• Nenhum resultado encontrado

Sumário. Texto Integral. Tribunal da Relação de Lisboa Processo nº

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Sumário. Texto Integral. Tribunal da Relação de Lisboa Processo nº"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

Tribunal da Relação de Lisboa Processo nº 0078526

Relator: SILVA SALAZAR Sessão: 27 Abril 1995

Número: RL199504270078526 Votação: UNANIMIDADE

Meio Processual: APELAÇÃO.

Decisão: CONFIRMADA A DECISÃO.

CONTRATO DE LOCAÇÃO FINANCEIRA RESOLUÇÃO

INDEMNIZAÇÃO DE PERDAS E DANOS CLÁUSULA PENAL

CLÁUSULA CONTRATUAL GERAL

Sumário

I - No contrato de locação financeira é lícito acumular, face ao incumprimento do locatário, o direito à resolução do contrato e a indemnização previamente fixada pelos danos decorrentes do incumprimento.

II - A retroactividade da resolução do contrato não afecta cláusulas que as partes tenham estipulado para vigorarem na hipótese de resolução.

III - Recai sobre o devedor o ónus da prova de que as cláusulas penais contratadas são desproporcionadas aos danos a ressarcir.

IV - Em princípio, são válidas as cláusulas penais que fixam, previamente, indemnização, no caso de resolução pelo locador do contrato de locação financeira, por falta de pagamento de rendas, em medida não superior a 20%

do valor das prestações vincendas.

Texto Integral

Acordam no Tribunal da Relação de Lisboa:

- Sociedade Portuguesa de Leasing, S.A., propôs contra Medag - Material de Escritório, Desenho e Artes Gráficas, Lda., (J), (M), e (G), acção com processo ordinário, invocando que, no exercício da sua actividade comercial, ela autora deu em locação financeira à ré determinado equipamento, ficando esta

obrigada a pagar-lhe vinte rendas trimestrais e obrigando-se os demais réus, solidariamente, como fiadores e principais pagadores, ao pontual

(2)

cumprimento de todas as obrigações assumidas pela ré, suas indexações e quaisquer indemnizações; os réus, porém, não lhe pagaram quatro rendas vencidas, pelo que ela autora resolveu unilateralmente o contrato; pede, por isso, a autora, a condenação da ré a entregar-lhe o aludido equipamento, e a condenação de todos os réus a pagarem-lhe 3446533 escudos (valor das rendas vencidas e não pagas e respectivo I.V.A., e indemnização devida nos termos da alínea c) do n. 2 do art. 16 das "Condições Gerais" do contrato), juros de mora calculados sobre esse montante até integral pagamento, os quais, em 1990/02/20, perfaziam o montante de 931255 escudos, calculados à taxa referida no n. 6 do art. 9 daquelas "Condições Gerais", e 18366 escudos correspondentes a uma multa paga por ela autora referente ao imposto de selo devido pelos réus na fiança prestada.

Contestaram, impugnando, apenas os réus (M) e (G), após o que foi elaborado despacho saneador que decidiu não haver excepções nem nulidades

secundárias, seguindo-se-lhes especificação e questionário, de que ninguém reclamou.

Oportunamente teve lugar audiência de discussão e julgamento, tendo sido dadas respostas aos quesitos aos quesitos; e, após alegações de direito da autora, bem como do réu (G), foi proferida sentença que julgou a acção

parcialmente procedente e condenou os réus a pagarem à autora a quantia de 2270300 escudos e juros de mora respectivos até integral pagamento à taxa referida no n. 6 do art. 9 das "Condições Gerais" do contrato, condenando ainda a ré a entregar à autora o equipamento locado. Mediante, porém, requerimento de aclaração ou de rectificação apresentada pela autora, foi aquele montante, por ter havido lapso manifesto na sentença, rectificado para 3446533 escudos por despacho de fls. 163 - 164.

Inconformado, apelou, apenas, o réu (G), que, em alegações, formulou as seguintes conclusões:

1) A resolução do contrato faz desaparecer da ordem jurídica a fonte das obrigações das partes;

2) Extinguindo-se o contrato, por determinação imperativa da lei, não é possível imputar a alguém a responsabilidade pelo seu incumprimento;

3) Logo, não é aplicável a cláusula penal que antecipadamente liquida os prejuízos emergentes desse incumprimento;

4) Ainda que assim se não entenda, a cláusula penal apreciada não tem escopo indemnizatório, mas coercivo;

5) Tratando-se de cláusula contratual geral, é nula;

6) A exigência, pela apelada, do montante da multa aplicada em resultado de actuação que lhe é imputável configura abuso de direito, tornando ilegítimo o o seu exercício.

(3)

Termina pedindo a revogação da sentença na parte que condenou os réus no pagamento da quantia correspondente a 20% do resultado da adição das rendas vincendas com o valor residual e respectivos juros de mora, e do valor da multa devido pela errada liquidação do imposto de selo.

Não houve contra-alegações.

Colhidos os vistos legais, cabe decidir, tendo em conta os factos assentes, que são os seguintes:

1) No exercício da sua actividade comercial, a autora deu em locação

financeira à ré o equipamento descrito no n. 1 das "Condições Particulares" do contrato de locação financeira n. 001123/01, celebrado entre elas (uma

máquina de fotocomposição marca Varityper, dois terminais da mesma marca equipados com dois drives e três processadores marca Louth);

2) O referido contrato foi celebrado pelo prazo de cinco anos, contados da data da sua entrada em vigor;

3) O contrato entrou em vigor na data em que o equipamento locado foi entregue à ré, pelo fornecedor respectivo, indicado no n. 2 daquelas

"Condições Particulares" ("Nova Fotocomposição - Artes Gráficas, Lda");

4) A ré obrigou-se a pagar à autora vinte rendas trimestrais, durante o prazo do contrato, sendo a primeira no valor de 1200000 escudos e as restantes no valor inicial de 371834 escudos cada uma;

5) O documento de fls. 24 contém a epígrafe "Termo de Fiança" e integra declaração dos demais réus de que se constituem "fiadores e principais pagadores de todas as importâncias resultantes" do aludido contrato;

6) O documento de fls. 25 é reprodução de uma carta remetida em 1989/11/02 pela autora à ré, em que aquela, referindo-se a incumprimento do aludido contrato, comunica a esta que, com base em mora da ré e em falta de

regularização, por esta, de tal situação, e volvidos oito dias sobre a data do aviso de recepção da mesma carta, se consideraria o contrato

automaticamente resolvido ao abrigo do disposto no n. 1 do art. 16 das

"Condições Gerais", com as consequências previstas no n. 2 desse artigo, procedendo-se de seguida à cobrança coerciva do que contratualmente se mostrasse em dívida;

7) O art. 22 das "Condições Gerais" do contrato estipula a competência do foro da comarca de Lisboa para todos os litígios emergentes do mesmo contrato;

8) A autora é uma sociedade parabancária que tem por objecto exclusivo a locação financeira de bens de equipamento;

9) Não obstante as repetidas insistências da autora, nem a ré Medaz nem os demais réus pagaram no respectivo vencimento, nem sequer posteriormente, as quatro rendas vencidas entre 1988/09/07 e 1989/09/07, inclusive, no valor

(4)

total de 1940427 escudos;

10) O equipamento objecto do contrato foi retirado das instalações da ré;

11) O documento de fls. 45 contém instruções da autora para a formalização do contrato, e o de fls. 46 é uma minuta do termo de fiança, contendo a indicação de que, para efeitos fiscais, se atribuía à fiança o valor de 123565 escudos, e de que a selagem era de "4,5 por 1000 sobre o valor da fiança";

12) O advogado Dr. (B) enviou ao réu (M) a carta de fls. 80, comunicando-lhe que iria proceder judicialmente contra ele se não fosse liquidada a dívida à autora;

13) O fornecedor ficou como depositário do equipamento em causa, por ordem da autora;

14) Tal atitude foi justificada como consequência da resolução do contrato.

O montante da condenação, conforme a sentença e seu esclarecimento, engloba as seguintes parcelas: a) 1940427 escudos, valor total das quatro rendas vencidas e não pagas; b) 329873 escudos de IVA; c) 1176233 escudos a título de indemnização correspondente a 20% do resultado da adição do valor residual com o valor das rendas vincendas na data da resolução.

É a soma destas três parcelas que dá resultado de 3446533 escudos, que não abrange, pois, o montante de 18366 escudos que era pedido pela autora a título de multa por ela paga mas que era devida pelos réus pela liquidação do imposto de selo da fiança. Ou seja, os réus não estão condenados no

pagamento desse montante de 18366 escudos, certamente por não se ter considerado provado que a autora tenha pago tal quantia, como na sentença se refere.

Daí que careça de sentido a conclusão 6, e o correspondente pedido de revogação da sentença, nessa parte de condenação, inexistente, dos réus no pagamento do valor da multa devida por liquidação errada do imposto do selo.

Improcede, pois, essa conclusão.

Quanto àquelas duas primeiras quantias, de 1940427 escudos e 329873 escudos, no total de 2270300 escudos, o apelante não as põe em causa, nas conclusões das suas alegações.

Assim, como o âmbito do recurso se afere pelas conclusões das alegações do recorrente (art. 660, n. 2, 684, n. 3, e 690, n. 3, do CPC), e dado ainda o disposto no art. 684, n. 4, do mesmo Código, a parte da sentença que condenou o apelante, bem como os de mais réus, no pagamento dessas

quantias, tem de se manter, não podendo ser afectada pela decisão a proferir.

Em causa está, assim, apenas a quantia de 1176233 escudos, - e seus juros de mora -, respeitante a indemnização correspondente a 20% do resultado da adição do valor residual com as das rendas vincendas na data da resolução, já que, igualmente, não foi atacada a parte da sentença que condenou a ré na

(5)

entrega do equipamento, parte essa que, por isso, também não pode ser alterada.

Pelas conclusões 1, 2 e 3, sustenta o apelante que, extinto o contrato por resolução, não é aplicável a cláusula penal que antecipadamente liquida os prejuízos emergentes do incumprimento, pois, desaparecida a fonte das obrigações, não se pode dizer que estas não tenham sido cumpridas.

A aludida cláusula é a que, no contrato de locação financeira, consta do n. 2, alínea c), do art. 16, dizendo ela:

2. "Em qualquer dos casos de resolução referidos no número anterior o locatário fica obrigado a: c) A título de indemnização por perdas e danos sofridos pelo locador, pagar uma importância igual a 20% do resultado da adição das rendas vincendas, na data da resolução, com o valor residual, acrescida dos juros de mora contados desde a data de resolução até à data de pagamento efectivo, calculados nos termos do n. 6 do art. 9".

Antes de mais, há que notar que a aplicação desta cláusula não implica o pagamento de rendas vincendas, ou parte delas, e do valor residual, ou parte dele, apesar da resolução: a alusão a tais rendas e a tal valor nessa cláusula constitui simples meio de fixar pontos de referência, de indicar a fórmula, a que se há-de recorrer para efeito de fixar o montante da indemnização nela prevista.

Uma vez que se verifica um dos casos de resolução indicados no n. 1 daquele art. 16, - falta de pagamento de rendas -, há que apurar, desde já, se tal

cláusula, pressupondo-se a sua validade, é aplicável apesar da resolução do contrato.

Ora, nada obsta a tal aplicabilidade. Estamos perante um contrato do locação financeira, definido no art. 1 do DL n. 171/79, de 6/6, como aquele pelo qual uma das partes se obriga, contra retribuição, a conceder a outra o gozo

temporário de uma coisa, adquirida ou construida por indicação desta e que a mesma pode comprar, total ou parcialmente, num prazo determinado ou

determinável, nos termos do próprio contrato. Há, assim, obrigações para ambas as partes: uma, o locador, tem de conceder o gozo da coisa, e a outra, o locatário, tem de pagar a retribuição, ou renda. Ou seja, trata-se de um

contrato bilateral. E, para os contratos bilaterais, a lei permite a acumulação do exercício do direito de resolução com o direito de indemnização, como se diz no Ac. do STJ de 1993/03/09, in Col. Jur.,

"Acs. do STJ", Ano I, Tomo II - 1993, pags. 8 a 11, e resulta do disposto nos arts. 798, e 801, n. 2, do CC: o devedor que falta culposamente ao

cumprimento da obrigação torna-se responsável pelo prejuízo que causa ao credor, que, independentemente do direito à indemnização, pode resolver o contrato.

(6)

O direito da apelada à resolução do contrato não está em causa: a sua

existência está assente como consequência da falta de pagamento de rendas pela ré locatária, e pelos réus fiadores, face ao disposto no art. 26 do

mencionado DL n. 171/79 e ao acordado pelas partes no citado art. 16, n. 1, das "Condições Gerais" do contrato.

Quanto ao direito à indemnização, não há dúvidas de que a transcrita cláusula n. 2, alínea c), do art. 16 do contrato, constitui uma cláusula penal, face ao disposto no art. 810, n. 1, do CC; mas, como deste dispositivo resulta, tal

cláusula não visa pura e simplesmente estabelecer uma sanção para quem não cumpre as suas obrigações contratuais, mas também fixar previamente a

forma de cálculo da indemnização devida em caso de incumprimento

determinante de resolução. Portanto, dos dispositivos legais citados resulta que a apelada tinha o direito de resolver o contrato e de, simultaneamente e apesar dessa resolução, pedir a indemnização pelos danos que lhe resultassem do incumprimento determinante da resolução, a calcular pela forma

previamente fixada. Sem dúvida que esta fixação é feita por meio de uma cláusula de contrato resolvido, mas trata-se de uma cláusula secundária em relação ao conteúdo essencial do contrato, que é celebrado, como é óbvio, com vista ao cumprimento, enquanto aquela cláusula só é estipulada para ser

executada precisamente na hipótese de incumprimento. Por isso, embora a resolução tenha efeito retroactivo, tal retroactividade não afecta cláusulas que as partes tenham estipulado precisamente para vigorarem na hipótese de haver resolução por incumprimento, dado o disposto no art. 434, n. 1, do CC, do qual resulta não haver retroactividade quando, ou pelo menos na medida em que, essa retroactividade contraria a vontade das partes ou a finalidade da resolução. E não há dúvida de que se contrariaria a vontade das partes,

expressa nessa cláusula por ambas aceite e subscrita mediante a sua integração no contrato, se se atribuisse à resolução do contrato efeito retroactivo em relação a tal cláusula, pois as as partes estipularam precisamente para vigorar no caso resolução por incumprimento.

Essa cláusula, portanto, subsiste apesar da resolução, implicando em consequência, também apesar desta, a subsistência da obrigação de indemnização pelos danos resultantes do incumprimento que conduziu à resolução e resultantes do subsequente termo do contrato antes da sua execução integral, uma vez que o art. 433 do CC, ao equiparar a resolução, quanto aos seus efeitos,

à nulidade ou anulabilidade do negócio jurídico, ressalva expressamente o disposto nos artigos seguintes, com inclusão, portanto, do dito art. 434, n. 1 ou seja, tal cláusula não sofre efeito equiparado à anulação ou declaração de nulidade, pelo que tem de se considerar como tendo sempre existido desde a

(7)

celebração do contrato independentemente do destino das restantes cláusulas deste, continuando a vigorar, dados os seus termos, mesmo após a resolução;

e, com ela, a obrigação de indemnização referida.

Improcedem, pois, as três primeiras conclusões das alegações do apelante.

Finalmente, quanto às conclusões 4 e 5, sustenta o apelante que a dita cláusula penal é nula, por violar o disposto no art. 19, alínea C), do DL n. 446/85, de 25/10.

Este diploma é aplicável, face ao disposto no seu art. 1: é que o contrato em causa contém cláusulas contratuais gerais elaboradas de antemão, que destinatários indeterminados se limitam a aceitar.

Dispõe aquele art. 19, alínea C), que são proibidas as cláusulas contratuais gerais que consagrem cláusulas penais desproporcionadas aos danos a

ressarcir. Daqui resulta que, para se apurar se a dita cláusula era proibida, e, por isso, nula, seria necessária a alegação e prova de factos demonstrativos de desproporção entre o montante da indemnização a fixar de harmonia com o critério indicado na cláusula, e o montante dos danos a ressarcir. E,

pretendendo o ora apelante valer-se dessa desproporção para fazer concluir pela nulidade da cláusula, tal nulidade constitui excepção peremptória, da do ser impeditiva do efeito jurídico dos factos invocados pela autora, ora apelada (art. 493, n. 3, do CPC). Daí que sobre o réu, ora apelante, recaísse o ónus da prova dos factos demonstrativos da desproporção (art. 342, n. 2, do CC), de forma que, não fazendo tal prova, terá de ver a dúvida daí resultante ser decidida contra ele (art. 516 do CPC), ou seja, no sentido de inexistência da desproporção. Ora, o réu não provou qualquer desproporção, que nem sequer foi alegada, por ele ou pelo outro contestante. E, pelos factos provados,

também não se pode concluir que a desproporção exista, uma vez que o montante dos danos não se encontra alegado nem assente.

Assim, desconhecendo-se o montante dos danos, não se pode afirmar que haja desproporção entre a cláusula penal, tal como se apresenta no quadro

contratual, e os danos a ressarcir, o que só por si afasta a nulidade da dita cláusula.

Da mesma forma a nulidade é excluida tendo em conta a dita desproporção em abstracto. É que basta considerar a globalidade das cláusulas do contrato para se constatar a "vultosa mobilização de capitais feita pela autora para a

aquisição e disponibilidade dos bens locados", e "os riscos elevados que aquela corre, sobretudo quando se traz

à colação o desgaste do equipamento locado, que o pode tornar, por completo, imprestável" expressões estas, entre aspas, decalcadas de expressões

idênticas incluidas no Acórdão desta Relação de 1994/07/07, relatado pelo primeiro adjunto do presente acórdão e publicado na CJ ano XIX -1994 TIV

(8)

pag 79 já que as ditas expressões se adaptam perfeitamente à hipótese presente). Sem dúvida que existe a contra-partida das rendas, mas o seu convencionado montante pode não coincidir, mesmo no pressuposto do cumprimento do contrato, com o valor dos bens locados, sendo o risco ainda maior no caso de incumprimento. Por isso, em atenção ao quadro genérico da autonomia privada, se compreende que a lei permita que os particulares, para se protegerem contra aquele risco, optem pela inclusão, em contratos como o presente, de cláusulas penais da natureza da que está em causa nestes autos, em lugar de fixarem rendas mais elevadas que redundariam numa maior dificuldade de celebração de tais contratos. E não se vê que uma

indemnização, na apontada percentagem de 20%, atendendo aos lucros que a locadora deixa de auferir e à normal desvalorização do equipamento, seja ofensiva do disposto nos arts. 12 e 19, C), do dito DL n. 446/85.

Nestas condições, é de concluir serem, em princípio, válidas, - e serem-no pelo menos quando não fixem uma indemnização superior à dita percentagem de 20% -, as referidas cláusulas penais que fixem previamente a indemnização no caso de resolução pelo locador do contrato de locação financeira, por falta de pagamento de rendas. Neste sentido são os Acórdãos já citados, bem como o Acórdão da Relação de Coimbra de 1993/11/23, in Col. Jur., 1993, 5, 38, e o Acórdão da Relação do Porto de 1993/11/23, na mesma obra e volume, pág.

225.

Improcedem, pois, também as ditas conclusões 4 e 5.

Nestes termos, acorda-se em negar provimento à apelação, confirmando-se a sentença recorrida.

Custas pelo apelante.

Lisboa, 27 de Abril de 1995.

Referências

Documentos relacionados

There a case in Brazil, in an appeal judged by the 36ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (São Paulo’s Civil Tribunal, 36th Chamber), recognized

As questões acima foram a motivação para o desenvolvimento deste artigo, orientar o desenvol- vedor sobre o impacto que as cores podem causar no layout do aplicativo,

As análises serão aplicadas em chapas de aços de alta resistência (22MnB5) de 1 mm de espessura e não esperados são a realização de um mapeamento do processo

O presente trabalho foi realizado em duas regiões da bacia do Rio Cubango, Cusseque e Caiúndo, no âmbito do projeto TFO (The Future Okavango 2010-2015, TFO 2010) e

Os principais resultados obtidos pelo modelo numérico foram que a implementação da metodologia baseada no risco (Cenário C) resultou numa descida média por disjuntor, de 38% no

libras ou pedagogia com especialização e proficiência em libras 40h 3 Imediato 0821FLET03 FLET Curso de Letras - Língua e Literatura Portuguesa. Estudos literários

5 “A Teoria Pura do Direito é uma teoria do Direito positivo – do Direito positivo em geral, não de uma ordem jurídica especial” (KELSEN, Teoria pura do direito, p..

Juntou documentos (fls. 112), o requerido Facebook Serviços On-line do Brasil Ltda apresentou resposta em forma de contestação (fls. Discorreu sobre a necessidade de