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Associação da capacidade funcional com o risco de queda em idosos

em serviço de emergência

Association of functional capacity with risk of falling in the older adults in emergency

service

Juliane de Fátima Santos Antunes1, Cássia Regina Vancini Campanharo¹, Maria Carolina Barbosa Teixeira Lopes1, Ruth Ester Assayag Batista1, Meiry Fernanda Pinto Okuno1

Objetivo: associar a capacidade funcional com orisco de queda de idosos em serviço de emergência. Métodos: estudo transversal e analítico, no qual foram incluídos 101 indivíduos, com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos, internados no Serviço de Emergência. Para avaliar a capacidade funcional, utilizaram-se as escalas de Katz e Lawton/Brody; e, para o risco de queda, a escala de Downton. Para associar a capacidade funcional com o risco de queda, utilizou-se o teste de Fisher-Freeman-Halton. Resultados: 32,7% dos idosos foram independentes em uma função e dependentes em cinco funções básicas de vida diária, 89,1% foram totalmente dependentes para atividades instrumentais e 64,4% obtiveram alto risco de queda. Não houve associação estatisticamente significativa entre as escalas de Katz, Lawton/Brody e Downton. Conclusão: a capacidade funcional não se associou ao risco de queda na população estudada.

Descritores: Idoso Fragilizado; População em Risco; Enfermagem Geriátrica.

Objective: to associate the functional capacity with the risk of falling of the older adults in emergency service. Methods: this is a cross-sectional and analytical study, in which 101 individuals, aged 60 years old and older, of both genders, admitted to the Emergency Department. The Katz and Lawton/Brody scales were used to evaluate functional capacity and, the Downton scale was used for the risk of fallings. The Fisher-Freeman-Halton test was used to associate functional capacity with the risk of falling. Results: 32.7% of the older adults were

independent in one function and dependent on five basic functions of daily living, 89.1% were totally dependent on instrumental activities and 64.4% had a high risk of falling. There was no statistically significant association

between the Katz, Lawton/Brody, and Downton scales. Conclusion: functional capacity was not associated with the risk of falls in the study population.

Descriptors: Frail Elderly; Population at Risk; Geriatric Nursing.

1Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Enfermagem. São Paulo, SP, Brasil.

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Introdução

A população com idade igual ou superior a 60 anos está crescendo mais rapidamente no Brasil, quando comparada aos indivíduos das outras faixas etárias, ocasionando mudança na dinâmica popula-cional. A estimativa para 2040 indica que a população idosa poderá representar 23,8% da população brasi-leira, proporção de 153 idosos para cada 100 jovens(1). A Organização Mundial da Saúde considera idosos in-divíduos a partir de 65 anos nos países desenvolvidos e 60 anos, naqueles em desenvolvimento(1).

Esse aumento da expectativa de vida vem ocor-rendo devido ao controle das epidemias e às melhores condições socioeconômicas, seguidas pela prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, as quais são causas de incapacidade, dependência e óbito nesta po-pulação(1-2). Como resultado, a procura pelos serviços de saúde, as internações e o tempo de permanência no hospital aumentaram entre idosos, quando compara-da a outras faixas etárias(2).

As alterações fisiológicas e biológicas que ocor -rem no processo de envelhecimento, como diminui-ção de massa muscular, principalmente de membros inferiores, diminuição da acuidade visual e auditiva, e

déficit de equilíbrio, aumentam o risco de quedas nos

idosos, resultando na perda de funcionalidade e dimi-nuição da qualidade de vida(3).

Portanto, a capacidade funcional pode sofrer alterações durante a hospitalização do idoso, por se tratar de evento complexo em momento de fragilidade e desequilíbrio, quando o idoso é retirado do próprio meio e transferido para um ambiente que, muitas ve-zes, é visto como adverso(4).

No ambiente hospitalar, muitas vezes, o nível de dependência está relacionado com o prognóstico do paciente, podendo ser utilizado para diferenciar o tipo de atendimento que cada paciente deve rece-ber(4). Este nível de dependência está diretamente relacionado com a capacidade funcional do idoso, ou seja, à habilidade deste em realizar atividades diárias

de maneira independente e para cuidar de si, podendo ser medida através de instrumentos padrões que

veri-ficam a performance dos idosos nas atividades básicas

de vida(5) e nas atividades instrumentais(2).

Além disso, outro fator que pode alterar a capa-cidade funcional de idosos é a ocorrência de quedas, sendo esta mudança não intencional do corpo para um ponto inferior à posição inicial, sem a capacidade

de correção em tempo suficiente, podendo ser causa

-da por questões multifatoriais, como as próprias

alte-rações fisiológicas relacionadas ao envelhecimento,

consideradas fator intrínseco, além das razões extrín-secas, como o ambiente a que o idoso está exposto(3). A atuação da equipe de enfermagem deve estar centrada no processo educativo com idosos e

respecti-vos familiares, tendo como finalidade a independência

funcional destes, a prevenção de complicações secun-dárias e sua adaptação e da família à nova situação de comprometimento funcional(2), além de promo-ver saúde e bem-estar de forma permanente a esta população(1). A avaliação da capacidade funcional de

idosos e do risco de quedas permite a identificação de

demandas para assistência de enfermagem e da equi-pe multidisciplinar que, uma vez trabalhadas, podem minimizar ou evitar a perda funcional e a ocorrência de quedas.

Assim, o objetivo deste estudo foi associar a ca-pacidade funcional com orisco de queda de idosos em serviço de emergência.

Métodos

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A coleta de dados foi realizada cinco vezes por semana. Aqueles idosos que contemplavam os cri-térios de inclusão eram convidados a fazer parte do estudo e entrevistados individualmente. A leitura dos instrumentos foi realizada pela pesquisadora, em um único momento, com duração média de 30 minutos.

Foi utilizado questionário estruturado, com informações sobre idade, sexo, escolaridade, estado civil, ocupação, cor de pele, uso de medicamentos, co-morbidades, presença de cuidador, presença de dor (sim ou não, localização e duração) e história de que-da no último ano. A avaliação que-da capacique-dade funcional do idoso para realizar as atividades básicas de vida diária foi procedida por meio da Escala de Katz, tradu-zida, adaptada e validada no Brasil (Alfa de Chronbach de 0,80 a 0,92)(5), que avalia o nível de independência ou dependência funcional do idoso para realizar as se-guintes atividades: tomar banho, vestir-se, alimentar-se, transferência, ir ao banheiro e continência. As op-ções de respostas são dicotômicas e a pontuação varia de 0 a 6 pontos, sendo 0: indivíduo independente em todas as seis atividades básicas; 1: independente em cinco funções e dependente em uma função; 2: inde-pendente em quatro funções e deinde-pendente em duas; 3: independente em três funções e dependente em três; 4: independente em duas funções e dependente em quatro; 5: independente em uma função e depen-dente em cinco funções e 6: dependepen-dente em todas as seis atividades básicas de vida diária(2,5).

Para avaliar as atividades instrumentais de vida diária, foi utilizada a Escala(2) de Lawton e Bro-dy, traduzida, adaptada e validada no Brasil (Alfa de Chronbach 0,94), composta pelas seguintes ativida-des: usar telefone, viajar, fazer compras, preparar re-feições, fazer tarefas domésticas, tomar medicações e manusear dinheiro. As opções de respostas são di-cotômicas e cada item da escala recebe de 3 pontos (independente) a 1 ponto (totalmente dependente), variando de 7 a 21 pontos, em que quanto maior a pontuação, mais independente é o paciente(2,5).

O risco de quedas nos idosos participantes foi

avaliado pela Escala de Downton, traduzida, adapta-da e valiadapta-daadapta-da no Brasil, e que inclui cinco variáveis:

quedas prévias; uso de medicações; presença de défi

-cit sensorial; estado mental do idoso e qual o tipo de marcha. As opções de respostas são dicotômicas e sua pontuação varia de 0 a 11 pontos, sendo que pontua-ção igual ou superior a três indica que o idoso possui alto risco de quedas(3).

A análise dos dados foi realizada pelo programa Statistical Package for the Social Sciences, versão 19. Utilizou-se análise descritiva para caracterização

so-ciodemográfica, clínica e a presença de cuidador. Para

as variáveis numéricas, calcularam-se média, desvio padrão, mediana, mínimo e máximo; e para variáveis categóricas, frequência e percentual.

Para relacionar as variáveis categóricas com as escalas(2-3), utilizou-se o teste Qui-Quadrado e, quando necessário, o Exato de Fisher. Para relacionar a idade com as escalas(2-3,5), aplicou-se a Análise de Variância.

Foi considerado nível de significância 5% (p<0,05)

para todas as análises. Para aproveitamento da Aná-lise de Variância, foi testada a normalidade através do

Teste de Kolmogorov-Smirnov. Além disso, foi verifi

-cada a homogeneidade das variâncias (homoceidasti-cidade).

O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo, conforme parecer nº 1.601.766.

Resultados

A idade média dos pacientes (n=101) foi de 75±9,4 anos, a maioria era do sexo feminino, 55 (54,5%); cor branca, 64 (64,0%); casados, 57 (56,4%); aposentados, 89 (88,1%); ensino fundamental incom-pleto, 63 (62,4%); e com cuidador, 60 (59,4%).

(4)

do-ença renal, 25 (24,8%). Os medicamentos mais utiliza-dos foram: anti-hipertensivos, 70 (78,7%); analgésico, 48 (53,9%); antiulceroso, 50 (56,2%); hipoglicemian-te, 37 (41,6%); e hipolipemianhipoglicemian-te, 25 (28,1%).

Dos entrevistados, 96 (95%) relataram não

praticar nenhuma atividade física, 36 (35,6%) so -freram queda uma vez no último ano e 48 (47,5%) apresentaram pelo menos uma queda neste ano. Além disso, referiram presença de dor, 68 (67,3%), sendo que 48 (72,7%) com duração igual ou superior a seis meses; e as regiões acometidas com maior frequência pelas queixas álgicas foram em membros inferiores, 37 (56,1%); e em coluna, 22 (33,3%).

Os níveis de dependência para atividades de vida diária e instrumentais não tiveram relação

estatisticamente significativa com o risco de queda

(Tabela 1).

Tabela 1 –Associação da capacidade funcional com o risco de queda (n=101)

Capacidade funcional

Risco de queda Total

p* Alto risco

n (%)

Baixo risco

n (%) n (%)

Atividades de vida diária (Níveis)

0 1 (14,3) 6 (85,7) 7 (100,0) 0,055

1 10 (52,6) 9 (47,4) 19 (100,0)

2 4 (66,7) 2 (33,3) 6 (100,0)

3 8 (80,0) 2 (20,0) 10 (100,0)

4 4 (57,1) 3 (42,9) 7 (100,0)

5 23 (69,7) 10 (30,3) 33 (100,0)

6 15 (78,9) 4 (21,1) 19 (100,0)

Atividades instrumentais de vida diária

Dependência total 60 (66,7) 5 (45,5) 65 (64,4) 0,192

Dependência parcial 30 (33,3) 6 (54,5) 36 (35,6) *Teste de Fisher-Freeman-Halton

Os idosos com maior dependência para ati-vidades básicas de vida diária apresentaram maior percentual de cuidador (p=0,018). Tanto os idosos in-dependentes quanto aqueles com maior dependência nas atividades básicas apresentaram percentual

ele-vado de dor, com duração igual ou superior a seis me-ses (p=0,021), sendo que estes indivíduos apresenta-ram dependência, principalmente, para tomar banho.

O nível de dependência para atividades

instru-mentais não teve relação estatisticamente significati

-va com as -variáveis sociodemográficas, uso de medi

-camentos, realização de atividade física e presença de

dor.

A Tabela 2 mostra que os pacientes com depen-dência total para atividades instrumentais de vida diá-ria apresentaram maiores percentuais em relação à presença de cuidador. Os indivíduos com dependência parcial apresentaram maiores percentuais de dislipi-demia e doenças do aparelho urinário, com associação

estatisticamente significante.

Tabela 2 –Associação entre atividades instrumentais de vida diária e presença de cuidador, dislipidemia e doenças do aparelho urinário (n=101)

Variáveis

Atividades Instrumentais de Vida Diária

p

Dependên-cia total n (%)

Dependência parcial

n (%)

Total n (%)

Presença de cuidador

Sim 58 (64,4) 2 (18,2) 60 (59,4) 0,006*

Não 32 (35,6) 9 (81,8) 41 (40,6)

Dislipidemia

Não 72 (80) 4 (36,4) 76 (75,2) 0,004†

Sim 18 (20) 7 (64,6) 25 (24,8)

Doenças do aparelho urinário

Não 89 (98,9) 9 (81,8) 98 (97,0) 0,031†

Sim 1 (1,1) 2 (18,2) 3 (3,0) *Teste Qui-Quadrado; †Teste de Fisher-Freeman-Halton

Constatou-se associação estatisticamente

sig-nificante entre o risco de queda e a idade, presença de

(5)

Tabela 3 –Variáveis associadas ao Risco de Quedas (n=101)

Variáveis

Risco de Quedas

Total

n (%) p

Alto n (%)

Baixo n (%)

Idade (anos)

Média (DP) 77 (9,3) 71 (8,4) 75 (9,4) 0,003* Hipertensão Arterial Sistêmica

Não 14 (21,5) 17 (47,2) 31 (30,7) 0,007†

Sim 51 (78,5) 19 (52,8) 70 (69,3) Demência

Não 48 (73,8) 34 (94,4) 82 (81,2) 0,011†

Sim 17 (26,2) 2 (5,6) 19 (18,8) História de queda no último ano

Sim 28 (43,1) 8 (22,2) 36 (35,6) 0,036†

Não 37 (56,9) 28 (77,8) 65 (64,4) *Análise de Variância; †Teste Qui-Quadrado

Discussão

A limitação do estudo deve-se ao fato de ter sido realizado em um único hospital, pertencente ao sistema público de saúde brasileiro, o que pode não representar outras realidades, além de tamanho da amostra relativamente pequeno.

Algumas características da amostra deste es-tudo, como idade, maioria de mulheres, aposentadas, com baixa escolaridade e necessidade de cuidador são resultados semelhantes aos encontrados em outros estudos(6-7). A faixa etária encontrada está de acordo

com a transição demográfica observada no Brasil,

além disso, tem se observado maior longevidade para o gênero feminino(6), o que pode aumentar a suscepti-bilidade a fatores sociais envolvidos na promoção da saúde nesta população.

As principais comorbidades observadas nos pacientes desta pesquisa foram hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e doenças do aparelho respiratório. Semelhante ao observado em estudo que avaliou declínio funcional em idosos após atendimen-to no serviço de emergência(8). Estas patologias estão mais prevalentes nestes indivíduos, possivelmente de-vido ao aumento da expectativa de vida da população,

permitiu amplificar a presença das doenças crônicas

não transmissíveis.

As medicações mais utilizadas foram anti-hi-pertensivos, antiulcerosos e analgésicos. Com relação às medicações, trabalho realizado em unidade básica

de saúde, verificou que os medicamentos mais utili

-zados pelos idosos foram os que atuam no aparelho cardiovascular, no sistema musculoesquelético e no aparelho digestivo, dados semelhantes aos da presen-te pesquisa(9). É oportuno salientar que a ocorrência de doenças cardiovasculares aumenta com o avanço da idade e pode elevar o consumo de medicações.

Os níveis de dependência para atividades de vida diária e instrumentais não tiveram relação

esta-tisticamente significativa com o risco de queda nes -ta população. Na literatura, não há consenso sobre a associação entre a capacidade funcional e o risco de queda(10-11). A relação entre quedas e incapacidade funcional pode estar sujeita ao viés de causa e efei-to, sendo que as quedas em idosos podem ter como consequência a incapacidade funcional, assim como

limitações funcionais podem dificultar a realização de

atividades e aumentar o risco de queda(11). O compro-metimento da capacidade funcional dos indivíduos com mais de 60 anos afeta diretamente a qualidade de vida, além de atingir, simultaneamente, a família, a comunidade e o sistema de saúde em que está

inse-rido. Observa-se que quanto maior a dificuldade em

realizar as atividades básicas de vida diária, mais de-pendente é este idoso(12).

(6)

es-A presença de dor limita a autonomia do ido-so, outro evento que interfere negativamente na fun-cionalidade, independência e qualidade de vida(13). A maior parte dos entrevistados referiu dor há mais de seis meses, principalmente em membros inferiores e coluna. A dor crônica foi igualmente relatada pela maioria dos idosos em estudo nacional(14).

As atividades de vida diária, tanto as instru-mentais quanto as básicas, podem ser afetadas devido à presença de dor. Neste estudo, os indivíduos, com dor superior a seis meses, apresentaram dependência, principalmente para tomar banho. Em outra pesquisa

que verificou a incidência de dor crônica em idosos,

descreveu que a dor crônica também esteve presen-te na vida dos idosos avaliados, afetando, de alguma forma, a realização das atividades básicas de vida diá-ria(15). Isto destaca o quanto a dor é limitante para a funcionalidade do idoso, prejudicando autonomia e

bem-estar. Portanto, o profissional de saúde precisa

estar atento quanto à avaliação e orientação adequa-das dessas condições.

Os indivíduos com dependência parcial para atividades instrumentais nesta pesquisa apresenta-ram maiores percentuais de dislipidemia e doenças do aparelho urinário. Em um trabalho realizado em instituição de longa permanência, foi visto que idosos com maior dependência para realizar atividades bá-sicas também apresentavam incontinência urinária,

tal fato se deve, também, possivelmente, a dificuldade

em alcançar o local desejado em tempo hábil e não so-mente por serem incontinentes de fato(15). Além dis-so, a incontinência urinária é considerada preditor de quedas na população idosa, que pode estar relaciona-da à maior frequência de irelaciona-das ao banheiro para urinar, aumentando, assim, o risco de cair(12,16).

Os entrevistados com alto risco de queda apre-sentaram maior idade, maiores percentuais de de-mência, de hipertensão arterial sistêmica e queda no último ano. Estes resultados corroboram com os de outro estudo brasileiro, realizado em três hospitais de grande porte, em que os idosos, com maior

proba-de serem portadores proba-de hipertensão e apresentarem

déficit cognitivo(17).

Idosos dependentes apresentaram maiores percentuais de necessidade de ter cuidador e demên-cia. Estudo concluiu que apoiar os cuidadores pode contribuir para o gerenciamento da sobrecarga destes indivíduos, frequentemente familiares, além de me-lhorar a qualidade do cuidado e da saúde de ambos(18). Portanto, a utilização de instrumentos adequa-dos pode auxiliar a equipe de enfermagem e multidis-ciplinar a adequar os recursos e cuidados nas

unida-des hospitalares que recebem este perfil de paciente.

Logo, aponta-se a importância da discussão a respeito de eventos incapacitantes nesta população idosa, que vem crescendo exponencialmente, já que este tipo de acontecimento contribui, muitas vezes, para sua per-da funcional, como a ocorrência de queper-das, o que acar-reta restrição de atividades, aumento da dependência, declínio na saúde e aumenta o risco de institucionali-zação(19).

A independência e a autonomia, pelo maior tempo possível, são metas a serem alcançadas na atenção à saúde aos idosos(19). A identificação da ca -pacidade funcional e sua associação com o risco de

quedas pode oferecer subsídios para profissionais e

gestores que atuam junto a esta população, de modo a proporcionar a criação de estratégias de prevenção e controle dos fatores de risco, promovendo envelhe-cimento saudável.

Conclusão

Não houve associação entre a capacidade funcional, avaliada pelas Escalas de Katz e Lawton/ Brody, com o risco de queda, analisado pela Escala de Downton.

Colaborações

(7)

MFP contribuíram com a concepção do projeto, análi-se e interpretação dos dados, redação do artigo e revi-são crítica relevante do conteúdo intelectual.

Referências

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Tabela 2 – Associação entre atividades instrumentais  de vida diária e presença de cuidador, dislipidemia e  doenças do aparelho urinário (n=101)
Tabela 3 –  Variáveis associadas ao Risco de Quedas  (n=101) Variáveis Risco de Quedas Total  n (%) pAlto  n (%) Baixo n (%) Idade (anos) Média (DP) 77 (9,3) 71 (8,4) 75 (9,4) 0,003*

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