Análise e Compreensão de Textos.
1. Análise textual
A primeira leitura que fazemos, mais rápida, apenas para identificar aspectos do texto,
denomina-se análise textual. É uma leitura superficial, que não tem como preocupação, ainda,
captar a compreensão de todo o texto. Ela busca antecipar e resolver problemas que possam
interferir na compreensão preliminar do texto – principalmente problemas relacionados ao idioma.
Análise interpretativa
A análise interpretativa é uma leitura bem mais profunda do texto do que as anteriores.
Em geral, ela é utilizada, principalmente, quando necessitamos conhecer mais profundamente um
determinado conteúdo e/ou quando precisamos elaborar um texto nosso acerca de um
determinado conteúdo.
2. TEXTO JORNALÍSTICO
O TEXTO jornalístico é aquele utilizado nos meios de comunicação escritos. Os textos
jornalísticos se caracterizam fundamentalmente por relatar notícias ou acontecimentos atuais ou
por manifestarem uma opinião sobre tais fatos. Exemplos comuns deste tipo de texto são
crônicas jornalísticas, artigos puramente informativos, artigos de opinião de colunistas, etc.
Cabe mencionar que os textos jornalísticos têm ganhado grande importância e difusão
graças à internet. Isso tem possibilitado, inclusive, a difusão massiva de informação por meio das
redes.
Microsoft lança seu primeiro notebook, o Surface Book.
Surface Book: gadget é o primeiro desenvolvido pela Microsoft
Nova York - A Microsoft lançou nesta terça-feira o Surface Book, o primeiro computador portátil fabricado pela empresa, e classificado como "o mais fino e mais poderoso notebook já
criado".
O Surface Book, com uma bateria de 12 horas, estará em pré-venda a partir de amanhã,
com o preço inicial de US$ 1.499 nos Estados Unidos. O novo modelo chega ao mercado no dia
O vice-presidente da divisão do Surface, Panos Panay, chamou o
primeironotebook lançado pela Microsoft de "computador definitivo". Ele possui uma tela de 13,5 polegadas e 6 milhões de pixels, que pode ser retirada ou dobrada sobre a estrutura principal
para funcionar como um tablet.
Apesar de a Microsoft, que nasceu em 1975 como fabricante de softwares, ter lançado
nos últimos anos vários tablets e smartphones, essa é a primeira vez que apresenta um
notebook.
Segundo Panay, o Surface Book é duas vezes mais rápido que o MacBook Pro,
produzido pela rival Apple.
"O teclado é perfeito, silencioso e é muito poderoso" destacou Panay, diretor da
Microsoft, companhia fundada por Bill Gates e Paul Allen, com sede em Redmond, no estado de
Washington.
Panay afirmou que a Microsoft estava há anos pensando em fabricar seu primeiro
notebook. A máquina virá equipada com um processador Intel Core i5 ou i7 da nova geração
Skylake, até 16GB de memória RAM, duas entradas USB e outra para cartões SD, além de um
chip gráfico Nvidia GeForce.
3. TEXTO TÉCNICO
O texto técnica faz referência aos escritos próprios de uma determinada ciência ou
disciplina. Os textos desse tipo de redação se caracterizam por possuírem uma linguagem e
estrutura de redação exclusiva do âmbito científico ao qual pertencem.
Na maioria dos casos, é difícil que uma pessoa que não tenha o mínimo de experiência
ou conhecimento algum da ciência ou âmbito a que pertence o documento possa entender
totalmente este texto. Por exemplo, uma composição jurídica redigida por um juiz ou advogado
estará escrita na linguagem técnica do direito. Outros exemplos de redações técnicas: informes
4. TEXTO CIENTÍFICO
É o nome dado para a produção textual cujo objetivo principal é transmitir ideias ou
resultados de um estudo, trabalho ou pesquisa de cunho científico.
(Nano) tecnologia: artefatos (nano)tecnológicos e/ou as redes sociotécnicas
que os constituem?
Com base nos estudos Ciência-Tecnologia-Sociedade cabe primeiramente discutir o
conceito de tecnologia para tornar clara a perspectiva sob a qual nos referimos à nanotecnologia,
termo geralmente bastante comprometido com uma percepção artefatual de tecnologia. Um novo
artefato/produto tecnológico ou nanotecnológico é fruto de uma rede formada por muitos atores e
grupos relevantes que o constitui enquanto tal. Nesse sentido, sob os referenciais dos estudos
CTS, o artefato tecnológico (por exemplo, o nanoartefato) e a rede sociotécnica constituem o que
se entende por (nano)tecnologia.
A nanotecnologia vem sendo desenvolvida especialmente desde a década de 1980,
tendo sido viabilizada pelo desenvolvimento de microscópios eletrônicos especiais que
possibilitam a visualização do mundo nanoscópico, 6 embora não seja tão nova. O
desenvolvimento de artefatos “nano” está sob constante debate de cientistas e engenheiros, cujas
socioeconômico. Para acompanhar as decisões e controvérsias relacionadas à nanociência e
nanotecnologia seria necessário estudar as atividades dos grupos de cientistas e engenheiros
que teorizam na fronteira da nanociência e nanotecnologia, o “núcleo central” ou core-set (Collins;
Evans, 2002), pois na divulgação científica em jornais de ampla circulação as informações sobre
os processos de pesquisa desenvolvidos pelo núcleo central são condensadas e bem menos
extensas em detalhes. Ainda assim, os textos de divulgação científica remetem a alguns
posicionamentos e narrativas dos grupos envolvidos na pesquisa e a imagens desenvolvidas em
laboratório de pesquisa ou representações produzidas especificamente para a divulgação.
Os conteúdos abordados pela Folha de S. Paulo a respeito de nanotecnologia enfocam
substancialmente, embora não exclusivamente, a construção de artefatos tecnológicos que
empregam conhecimentos de escala nanométrica e as promessas associadas aos mesmos
produtos: nanorrobôs, super-DVDs, supermicroscópios, pomada inteligente, novos materiais que
podem servir para criar novos mecanismos etc.. Percebe-se que a descrição física de objetos
materiais esquece, silencia ou relega ao segundo plano a rede sociotécnica que os constitui,
muito embora em alguns casos isso apareça implícito nas matérias. A descrição dos processos
técnicos de pesquisa de nanoprodutos que se realiza com recursos inerentes ao gênero de
popularização da ciência e tecnologia, apresenta a nanotecnologia com uma aparente
neutralidade, o que pode estar relacionado com a finalidade mais imediata de informar o público
sobre as pesquisas em andamento. Se a atividade de divulgação não é neutra, os autores das
matérias veiculadas pelo jornal constituem-se como atores responsáveis pela tradução de certos
interesses, desejos, ideias, opiniões e reflexões aos leitores do jornal, definindo a informação a
ser transmitida ao grupo dos leitores ao mesmo tempo em que definem as estratégias do próprio
trabalho; definindo o tom das opiniões a serem formadas ao mesmo tempo em que definem seu
próprio posicionamento, frequentemente já normatizado.
Cabe destacar que numa perspectiva dialógica5 de divulgação da ciência e tecnologia, o
leitor é influenciado pelo jornalismo, aprendendo conhecimentos e valores transmitidos, mas
também pode não se ajustar à “tradução”6 , ressignificando as informações com base em
“traduções competidoras”. Nesse sentido é importante estudar as condições sociais em que se
produz a nanotecnologia, de que forma essas condições a modelam e, na outra via, de que modo
essa tecnologia influencia a sociedade (Lewenstein, 2005). Os textos de jornais não explicitam a
totalidade dessas condições, mas são parte das condições em que se modelam visões do público
Nanomáquina
O modo de abordagem da imagem
da nanomáquina apresentada no diagrama da
matéria de Mioto (2010), conforme ilustração
ao lado, se aproxima do terceiro período
constatado por Lösch (2006), em relação às
imagens de nanorrobôs que localizou em
jornais e revistas germânicos. O autor
denominou o terceiro período de “ficção”,
caracterizado pelo destaque, no discurso
científico, à metáfora dos nanorrobôs como
inovação radical a ser explorada na medicina
em um futuro ainda distante, e pela ênfase na
novidade pelo discurso da mídia,
posicionando a nanomáquina nos estudos da
manufatura molecular. Os objetos
representados são, ao mesmo tempo,
familiares e estranhos: o nanorrobô, a ser
lançado um dia no corpo humano para
detectar e tratar doenças (novidade) se
parece com uma aranha (animal familiar). Em
certa medida, a representação do nanorrobô andante revela práticas lúdicas na pesquisa em
nanotecnologia, sendo exemplos de como a pesquisa científica mobiliza imagens especulativas
em relação ao futuro. O próprio Feynman teria indicado em 1959, ao se dirigir a membros da
American Physical Society, que seria possível construir máquinas moleculares semelhantes a
veículos (“nanocars”). A razão para isso? Poderia ser para entretenimento8 (Milburn, 2011).
Observa-se ainda, no próprio diagrama e no texto, o uso de metáforas para construir significações
sobre o conteúdo novo apresentado, conforme grifos na explicação: o nanorrobô, que parece com
uma aranha, anda apenas em pista linear que parece uma cama de pregos, conectando-se aos
pregos que encontra pelo caminho com as suas pernas. Em suma, podemos imaginar uma
aranha andando em uma pista. Nesse caso, interpretando o texto com base em Lakoff e Johnson
(2007) e Zamponi (2009), na metáfora “o robô parece uma aranha”, temos como domínio-alvo o
robô e domínio-fonte, a aranha. Em torno desses domínios encontramos um conjunto de
expressões metafóricas relacionadas, como a relação entre a estrutura de DNA e a pista (que