torres Vedras.
A área florestal de Dois Portos ocupa cerca de 253ha que representam 6,98% da área total da freguesia. A espécie dominante é o eucalipto. De notar ainda, a área afecta aos incultos, cerca de 35% do território, sendo Dois Portos a freguesia do concelho de Torres Vedras com maior área ocupada por incultos. (Fonte: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios, 2008‐2012).
Na Carta 2, referente ao património natural e construído, destacam‐se as áreas naturais de valor paisagístico (Serra do Socorro), as áreas de verde ecológico urbano (áreas destinadas a funções de respiração e equilíbrio do sistema urbano) e as áreas de enquadramento paisagístico.
3. SESSÃO DE PARTICIPAÇÃO
A Sessão de Participação Pública em Dois Portos teve como principal objectivo envolver a comunidade na identificação dos principais problemas da sua freguesia e na procura de pistas de soluções conjuntas para a melhoria da qualidade de vida na freguesia. De modo a inserir esta sessão de participação no contexto geral, o Quadro I apresenta o calendário de todas as Sessões de Participação realizadas nas 20 freguesias do concelho de Torres Vedras. Quadro I – Calendário das Sessões de Participação.
Dia/ Mês Dia da semana (hora) Junta de Freguesia
31 / Março 2ª feira (21:00) Turcifal
05 / Abril Sábado (9:30) Ponte do Rol
12 / Abril Sábado (9:30) Maceira
15 / Abril 3ª feira (21:00) A‐dos‐Cunhados
21 / Abril 2ª feira (21:00) Freiria
22 / Abril 3ª feira (21:00) Silveira
28 / Abril 2ª feira (21:00) Runa
29 / Abril 3ª feira (21:00) Outeiro da Cabeça
05 / Maio 2ª feira (21:00) Dois Portos
06 / Maio 3ª feira (21:00) Carvoeira
12 / Maio 2ª feira (21:00) Ramalhal
13 / Maio 3ª feira (21:00) Ventosa
19 / Maio 2ª feira (21:00) Campelos
20 / Maio 3ª feira (21:00) Maxial
26 / Maio 2ª feira (21:00) Santa Maria
27 / Maio 3ª feira (21:00) São Pedro da Cadeira
02 / Junho 2ª feira (21:00) São Pedro e Santiago
03 / Junho 3ª feira (21:00) Monte Redondo
09 / Junho 2ª feira (21:00) Carmões
16 / Junho 2ª feira (21:00) Matacães
Na 3ª Semana de Setembro Fórum Final
A Sessão realizou‐se no dia 31 de Março de 2008 na Junta de Freguesia de Turcifal. Contou com a presença de cerca de 20 participantes de diferentes grupos, nomeadamente, Cidadãos, Empresários, Autarcas e Quadros Técnicos da Administração Local.
A abertura da sessão esteve a cargo do Sr. Vice‐Presidente da Câmara Municipal, Carlos Bernardes, que agradeceu a presença do Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Turcifal, Filipe Santos, e a todos os participantes. Em função do que são as preocupações (sociais e ambientais) do executivo camarário, entendeu‐se elaborar um documento estratégico que reflicta essas mesmas preocupações. Nesse sentido é importante a participação dos Cidadãos, das Empresas, das Associações para a construção desse conjunto de acções programadas no tempo que visam o desenvolvimento da freguesia.
No final do seu discurso, o Sr. Vice‐Presidente incentivou os participantes a envolverem‐se neste projecto tão importante para o desenvolvimento da freguesia, desejando uma Sessão participada e produtiva. De seguida o Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Turcifal, Filipe Santos, após agradecer a presença de todos, louvou esta iniciativa e referiu que é bom discutir os problemas e tentar encontrar soluções para os mesmos.
De seguida o Prof. Doutor João Farinha, coordenador da equipa da FCT/UNL, apontou os aspectos fundamentais que caracterizam uma A21L. Trata‐se de um processo de planeamento estratégico em que as autoridades locais trabalham em parceria com todos os actores para elaborar um Plano de Acção, e implementá‐lo, tendo como objectivo a construção de comunidades sustentáveis (Figura 3).
3.2 Sessão Plenária Inicial
A Sessão realizou‐se no dia 5 de Maio de 2008 na Junta de Freguesia de Dois Portos. Contou com a presença de 20 participantes de diferentes grupos, nomeadamente, Cidadãos, Empresários, Autarcas e Quadros Técnicos da Administração Local.
A abertura da sessão esteve a cargo do Sr. Vice‐Presidente da Câmara Municipal, Carlos Bernardes, que agradeceu a presença do Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Dois Portos, João Mota Tomás, e a todos os participantes. Em função do que são as preocupações (sociais e ambientais) do executivo camarário, entendeu‐se elaborar um documento estratégico que reflicta essas mesmas preocupações. Nesse sentido é importante a participação dos Cidadãos, das Empresas, das Associações para a construção desse conjunto de acções programadas no tempo que visam o desenvolvimento da freguesia.
No final do seu discurso, o Sr. Vice‐Presidente incentivou os participantes a envolverem‐se neste projecto tão importante para o desenvolvimento da freguesia, desejando uma Sessão participada e produtiva.
Figura 2 – Imagens da sessão plenária de abertura.
• Economia Local Forte e Viável;
• Comunidades Socialmente Justas
e Inclusivas;
• Comunidades Eco‐Eficientes;
• Comunidades com Participação e
Governação;
• Comunidades capazes de
enfrentar a Adversidade.
BOA GOVERNAÇÃO E C O N O M I A SUSTENTABILIDADE S O C I E D A D E E C O L O G I AComunidades Sustentáveis
Figura 3– Grandes objectivos da Agenda 21 Local.Em seguida referiu‐se ao trabalho que está a ser desenvolvido a nível concelhio, à utilização dos Compromissos de Aalborg como um instrumento auxiliar para a elaboração da A21L de Torres Vedras, e ao trabalho realizado ao nível das freguesias do concelho.
Na continuação da sua exposição, o Prof. Doutor João Farinha apresentou os principais desafios estratégicos que, na perspectiva da equipa técnica do Plano, sobressaem presentemente na Freguesia de Dois Portos, nomeadamente: • Melhorar os Equipamentos e Serviços de Saúde • Melhorar os Comportamentos Cívicos e Ambientais de Todos • Qualificar a Paisagem, o Património Edificado e os Espaços Públicos (Passeios Pedestres) • Melhorar a Mobilidade, o Estacionamento e a Segurança Viária (Variante a Dois Portos e Rede Viária) • Apoio Eficaz aos Idosos e Dependentes Incluindo Valência Domiciliária • Escola e Jardim de Infância Adequados ao Aumento da Procura • Linhas de Água sem Esgotos e Aproveitadas para Espaços de Lazer • Resíduos Sólidos, Ecopontos e Higiene Pública Estes desafios baseiam‐se: (i) em entrevistas a todos os Presidentes das Juntas de Freguesia; (ii) Análise de Estudos, Programas e Planos e (iii) Observação Directa da Realidade do Concelho pela equipa técnica. Após a apresentação dos oito desafios, os participantes foram convidados a reflectir e a sugerir outros desafios.
Procedeu‐se de seguida à votação para hierarquização destes 8 temas identificados. Para tal, cada participante dispôs de igual número de votos (5). Os resultados encontram‐se sintetizados no Quadro II.
Figura 4 ‐ Processo de hierarquização dos temas.
Quadro II – Hierarquização dos Principais Desafios ao Desenvolvimento da Freguesia de Dois Portos. HIERARQUIA DOS PRINCIPAIS DESAFIOS N.º VOTOS Escola e Jardim‐de‐infância Adequados ao Aumento da Procura 17 Linhas de Água sem Esgotos e Aproveitadas para Espaços de Lazer 13 Resíduos Sólidos, Ecopontos e Higiene Pública 13 Apoio Eficaz aos Idosos e Dependentes Incluindo Valência Domiciliária 11 Melhorar a Mobilidade, o Estacionamento e a Segurança Viária (Variante a Dois Portos e Rede Viária) 10 Melhorar os Equipamentos e Serviços de Saúde 9 Qualificar a Paisagem, o Património Edificado e os Espaços Públicos (Passeios Pedestres) 9 Melhorar os Comportamentos Cívicos e Ambientais de Todos 7
A sessão plenária inicial foi concluída com a apresentação da estrutura dos trabalhos em grupo, cuja explicação em maior detalhe se encontra no Capítulo 3.4.
A sessão continuou de seguida sob a forma de grupos de trabalho temáticos incidindo sobre os desafios mais votados.
A metodologia das sessões paralelas visou criar uma atmosfera de trabalho descontraída e criativa, onde os participantes puderam expressar‐se em igualdade de circunstâncias segundo regras claras, integrados num processo eficiente e tanto quanto possível convergente para a obtenção de consensos. A votação em plenário inicial elegeu 3 Temas Prioritários ao Desenvolvimento da Freguesia de Dois Portos. Os temas analisados foram: • Escola e Jardim‐de‐infância Adequados ao Aumento da Procura • Linhas de Água sem Esgotos e Aproveitadas para Espaços de Lazer • Resíduos Sólidos, Ecopontos e Higiene Pública Em cada uma das mesas foi proposto aos participantes as seguintes tarefas: 1ª Tarefa: Geração de um Ninho de Ideias de Projectos que ajudem a lidar com o Tema da Mesa de modo a melhorar fortemente a situação existente.
2ª Tarefa: Escolher, do Ninho de Ideias de Projectos, aquele que é o mais Urgente de ser Implementado e o mais Viável de Concretização. Cada um a ser desenvolvido numa ficha própria. Apresentam‐se de seguida os resultados agregados por Tema Prioritário ao Desenvolvimento da Freguesia de Dois Portos.
Listagem de Ideias de Projectos
Nesta fase foi solicitado aos participantes desta mesa de trabalho que realizassem uma listagem de Ideias de Projectos de forma a responder aos desafios existentes no tema “Escola e Jardim de Infância Adequados ao Aumento da Procura”. Desta actividade resultaram 10 Ideias de Projectos. Ideias de Projectos Construção de creche, jardim‐de‐infância e escola básica. Apoio, para além do horário escolar, aos educandos. Melhorar o ensino com apoio técnico qualificado e criando salas de estudo e de apoio. Melhorar as acessibilidades envolventes à escola. Criar rede de transporte adequada aos horários escolares.
Dotar a escola de um equipamento desportivo e lúdico e que possa ser utilizado por toda a comunidade.
Implementar no programa escolar aulas práticas de agricultura, trabalhos manuais, têxteis,..., adequadas ao nosso meio rural.
Maior envolvimento da comunidade na escola e vice‐versa. Maior responsabilização dos pais na educação dos filhos.
Criação de aulas educativas para os pais para aproximá‐los do ensino.
Desenvolvimento das Ideias de Projectos Estratégicos
Deste exercício foi seleccionada, pelo grupo de trabalho, 1 Ideia de Projecto, que foi considerada simultaneamente a ideia mais urgente (U) e a ideia mais viável de concretização (V), tendo sido desenvolvida numa ficha própria que seguidamente se transcreve.
U O Projecto Mais Urgente
V O Projecto Mais Viável de Concretizar
TÍTULO do Projecto: M a i s e M e l h o r E n s i n o Quais os Objectivos do Projecto?
o O grande objectivo do projecto é a construção de novos equipamentos escolares (creche, jardim‐de‐ infância e escola básica) de modo a obter melhores aproveitamento escolar e vivência social.
No entender do Grupo, como se pode CONCRETIZAR este projecto?
o Construindo e executando o projecto com a ajuda e o envolvimento de toda a comunidade exigindo junto das entidades competentes a sua concretização.
Listagem de Ideias de Projectos
Nesta fase foi solicitado aos participantes da mesa de trabalho que realizassem uma listagem de Ideias de Projectos de forma a responder aos desafios existentes no tema “Linhas de Água sem Esgotos e Aproveitadas para Espaços de Lazer”. Desta actividade resultaram 4 Ideias de Projectos. Ideias de Projectos Limpeza anual do rio, ribeiras e linhas de água. Construção de pequenos açudes no rio despoluído. Eliminação de esgotos de efluentes do Sizandro fora do concelho. Aproveitamento das margens para passeios pedonais. Desenvolvimento das Ideias de Projectos Estratégicos Deste exercício foram seleccionadas, pelo grupo de trabalho, 2 Ideias de Projectos, a ideia mais urgente (U) e a ideia mais viável de concretização (V) que foram desenvolvidas em fichas próprias que seguidamente se transcrevem.
U O Projecto Mais Urgente
V O Projecto Mais Viável de Concretizar
TÍTULO do Projecto: B a n i r E s g o t o s N ã o T r a t a d o s Quais os Objectivos do Projecto? o O grande objectivo do projecto manter o rio despoluído e limpo. No entender do Grupo, como se pode CONCRETIZAR este projecto? o Executando, o mais rapidamente possível, o projecto em curso de saneamento pela empresa Águas do Oeste e a conclusão da rede de saneamento nas localidades pelos SMAS.
Quais são os RESULTADOS visíveis deste Projecto na melhoria da Qualidade de Vida dos Moradores a curto prazo (2 a 3 anos)? o Outra qualidade de vida a todos os níveis: de limpeza, higiene, despoluição ambiental, saúde. Que PARCERIAS devem ser construídas para se avançar com este projecto? o É necessária uma concertação de esforços entre os SMAS e a Águas do Oeste. MARKETING do Projecto: TOME BANHO NO SIZANDRO TÍTULO do Projecto: L i m p e z a d o R i o e L i n h a s d e Á g u a Quais os Objectivos do Projecto? o O objectivo do projecto é desobstruir o rio e as linhas de água e evitar cheias. No entender do Grupo, como se pode CONCRETIZAR este projecto? o Concertando a actividade da Câmara Municipal de Torres Vedras com a hidráulica.
Listagem de Ideias de Projectos
Nesta fase foi solicitado aos participantes da mesa de trabalho que realizassem uma listagem de Ideias de Projectos de forma a responder aos desafios existentes no tema “Resíduos Sólidos, Ecopontos e Higiene Pública”. Desta actividade resultaram 6 Ideias de Projectos. Ideias de Projectos Melhorar/construir plataformas para a colocação de contentores de lixos. Mais ecopontos nos diferentes lugares da freguesia. Melhor funcionamento da recolha de “monstros” (máquinas de lavar usadas, frigoríficos, etc.).
Casas abandonadas tornam‐se albergue para todo o tipo de bichos devendo‐se tentar resolver de alguma forma esta situação. Conclusão da rede de saneamento básico para acabar com os esgotos a céu aberto. Limpeza das sarjetas. Desenvolvimento das Ideias de Projectos Estratégicos Deste exercício foram seleccionadas, pelo grupo de trabalho, 2 Ideias de Projectos, a ideia mais urgente (U) e a ideia mais viável de concretização (V) que foram desenvolvidas em fichas próprias que seguidamente se transcrevem.
U O Projecto Mais Urgente
V O Projecto Mais Viável de Concretizar
TÍTULO do Projecto: C o n c l u s ã o d a R e d e d e S a n e a m e n t o Quais os Objectivos do Projecto? o Concluir a rede de saneamento básico em toda a freguesia para terminar de vez com os esgotos a céu aberto. No entender do Grupo, como se pode CONCRETIZAR este projecto? o Existe uma ETAR, o projecto passa por fazer esforços no sentido de ligar os esgotos à ETAR, uma vez que alguns lugares da freguesia não vão ser ligados.
Quais são os RESULTADOS visíveis deste Projecto na melhoria da Qualidade de Vida dos Moradores a curto prazo (2 a 3 anos)? o Mais higiene, menos poluição e menos cheiros. Que PARCERIAS devem ser construídas para se avançar com este projecto? o A Junta de Freguesia de Dois Portos, a Câmara Municipal de Torres Vedras e SMAS. MARKETING do Projecto: “ESGOTOS NO SÍTIO CERTO”
TÍTULO do Projecto:
+
H i g i e n e Quais os Objectivos do Projecto? o O objectivo do projecto é criar plataformas adequadas a todos os tipos de contentores da freguesia. No entender do Grupo, como se pode CONCRETIZAR este projecto? o Construir plataformas para todos os contentores.3.9 Sessão Plenária de Apresentação dos Resultados
A sessão de apresentação dos resultados decorreu com elevada serenidade, indicando um significativo grau de consenso relativamente ao trabalho desenvolvido em cada um dos grupos.
Para finalizar a Sessão foi solicitado aos participantes que no seguimento dos resultados da hierarquização dos principais desafios ao desenvolvimento da Freguesia de Dois Portos, optassem por acompanhar um dos três desafios/temas identificados no plenário inicial.
Este gesto demonstra a vontade do participante em ficar ligado a um determinado desafio, de modo a constituir um grupo de acompanhamento e debate.
Em complemento da auscultação da comunidade local relativamente às questões essenciais para o seu desenvolvimento sustentável, a EQUIPA TÉCNICA DA A21L esteve a trabalhar a nível concelhio, adoptando as
orientações contidas nos Compromissos de Aalborg.
No âmbito dos Compromissos de Aalborg e de acordo com o Compromisso 1, correspondente à Governância, foi estabelecido como um dos objectivos da vertente Formação de Capacidades, a criação de uma Comissão Executiva Interdepartamental para a Sustentabilidade (CEIS), da qual fazem parte as seguintes unidades orgânicas da Câmara Municipal de Torres Vedras: • Divisão de Ambiente; • Divisão de Ordenamento do Território; • Sector de Assuntos Sociais, Saúde e Habitação; • Gabinete de Inovação e Desenvolvimento. A CEIS é constituída pelo Sr. Vice‐Presidente Carlos Bernardes, Eng.ª Carla Ribeiro (Divisão de Ambiente), Dr. Ezequiel Duarte (Gabinete de Inovação e Desenvolvimento), Dra. Sandra Colaço (Sector de Assuntos Sociais, Saúde e Habitação) e ainda Dr. Nuno Patrício e Arq. Carlos Figueiredo (Divisão de Ordenamento do Território).
Em cada uma das Sessões de Participação, a CEIS esteve representada pelo Sr. Vice‐Presidente Carlos Bernardes e por um dos cinco técnicos que fazem parte desta Comissão.
Depois da sessão de participação a CEIS identificou as diligências, ou outros processos que contribuem para a resolução dos problemas prioritários identificados pelos participantes na sessão pública, apresentando‐se de seguida o resultado desta análise.
Esta apreciação baseia‐se em três níveis de concretização das propostas de projectos de acordo com a seguinte escala:
A Autarquia deve rever ou desenvolver projectos e parcerias para satisfazer a proposta
A Autarquia pretende reforçar as actividades existentes ou já desenvolve algumas actividades que satisfazem a proposta
PROJECTOS POR TEMA – DOIS PORTOS
Proposta de Projecto da População Objectivos Nível de
Execução
TEMA 1: Escola e Jardim de Infância Adequados ao Aumento da Procura
1.1 Mais e Melhor Ensino Este projecto tem como grande objectivo a construção
de novos equipamentos escolares (creche, jardim‐de‐ infância e escola básica) de modo a obter um melhor aproveitamento escolar e melhor vivência social, assim como, promover a fixação de população na freguesia. Comentários ao Tema Brevemente será iniciada a empreitada de construção do Centro Escolar de Dois Portos – está em fase de Concurso (Relatório Final). TEMA 2: Linhas de Água sem Esgotos e Aproveitadas para Espaços de Lazer
2.1 Banir Esgotos Não Tratados Esta proposta de acção pretende a despoluição do rio Sizandro através de uma concertação de esforços entre os SMAS e a Águas do Oeste de modo a que se conclua a rede de saneamento e se liguem as condutas à ETAR.
2.2 Limpeza do Rio e Linhas de Água Esta proposta de projecto tem como objectivo desobstruir e limpar o rio e as linhas de água,
requalificando as margens e prevenindo as cheias.
Comentários ao Tema
2.1 De acordo com os SMAS está a decorrer a construção da rede de saneamento de Dois Portos, Ribaldeira, Caixaria e outras povoações desde Dezembro de 2006, estando prevista a conclusão da obra em Dezembro de 2008. A ETAR de Dois Portos está a ser construída, encontrando‐se prevista a sua entrada em funcionamento para 2009. 2.2. Projecto a desenvolver em parceria com o INAG. TEMA 3: Resíduos Sólidos, Ecopontos e Higiene Pública 3.1 Conclusão da Rede de Saneamento Esta proposta de projecto pretende a conclusão da rede de saneamento básico em toda a freguesia para
terminar de vez com os esgotos a céu aberto.
5. SUGESTÕES PARA
DESENVOLVIMENTO FUTURO
Para ancorar a Agenda 21 de forma profunda e continuada em Dois Portos sugere‐se a constituição de uma PLATAFORMA DE REFLEXÃO E DEBATE onde todos os actores locais (empresas, associações, instituições, moradores, etc.) possam intervir e colaborar na implementação das propostas de acção que contribuam para o desenvolvimento sustentável da Freguesia.
As propostas de projectos, identificados pela autarquia e concertados com os actores locais como os mais prioritários, deverão ser vertidos para um PLANO DE ACÇÃO que vise a concretização dos objectivos contidos na Agenda 21 Local, assegurando a integração das dimensões ambientais, sociais, económicas e de boa governação.
Para que este processo evolua e se obtenham cada vez mais e melhores resultados torna‐se necessário avaliar e monitorizar o seu desempenho através da adopção de INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE locais.
Estes poderão medir o desempenho do processo em si ou medir o grau de concretização de cada uma das acções.
Na implementação do Plano de Acção deverão ser adoptadas novas soluções para o desenvolvimento local e novas formas de governação territorial apostando numa forte promoção da cultura participativa e da cidadania, principalmente junto dos mais novos, através da mobilização das escolas.
De forma a dar continuidade à participação da população na definição, planeamento e execução das acções da Autarquia, propõe‐se a realização de um FÓRUM ANUAL em Dois Portos. Este terá ainda como objectivo apresentar e discutir os resultados obtidos até ao momento na Agenda 21.
A divulgação de informação via Internet e através de publicações periódicas da Câmara e da Junta de Freguesia de Dois Portos deverão ser fortemente reforçadas no sentido de difundir e aumentar o conhecimento acerca da Agenda 21 e das questões de sustentabilidade e qualidade de vida.
6. ANEXOS
6.2 Anexo II: Programa da Sessão
21h00 Recepção aos Participantes e Distribuição de Material.
21h15 Abertura da Sessão pelo Sr. Vice‐Presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Carlos Bernardes; e pelo Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Dois Portos, João Tomás.
21h30 Objectivos e Ponto de Situação da Agenda 21 de Torres Vedras.
21h45 Identificação e Hierarquização dos Principais Desafios ao Desenvolvimento de Dois Portos.
22h00 Grupos de Trabalho – Aprofundamento dos Principais Problemas ao Desenvolvimento de Dois Portos e Procura de Soluções.