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QUE FUTURO DESEJAMOS PARA DOIS PORTOS?

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Academic year: 2021

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  PREFÁCIO ... 4  A FREGUESIA VISTA PELO SEU PRESIDENTE ... 5  1. AGENDA 21 DE TORRES VEDRAS ... 6  1.1 A Agenda 21 Local: Conceitos e Objectivos Gerais ... 7  1.2 Metologia e Objectivos da A21 de Torres Vedras ... 11  2. CARACTERIZAÇÃO DA FREGUESIA DE DOIS PORTOS ... 12  3. SESSÃO DE PARTICIPAÇÃO ... 19  3.1 Objectivos ... 20  3.2 Sessão Plenária Inicial ... 21  3.3 Apresentação, Debate e Hierarquização dos Desafios ao Desenvolvimento da Freguesia  de Dois Portos ... 23  3.4 Sessão em Grupos de Trabalho: Aspectos Metodológicos ... 25  3.5 TEMA 1: Escola e Jardim de Infância Adequados ao Aumento da Procura ... 26  3.6 TEMA 2: Linhas de Água sem Esgotos e Aproveitadas para Espaços de Lazer ... 28  3.7 TEMA 3: Resíduos Sólidos, Ecopontos e Higiene Pública ... 30  3.8 Imagens dos Grupos de Trabalho Temáticos ... 32  3.9 Sessão Plenária de Apresentação dos Resultados ... 33  3.10 Constituição de Grupos de Acompanhamento ... 34 

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  Carlos Bernardes  Vice‐Presidente da Câmara Municipal  de Torres Vedras   

Sob  o  lema  “Que  Futuro  Desejamos  para  a  Freguesia  de  Dois  Portos”,  a  Câmara  Municipal  entendeu  que  a  participação  das  comunidades locais era fundamental para alcançar os objectivos  que nos propomos.  

Objectivos esses, que passam pelas boas práticas Internacionais  promovidas  pelas  Nações  Unidas  na  Conferência  do  Rio  de  Janeiro,  bem  como  os  Compromissos  de  Aalborg  que  recentemente aderimos. 

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1. AGENDA 21 DE  

TORRES VEDRAS 

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1.1 A Agenda 21 Local: Conceitos e Objectivos Gerais 

A  Agenda  21  Local  (A21L)  é  um  instrumento  para  a  promoção  do  desenvolvimento  sustentável.  A  autarquia  trabalha  em  parceria  com  todos  os  actores  locais  para  elaborar  um  Plano  de  Acção  e,  sobretudo, concretizar esse plano através de um conjunto de projectos realizáveis mas ambiciosos.    É  portanto  um  instrumento  que  visa  a  acção  e  que  tem  como  grande  objectivo  a  construção  de  comunidades  sustentáveis,  ou  seja,  comunidades  socialmente  justas  e  inclusivas,  com  uma  economia  local forte e vibrante, utilizando os recursos naturais de forma muito cuidada e prudente e com níveis  elevados de participação da sociedade civil indispensável à boa governação. 

O conceito de Agenda 21 surgiu na Conferência sobre Ambiente e Desenvolvimento que teve lugar no  Rio de Janeiro em 1992. Desta Cimeira, surgiu a Declaração do Rio onde o Capítulo 28 é exclusivamente  dedicado  à  Agenda  21.  As  autarquias  locais  são  aqui  encorajadas  e  desafiadas  a  promoveram  a  sua  própria  Agenda  para  a  sustentabilidade.  O  documento  referente  à  Agenda  21  foi  assinado  por  quase  todos os países do mundo, incluindo Portugal. 

Desde  então  a  A21L  tem‐se  imposto  por  mérito  próprio  e,  actualmente,  mais  de  6.000  autarquias  da  Europa já desenvolveram a sua própria Agenda para a sustentabilidade. 

A  grande  mais‐valia  da  A21L  é  a  forma  como  trabalha  e  envolve  todos  os  actores  locais  (cidadãos,  empresários,  técnicos,  etc.)  tanto  na  identificação  dos  principais  desafios  ao  desenvolvimento  assim  como  na  construção  de  visões  de  futuro  partilhas  e  de  soluções  para  lá  chegar.  A  implementação  procura  a  responsabilidade  partilhada  e  a  formação  de  redes  de  parcerias.  A  sua  filosofia  é  que  os  desafios  são  demasiado  grandes  para  serem  enfrentados  só  pela  autarquia  local,  sendo  necessário  o  envolvimento activo de todos os actores dessa comunidade.  De um modo geral, o ciclo de planeamento da A21L é constituído por 4 fases principais (ver Figura 1):  • A 1.ª fase, a fase de Elaboração da A21L, que inclui a definição da estratégia e o plano de acção  com as respectivas fichas de projectos prioritários.  • A 2.ª fase, a fase de Implementação, em que se tomam decisões e se implementam as acções no  terreno.  • A fase de Avaliação, em que se medem e monitorizam os resultados alcançados e se comparam  os resultados com as metas e objectivos pré‐estabelecidos. 

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1. Elaborar a A21L Criar a Estrutura de Gestão Diagnóstico e Vectores Estratégicos Proposta de Plano de Acção 2. Implementar a A21L

Adoptar incrementalismo pragmático Concretizar acções e projectos Comunicar os bons resultados

4.Aumentar Capacidade e Conhecimentos com A21L

Capacidades Institucionais e

Sociais para o desenvolvimento sustentável 3. Avaliar a A21L Monitorar e medir resultados Comparar resultados e metas Divulgar resultados da avaliação   Figura 1 – Esquema das 4 fases do processo de planeamento da A21L.   

A  Câmara  Municipal  de  Torres  Vedras,  consciente  da  importância  da  A21L  para  a  construção  de  comunidades sustentáveis, decidiu implementar a sua Agenda 21. Responde assim ao desafio lançado  pelas  Nações  Unidas  na  Conferência  do  Rio  de  Janeiro.  Na  senda  das  boas  práticas  internacionais,  aderiu também os Compromissos de Aalborg.  

A Câmara Municipal de Torres Vedras deliberou aderir formalmente a este conjunto de Compromissos  para  o  desenvolvimento  sustentável,  que  são  dinamizados  internacionalmente  pela  “Campanha  Europeia  de  Cidades  e  Vilas  Sustentáveis”.  Trata‐se  de  um  movimento  de  âmbito  Europeu  dirigido  explicitamente  às  autarquias  locais  que  desejam  aplicar  boas  práticas  para  o  desenvolvimento  sustentável e colocar‐se na vanguarda dos processos de planeamento e gestão para a sustentabilidade.  Os Compromissos de Aalborg visam ajudar as autarquias, e os seus parceiros, a trabalhar no sentido de  conseguirem  cidades,  vilas  e  comunidades  locais  inclusivas,  prósperas,  criativas  e  sustentáveis  que  proporcionam uma boa qualidade de vida a todos os cidadãos. Encorajam também o envolvimento dos  cidadãos  e  restantes  actores  locais  em  todos  os  aspectos  relativos  à  vida  e  destinos  colectivos  da  comunidade. 

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Os 10 Compromissos de Aalborg e os 5 Sub‐Temas incluídos em cada Compromisso: 

1. Governância 

1.1 Continuar a Desenvolver uma Perspectiva Comum e de  Longo Prazo para o Desenvolvimento Sustentável 

1.2 Fomentar a Capacidade de Participação e de Acção para  o  Desenvolvimento  Sustentável  na  Sociedade  Civil  e  na  Administração Pública 

1.3  Apelar  a  todos  os  Sectores  da  Sociedade  Civil  para  a  Participação efectiva nos Processos de Decisão 

1.4  Tornar  as  Nossas  Decisões  Claras,  Rigorosas  e  Transparentes 

1.5 Cooperar Efectivamente e em Parcerias com Municípios  Vizinhos,  outras  Cidades  e  Vilas  e  outros  Níveis  de  Administração 

2. Gestão local para a sustentabilidade 

2.1.  Reforçar  os  Processos  de  Agenda  21  Local,  ou  outros,  com vista ao Desenvolvimento Sustentável e Integrá‐los, de  forma Plena, no Funcionamento da Administração Local  2.2. Realizar uma Gestão Integrada para a Sustentabilidade,  baseada  no  Princípio  da  Precaução  e  tendo  em  conta  a  futura  Estratégica  Temática  da  União  Europeia  sobre  Ambiente Urbano. 

2.3.  Estabelecer  Metas  e  Prazos  concretos  face  aos  Compromissos  de  Aalborg  bem  como  um  Programa  de  Monitorização destes Compromissos 

2.4.  Assegurar  a  Importância  das  Questões  de  Sustentabilidade  nos  Processos  de Decisão  a nível  Urbano,  bem  como  uma  Atribuição  de  Recursos  baseada  em  Critérios de Sustentabilidade sólidos e abrangentes 

2.5.  Cooperar  com  a  Campanha  Europeia  sobre  Cidades  e  Vilas  Sustentáveis  e  as  suas  Redes  de  Cidades  para  Monitorizar  e  Avaliar  o  nosso  Progresso  tendo  em  vista  alcançar as Metas de Sustentabilidade estabelecidas 

3. Bens comuns naturais 

3.1. Reduzir o Consumo de Energia Primária e Aumentar a  Parte de Energias Renováveis nesse Consumo 

3.2.  Melhorar  a  Qualidade  da  Água,  Poupar  Água  e  Usar  Água mais Eficientemente 

3.3.  Promover  e  Aumentar  a  Biodiversidade  e  Alargar  e  Cuidar de Áreas Naturais Especiais e de Espaços Verdes   3.4.  Melhorar  a  Qualidade  do  Solo,  Preservar  Terrenos  Ecologicamente  Produtivos  e  Promover  a  Agricultura  e  a  Florestação Sustentáveis 

3.5. Melhorar a Qualidade do Ar 

4.  Consumo  responsável  e  opções  de  estilos  de vida 

4.1  Evitar  e  Reduzir  os  Resíduos  e  Aumentar  a  Reutilização e a Reciclagem 

4.2.  Gerir  e  Tratar  os  Resíduos  de  Acordo  com  as  Melhores Práticas 

4.3.  Evitar  os  Desperdícios  de  Energia  e  Melhorar  a  Eficiência Energética 

4.4.  Adoptar  uma  Política  Sustentável  de  Aquisição  de  Bens e Serviços 

4.5.  Promover  Activamente  a  Produção  e  o  Consumo  Sustentáveis,  em  particular  de  Produtos  com  Rótulos  Ambientais, Biológicos, Éticos e de Comércio Justo 

5. Planeamento e Desenho Urbano  

5.1.  Reutilizar  e  Regenerar  Áreas  Abandonadas  e  Socialmente Degradadas 

5.2.  Evitar  a  Expansão  Urbana,  dando  prioridade  ao  Desenvolvimento  Urbano  no  Interior  dos  Aglomerados,  através  da  Recuperação  dos  Espaços  Urbanos  Degradados  e  assegurando  Densidades  Urbanas  Apropriadas 

5.3.  Assegurar  a  Compatibilidade  de  Usos  ao  nível  dos  Edifícios  e  Áreas  Urbanas,  com  Equilíbrio  entre  Empregos, Habitação e Equipamentos, dando prioridade  aos Usos Residenciais nos Centros das Cidades 

5.4. Assegurar uma adequada Conservação, Renovação e  Utilização/  Reutilização  do  nosso  Património  Cultural  Urbano 

5.5.  Adoptar  Critérios  de  Desenho  Urbano  e  de  Construção Sustentáveis e Promover a Arquitectura e as  Tecnologias de Construção de Alta Qualidade 

6. Melhor mobilidade, menos tráfego 

6.1.  Reduzir  a  Necessidade  de  Utilização  do  Transporte  Individual Motorizado e Promover Modos de Transporte  Alternativos, Viáveis e Acessíveis a Todos 

6.2.  Aumentar  a  Parte  de  Viagens  Realizadas  em  Transportes Públicos, a Pé ou de Bicicleta 

6.3.  Encorajar  a  Transição  para  Veículos  Menos  Poluentes 

6.4.  Desenvolver  um  Plano  de  Mobilidade  Urbana  Integrado e Sustentável  

6.5.  Reduzir  o  Impacto  dos  Transportes  sobre  o  Ambiente e a Saúde Pública 

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Os 10 Compromissos de Aalborg e os 5 Sub‐Temas incluídos em cada Compromisso: 

7. Acção local para a saúde 

7.1.  Disseminar  Informação  no  sentido  de  se  Aumentar  o  Nível  Geral  dos  Conhecimentos  da  População  sobre  os  Factores  Essenciais  de  uma  Vida  Saudável,  a  maioria  dos  quais se situa fora do Sector restrito da Saúde 

7.2.  Promover  o  Planeamento  Urbano  para  o  Desenvolvimento  Saudável  das  nossas  Cidades  garantindo  assim  os  Meios  Indispensáveis  para  construir  e  manter  Parcerias Estratégicas para a Promoção da Saúde  

7.3. Aumentar a Equidade no Acesso à Saúde com Especial  Atenção aos Pobres, o que requer a Elaboração regular de  Relatórios  sobre  o  Progresso  conseguido  na  Redução  das  Disparidades 

7.4.  Promover  Estudos  de  Avaliação  de  Impacte  na  Saúde,  como  meio  de  permitir  a  todos  os  Sectores  de  Actividade  focar o seu Trabalho na melhoria da Saúde e da Qualidade  de Vida 

7.5. Motivar os Urbanistas para Integrarem Condicionantes  de  Saúde  nas  Estratégias  de  Planeamento  e  Desenho  Urbano 

8. Economia local dinâmica e sustentável 

8.1. Introduzir Medidas para Estimular o Emprego Local e a  Formação de Empresas 

8.2.  Cooperar  com  o  Tecido  Empresarial  Local  para  Promover e Implementar Boas Práticas Empresariais  8.3.  Desenvolver  e  Implementar  Princípios  de  Sustentabilidade para a Localização de Empresas  

8.4. Encorajar o Mercado de Produtos Locais e Regionais de  Alta Qualidade 

8.5. Promover um Turismo Local e Sustentável  

9. Equidade e justiça social 

9.1.  Desenvolver  e  Implementar  Programas  para  Prevenir e Reduzir a Pobreza 

9.2. Assegurar o Acesso Equitativo aos Serviços Públicos,  à  Educação,  a  Oportunidades  de  Emprego,  à  Formação  Profissional, à Informação e a Actividades Culturais  9.3.  Promover  a  Inclusão  Social  e  a  Igualdade  entre  os  Géneros  

9.4. Aumentar a Segurança da Comunidade 

9.5.  Garantir  Habitação  e  Condições  de  Vida  de  Boa  Qualidade e Socialmente Adequadas 

10. Do local para o global 

10.1.  Elaborar  e  seguir  uma  abordagem  Estratégica  e  Integrada  para  Minimizar  as  Alterações  Climáticas  e  trabalhar para conseguir níveis sustentáveis de Emissões  de Gases geradores do Efeito de Estufa 

10.2.  Integrar  a  Política  de  Protecção  Climática  nas  nossas Políticas de Energia, de Transportes, de Consumo,  de Resíduos, de Agricultura e de Florestas 

10.3.  Disseminar  informação  sobre  as  causas  e  os  Impactes Prováveis das Alterações Climáticas, e integrar  Medidas  de  Prevenção  na  nossa  Política  referente  às  Alterações Climáticas 

10.4.  Reduzir  o  nosso  Impacto  no  Ambiente  Global  e  Promover o Princípio da Justiça Ambiental  

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1. 2 Metodologia e Objectivos da A21 de Torres Vedras 

A equipa da FCT/UNL e a Câmara Municipal de Torres Vedras estão a trabalhar a dois níveis: 

• A nível de todo o Concelho, com a caracterização do Estado do Desenvolvimento no contexto  dos  10  Compromissos  de  Aalbog,  tendo  como  finalidade  a  elaboração  de  um  conjunto  de  Objectivos, Metas e Indicadores para Torres Vedras associados a esses Compromissos e visando  a acção; 

• A  nível  das  freguesias,  como  espaços  de  vida  e  de  trabalho  com  as  suas  particularidades  territoriais  e  ambientais  com  desafios  específicos.  Na  sequência  do  trabalho  ao  nível  de  cada  uma das 20 freguesias e em seu complemento, há depois uma perspectiva de agregação para o  nível concelhio. O presente relatório insere‐se neste nível de Freguesia. 

O  território  do  concelho  de  Torres  Vedras  não  apresenta características  totalmente  homogéneas  em  toda  a  sua  extensão,  apresentando  as  várias  freguesias  do  concelho  particularidades  geográficas,  sociais, culturais e económicas próprias.  

Assim, a A21L de Torres Vedras desce, como já referido, a cada uma das 20 freguesias do concelho de  modo a constituir‐se um Plano de Acção mais adequado e mais próximo da realidade local. 

Em cada uma das freguesias foram realizadas entrevistas aos Presidentes de Junta de Freguesia e foi  realizado  um  levantamento  e  análise  de  estudos,  planos  e  outros  documentos  com  relevo  e  com  os  quais a A21L se tem de relacionar (por exemplo, Plano Director Municipal, Carta Educativa, Plano de  Desenvolvimento Social do Concelho de Torres Vedras, Plano Municipal de Recursos Naturais). 

O processo de participação dos actores locais teve um momento forte com a realização do Fórum de  Participação (ver Capítulo 3).  

As sessões de participação pública realizadas nas freguesias tiveram como principal objectivo envolver  a  população  na  identificação  dos  principais  problemas  e  na  procura  de  soluções  para  a  melhoria  da  qualidade de vida na sua freguesia tendo como padrão o Desenvolvimento Sustentável. 

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2. CARACTERIZAÇÃO 

DA FREGUESIA DE 

DOIS PORTOS 

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339 1546 509 288 1322 543

0‐14 anos 15‐64 anos 65 ou mais 1991 2001 21,5 32 19 10 13 4,3 0,2 Nenhum  nível de  ensino

1.º Ciclo 2.º Ciclo 3.º Ciclo Ensino  Secundário Ensino  Superior Outro  Ensino 28,9 30,1 41 10,6 28 61,4

Sector Primário Sector Secundário Sector Terciário 1991 2001 37,5 41,7 4,9 5,2 1991 2001 Taxa de Actividade Taxa de Desemprego     Superfície (km2)      36,27       Concelho      407,07  População Residente (2001)      2 153  Concelho      72 250  Taxa de Crescimento (1991‐2001)       ‐10,06%  Concelho       7,54%  Densidade Populacional (2001)      59hab/km2  Concelho       177hab/km2  Taxa de Analfabetismo (2001)      18,0%  Concelho      10,8%  Taxa de Desemprego (2001)      5,2%  Concelho      5,3%  Taxa de Actividade (2001)       41,7%  Concelho       47,8%  Índice de Envelhecimento (2001)      188,5%  Concelho      111,1% 

Gráfico  1  –  Evolução  da  População  Residente  segundo o Grupo Etário. 

 

Gráfico  2  –  Nível  de  Escolaridade  da  População  Residente em 2001 (%) 

  Gráfico 3‐ Evolução da População Activa Empregada 

Residente  segundo  o  Sector  de  Actividade (%) 

 

Gráfico  4  ‐  Evolução  da  Taxa  de  Actividade  e  da  Taxa  de Desemprego (%) 

 

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PRINCIPAIS PONTOS POSITIVOS 

• Freguesia tipicamente rural, de grande riqueza paisagística e patrimonial; 

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  •   A freguesia de Dois Portos situa‐se do interior do concelho de Torres Vedras junto à margem direita do  rio Sizandro. Tem como limites as freguesias de Carmões, Carvoeira, Runa, Santa Maria do Castelo e S.  Miguel, Turcifal e o concelho de Sobral de Monte Agraço. A freguesia de Dois Portos é constituída pelas  localidades  de  Bulegueira,  Caixaria,  Dois  Portos,  Feligueira,  Feliteira,  Folgorosa,  Furadouro,  Granja,  Maceira, Moncova, Mouguelas, Murteira, Outeiro da Zibreira, Patameira, Portela do Bispo, Ribaldeira,  Ribeira Maria Afonso e Sirol. 

Esta freguesia tem uma superfície de 36,27km2 e representa cerca de 8,9% da área total do concelho.  Com uma população residente de 2 153 habitantes, Dois Portos registou um decréscimo populacional  entre 1991 e 2001, situação idêntica à verificada noutras freguesias do interior do concelho. De notar  ainda  que  esta  freguesia  registou  decréscimos  populacionais  acompanhados  por  uma  diminuição  do  número de alojamentos. (Fonte: Estudos de Caracterização do Território Municipal, Abril 2006).  

A  densidade  populacional  da  freguesia  é  de  59hab/km2,  um  valor  bastante  abaixo  da  densidade  populacional do concelho que é de 177hab/km2 e o valor mais baixo entre todas as freguesias. 

Quanto  à  estrutura  etária  da  população  residente  (Gráfico  1)  assistiu‐se,  entre  1991  e  2001,  ao  aumento  do  Índice  de  Envelhecimento,  que  passou  de  150,1%  em  1991  para  188,5%  em  2001,  e  à  diminuição do Índice de Juventude de 66,6% em 1991 para 53,0% em 2001 (Fonte: Torres Vedras em  Números,  2006).  Isto  significa  que  há  uma  forte  diminuição  do  número  de  jovens  e  um  aumento  do  número  de  idosos  resultando  no  envelhecimento  muito  significativo  da  estrutura  populacional  da  freguesia. 

Os níveis de escolaridade da população residente (Gráfico 2) não são muito elevados, dado que 61,1%  da população possui apenas o ensino básico, dos quais mais de 30% da população possui apenas o 1.º  Ciclo do Ensino Básico. Se aos 61,1% da população com o ensino básico acrescentarmos os 21,5% dos  indivíduos  sem  nenhum  nível  de ensino,  verificamos  que  a  grande  maioria  (82,6%)  da  população  não  ultrapassou  a  escolaridade  básica.  A  Taxa  de  Analfabetismo  em  2001  era  de  18%,  um  valor  muito  superior à média do concelho que era de 10,8% (Fonte: Torres Vedras em Números, 2006). 

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Em relação à Taxa de Desemprego, verifica‐se um aumento, passando de 4,9% em 1991 para 5,2% em  2001, um valor semelhante à média do concelho que é de 5,3%.   Quanto à Taxa de Actividade, a taxa que permite definir o peso da população activa sobre o total da  população, aumentou cerca de 4,2% de 1991 para 2001. A taxa de actividade é um bom indicador do  grau de dinamização económica de um dado lugar.  Em relação aos equipamentos escolares na freguesia de Dois Portos existem várias Escolas Básicas do  1º Ciclo nas localidades de Dois Portos, Feliteira e Furadouro, assim como, dois Jardins‐de‐infância nos  lugares de Dois Portos e Caixaria.  Os equipamentos desportivos existentes são vários campos de jogos localizados em diversos lugares da  freguesia. Conta ainda com uma Extensão de Saúde do Centro de Saúde de Torres Vedras.   Dois Portos é uma freguesia com grande dinâmica associativa. Possui uma Banda Filarmónica e Escola  de Música, a Sociedade Filarmónica de Ribaldeira, e o Rancho Folclórico os Rurais do Furadouro. Conta  ainda com várias associações como, a Associação de Desporto Recreio Cultura e Melhoramento de Dois  Portos,  a  Associação  Desportiva  e  Recreativa  “Os  Sizandros”,  a  União  Recreativa  Patameirense,  a  Associação Cultural Recreativa e Desportiva do Furadouro, a Associação Cultural Recreativa Desportiva  e  de  Melhoramentos  de  Outeiro  da  Zibreira,  a  Associação  Recreativa  e  Desportiva  da  Caixaria,  a  Associação  Cultural  Recreativa  e  de  Melhoramentos  de  Sirol,  a  Associação  Recreativa  Desportiva  de  Bulegueira, o Centro Popular de Trabalhadores de Ribaldeira, a Associação de Caçadores da Freguesia  de Dois Portos e a Associação de Socorros da Freguesia de Dois Portos. 

Do  património  arquitectónico  da  freguesia  destacam‐se  a  Igreja  de  S.  Pedro,  situada  no  Casal  de  S.  Pedro, e a Ermida de N. S.ª da Purificação, situada na localidade de Sirol, e classificadas como Imóvel de  Interesse Público.  

Outros locais de interesse são o conjunto edificado de Nossa Senhora dos Milagres e as várias capelas  existentes nas diversas localidades da freguesia, pontes romanas, azenhas (como a Azenha do Pinhal e  a Azenha das Cachoças), a estação de caminhos‐de‐ferro, várias quintas (como a Quinta do Hespanhol,  a  Quinta  do  Jardim,  a  Quinta  da  Ribaldeira  e  a  Quinta  de  Além),  assim  como,  moinhos  (Moinho  de  Feiteira,  Moinho  do  Monte  da  Maceira,  Moinho  dos  Aires,  Moinho  dos  Milagres,  entre  outros).  Apresenta ainda algumas fortificações das linhas de Torres como fortes (Forte da Feiteira e o Forte da  Archeira), a Bateria da Ribaldeira e o troço de estrada militar na Serra do Monte Deixo.   

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Esta freguesia está inserida na área geográfica correspondente à Denominação de Origem Controlada  (DOC) de vinhos tintos e brancos de Torres Vedras.  

A área florestal de Dois Portos ocupa cerca de 253ha que representam 6,98% da área total da freguesia.  A  espécie  dominante  é  o  eucalipto.  De  notar  ainda,  a  área  afecta  aos  incultos,  cerca  de  35%  do  território,  sendo  Dois  Portos  a  freguesia  do  concelho  de  Torres  Vedras  com  maior  área  ocupada  por  incultos. (Fonte: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios, 2008‐2012). 

Na  Carta  2,  referente  ao  património  natural  e  construído,  destacam‐se  as  áreas  naturais  de  valor  paisagístico  (Serra  do  Socorro),  as  áreas  de  verde  ecológico  urbano  (áreas  destinadas  a  funções  de  respiração e equilíbrio do sistema urbano) e as áreas de enquadramento paisagístico. 

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3. SESSÃO DE PARTICIPAÇÃO 

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A Sessão de Participação Pública em Dois Portos teve como principal objectivo envolver a comunidade  na identificação dos principais problemas da sua freguesia e na procura de pistas de soluções conjuntas  para a melhoria da qualidade de vida na freguesia.  De modo a inserir esta sessão de participação no contexto geral, o Quadro I apresenta o calendário de  todas as Sessões de Participação realizadas nas 20 freguesias do concelho de Torres Vedras.    Quadro I – Calendário das Sessões de Participação. 

Dia/ Mês Dia da semana (hora) Junta de Freguesia

31 / Março 2ª feira (21:00) Turcifal

05 / Abril Sábado (9:30) Ponte do Rol

12 / Abril Sábado (9:30) Maceira

15 / Abril 3ª feira (21:00) A‐dos‐Cunhados

21 / Abril 2ª feira (21:00) Freiria

22 / Abril 3ª feira (21:00) Silveira

28 / Abril 2ª feira (21:00) Runa

29 / Abril 3ª feira (21:00) Outeiro da Cabeça

05 / Maio 2ª feira (21:00) Dois Portos

06 / Maio 3ª feira (21:00) Carvoeira

12 / Maio 2ª feira (21:00) Ramalhal

13 / Maio 3ª feira (21:00) Ventosa

19 / Maio 2ª feira (21:00) Campelos

20 / Maio 3ª feira (21:00) Maxial

26 / Maio 2ª feira (21:00) Santa Maria

27 / Maio 3ª feira (21:00) São Pedro da Cadeira

02 / Junho 2ª feira (21:00) São Pedro e Santiago

03 / Junho 3ª feira (21:00) Monte Redondo

09 / Junho 2ª feira (21:00) Carmões

16 / Junho 2ª feira (21:00) Matacães

Na 3ª Semana de Setembro Fórum Final 

 

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A  Sessão  realizou‐se  no  dia  31  de  Março  de  2008  na  Junta  de  Freguesia  de  Turcifal.  Contou  com  a  presença  de  cerca  de  20  participantes  de  diferentes  grupos,  nomeadamente,  Cidadãos,  Empresários,  Autarcas e Quadros Técnicos da Administração Local. 

A abertura da sessão esteve a cargo do Sr. Vice‐Presidente da Câmara Municipal, Carlos Bernardes, que  agradeceu  a  presença  do  Sr.  Presidente  da  Junta  de  Freguesia  de  Turcifal,  Filipe  Santos,  e  a  todos  os  participantes.  Em  função  do  que  são  as  preocupações  (sociais  e  ambientais)  do  executivo  camarário,  entendeu‐se  elaborar  um  documento  estratégico  que  reflicta  essas  mesmas  preocupações.  Nesse  sentido  é  importante  a  participação  dos  Cidadãos,  das  Empresas,  das  Associações  para  a  construção  desse conjunto de acções programadas no tempo que visam o desenvolvimento da freguesia. 

No  final  do  seu  discurso,  o  Sr.  Vice‐Presidente  incentivou  os  participantes  a  envolverem‐se  neste  projecto  tão  importante  para  o  desenvolvimento  da  freguesia,  desejando  uma  Sessão  participada  e  produtiva.          De seguida o Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Turcifal, Filipe Santos, após agradecer a presença  de todos, louvou esta iniciativa e referiu que é bom discutir os problemas e tentar encontrar soluções  para os mesmos. 

De  seguida  o  Prof.  Doutor  João  Farinha,  coordenador  da  equipa  da  FCT/UNL,  apontou  os  aspectos  fundamentais  que  caracterizam  uma  A21L.  Trata‐se  de  um  processo  de  planeamento  estratégico  em  que  as  autoridades  locais  trabalham  em  parceria  com  todos  os  actores  para  elaborar  um  Plano  de  Acção, e implementá‐lo, tendo como objectivo a construção de comunidades sustentáveis (Figura 3).

3.2 Sessão Plenária Inicial 

A  Sessão  realizou‐se  no  dia  5  de  Maio  de  2008  na  Junta  de  Freguesia  de  Dois  Portos.  Contou  com  a  presença de 20 participantes de diferentes grupos, nomeadamente, Cidadãos, Empresários, Autarcas e  Quadros Técnicos da Administração Local. 

A abertura da sessão esteve a cargo do Sr. Vice‐Presidente da Câmara Municipal, Carlos Bernardes, que  agradeceu  a  presença  do  Sr.  Presidente  da  Junta  de  Freguesia  de  Dois  Portos,  João  Mota  Tomás,  e  a  todos  os  participantes.  Em  função  do  que  são  as  preocupações  (sociais  e  ambientais)  do  executivo  camarário, entendeu‐se elaborar um documento estratégico que reflicta essas mesmas preocupações.  Nesse  sentido  é  importante  a  participação  dos  Cidadãos,  das  Empresas,  das  Associações  para  a  construção  desse  conjunto  de  acções  programadas  no  tempo  que  visam  o  desenvolvimento  da  freguesia. 

No  final  do  seu  discurso,  o  Sr.  Vice‐Presidente  incentivou  os  participantes  a  envolverem‐se  neste  projecto  tão  importante  para  o  desenvolvimento  da  freguesia,  desejando  uma  Sessão  participada  e  produtiva. 

 

Figura 2 – Imagens da sessão plenária de abertura. 

(22)

• Economia Local Forte e Viável;

• Comunidades Socialmente Justas 

e Inclusivas;

• Comunidades Eco‐Eficientes;

• Comunidades com Participação e 

Governação;

• Comunidades capazes de 

enfrentar a Adversidade.

BOA GOVERNAÇÃO E C O N O M I A SUSTENTABILIDADE S O C I E D A D E E C O L O G I A

Comunidades Sustentáveis

  Figura 3– Grandes objectivos da Agenda 21 Local. 

Em  seguida  referiu‐se  ao  trabalho  que  está  a  ser  desenvolvido  a  nível  concelhio,  à  utilização  dos  Compromissos de Aalborg como um instrumento auxiliar para a elaboração da A21L de Torres Vedras, e  ao trabalho realizado ao nível das freguesias do concelho.  

(23)

Na  continuação  da  sua  exposição,  o  Prof.  Doutor  João  Farinha  apresentou  os  principais  desafios  estratégicos que, na perspectiva da equipa técnica do Plano, sobressaem presentemente na Freguesia  de Dois Portos, nomeadamente:  • Melhorar os Equipamentos e Serviços de Saúde  • Melhorar os Comportamentos Cívicos e Ambientais de Todos  • Qualificar a Paisagem, o Património Edificado e os Espaços Públicos (Passeios Pedestres)  • Melhorar a Mobilidade, o Estacionamento e a Segurança Viária (Variante a Dois Portos e Rede  Viária)  • Apoio Eficaz aos Idosos e Dependentes Incluindo Valência Domiciliária  • Escola e Jardim de Infância Adequados ao Aumento da Procura  • Linhas de Água sem Esgotos e Aproveitadas para Espaços de Lazer  • Resíduos Sólidos, Ecopontos e Higiene Pública  Estes desafios baseiam‐se: (i) em entrevistas a todos os Presidentes das Juntas de Freguesia; (ii) Análise  de Estudos, Programas e Planos e (iii) Observação Directa da Realidade do Concelho pela equipa técnica. Após a apresentação dos oito desafios, os participantes foram convidados a reflectir e a sugerir outros  desafios.  

Procedeu‐se  de  seguida  à  votação  para  hierarquização  destes  8  temas  identificados.  Para  tal,  cada  participante dispôs de igual número de votos (5). Os resultados encontram‐se sintetizados no Quadro II. 

 

   Figura 4 ‐ Processo de hierarquização dos temas.        

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Quadro II – Hierarquização dos Principais Desafios ao Desenvolvimento da Freguesia de Dois Portos.  HIERARQUIA DOS PRINCIPAIS DESAFIOS  N.º  VOTOS  Escola e Jardim‐de‐infância Adequados ao Aumento da Procura  17  Linhas de Água sem Esgotos e Aproveitadas para Espaços de Lazer  13  Resíduos Sólidos, Ecopontos e Higiene Pública  13  Apoio Eficaz aos Idosos e Dependentes Incluindo Valência Domiciliária  11  Melhorar a Mobilidade, o Estacionamento e a Segurança Viária (Variante a Dois Portos e Rede  Viária)  10  Melhorar os Equipamentos e Serviços de Saúde  9  Qualificar a Paisagem, o Património Edificado e os Espaços Públicos (Passeios Pedestres)  9  Melhorar os Comportamentos Cívicos e Ambientais de Todos  7   

A  sessão  plenária  inicial  foi  concluída  com  a  apresentação  da  estrutura  dos  trabalhos  em  grupo,  cuja  explicação em maior detalhe se encontra no Capítulo 3.4.  

A sessão continuou de seguida sob a forma de grupos de trabalho temáticos incidindo sobre os desafios  mais votados. 

(25)

A  metodologia  das  sessões  paralelas  visou  criar  uma  atmosfera  de  trabalho  descontraída  e  criativa,  onde  os  participantes  puderam  expressar‐se  em  igualdade  de  circunstâncias  segundo  regras  claras,  integrados num processo eficiente e tanto quanto possível convergente para a obtenção de consensos.  A  votação  em  plenário  inicial  elegeu  3  Temas  Prioritários  ao  Desenvolvimento  da  Freguesia  de  Dois  Portos.  Os temas analisados foram:   • Escola e Jardim‐de‐infância Adequados ao Aumento da Procura   • Linhas de Água sem Esgotos e Aproveitadas para Espaços de Lazer   • Resíduos Sólidos, Ecopontos e Higiene Pública    Em cada uma das mesas foi proposto aos participantes as seguintes tarefas:  ƒ 1ª Tarefa: Geração de um Ninho de Ideias de Projectos que ajudem a lidar com o Tema da Mesa  de modo a melhorar fortemente a situação existente. 

ƒ 2ª  Tarefa:  Escolher,  do  Ninho  de  Ideias  de  Projectos,  aquele  que  é  o  mais  Urgente  de  ser  Implementado e o mais Viável de Concretização. Cada um a ser desenvolvido numa ficha própria. Apresentam‐se  de  seguida  os  resultados  agregados  por  Tema  Prioritário  ao  Desenvolvimento  da  Freguesia de Dois Portos. 

 

(26)

Listagem de Ideias de Projectos 

Nesta  fase  foi  solicitado  aos  participantes  desta  mesa  de  trabalho  que  realizassem  uma  listagem  de  Ideias de Projectos de forma a responder aos desafios existentes no tema “Escola e Jardim de Infância  Adequados ao Aumento da Procura”. Desta actividade resultaram 10 Ideias de Projectos.  Ideias de Projectos  ƒ Construção de creche, jardim‐de‐infância e escola básica.  ƒ Apoio, para além do horário escolar, aos educandos.  ƒ Melhorar o ensino com apoio técnico qualificado e criando salas de estudo e de apoio.  ƒ Melhorar as acessibilidades envolventes à escola.  ƒ Criar rede de transporte adequada aos horários escolares. 

ƒ Dotar  a  escola  de  um  equipamento  desportivo  e  lúdico  e  que  possa  ser  utilizado  por  toda  a  comunidade. 

ƒ Implementar  no  programa  escolar  aulas  práticas  de  agricultura,  trabalhos  manuais,  têxteis,...,  adequadas ao nosso meio rural. 

ƒ Maior envolvimento da comunidade na escola e vice‐versa.  ƒ Maior responsabilização dos pais na educação dos filhos. 

ƒ Criação de aulas educativas para os pais para aproximá‐los do ensino. 

Desenvolvimento das Ideias de Projectos Estratégicos 

Deste  exercício  foi  seleccionada,  pelo  grupo  de  trabalho,  1  Ideia  de  Projecto,  que  foi  considerada  simultaneamente  a  ideia  mais  urgente  (U)  e  a  ideia  mais  viável  de  concretização  (V),  tendo  sido  desenvolvida numa ficha própria que seguidamente se transcreve. 

 

 U O Projecto Mais Urgente

 

 V O Projecto Mais Viável de Concretizar

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TÍTULO do Projecto:  M a i s   e   M e l h o r   E n s i n o     Quais os Objectivos do Projecto? 

o O  grande  objectivo  do  projecto  é  a  construção  de  novos  equipamentos  escolares  (creche,  jardim‐de‐ infância e escola básica) de modo a obter melhores aproveitamento escolar e vivência social. 

No entender do Grupo, como se pode CONCRETIZAR este projecto? 

o Construindo  e  executando  o  projecto com  a  ajuda  e  o  envolvimento  de  toda  a  comunidade  exigindo  junto das entidades competentes a sua concretização. 

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Listagem de Ideias de Projectos 

Nesta fase foi solicitado aos participantes da mesa de trabalho que realizassem uma listagem de Ideias  de  Projectos  de  forma  a  responder  aos  desafios  existentes  no  tema  “Linhas  de  Água  sem  Esgotos  e  Aproveitadas para Espaços de Lazer”. Desta actividade resultaram 4 Ideias de Projectos.    Ideias de Projectos  ƒ Limpeza anual do rio, ribeiras e linhas de água.  ƒ Construção de pequenos açudes no rio despoluído.  ƒ Eliminação de esgotos de efluentes do Sizandro fora do concelho.  ƒ Aproveitamento das margens para passeios pedonais.      Desenvolvimento das Ideias de Projectos Estratégicos  Deste exercício foram seleccionadas, pelo grupo de trabalho, 2 Ideias de Projectos, a ideia mais urgente  (U)  e  a  ideia  mais  viável  de  concretização  (V)  que  foram  desenvolvidas  em  fichas  próprias  que  seguidamente se transcrevem. 

 

 U O Projecto Mais Urgente

 

 V O Projecto Mais Viável de Concretizar

   

 

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    TÍTULO do Projecto:  B a n i r   E s g o t o s   N ã o   T r a t a d o s   Quais os Objectivos do Projecto?  o O grande objectivo do projecto manter o rio despoluído e limpo.  No entender do Grupo, como se pode CONCRETIZAR este projecto?  o Executando, o mais rapidamente possível, o projecto em curso de saneamento pela empresa Águas do  Oeste e a conclusão da rede de saneamento nas localidades pelos SMAS. 

Quais são  os RESULTADOS visíveis deste  Projecto na melhoria da Qualidade  de Vida  dos  Moradores  a  curto prazo (2 a 3 anos)?  o Outra qualidade de vida a todos os níveis: de limpeza, higiene, despoluição ambiental, saúde.  Que PARCERIAS devem ser construídas para se avançar com este projecto?  o É necessária uma concertação de esforços entre os SMAS e a Águas do Oeste.   MARKETING do Projecto:  TOME BANHO NO SIZANDRO      TÍTULO do Projecto:  L i m p e z a   d o   R i o   e   L i n h a s   d e   Á g u a   Quais os Objectivos do Projecto?  o O objectivo do projecto é desobstruir o rio e as linhas de água e evitar cheias.  No entender do Grupo, como se pode CONCRETIZAR este projecto?  o Concertando a actividade da Câmara Municipal de Torres Vedras com a hidráulica. 

(30)

Listagem de Ideias de Projectos 

Nesta fase foi solicitado aos participantes da mesa de trabalho que realizassem uma listagem de Ideias  de  Projectos  de  forma  a  responder  aos  desafios  existentes  no  tema  “Resíduos  Sólidos,  Ecopontos  e  Higiene Pública”. Desta actividade resultaram 6 Ideias de Projectos.    Ideias de Projectos  ƒ Melhorar/construir plataformas para a colocação de contentores de lixos.  ƒ Mais ecopontos nos diferentes lugares da freguesia.  ƒ Melhor funcionamento da recolha de “monstros” (máquinas de lavar usadas, frigoríficos, etc.). 

ƒ Casas  abandonadas  tornam‐se  albergue  para  todo  o  tipo  de  bichos  devendo‐se  tentar  resolver  de  alguma forma esta situação.  ƒ Conclusão da rede de saneamento básico para acabar com os esgotos a céu aberto.  ƒ Limpeza das sarjetas.    Desenvolvimento das Ideias de Projectos Estratégicos  Deste exercício foram seleccionadas, pelo grupo de trabalho, 2 Ideias de Projectos, a ideia mais urgente  (U)  e  a  ideia  mais  viável  de  concretização  (V)  que  foram  desenvolvidas  em  fichas  próprias  que  seguidamente se transcrevem. 

 

 U O Projecto Mais Urgente

 

 V O Projecto Mais Viável de Concretizar

 

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    TÍTULO do Projecto:  C o n c l u s ã o   d a   R e d e   d e   S a n e a m e n t o   Quais os Objectivos do Projecto?  o Concluir a rede de saneamento básico em toda a freguesia para terminar de vez com os esgotos a céu  aberto.  No entender do Grupo, como se pode CONCRETIZAR este projecto?  o Existe uma ETAR, o projecto passa por fazer esforços no sentido de ligar os esgotos à ETAR, uma vez  que alguns lugares da freguesia não vão ser ligados.  

Quais são  os RESULTADOS visíveis deste  Projecto na melhoria da Qualidade  de Vida  dos  Moradores  a  curto prazo (2 a 3 anos)?  o Mais higiene, menos poluição e menos cheiros.  Que PARCERIAS devem ser construídas para se avançar com este projecto?  o A Junta de Freguesia de Dois Portos, a Câmara Municipal de Torres Vedras e SMAS.  MARKETING do Projecto:  “ESGOTOS NO SÍTIO CERTO” 

 

TÍTULO do Projecto: 

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H i g i e n e     Quais os Objectivos do Projecto?  o O objectivo do projecto é criar plataformas adequadas a todos os tipos de contentores da freguesia.  No entender do Grupo, como se pode CONCRETIZAR este projecto?  o Construir plataformas para todos os contentores. 

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3.9 Sessão Plenária de Apresentação dos Resultados 

A sessão de apresentação dos resultados decorreu com elevada serenidade, indicando um significativo  grau de consenso relativamente ao trabalho desenvolvido em cada um dos grupos.  

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Para  finalizar  a  Sessão  foi  solicitado  aos  participantes  que  no  seguimento  dos  resultados  da  hierarquização  dos  principais  desafios  ao  desenvolvimento  da  Freguesia  de  Dois  Portos,  optassem  por  acompanhar um dos três desafios/temas identificados no plenário inicial.  

Este gesto demonstra a vontade do participante em ficar ligado a um determinado desafio, de modo a  constituir um grupo de acompanhamento e debate. 

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Em complemento da auscultação da comunidade local relativamente às questões essenciais para o seu  desenvolvimento sustentável, a EQUIPA TÉCNICA DA A21L esteve a trabalhar a nível concelhio, adoptando as 

orientações contidas nos Compromissos de Aalborg. 

No  âmbito  dos  Compromissos  de  Aalborg  e  de  acordo  com  o  Compromisso  1,  correspondente  à  Governância, foi estabelecido como um dos objectivos da vertente Formação de Capacidades, a criação  de  uma Comissão  Executiva  Interdepartamental  para a  Sustentabilidade  (CEIS),  da  qual  fazem  parte  as  seguintes unidades orgânicas da Câmara Municipal de Torres Vedras:  • Divisão de Ambiente;  • Divisão de Ordenamento do Território;  • Sector de Assuntos Sociais, Saúde e Habitação;  • Gabinete de Inovação e Desenvolvimento.   A CEIS é constituída pelo Sr. Vice‐Presidente Carlos Bernardes, Eng.ª Carla Ribeiro (Divisão de Ambiente),  Dr. Ezequiel Duarte (Gabinete de Inovação e Desenvolvimento), Dra. Sandra Colaço (Sector de Assuntos  Sociais, Saúde e Habitação) e ainda Dr. Nuno Patrício e Arq. Carlos Figueiredo (Divisão de Ordenamento  do Território).  

Em  cada  uma  das  Sessões  de  Participação,  a  CEIS  esteve  representada  pelo  Sr.  Vice‐Presidente  Carlos  Bernardes e por um dos cinco técnicos que fazem parte desta Comissão. 

Depois da sessão de participação a CEIS identificou as diligências, ou outros processos que contribuem  para  a  resolução  dos  problemas  prioritários  identificados  pelos  participantes  na  sessão  pública,  apresentando‐se de seguida o resultado desta análise. 

Esta apreciação baseia‐se em três níveis de concretização das propostas de projectos de acordo com a  seguinte escala: 

A  Autarquia  deve  rever  ou  desenvolver  projectos  e  parcerias  para  satisfazer  a  proposta 

A  Autarquia  pretende  reforçar  as  actividades  existentes  ou  já  desenvolve  algumas  actividades  que  satisfazem  a  proposta

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PROJECTOS POR TEMA – DOIS PORTOS 

Proposta de Projecto da População  Objectivos  Nível de 

Execução

TEMA 1: Escola e Jardim de Infância Adequados ao Aumento da Procura 

1.1 Mais e Melhor Ensino  Este  projecto  tem  como  grande  objectivo  a  construção 

de  novos  equipamentos  escolares  (creche,  jardim‐de‐ infância  e  escola  básica)  de  modo  a  obter  um  melhor  aproveitamento  escolar  e  melhor  vivência  social,  assim  como, promover a fixação de população na freguesia.    Comentários ao  Tema  Brevemente será iniciada a empreitada de construção do Centro Escolar de Dois Portos – está  em fase de Concurso (Relatório Final).    TEMA 2: Linhas de Água sem Esgotos e Aproveitadas para Espaços de Lazer 

2.1 Banir Esgotos Não Tratados  Esta  proposta  de  acção  pretende  a  despoluição  do  rio  Sizandro através de uma concertação de esforços entre  os SMAS e a Águas do Oeste de modo a que se conclua a  rede de saneamento e se liguem as condutas à ETAR. 

 

2.2 Limpeza do Rio e Linhas de Água  Esta  proposta  de  projecto  tem  como  objectivo  desobstruir  e  limpar  o  rio  e  as  linhas  de  água, 

requalificando as margens e prevenindo as cheias.   

Comentários ao  Tema 

2.1  De  acordo  com  os  SMAS  está  a  decorrer  a  construção  da  rede  de  saneamento  de  Dois  Portos, Ribaldeira, Caixaria e outras povoações desde Dezembro de 2006, estando prevista a  conclusão  da  obra  em  Dezembro  de  2008.  A  ETAR  de  Dois  Portos  está  a  ser  construída,  encontrando‐se prevista a sua entrada em funcionamento para 2009.  2.2. Projecto a desenvolver em parceria com o INAG.  TEMA 3: Resíduos Sólidos, Ecopontos e Higiene Pública  3.1 Conclusão da Rede de Saneamento      Esta proposta de projecto pretende a conclusão da rede  de  saneamento  básico  em  toda  a  freguesia  para 

terminar de vez com os esgotos a céu aberto.   

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5. SUGESTÕES PARA 

DESENVOLVIMENTO FUTURO

 

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Para ancorar a Agenda 21 de forma profunda e continuada em Dois Portos sugere‐se a constituição de  uma PLATAFORMA  DE REFLEXÃO  E DEBATE onde todos os actores locais (empresas, associações, instituições,  moradores, etc.) possam intervir e colaborar na implementação das propostas de acção que contribuam  para o desenvolvimento sustentável da Freguesia. 

As  propostas  de  projectos,  identificados  pela  autarquia  e  concertados  com  os  actores  locais  como  os  mais prioritários, deverão ser vertidos para um PLANO  DE ACÇÃO que vise a concretização dos objectivos  contidos na Agenda 21 Local, assegurando a integração das dimensões ambientais, sociais, económicas e  de boa governação. 

Para que este processo evolua e se obtenham cada vez mais e melhores resultados torna‐se necessário  avaliar  e  monitorizar  o  seu  desempenho  através  da  adopção  de  INDICADORES  DE SUSTENTABILIDADE  locais. 

Estes poderão medir o desempenho do processo em si ou medir o grau de concretização de cada uma  das acções. 

Na  implementação  do  Plano  de  Acção  deverão  ser  adoptadas  novas  soluções  para  o  desenvolvimento  local e novas formas de governação territorial apostando numa forte promoção da cultura participativa e  da cidadania, principalmente junto dos mais novos, através da mobilização das escolas. 

De  forma  a  dar  continuidade  à  participação  da  população  na  definição,  planeamento  e  execução  das  acções da Autarquia, propõe‐se a realização de um FÓRUM ANUAL em Dois Portos. Este terá ainda como  objectivo apresentar e discutir os resultados obtidos até ao momento na Agenda 21. 

A  divulgação  de  informação  via  Internet  e  através  de  publicações  periódicas  da  Câmara  e  da  Junta  de  Freguesia  de  Dois  Portos  deverão  ser  fortemente  reforçadas  no  sentido  de  difundir  e  aumentar  o  conhecimento acerca da Agenda 21 e das questões de sustentabilidade e qualidade de vida.

 

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6. ANEXOS 

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6.2 Anexo II: Programa da Sessão

21h00  Recepção aos Participantes e Distribuição de Material.   

21h15  Abertura  da  Sessão  pelo  Sr.  Vice‐Presidente  da  Câmara  Municipal  de  Torres  Vedras,  Carlos  Bernardes;  e  pelo  Sr.  Presidente  da  Junta  de  Freguesia  de  Dois  Portos, João Tomás. 

 

21h30  Objectivos e Ponto de Situação da Agenda 21 de Torres Vedras.   

21h45  Identificação  e  Hierarquização  dos  Principais  Desafios  ao  Desenvolvimento  de  Dois Portos. 

 

22h00  Grupos  de  Trabalho  – Aprofundamento  dos  Principais  Problemas  ao  Desenvolvimento de Dois Portos e Procura de Soluções. 

Referências

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