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DORALICE, EU BEM QUE LHE DISSE..., OU FEMINILIDADE E HISTERIA: OS IMPASSES DA CONCEPÇÃO FREUDIANA SOBRE A SEXUALIDADE FEMININA 1

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FREUDIANA SOBRE A SEXUALIDADE FEMININA1

Jaime Araújo Oliveira

Outubro de 2003 “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher.”

(Simone de Beauvoir)

1) INTRODUÇÃO

Ao longo do primeiro ano de funcionamento do Cartel, trabalhamos um conjunto de textos de Freud relacionados ao que ele designou por “Feminilidade”, ou “Sexualidade Feminina”, e que cobrem um período que vai de 1897 a 1938.

Ao final deste percurso me pareceu possível dividir este conjunto em duas vertentes, inter-relacionadas, de abordagem do problema, que serão apresentadas a seguir.

No meu entendimento, elas culminam no impasse a que se refere o título do trabalho. O que parece ter levado o próprio Freud a, ao final desta longa démarche, relançar a questão, na forma de suas famosas referências, no fim da vida, a um persistente “enigma” da feminilidade.

Concluiremos apontando a direção que estamos nos propondo seguir no segundo ano de funcionamento do Cartel. A saber: a retomada, por Lacan, desta questão.

2) 1897 - 1923: DO CLITÓRIS AO FALO (A METÁFORA ANATÔMICA)

“Mãe: compra um ‘perú’ p’rá mim !?...” (“Neide”, 5 anos)

A primeira das duas vertentes de análise do tema, na obra de Freud, que sugerimos acima, tem como ponto de partida a noção de “abandono das zonas sexuais anteriores”, formulada pela primeira vez na “Carta 75”, a Fliess, de 14 de novembro de 1897 (Freud, 1897), e repetida, em relação ao tema da feminilidade, em vários textos nos anos seguintes (como, por exemplo: “Sobre as Teorias Sexuais das Crianças” , Freud, 1908; e “A Disposição à Neurose Obsessiva”, Freud, 1913).

Cunhada originalmente para explicar o recalque, esta teoria sugere que os seres humanos como um todo teriam abandonado, num certo momento de sua evolução – com a adoção da “postura erecta” – uma “zona sexual”: a olfativa, que foi mantida pelos demais mamíferos.

Da mesma forma, cada indivíduo humano, ao longo de sua passagem da infância à maturidade, abandonaria outra zonas sexuais: a anal e a oral.

E, finalmente, no caso específico das mulheres, o que as torna tais para Freud nos textos citados acima, seria um último destes “abandonos”: o do clitóris – definido como uma “zona sexual masculina”, equivalente ao pênis dos meninos – substituido pelo que é considerado aí o órgão sexual propriamente feminino: a vagina.

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Tendo este jargão anatômico organicista sido tomado ao pé da letra, à época, tanto pelos críticos (ditos “feministas”), quanto pelos defensores destas formulações de Freud, isto gerou, nos anos seguintes, conhecidas e intensas polêmicas.

Somente em 1923 – num pequeno, e, por décadas, pouco valorizado artigo, que apenas a releitura lacaniana tornaria famoso: “A Organização Genital Infantil:Uma

Interpolação na Teoria da Sexualidade” (Freud, 1923a) – Freud revelaria (ou se

revelaria para ele) o caráter meramente metafórico destas formulações. Ao lançar mão, para designar aquela idéia de uma equivalência inicial entre pênis e clitóris, da noção Grega de “falo”: uma representação simbólica do pênis utilizada em rituais religiosos na Grécia Antiga.

Assim, neste artigo, Freud diz agora explicitamente que não se trata aí de “órgãos genitais”, mas sim “do falo”, ou seja: um símbolo, e não um órgão.

Com isso podemos concluir que o que estava em jogo, portanto, na metáfora anatômica anterior, era a idéia de que:

1º) As meninas são, a princípio, iguais aos meninos, porque ambos têm, no final da infância, sua sexualidade centrada em torno de algo com a mesma natureza, agora designada como “fálica”; e

2º) Uma mulher é alguém que abandona este paradigma (fálico), e, para Freud, o substitui por outro, igualmente metaforizado por um órgão anatômico: a vagina.

Mas, ao que parece, a fraca recepção, à época, do artigo a que estamos nos referindo não foi capaz de desfazer a tendência então dominante de tomar as formulações anteriores de Freud ao pé da letra.

Na contra mão desta tendência, Lacan, ao promover uma releitura desta noção freudiana de “zonas sexuais” pré–genitais (oral, anal, fálica), as toma desde sempre com uma conotação metafórica.

Assim, no Seminário 8 (Lacan, 1960, Capits. 14 e 15), ele interpreta o “oral” e “anal” freudianos como formas de demanda (respectivamente: demanda ao Outro, e demanda do Outro). E é da mesma forma que conceberá a problemática fálica: como algo que diz respeito à relação primordial do Sujeito com o Outro (veja–se, por exemplo, a discussão sobre os “três tempos do Édipo” no Seminário 5, Lacan, 1957; ver também Lacan, 1958).

Pode–se, com isso, reler as formulações freudianas acima da seguinte forma: 1º) Dizer que, a princípio as mulheres são iguais aos homens, significa dizer que ambos têm, a princípio, um mesmo padrão – “fálico” – de relação com o Outro. Com o Outro primordial, materno, interpretado pelo Sujeito (no “2º tempo” do Édipo) como um Outro barrado (A/), castrado, faltoso, desejante. E que tem como objeto, como causa de seu desejo, isso que é metaforizado pela noção de falo.

2º) Dizer que uma mulher é alguém que abandona este paradigma fálico inicial, substituindo–o por outro que é metaforizado pela “vagina”, significa dizer que ela se torna mulher ao substituir o Outro materno por uma outra figura do Outro: o paterno, interpretado como “tendo” o falo, isto é, como detendo um suposto saber sobre o desejo do Outro primordial, materno.

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3) 1923 - 1938: DA MÃE AO PAI (O ÉDIPO, OU A METÁFORA MITOLÓGICA)

Nos anos 20 - correspondentes à famosa “guinada” teórica de Freud -, a problemática da feminilidade vai ser retomada pelo autor, nos textos mais classicamente associados ao nosso tema, com base em um outro paradigma: o do Édipo. Que corresponde, exatamente, a uma metáfora das relações primordiais do Sujeito com o Outro.

O ponto de partida é a discussão sobre o Ideal do Eu (“herdeiro do Complexo de Édipo”) em “O Eu e o Isso” (Freud, 1923b, Capítulo 3).

Como se sabe, Freud parte aí do modelo de introjeção de um objeto perdido, através da identificação. Modelo que ele havia desenvolvido anteriormente em “Luto e

Melancolia” (Freud, 1917) para dar conta das condições patológicas ou

semi-patológicas referidas no título deste último trabalho. O mesmo modelo é aplicado agora à compreensão do Ideal do Eu.

No luto o objeto é perdido por condições como a morte, ou o abandono. No caso do Ideal do Eu, segundo o texto ora em consideração, o seria pela rivalidade com o genitor do mesmo sexo na triangulação edípica freudiana.

Mas, com isso, Freud sustenta, neste texto, uma concepção do Édipo que, como veremos, ele irá abandonar nos artigos seguintes. A saber: a idéia de uma analogia, uma correspondência, uma simetria entre o Édipo masculino e o feminino. Noção que levaria Jung a cunhar o termo “Complexo de Electra” para designar o correspondente feminino do Édipo masculino. O que tem como conseqüência ocultar, ou apagar, a especificidade do feminino.

Assim, em ambos os caso, o objeto seria o genitor do sexo oposto (o que supõe uma concepção naturalista, biologizante, instintiva, de atração “natural” pelo outro sexo). E o rival o genitor do mesmo sexo, por isso mesmo abandonado e introjetado por identificação, constituindo com isso o Ideal do Eu na saída do Édipo.

No ano seguinte Freud retomará este tema da “Dissolução do Complexo de

Édipo” no artigo que tem este nome (Freud, 1924).

Mas, agora, o dado central é que a vaga noção anterior de “rivalidade” é substituída pelo conceito de “complexo de castração” (cunhado por Freud em 1908), como origem da dissolução do Édipo.

Segundo o artigo em questão, nos homens a radical “dissolução”, “destruição”, “abolição” do Édipo tem por base a forma masculina do complexo de castração, que é a “ameaça” de castração.

E nas mulheres?

Desde a formulação inicial sobre o complexo de castração (Freud, 1908), o autor distinguira da forma masculina (“ameaça”) a forma feminina deste complexo: a “inveja do pênis”. Retomando esta noção no final do artigo ora em tela Freud é levado, com isso, a extrair conseqüências que serão fundamentais para nosso tema.

A forma feminina do complexo de castração reorienta a menina na direção do pai, levando-a a desejar receber dele um equivalente do pênis/falo, que seria um bebê. Com isso, ao contrário dos homens, nos quais o complexo de castração leva ao abandono radical do Édipo, nas mulheres a forma feminina daquele complexo leva a uma entrada no Édipo. Que, em conseqüência, não é “dissolvido”, “destruído”, “abolido”. Com os famosos e polêmicos efeitos distintivos sobre o Supereu (enquanto “herdeiro do Complexo de Édipo”) nos homens e nas mulheres.

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temática da feminilidade era uma questão paralela ou secundária, tem pela primeira vez esta questão como central. Trata-se de “Algumas Conseqüências Psíquicas da

Distinção Anatômica Entre os Sexos” (Freud, 1925).

Este artigo é nuclear para nossa discussão, porque nele, como veremos agora, Freud promove uma articulação de todas as formulações anteriores sobre o tema.

O autor começa rompendo com a sua concepção anterior de uma analogia entre o Édipo masculino e o feminino, e apontando agora, ao contrário, para suas diferenças.

Mostra que, no homem, o Édipo é uma conseqüência direta da relação anterior, “pré-genital”, com o objeto primordial, materno. Ora, a mulher também tem a mãe como objeto primordial, “pré genital”. Assim, nas mulheres a forma acabada do complexo (que Freud passará a chamar de “positiva”) exige uma mudança de objeto: uma troca da mãe pelo pai. E, como o artigo anterior já indicava, o fundamento desta troca é a versão feminina do complexo de castração: a “inveja do pênis”.

Articulam-se com isso, aqui, as duas vias de abordagem da questão da feminilidade que procuramos recortar. A “troca de órgão” do primeiro paradigma - do clitóris/falo pela vagina - se associa a, ou mais precisamente metaforiza, uma troca de objeto - a mãe pelo pai.

Só que estas formulações levarão Freud, como veremos em seguida, à problemática concepção de uma feminilidade “normal”. Que era interpretada no primeiro paradigma pela troca do clitóris pela vagina enquanto órgão sexual; e agora é articulada, ou relida, como uma troca da mãe pelo pai, ou seja, pela entrada no Édipo.

O passo neste sentido é dado na segunda metade do artigo ora em consideração, onde Freud assinala que, a partir da versão feminina do complexo de castração, abrem-se para as mulheres, na verdade, as famosas diferentes “vias”, diferentes vicissitudes, concebidas por ele como alternativas entre si.

A primeira delas é a da recusa (“Verleugnung”) da castração. Que, no limite, diz o autor, leva ao homossexualismo, entendido aqui (enquanto uma recusa da castração) como algo da ordem da perversão.

A segunda é a da repressão da genitalidade. Que é a forma pela qual Freud, desde há muito - desde, pelo menos, o “Caso Dora” (Freud, 1905) - concebia a histeria, e, portanto, uma forma de neurose.

E, finalmente, a terceira, que corresponde ao completar-se do Édipo feminino. A qual, ao contrário das anteriores, não é associada no texto a nenhuma “patologia”, para usar o jargão freudiano. E onde Freud parece localizar, portanto, uma idéia de feminilidade normal, dizendo, a este respeito:

“A menina transformou-se em uma pequena mulher.” (pag. 318)

Como se sabe, este artigo, condensando os que o antecederam, teve uma enorme repercussão, e suscitou uma intensa polêmica, a partir de críticos (e críticas), que passaram a ser designados como “feministas”, assim como a partir de defensores dos pontos de vista de Freud. Polêmica que passou à história do movimento psicanalítico como “A Querela do Falo”, e que marcou o final dos anos 20 / início dos anos 30 nesta área, e mesmo fora dela.

Até o final de sua obra e sua vida Freud iria produzir pelo menos mais outros três textos diretamente relacionados ao tema. Mas, neles, o núcleo da argumentação é, pelo menos para os nosso fins neste trabalho, o que já foi indicado até aqui. Com, talvez, uma formulação mais bem organizada e articulada dos argumentos, e a exploração de sub–temas correlatos e paralelos.

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aparentemente mobilizado pela polêmica suscitada pelo artigo anterior, o que é sugerido pela seção final, onde ele dialoga com interlocutores e críticos. Como dissemos, o texto retoma, basicamente, com este propósito, os argumentos do anterior. Além disso, neste artigo o autor explora mais detidamente a questão da relação pré-edípica (ou edípica negativa) da mulher com a mãe, seus aspectos “passivos” e “ativos”, relacionados às diferentes “organizações” (“oral”, “anal” e “fálica”), com o aparente intuito de reforçar a tese de que, a princípio, “a menininha é um homenzinho”.

Em 1933 o autor volta ao nosso tema, em uma das “Novas Conferências

Introdutórias Sobre Psicanálise” (a “Conferência 33: Feminilidade”) (Freud, 1933).

Neste texto ele volta a retomar, fundamentalmente, os argumentos anteriores, agora com fins de divulgação para um público mais amplo, como sugere a forma de hipotéticas

“Conferências” deste conjunto. Mas acrescenta aí algumas contribuições novas, em

especial sobre o que ele vê como constituindo características comuns às mulheres na vida adulta, como, por exemplo, a associação de vaidade e vergonha (com a célebre hipótese na qual atribui às mulheres a invenção do tecido).

Finalmente, em 1938 retorna à questão, em um dos capítulos (o 7º), de “Esbôço

de Psicanálise” (Freud, 1938).

Mas, o próprio Freud parece nunca ter-se satisfeito com as formulações que procuramos sintetizar acima, e que apontam, como vimos, para aparentes concepções “positivas” da problemática da feminilidade (a troca do clitóris pela vagina; e/ou da mãe pelo pai).

Isto é sugerido por conhecidas passagens. Como, por exemplo, sua célebre referência à “vida sexual das mulheres adultas” como “um ‘dark continent’ para a psicologia” (Freud, 1926). Ou à sua incapacidade, “a despeito de meus trinta anos de pesquisa da alma feminina”, de responder a “a grande questão, que nunca foi respondida e que ainda não sou capaz de responder (...) ‘Que deseja a mulher?’ ” (Jones, 1955). Veja-se também, sobre este tema, a longa introdução da Conferência 33, citada mais acima, onde ele diz, por exemplo que “também a psicologia é incapaz de solucionar o enigma da feminilidade” (Freud, 1933).

Parece existir assim, na obra do autor, uma tensão interna, no que diz respeito a nosso tema. Entre, por um lado, uma tentativa de resposta, e, por outro, uma reabertura da questão enquanto tal, enquanto questão. Mas tratada por ele como algo da ordem da “impotência”, sua, de respondê-la, e não como o será por Lacan, como algo da ordem de uma “impossibilidade” lógica.

E é como uma questão estruturalmente em aberto que, como sugerimos a seguir, o tema da feminilidade será retomado e revalorizado, ou, mais precisamente, universalisado, por Lacan.

4) À GUISA DE CONCLUSÃO: “DORALICE, EU BEM QUE LHE DISSE...”, OU PARA ALÉM DO PAI: DE FREUD A LACAN

Embora as formulações explícitas de Freud sobre o tema que ele batizou como “feminilidade”, ou “sexualidade feminina”, tenham sido desenvolvidas ao longo de um processo que, como vimos, só se concluiu pelo menos em 1925, elas já estavam implícitas na condução que Freud imprimiu ao “Caso Dora” (Freud, 1905).

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Nossa observação acima sobre o “Caso Dora” tem por base o que se segue . Se, em situações que, no entendimento de Freud, deveriam produzir excitação sexual em Dora - como o beijo do Sr. K -, ela, ao contrário, sente “repugnância”, Freud extrai daí um diagnóstico: o de histeria. E, numa passagem famosa do texto, universaliza esta formulação. O fundamento para tanto sendo, como vimos mais acima, a repressão da genitalidade.

A partir daí Freud estabelece a direção do tratamento: orienta-la para o Sr. K, enquanto representante do pai. O que, como vimos, corresponde ao que Freud teorizará mais tarde como uma saída supostamente normal para a feminilidade.

O que os comentários de Lacan sobre este caso parecem apontar, a respeito do que Freud deveria ter aprendido com este célebre fracasso, é que, o que ele vê como uma suposta saída “normal” para os impasses da sexualidade feminina - o apelo ao pai - corresponde, na verdade, ao fundamento da própria neurose (histérica ou obsessiva): a identificação ao pai (“real”), no final (no “3o tempo”, Lacan,1957) do Édipo.

Dora não aceita a direção do tratamento apontada por Freud. Não aceita a pífia resposta que Freud tenta lhe oferecer para a questão histérica sobre “o que é uma mulher?” (Lacan, 1955). Ou seja, a resposta: uma mãe. E abandona a análise para sustentar em aberto a questão sobre o feminino.

O que Freud parece só intuir a posteriori, com as célebres notas, acrescentadas mais tarde (em 1923) ao texto, sobre o suposto “homossexualismo”, e a relação de Dora com a Sra. K.

Assim, somente a crítica lacaniana vai esclarecer esta superposição freudiana entre feminilidade e histeria, reabrindo, com isso, a questão do feminino, para além da sua obturação histérica. E apontando, como se sabe, para “A/ Mulher” - que “não existe” (Lacan, 1972) -, como uma questão sem resposta no inconsciente: a questão da ausência de referência fálica, uma questão estruturalmente em aberto, que aponta para o Real, dando com isso à problemática do feminino uma dimensão universal. Ou seja, não restrita às mulheres, e envolvendo o que está em jogo no final de uma análise para sujeitos de ambos os sexos.

No “Caso Dora” – uma destas histéricas que inventaram a Psicanálise –, na verdade foi ela que “disse” a Freud, como na letra da música, que “amar é (...) ilusão”: o “insucesso do inconsciente”, no jogo-de-palavras que dá título a um dos últimos Seminários de Jacques Lacan.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BEAUVOIR, Simone de (1949)– O Segundo Sexo. 2. A Experiência

Vivida, Rio, Nova Fronteira, 1980.

FREUD, Sigmund (1897) – Carta 75 (14 de Novembro de 1897), in

Obras Psicológicas Completas (ESB), Vol. I. Rio, Imago, várias

datas.

(A íntegra da carta pode ser lida em MASSON, Jeffrey M. – A Correspondência

Completa de Sigmund Freud Para Wilhelm Fliess, Rio, Imago, 1986).

_______________ (1905) – Fragmento da Análise de Um Caso de

Histeria, ibid., Vol. VII.

_______________ (1908) – Sobre as Teoria Sexuais das Crianças, ibid., Vol. IX.

_______________ (1913) – A Disposição à Neurose Obsessiva –

Uma Contribuição ao Problema da Escolha da Neurose, ibid., Vol.

XII.

_______________ (1917) – Luto e Melancolia, ibid., Vol. XIV._______________ (1923 a) – A Organização Genital Infantil:Uma

Interpolação na Teoria da Sexualidade , ibid., Vol. XIX.

_______________ (1923 b) – O Ego e o Id, ibid., Vol. XIX, Cap.3 –

O Ego e o Superego (Ideal do Ego).

_______________ (1924) – A Dissolução do Complexo de Édipo, ibid., Vol. XIX.

_______________ (1925) – Algumas Conseqüências Psíquicas da

Distinção Anatômica Entre os Sexos, ibid., Vol. XIX.

_______________ (1926) – A Questão da Análise Leiga, ibid., Vol. XX.

_______________ (1931) – Sexualidade Feminina, ibid., Vol. XXI._______________ (1933) – XXXIII – Feminilidade, in Novas

Conferências Introdutórias Sobre Psicanálise, ibid., Vol. XXII.

_______________ (1938) – Esboço de Psicanálise, ibid., Vol. XXIII.JONES, Ernest (1955) - A Vida e a Obra de Sigmund Freud, Rio,

Imago, 1989, Vol. II.

LACAN, Jacques (1951) – Intervenção Sobre a Transferência, in

Escritos, Rio, Jorge Zahar, 1998.

______________ (1953) – O Seminário. Livro 1. Os Escritos

Técnicos de Freud, Rio, Jorge Zahar, 1986, Cap. 14 – As Flutuações da Libido.

_______________ (1955) – O Seminário. Livro 3. As Psicoses, Rio, Jorge Zahar, 1988, Cap. 12 – A Questão Histérica, e Cap. 13- A

Questão Histérica (II): ‘O Que é É Uma Mulher?’ “.

_______________ (1956) – O Seminário. Livro 4. A Relação de

Objeto, Rio, Jorge Zahar, 1995, Cap. 8 – Dora e a Jovem Homossexual.

_______________ (1957) – O Seminário. Livro 5. As Formações do

Inconsciente, Rio, Jorge Zahar, 1999, Cap.10 – Os Três Tempos do Édipo, e Cap. 11 – Os Três Tempos do Édipo (II).

______________ (1958) – A Significação do Falo, in Escritos, op. cit.

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Rio, Jorge Zahar, 1992, Cap.14 – Demanda e Desejo nas Fases Oral

e Anal, e Cap. 15 – Oral, Anal, Genital .

______________ (1972) – O Seminário. Livro 20. Mais, ainda, Rio, Jorge Zahar, 1985.

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