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J. Bras. Nefrol. vol.32 suppl.1

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Academic year: 2018

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As VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial foram construídas pelo esforço conjunto de mais de 100 especialistas na área de hipertensão arterial representando a par-ceria das Sociedades Brasileiras de Nefrologia, Cardiologia e Hipertensão Arterial. Dentre eles, havia também representantes de dez outras Sociedades que colaboraram em temas específicos, tendo em vista as peculiaridades da hipertensão, que se constitui em ótimo exemplo de problema de saúde pública interdisciplinar e multiprofissional, exigindo uma abordagem em equipe para que seu controle seja exitoso.

Dos nove grupos constituídos em divisão equitativa, três foram coordenados por re-presentantes do Departamento de Hipertensão da SBN, sendo que os demais membros participaram construtivamente na fase via web, onde houve grande interatividade no in-terior de cada grupo durante dois meses de intenso trabalho.

O coordenador das Diretrizes, Prof. Dr. Fernando Nobre, soube com maestria condu-zir a produção deste documento final, após a sessão plenária em que 40 dos 100 pesqui-sadores revisaram cada capítulo presencialmente.

Cabe ressaltar que não houve patrocínio financeiro externo antes da conclusão deste documento e todos os envolvidos foram movidos pelo interesse de proporcionar aos pro-fissionais de saúde a oportunidade de atualização e de difusão dos conhecimentos com base nas melhores evidências científicas disponíveis.

O fruto deste trabalho está sendo entregue aos colegas nefrologistas com enorme sa-tisfação. É produto desta gestão da SBN, em especial do Departamento de Hipertensão, que conseguiu uma aproximação mutuamente benéfica com as outras Sociedades que enxergam, assim como nós, a hipertensão como área de suas atuações.

É também a oportunidade de agradecer por todo apoio que recebemos. Uma boa leitura a todos!

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Saudações da Sociedade Brasileira de Nefrologia

O enfoque médico atual é fortemente direcionado ao diagnóstico e às consequências das doenças. Pesquisa-se ativamente visando o desenvolvimento de novas drogas para tratamento e novas formas de diagnóstico. Pouca atenção é relativamente direcionada às causas das doenças e menor atenção ainda é dispensada às causas primárias das principais enfermidades que assolam a nossa população.

Por exemplo, doença renal crônica é altamente prevalente no mundo ocidental, e pro-voca grandes alterações na qualidade de vida e sobrevida dos indivíduos afetados, ao mesmo tempo em que exige dispêndio de significativos recursos econômicos para o seu tratamento. Hipertensão arterial e diabetes mellitus são as principais causas de doença renal crônica no Brasil e no mundo. Assim, quando falamos sobre doença renal crônica colocamos grande ênfase nas suas principais causas, mas pouca atenção é dispensada aos motivos que fizeram com que o indivíduo desenvolvesse hipertensão ou diabetes.

Hipertensão é patologia fortemente associada a hábitos e estilo de vida. Infelizmente, os caminhos mais óbvios para abordá-la são frequentemente subvalorizados. O que co-memos, como nos exercitamos fisicamente, qual é a interação emocional com a família, os amigos, os colegas? O uso exagerado de sal, açúcar branco, refrigerantes, excessos alimentares, abuso na ingestão de bebidas alcoólicas e tabagismo são extremamente fre-quentes no nosso meio. Sem abandonar os aspectos relacionados ao tratamento das con-sequências das doenças, devemos estimular fortemente o enfoque direcionado à saúde, que está um passo adiante em relação à prevenção e tratamento. Em outras palavras, sem perder de vista prevenção e tratamento, devemos, antes de mais nada, estimular a saúde. Isto é particularmente verdadeiro para as doenças crônicas que assolam a nossa popula-ção, sendo a hipertensão uma das mais importantes delas. Parte significativa desta diretriz aborda o tratamento não farmacológico da hipertensão, que é orientado exatamente por esta filosofia de promoção à saúde.

A orientação para estilo de vida saudável deve fazer parte e ser valorizada na con-sulta médica, independente da especialidade do profissional médico que está atuando. Recomendações simples e diretas em relação ao consumo de sal e açúcar livre, equilíbrio nutricional, consumo de fumo e álcool, exercício físico, saúde mental e espiritualidade tem o poder de melhorar radicalmente a qualidade de vida dos indivíduos e potencialmen-te diminuir a prevalência destas doenças crônicas na nossa população. Cabe a nós fazer com que isto aconteça.

Referências

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