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Rev. adm. empres. vol.11 número3

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Academic year: 2018

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Resenha

Bibliográfica

THEORY CONSTRUCTION, FROM VERBAL TO MATHEMATICAL rORMULATIONS. Por Hubert M. Blalock Jr. New Jersey, Prentice-Hall, 1969. 180 p.

R. Adm. Emp., Rio de Janeiro,

Blalock é, hoje em dia, um dos metodólogos mais produtivos no campo das ciências sociais e, em particular, na sociologia. Seus últimos livros e artigos vêm sendo dedicados à forma-lização dos procedimentos científicos para uma melhor explicação daquelas ciências empíricas.

O livro que é agora publicado por Blalock tem um duplo objetivo. De um lado, êle visa a estudar procedimentos que possibilitam melhorar o teor explicativo das teorias verbais, isto é, as que ainda não pude-ram ser adequadamente forma-lizadas. De outro, êle procura mostrar ao leitor a importância e a vantagem de se introduzir modelos matemáticos nas ciências sociais. Nesse sentido, o livro pode ser considerado como um prolongamento de suas últimas duas obras: Causal in-ferences in non-experimental research, Chapel Hill, University of North Carolina Press, 1964, e Methodology in social research (com Ann. B. Blalock), New York, MacGraw-Hill, 1968.

11 (3) :115-130

Embora os cientktas sociais concordem sôbre a necessi-dade de se elaborarem teorias mais adequadas, diz o autor

à

à página 1, que há pouco con-senso sôbre os processos ou estratégias mais úteis na construção daquelas teorias. Nesta obra, o autor procura mostrar ao leitor a vantagem de se adotar os modelos causais no processo de teorização em ciências sociais. Os modelos causais apresentam grande superioridade sôbre outros, especialmente na formulação do sistema de proposições e no teste empírico das mesmas. Do ponto de vista lógico, o autor enfatiza a necessidade de se construir teorias dedutivas e com explicações causais (p.

4-5).

No sentido de ilustrar as fra-quezas dos modelos de reciprocidade e as vantagens dos modelos causais,

Blalock apresenta um survey bastante interessante de inú-meras teorias sociológicas for-muladas com diversas

estratégias e, algumas, formu-ladas sem nenhuma estratégia.

(2)

INTERVENTION THEORY ANO METHOD - A Behavioral Science View - Por Chris Argyris. Reading, Massachusetts, Addison-Wesley, 1970. 374

p.

116

Nesse ponto, vale a pena ressaltar as críticas apresentadas a Zetterberg que, embora ten-tando formalizar e pôr ordem nas teorias sociológicas, se

encaminha para arbitrariedades metodológicas graves e que comprometem o poder explicativo das teorias. No processo de derivação

de teoremas a partir de axiomas, Zetterberg não explícita porque escolhe esta ou aquela

proposição como axioma que dá origem a derivações

subseqüentes {p. 12-15). Blalock, com uma acuidade lógica excepcional, detecta essas arbitrariedades e mostra ao leitor menos avisado que conclusões opostas poderiam ser tiradas das mesmas premis-sas alinhadas por Zetterberg em seu livro On theory and verification in sociology (New Jersey, Bedminster Press, 1965).

Um capítulo todo é dedicado à reformulação das teorias verbais em modelos causais. Utilizando exemplos de Merton, Nye, White e Frideres, o autor ensina o leitor - de modo simples e atraente - como colocar proposições empíricas nos for-matos da causalidade. Os principais formatos examinados são: inventário de causas {p. 35), inventário de efeitos (p. 41),

Raramente foi escrito um livro sôbre o papel do consultor tão útil como êste; um livro

d: psicólogo behaviorista que ensina o consultor externo a lidar com a organização-cliente. É verdade que na década de 1960 apareceram muitas obras sôbre a T .oria da Mudança, que servem de base para

uma エ・セイゥ。@ da consultoria. Com origens remotas em Kurt Lewin e principalmente nos seus dis-cípulos Coch e French, aparece na década de 1960. The

planning of change (New York, Holt, 1961), uma excelente antolof,ia de Bennis, Benne e Chin. Na Inglaterra, as teorias do Instituto Tavistock são

cadeias simples (p. 43) e loops

l.

(p. 46). O esfôrço lógico . desenvolvido por Blalock é

bastante compensador pois, da formalização sugerida, se pode tirar imediatas conclusões a respeito das vantagens da utilização dos modelos causais. A seguir, no capítulo 4, Blalock retoma uma série de tópicos estudados em seu Causal inferences e explica o processo segundo o qual o modêlo linear pode ser introduzido no

sistema de variáveis para a elaboração de explicações causais. Mais adiante êle eRtra na utilização de modelos de equação única e equações simultâneas. A grande preocupa-ção do autor é sempre

reduzir o êrro e explicar a maior proporção de variância possivel com o menor número

de variáveis no sistema explicativo.

Todo o tratamento matemático dado pelo autor é simples e pode ser entendido pelo

estudioso iniciado em questões lógicas e estatísticas dos

processos de inferência e generalização cientificas. Por

isso, Theory construction é um pequeno livro que não

pode faltar na estante daquele que pretende fazer grandes coisas em ciências sociais.

josセ@ PASTORE

expostas por Burns e Stalker na célebre obra, The manage-ment of innovation (Londres, Ta· vistock, 1961). Nos anos

seguintes, o movimento do desenvolvimento organizacional vai-se fazendo conhecer através dos livros de Bennis, Blake, Lawrence, Lorsch, Beckhard, Schein, e outros.

Há mais de 10 anos, a literatura sôbre mudança organizacional tem exaltado a dinâmica da organização, de um modo apologético e idealista, deixan-do-nos uma sensação de que as organizações estão mudando, quando na realidade elas não mudam nada ou quando o

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