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PREVENÇÃO DE INFECÇÃO PRIMÁRIA DE CORRENTE SANGUÍNEA | IPCS

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Academic year: 2023

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MANUAIS ISGH

PREVENÇÃO DE INFECÇÃO PRIMÁRIA DE CORRENTE SANGUÍNEA | IPCS

| E L A B O R A Ç Ã O |

Braulio Matias de Carvalho – Medico Infectologista – Consultor Técnico CCIH – ISGH

Gylmara Bezerra de Menezes Silveira – Coordenadora de Enfermagem do Centro Cirúrgico - HRC José Maurício Pereira Lopes – Médico Infectologista- Coordenador CCIH - HRC

Josaína Dias Chaves – Enfermeira da UTI- HRC

Marcos Aurélio Jeremias Leite – Coordenador Médico do Centro Cirúrgico - HRC Meton Soares de Alencar – Coordenador Médico da UTI - HRC

Nárya Maria Gonçalves de Brito – Coordenadora de Enfermagem da UTI- HRC Pablo Pita – Médico Infectologista – SCIH - HRC

Raimundo Simeão da Silva Neto | Consultor Técnico DITEC - ISGH Selma Furtado Magalhães – Gerente de Risco – DITEC – ISGH Tatiane Câmara de Morais – Enfermeira SCIH- HRC

Vivian Souza Cavalcante – Enfermeira do SCIH- HRC

| VALIDAÇÃO |

Flávio Clemente Deulefeu | Diretor Técnico – ISGH

| FORMATAÇÃO |

Comunicação Visual ISGH

| DATA |

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MANUAIS ISGH

PREVENÇÃO DE INFECÇÃO PRIMÁRIA DE CORRENTE SANGUÍNEA | IPCS

| SUMÁRIO |

1. Recomendações a Serem Seguidas antes do Uso de Cateter Venoso Central ...

4

2. Recomendações a Serem Seguidas durante a Inserção de Cateter Venoso Central (CVC)...

5

3. Recomendações a Serem Seguidas após a Inserção de Cateter Venoso Central (CVC)...

6

4. Infraestrutura para Prevenção...

8

5. Vigilância de Processo...

8

6. Educação Permanente e Treinamento...

8

7. Estratégias Especiais para Prevenção de IPCS...

8

8. Recomendações Gerais...

9

9. Referências Bibliográficas...

9

10. Anexos...

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MANUAIS ISGH

PREVENÇÃO DE INFECÇÃO PRIMÁRIA DE CORRENTE SANGUÍNEA | IPCS

“CATETERES PERIFÉRICOS TAMBÉM CAUSAM IPCS”

| 1. RECOMENDAÇÕES A SEREM SEGUIDAS ANTES DO USO DE CATETER VENOSO CENTRAL|

1.1. Inserir cateteres somente para INDICAÇÕES APROPRIADAS e mantê-los somente pelo tempo necessário.

1.2. Considere se seu paciente apresenta qualquer um dos principais fatores associados com maior risco de IPCS:

a. Hospitalização prolongada antes da passagem do cateter;

b. Tempo de uso prolongado de cateteres;

c. Colonização microbiana intensa no sítio de inserção;

d. Cateterização jugular interna;

INDICAÇÕES PARA USO DO CATETER VENOSO CENTRAL:

1. Uso no período perioperatório para procedimentos selecionados;

2. Necessidade de monitorização hemodinâmica;

3. Instabilidade hemodinâmica que necessitem de administração rápida de drogas, expansores de volume e hemoderivados;

4.

Necessidade de infusões contínuas e/ou hipertônicas e/ou irritantes e/ou incompatíveis

entre si;

5. Nutrição parenteral;

6. Pacientes sem reais condições de acesso venoso periférico.

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g. Prematuridade;

h. Reduzida razão enfermeiro/paciente em UTI;

i. Nutrição parenteral total;

j. Excessiva manipulação do cateter;

k. Transfusão de derivados sanguíneos (em crianças).

1.3. Designar apenas pessoal qualificado e que demonstre competência para a inserção e manutenção de cateteres periféricos e centrais.

4. Evitar o uso e reduzir a duração de uso de cateteres;

| 2. RECOMENDAÇÕES A SEREM SEGUIDAS DURANTE A INSERÇÃO DE CATETER VENOSO CENTRAL (CVC) |:

2.1. Utilizar o checklist para garantir a adesão às guias de prevenção da Infecção de Corrente Sanguínea(ICS) relacionadas à CVC no momento da inserção de qualquer CVC :

a. Utilizar um checklist e documentar a resposta ao uso de uma técnica asséptica;

b. A inserção de um CVC deve ser observada por uma enfermeira, médico ou outra pessoa de atendimento à saúde para garantir que esta seja respeitada. Estes profissionais devem ter o poder de suspender o procedimento se a técnica for rompida.

2.2. Higienização das mãos:

• Higienizar as mãos antes da inserção ou manipulação do cateter com produtos à base de álcool, a 70%, ou antisséptico e água;

• O uso de luvas não elimina a necessidade de se lavar as mãos.

2.3. Use um “kit” que contenha todos os componentes necessários para a inserção asséptica de CVC. Deve haver disponibilidade do “kit” em todas as unidades que insiram CVC.

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PREVENÇÃO DE INFECÇÃO PRIMÁRIA DE CORRENTE SANGUÍNEA | IPCS

• PRECAUÇÃO MÁXIMA DE BARREIRAS:

Precaução máxima de barreiras significa adesão estrita, por parte tanto do responsável pela inserção, quanto do seu assistente, às recomendações de higienização de mãos, utilização de gorros, aventais estéreis e luvas estéreis.

O gorro deve cobrir completamente o cabelo e a máscara deve estar bem ajustada sob o nariz e boca, também os cobrindo completamente. Do ponto de vista do paciente, a aplicação de precaução máxima de barreiras significa cobri-lo da cabeça aos pés com campo estéril, deixando apenas uma pequena abertura no local de inserção.

2.4. Antissepsia com solução antisséptica à base de clorexidina:

• Antes da inserção do cateter, fazer uma limpeza do lugar de inserção com solução de clorexidina alcoólica que contenha uma concentração de gluconato de clorexidina superior a 0.5%;

• Deve-se deixar secar a solução antisséptica antes de realizar a punção (2 minutos);

• Para crianças menores de dois meses, utilizar soluções à base de iodo-povidona.

2.5. Use um CVC com o número mínimo de portas ou lúmens essenciais para o manejo do paciente.

2.6. Escolha de sítio de inserção adequado, com preferência para as veias subclávias.

2.7. A utilização da veia subclávia está associada a menor risco de ICS-CVC que o uso da jugular interna.

2.8. Evitar a utilização da veia femoral para acesso venoso central em pacientes adultos.

| 3. RECOMENDAÇÕES A SEREM SEGUIDAS APÓS A INSERÇÃO DE CATETER VENOSO CENTRAL (CVC) |:

3.1. Avaliação diária durante a evolução médica e de enfermagem:

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a. Qual foi a indicação para o uso do CVC no paciente?

b. Esta indicação ainda está presente? Se a resposta for NÃO, PERGUNTE-SE:

c. Há alguma outra indicação para o uso do CVC? Se a resposta for NÃO, RETIRE O CVC;

• Registrar no prontuário a reavaliação diária;

• Tornar esta reavaliação parte da visita multidisciplinar e do plano terapêutico;

• O cateter deve ser inspecionado diariamente quanto à presença de sinais flogísticostais como hiperemia, exsudato, suspeita ou confirmação de IPCS com ou sem instabilidade hemodinâmica.

3.2. Desinfetar as conexões do cateter, os conectores de agulhas e os portos de injeção antes do acesso ao cateter.

• Antes de acessar as conexões do cateter ou aos pontos de injeção, estes devem ser limpos com um preparado de clorexidina alcoólica ou com álcool a 70% para reduzir a contaminação;

• Aplique fricção mecânica por não menos que 5 segundos para reduzir a contaminação.

3.3. Curativos:

• As condições do curativo devem ser checadas diariamente;

• Use gaze esterilizada, ou curativo esterilizado, transparente, e semipermeável na cobertura do local de cateter;

• Se o paciente for diaforético, ou se o local estiver sangrando ou liberando secreção, um curativo de gaze é preferível ao curativo transparente e semipermeável;

• Substituir o curativo do local de cateter se o curativo tornar-se úmido, solto, ou visivelmente sujo;

• Substituir curativos transparentes a cada 5-7 dias e curativos com gazes diariamente, dependendo das condições de cada paciente;

• Não utilizar pomadas ou cremes antibióticos tópicos em locais de inserção, devido ao seu potencial de promoção de infecções fungais e resistência antimicrobiana.

3.4. Manutenção:

• Toda manipulação deve ser precedida de higiene das mãos e desinfecção das conexões com solução contendo álcool;

• Realizar a limpeza do sítio de inserção com clorexidina alcoólica 0,5% a 2% ou álcool a 70%.

3.5. Troca/remoção

• Não realizar troca pré-programada de dispositivo, ou seja, não substituí-lo exclusivamente em virtude de tempo de sua permanência;

• A princípio, trocas por fio guia deveriam ser realizadas em complicações não infecciosas (ruptura e obstrução).

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| 4. INFRAESTRUTURA PARA PREVENÇÃO |

4.1. Criar e implantar protocolos escritos de uso, inserção e manutenção do cateter;

4.2. A inserção, a manutenção e a remoção do cateter venoso central devem ser realizadas apenas por profissionais capacitados e treinados seguindo protocolos institucionais;

4.3. Assegurar a disponibilidade de materiais para inserção com técnica asséptica.

| 5. VIGILÂNCIA DE PROCESSO |

5.1. Agrupar pacientes ou unidades, conforme o risco, para estabelecer a rotina de monitoramento e vigilância, considerando a frequência do uso de cateteres e os riscos potenciais;

5.2. Utilizar critérios da ANVISA para identificar pacientes com IPCS (ANEXO 1);

5.3. Coletar informações de cateteres-dia (denominador) para pacientes no grupo ou unidades monitoradas;

5.4. Disponibilizar mensalmente para as equipes e a alta direção os relatórios de vigilância epidemiológica, por unidade, contendo as densidades de incidência de IPCS.

| 6. EDUCAÇÃO PERMANENTE E TREINAMENTO |

Treinar a equipe de saúde envolvida na inserção, cuidados e manutenção do CVC com relação à prevenção de IPCS, incluindo procedimentos de inserção, manejo e remoção

.

| 7. ESTRATÉGIAS ESPECIAIS PARA PREVENÇÃO DE IPCS |

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7.1.1. Desenvolver e implantar política de revisão contínua, diária, da necessidade de manutenção do CVC:

a. Revisar a necessidade da manutenção do CVC;

b. Lembretes padrão distribuídos no prontuário escrito ou eletrônico.

7.1.2. Implantar visita diária com médico e enfermeiro revisando a necessidade da manutenção do CVC;

7.2. Estabelecer sistema de análise e divulgação de dados sobre uso do CVC e complicações;

| 8. RECOMENDAÇÕES GERAIS |

1. Não se deve realizar a troca rotineira de CVC, independente do tempo de uso.

2. Para cateter de Swan-Ganz, o tempo de uso não deve exceder 5 dias. Retirar o introdutor no momento da retirada do cateter.

3. Quando a aderência à técnica asséptica não puder ser assegurada (exemplo: quando cateteres são inseridos durante emergência médica), substituir todos os cateteres o mais rápido possível e nunca após 48 horas.

4. Em pacientes com dificuldades de acesso venoso ou com alto risco de complicações, pode-se realizar a troca por fio guia. Nesses casos, enviar a ponta para cultura e, se esta for positiva, trocar o sítio de inserção.

5. Trocar o sítio de inserção de CVC sempre que houver secreção purulenta no local de inserção.

6. É contraindicada a perfuração da bolsa, frasco semirrígido ou rígido (por exemplo, frasco de soro fisiológico), com objetivo de permitir a entrada de ar.

7. As infusões devem ser identificadas com o nome do paciente, número do prontuário, nome da droga, nome do profissional que preparou e instalou a solução, além da data e da hora de preparo. Para administração de fármacos fotossensíveis, o equipo deverá apresentar coloração âmbar.

| 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |

1. CDC, 2011. Guidelines for the Prevention of Intravascular Catheter-RelatedInfections. Disponível em : http://www.

cdc.gov/hicpac/pdf/guidelines/bsi-guidelines-2011.pdf ).

2. ANVISA. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. 2013. Série: Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Brasil.

3. SHEA/IDSA, 2014. Strategies to Prevent Central Line–Associated Bloodstream Infections in Acute Care Hospitals:

2014 Update. Infection Controland Hospital Epidemiology, Vol. 35, No. 7, 753-771, 2014.

4.International Nosocomial Infection Control Consortium (INICC). Bundle to Prevent Central Line Associated Bloodstream Infections(CLAB) in Intensive Care Units (ICU): An International Perspective, 2012.

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PREVENÇÃO DE INFECÇÃO PRIMÁRIA DE CORRENTE SANGUÍNEA | IPCS

ANEXO 1

Critérios para definição de IPCS laboratorial

Critérios para definição de IPCS clínicos

| 10. ANEXOS |

Referências

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