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Empreendedorismo: um caminho inovador na enfermagem

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Academic year: 2023

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FACULDADE METROPOLITANA DE ANÁPOLIS CURSO DE ENFERMAGEM

ELLEN LEMES DE CAMPOS

SARA VIRGÍNIA FERREIRA DE ARAÚJO

EMPREENDEDORISMO: UM CAMINHO INOVADOR NA ENFERMAGEM

Anápolis, GO 2022

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ELLEN LEMES DE CAMPOS

SARA VIRGÍNIA FERREIRA DE ARAÚJO

EMPREENDEDORISMO: UM CAMINHO INOVADOR NA ENFERMAGEM

Projeto apresentado como requisito básico para aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II, orientado pelo (a) prof.

(a) Esp. Ana Laura G. Alcântara.

Anápolis, GO 2022

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SUMÁRIO RESUMO

ABSTRACT

1. INTRODUÇÃO ... 4

2. OBJETIVOS ... 6

2.1. OBJETIVO GERAL ... 6

2.2. OBJETIVO ESPECÍFICO ... 6

3. REVISÃO DA LITERATURA ... 7

3.1. ENFERMAGEM NA HISTÓRIA ... 7

3.2. EMPREENDEDORISMO ... 8

3.3. A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO EMPREENDEDORISMO ... 9

4. METODOLOGIA ... 11

4.1 TIPO DE ESTUDO ... 11

4.2 COLETA DE DADOS ... 11

4.3 ANÁLISE DOS DADOS ... 11

5 RESULTADOS ... 14

5.1 APRESENTAÇÃO DE DADOS ...14

6 DISCUSSÃO ... 21

6.1 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO EMPPREENDEDOR...15

6.2 OS DESAFIOS ENCONTRADOS PELO ENFERMEIRO EMPREENDEDOR NO MERCADO DE TRABALHO ...17

6.3 OS FATORES QUE IMPULSIONARAM OS ENFERMEIROS PELA BUSCA AO EMPREENDEDORISMO ...19

7 CONCLUSÃO...21

REFERÊNCIAS...22

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RESUMO

O ramo empreendedor apresentou-se bastante procurado, tornando-se uma possível solução para o mercado de trabalho que está em crise. Define-se o empreendedorismo como nova geração de resultados positivos, criado com propósitos de inovação e de idealização de sucesso.

O empreendedorismo tem um papel extremamente importante para o desenvolvimento econômico de uma sociedade e em toda a história pode-se identificar a atuação empreendedora de grandes nomes da enfermagem e atualmente, a prática de empreender na profissão de enfermagem pode ser identificada como uma oportunidade. Muitas das características do empreendedor podem ser encontradas em um profissional de enfermagem qualificado, assim, levanta-se o seguinte questionamento: quais as dificuldades o profissional enfermeiro encontra quando decide empreender? Este estudo possui abordagem integrativa e método de pesquisa bibliográfica. A atuação do enfermeiro empreendedor é ampla, atingindo os mais variados tipos de assistência à saúde. E o que mais se destacou foi a atuação do enfermeiro empreendedor, os desafios encontrados pelo enfermeiro empreendedor no mercado de trabalho e os fatores que impulsionaram os enfermeiros pela busca ao empreendedorismo. As diversas crenças limitantes e dificuldades encontradas podem ser um dificultador na criação, manutenção e sucesso de um empreendimento.

Palavras-chave: Enfermagem, Empreendedorismo, Assistência à Saúde.

ABSTRACT

The entrepreneurial branch was highly sought after, becoming a possible solution for the labor market that is in crisis. Entrepreneurship is defined as a new generation of positive results, created with the purpose of innovation and idealization of success. Entrepreneurship has an extremely important role for the economic development of a society and throughout history one can identify the entrepreneurial activity of big names in nursing and currently, the practice of undertaking in the nursing profession can be identified as an opportunity. Many of the entrepreneur's characteristics can be found in a qualified nursing professional, thus, the following question arises: what difficulties does the professional nurse encounter when he decides to undertake? This study has an integrative approach and a bibliographical research method. The performance of the entrepreneurial nurse is broad, reaching the most varied types of health care. And what stood out the most was the performance of the entrepreneurial nurse, the challenges encountered by entrepreneurial nurses in the job market and the factors that drove nurses to pursue entrepreneurship. The various limiting beliefs and difficulties encountered can be a hindrance to the creation, maintenance and success of an enterprise.

Keywords: Nursing, Entrepreneurship, Health Care

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1. INTRODUÇÃO

O empreendedorismo é uma nova revolução de sucesso, em que se pode dizer que há uma grande oportunidade de criar novos caminhos. O elo que se tem entre a inovação e o empreendedorismo é revelado de forma significativa para os empreendedores, pois é a partir desse quesito torna-se o empreendedorismo um ramo e uma forma de ser sustentável. “O nexo de inovação, empreendedorismo e competitividade representa um verdadeiro desafio para a economia e para o empreendedor não somente na forma de criar um negócio, mais também de torná-lo sustentável” (DE ALENCAR ALVES, et al, 2020 apud HERMAN, 2018).

Devido à crise econômica, pode-se observar que o ramo empreendedor deu um grande salto positivo, pois através da crise houve um grande desenvolvimento de educação financeira, tornando o empreendedorismo um grande ramo de inovação (KRUGER, et al, 2019).

O empreendedorismo surgiu como uma solução para aqueles que se sentem cansados e frustrados com o seu trabalho ao qual são geridos por outros indivíduos. Haja visto que com a crise, aumentou-se o número de desempregados e, com isso, o ramo empreendedor tornou-se bastante procurado, tornando-se uma possível solução para o mercado de trabalho que está em crise, focando na parte econômica, mas, também social (DE ALENCAR ALVES, et al, 2020).

Em toda a história pode-se identificar a atuação empreendedora de grandes nomes da enfermagem como Florence Nightingale, que deu início a atuação baseada em evidências, Anna Nery, cuidando de soldados feridos pela guerra do Paraguai e Wanda Horta, grande teorista brasileira. Nos dias atuais, a prática de empreender na profissão de enfermagem pode ser identificada como uma oportunidade de melhoria de vida e carreira, alcançando visibilidade, respeito e maior retorno financeiro (OLIVEIRA, et al, 2017).

Na profissão de enfermagem, é mister observar que a atuação do profissional de enfermagem é abrangente e vai desde a assistência, prestando os cuidados necessários para a melhora do paciente, até a gerência, trabalhando na gestão de pessoas, resolução de problemas e trabalho em equipe, assim verifica-se que o empreendedorismo na enfermagem pode ser observado de três maneiras diferentes: social, empresarial e intraempreendedorismo (CORDEIRO, et al, 2021).

Segundo a Global Entrepreneurship Monitor (2016) no ano de 2015, a cada 100 brasileiros 21 estavam envolvidos em alguma atividade empreendedora de estágio inicial que é motivada pela necessidade ou oportunidade, mesmo possuindo renda fixa. Na enfermagem, segundo dados da pesquisa Perfil da Enfermagem no Brasil, realizada em 50% dos municípios

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brasileiros, segundo a natureza da atividade 0,3% dos entrevistados declararam empresa de assistência de enfermagem, 1,3% autônomos, 0,8% home care (COFEN, 2014).

Buscando entender a amplitude da atuação do enfermeiro na área do empreendedorismo encontramos a seguinte problemática: quais as dificuldades o profissional enfermeiro encontra quando decide empreender?

Este estudo torna-se relevante para o conhecimento mais aprofundado acerca do empreendedorismo na enfermagem e servirá como subsídio para que os acadêmicos de enfermagem compreendam que a área do empreendedorismo proporciona uma maior flexibilidade no campo da saúde fora de um âmbito hospitalar. Por fim, o estudo será utilizado como fonte de dados para novas pesquisas na área da saúde.

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2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

Conhecer as principais dificuldades que o profissional de enfermagem encontra ao ingressar no caminho do empreendedorismo.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Evidenciar a atuação do enfermeiro empreendedor;

Identificar os desafios encontrados pelo enfermeiro empreendedor no mercado de Trabalho

Identificar os fatores que impulsionaram os enfermeiros pela busca ao empreendedorismo.

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3. REVISÃO DA LITERATURA

3.1. ENFERMAGEM NA HISTÓRIA

A história da enfermagem vem desde a antiguidade, da época das guerras, um exemplo é a grande guerra da Crimeia, onde a prática da enfermagem teve grande destaque pelos seus esforços com os soldados que estavam diante da batalha, menciona-se que Florence foi solicitada para cuidar dos feridos que devido à falta de cuidados, estavam morrendo. Foi durante a guerra que Florence pode identificar a necessidade de se colocar as boas práticas de higiene acima de qualquer burocracia e militarismo existente na época. Durante várias guerras, numerosas enfermeiras se destacaram, principalmente pela ajuda voluntaria e com equidade, de uma forma humanizada (GEOVANINNI, et al, 2019).

Florence foi criada em um nível de alto padrão na sociedade, na sua juventude ela executava trabalhos voluntários voltado principalmente para pessoas carentes e necessitadas.

Mas, não foi somente nessa época que adquirir o seu conhecimento, foi na década de 1856 na Guerra da Criméia que ela colocou os seus dons em práticas, pois a Guerra, era um lugar desamparado (PETRY, et al, 2019).

Toda a história da enfermagem pode ser dividida em período pré e pós Florence, pois foi ela a principal propagadora do que hoje denomina-se enfermagem moderna, seus cuidados prestados baseados na saúde e no ambiente foram essenciais para tornar a enfermagem uma profissão baseada em evidências (BORSON, et al, 2018).

Em épocas passadas as pessoas saiam dos campos em busca de uma nova realidade e perspectiva de vida, buscando um ambiente onde não houvesse tanta desigualdade social, econômica e até mesmo um lugar onde não se tivesse tanta manifestação de doenças consideradas infectocontagiosas, pois era o que matava muitas pessoas (GEOVANINNI, et al, 2019).

No início da estrutura da enfermagem, os profissionais tinham uma visão muito restrita, de forma que seus pacientes eram divididos entre: raça, cor, aqueles que teriam possibilidade de cura e por determinadas doença, tendo a sua forma de trabalho voltada somente para a esfera hospitalar, tendo uma atuação restrita a doença (DUARTE, et al, 2019).

E por muito tempo a atuação da enfermagem esteve invisível e foi desvalorizada por todas as demais, na atualidade, observa-se que há uma grande luta para que ela se torne uma profissão de respeito e digna de valorização (SANTOS, et al, 2022).

A construção de uma atuação baseada em evidências se tornou essencial para a prática da enfermagem na atualidade, porém, não dissociada da arte do cuidar, que torna a prática da

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profissão mais humana, possibilitando uma visão holística de cada indivíduo (LIMA, GUIMARÃES, 2020).

3.2. EMPREENDEDORISMO

O empreendedorismo tem um papel extremamente importante para o desenvolvimento econômico de uma sociedade e vem ganhando cada vez mais destaque, apesar de não haver um consenso sobre o que é, ele pode ser caracterizado como um conjunto de fatores que podem gerar ganhos e produzir melhora para uma sociedade. Aquele que decide empreender é o mesmo que enxerga as mudanças que estão ocorrendo a sua volta e vê nelas uma oportunidade para explorar (BAGGIO; BAGGIO, 2015).

Os pensamentos acerca do empreendedorismo datam desde o século XVIII e são muitas as ciências que contribuem para o desenvolvimento de teorias a cerca dele, a principal já fórmula é a teoria econômica que associa o empreendedor aquele que corre riscos, inova e pode obter sucesso, usando sua intuição e estratégia, gerando assim benefícios econômicos e movimentando o mercado (TOMETICH, 2020).

O Global Entrepreneurship Monitor (2017) busca traçar perfil do empreendedorismo através da atitude, motivação e características daquele que decide empreender, atentando se também as condições sociais, econômicas e políticas, da nação em que o indivíduo se encontra, confirmando como empreendedor qualquer que busca criar um negócio ou mesmo modificar ou expandir um já existente.

A educação financeira que dita o empreendedorismo também rege a questão monetária e social de um país, e com esse levantamento verifica-se que muitas pessoas estão criando estratégias e métodos para a construção de um novo ramo. Atualmente existem muitas formas de se conhecer sobre o empreendedorismo, as pessoas que ingressam nessa área estão buscando todos os tipos de conhecimento fornecidos, visando oportunidades de aperfeiçoamento (SIGNORINI, et al, 2020).

Foram encontradas grandes mudanças na forma em que se busca o conhecimento sobre o empreendedorismo, havendo destaque em conferências e revistas, tendo em vista que a orientação empreendedora tem se tornado de grande relevância para que os níveis de conhecimento e gestão tenham um modelo de inovação (COURA, et al, 2018). O autor descreve

“...as organizações com postura empreendedora apresentam um padrão de comportamento único que perpassa todos os níveis da organização e reflete a estratégia em efetivas práticas de gerenciamento.”

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3.3. A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO EMPREENDEDORISMO

Foi somente em 1973, com a lei 5.905 que dispõe sobre a criação dos Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem que a atuação de enfermagem tornou se regular, obtendo autonomia para coordenar a entrada profissional, fiscalizar, disciplinar, zelar pela profissão e seus profissionais, entre outras funções (COFEN, 1973).

A lei n° 7.498/86 regulamenta o exercício da enfermagem, assegura sua autonomia, estabelecendo quem são os profissionais que a exercem e as atividades que lhes cabem. São designadas as atividades relacionadas ao planejamento e assistência de enfermagem, além das ações privativas do profissional de nível superior como a consulta e prescrição de enfermagem (COFEN, 1986).

A regulamentação quanto a atuação autônoma da enfermagem é estabelecida pela resolução 606/2019, que determina de acordo com as leis e decretos pertencentes a enfermagem a possibilidade de abertura de clínicas e consultórios para a prática legal da enfermagem autônoma (COFEN, 2019a).

A prescrição de alguns medicamentos e solicitação de exames também é regulada pelo COFEN através da resolução n° 195/1997, que considera a necessidade dessa atividade no âmbito dos programas de saúde pública e rotinas institucionais para a efetiva assistência, sem causar danos ao paciente (COFEN, 1997).

A assistência de enfermagem no Brasil também é regulamentada por meio de entidades como o Ministério da Saúde (MS) que é o maior responsável pela criação de diretrizes para o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS), entretanto a profissão ainda sofre com interferências, visto a atuação de outras categorias e interesses de gestões de poder, assim a prática da enfermagem sofre constantemente com disputas jurídicas com outras profissões de saúde (MACHADO, et al, 2020).

A regulamentação quanto a atuação autônoma da enfermagem é estabelecida pela resolução 606/2019, que determina de acordo com as leis e decretos pertencentes a enfermagem a possibilidade de abertura de clínicas e consultórios para a prática legal da enfermagem autônoma (COFEN, 2019b).

A Constituição Federal (1988) estabelece no Artigo 5º, inciso XIII: “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;”. O Código de Ética de Enfermagem no Art.1º estabelece como um dos Direitos:

“Exercer a Enfermagem com liberdade, segurança técnica, científica e ambiental, autonomia, e ser tratado sem discriminação de qualquer natureza, segundo os princípios e pressupostos legais, éticos e dos direitos humanos”, assim como também proibi no Art.63 “Colaborar ou

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acumpliciar-se com pessoas físicas ou jurídicas que desrespeitem a legislação e princípios que disciplinam o exercício profissional de Enfermagem” (COFEN, 2019).

Para a Professora Karoline Oliveira, coordenadora do curso de Enfermagem da Universidade de Fortaleza (Unifor):

O empreendedorismo trata-se de um campo amplo, no qual o enfermeiro pode vir a atuar promovendo saúde à população ou dedicando-se à sua recuperação, com atendimentos em consultórios particulares, no domicílio (home care) e em cooperativas (terceirização de mão-de-obra), consultorias e auditorias como autônomo ou em empresas, atendimento em eventos (dairy care), ensino (proprietário) ou prestação de serviços especializados: clínicas de vacinação, amamentação, esterilização de material médico-hospitalar, transporte de pacientes, aluguel de equipamentos e comercialização de produtos da área hospitalar. Essas são algumas das modalidades que permitem ao enfermeiro uma atuação autônoma e empreendedora. (COFEN, 2018).

Para Copelli (2019), são muitas as situações que podem levar o profissional de enfermagem a entrar para o ramo empresarial, a busca pela realização profissional e financeira, insatisfação, desgaste físico, emocional, necessidade de inovação etc., entretanto também são muitas as dificuldades encontradas quando se decide empreender.

Muitos enfermeiros que decidem empreender podem encontrar como maior barreira a dificuldade financeira, tendo a necessidade de manter seus vínculos empregatícios, além disso, a falta de capacitação empreendedora durante a graduação é outro fator que pode dificultar o empreendedorismo (SILVA, et al, 2022).

O acesso à informação quanto a regulamentação legal de uma empresa também pode ser uma barreira a ser enfrentada pelos enfermeiros, a burocracia e má comunicação dos órgãos competentes, além das legislações de cada Estado e do País podem dificultar a prática empreendedora (CHAGAS, et al, 2018. COPELLI, 2017).

Para Colichi et al (2019) muitas das características do empreendedor podem ser encontradas em um profissional de enfermagem qualificado, responsabilidade, dedicação, liderança, inovação, boa comunicação e resolução de problemas, são essenciais para o ramo empreendedor.

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4. METODOLOGIA

4.1 TIPO DE ESTUDO

Trata-se de um estudo com abordagem integrativa e método de pesquisa bibliográfica, de forma que foi constituído principalmente por textos científicos já existentes como, por exemplo, livros e artigos científicos com exclusividade para as fontes bibliográficas.

Destaca-se que a principal vantagem deste método segundo Mendes (2008) é o fato de que permite ao investigador a cobertura de uma determinada diversidade de fenômenos muito mais ampla do que em outros métodos que pesquisam diretamente a questão. Esta vantagem é ainda mais importante quando o problema que se pretende pesquisar requer dados muito dispersos no espaço.

4.2 COLETA DE DADOS

Para a obtenção dos artigos foram utilizados na elaboração da pesquisa, foi realizado um levantamento bibliográfico por meio dos bancos de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Electronic Library Online – SCIELO. Durante a busca dos artigos o pesquisador utilizou os seguintes descritores: Enfermagem, Empreendedorismo, Assistência à Saúde.

Para este estudo foram utilizados critérios de inclusão que respondessem ao problema de pesquisa e classificação dos artigos a serem discutidos, sendo estes publicados entre o ano de 2011 e 2021, exclusivamente em língua portuguesa.

Os critérios para exclusão foram utilizados para refinar o estudo de forma que foram automaticamente excluídos os artigos publicados em anos anteriores há 2011, que não apresentam temática relevante ao assunto ou ainda que não possua o idioma português.

4.3 ANÁLISE DOS DADOS

Para a análise dos dados foi realizada uma leitura de todo material selecionado, levantando as principais informações para realizar uma análise descritiva da mesma, buscando estabelecer uma compreensão e ampliar o conhecimento sobre o tema em seu referencial teórico.

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Os elementos importantes que foram obtidos a partir do material foram anotados já que, constituem a matéria-prima do trabalho de pesquisa. Embora pudessem ser feitas anotações no próprio texto transcrevendo tudo e realizando também uma organização de ideias. As fichas foram definidas em dois tipos, sendo bibliográficas e de apontamentos.

Sendo assim a análise dos dados foi realizada a partir do que preconiza Mendes (2008) que utiliza basicamente seis etapas para obtenção de resultados para o estudo, sendo eles:

1) Identificação do tema e seleção da hipótese: é processo pelo qual se identificou o problema e que se formulou uma hipótese relevante a saúde e a enfermagem. A escolha de um tema que desperte interesse aos pesquisadores é uma importante chave para a conclusão do mesmo, outro aspecto positivo é a escolha de temas voltadas as práticas profissionais. A formulação do tema e da hipótese foi realizada de forma clara e está vinculada ao raciocínio teórico e inclui as definições apreendidas pelos pesquisadores;

2) Amostragem ou busca na literatura: esta etapa da pesquisa integrativa esta diretamente relacionada a anterior, já que a abrangência do tema escolhido determinará a amostragem do estudo. Após a definição do tema e da hipótese foi iniciada a busca por bases de dados para identificação daqueles estudos que foram incluídos no estudo, contudo foi-se definido limites de estudos que seriam incluídos e excluídos da seleção. Está etapa é apontada como aquela que dá a avaliação crítica e a confiabilidade da revisão integrativa, assim foi conduzida de maneira transparente;

3) Categorização do estudo: etapa que consistiu em definir as informações que seriam extraídas dos estudos selecionados, tendo como principal objetivo a organização e sumarização das informações de maneira precisa. Pode-se ser considerada idêntica a coleta de dados das pesquisas convencionais e geralmente as informações extraídas abrangem a amostra do estudo e os objetivos;

4) Avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa: os estudos incluídos na pesquisa foram analisados detalhadamente, com o objetivo de garantir a validade da revisão. Esta análise foi empregada de forma crítica e sistematizada e procurou explicação para os resultados diferentes e conflitantes dos estudos. Está intimamente ligada a competência do revisor em avaliar os estudos e direcioná-los para a sua questão de estudo;

5) Interpretação dos resultados: Foi a fase de discussão dos resultados encontrados durante toda a busca e avaliação. Sendo realizado comparação com o conhecimento teórico. Ao longo da extensa revisão foi possível verificar fatores que afetam as políticas da assistência de enfermagem. A identificação de falhas dentro deste processo permitiu aos pesquisadores

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apontarem sugestões para futuras pesquisas direcionadas a melhorar a prática da assistência de enfermagem;

6) Síntese do conhecimento: foi incluido na revisão integrativa informações suficientes que permitam o público avaliar os procedimentos empregados durante o processo de elaboração da revisão. Isto se faz, devido a todas as iniciativas que foram tomadas no processo, que influenciaram diretamente nos resultados finais, sendo necessária uma explicação clara de todos os procedimentos que foram adotados ao logo do estudo.

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5 RESULTADOS

5.1 APRESENTAÇÃO DE DADOS

Após a utilização dos descritores nos bancos de dados científicos, obteve-se um total de 155 publicações, posteriormente foram aplicados os critérios de inclusão e exclusão, sendo utilizadas para a construção dos resultados deste estudo um total de 9 publicações, conforme descrito na tabela 1:

Tabela 1: Apresentação dos dados encontrados.

TÍTULO AUTOR OBJETIVO REVISTA ANO

Práticas de enfermagem empreendedoras e

autônomas

Morais, Joice Aparecida.

Haddad, Maria do Carmo Lourenço.

Rossaneis, Mariana Angela.

Silva, Larissa Gutierrez de

Carvalho.

Caracterizar as práticas de enfermagem empreendedoras e

autônomas.

Cogitare

Enfermagem 2013

Características e habilidades dos

enfermeiros empreendedores adquiridas por meio do

aprendizado na formação e na prática

profissional.

Villarinho, Paula Rocha Louzada.

Descrever os aspectos que contribuem para a formação

de visão no Enfermeiro Empreendedor e suas implicações para a prática empreendedora; e analisar as

características e habilidades dos Enfermeiros Empreendedores adquiridas por meio do aprendizado na

formação e na prática profissional.

2016

O empreendedorismo como uma ferramenta para a atuação do enfermeiro.

Valente, Geilsa Soraia Cavalcante;

Silva, Ana Cristina da Paixão;

Valente, Gbriel Luiz Cavalcante.

Identificar os aspectos que indicam que o

enfermeiro é empreendedor.

Analisar as tendencias empreendedoras dos

enfermeiros.

Revista de enfermagem UFPE online

2017

Empreendedorismo na Enfermagem:

revisão integrativa da literatura

Copelli, Fernanda Hannah da Silva.

Erdmann, Alacoque Lorenzini. Santos, José Luís Guedes.

Evidenciar na literatura nacional e internacional o conceito e as tipologias de empreendedorismo na

Enfermagem.

Revista Brasileira de Enfermagem

online

2017

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TÍTULO AUTOR OBJETIVO REVISTA ANO

Empreendedorismo de negócios e Enfermagem: revisão

integrativa

Colichi, Rosana Maria Barreto.

Lima, Stella Godoy Silva.

Bonini, Andrea Bueno

Benito. Lima, Silvana Andrea

Molina.

Identificar o conhecimento produzido sobre o empreendedorismo de

negócios na Enfermagem.

Revista Brasileira de Enfermagem

online

2018

Arte e Ciência do Cuidar: Alteridade,

Estabelecidos e Outsiders na Autonomia do Enfermeiro como

profissional Liberal

Silva, Erika Karanine Bezerra.

Junior, José Nilton Oliveira da Silva.

Neto, Nelson Miguel Galindo.

Costa, Leonardo Silva. Rodrigues, Kleber Fernando.

Alexandre, Ana Carla Silva.

Compreender o processo de construção da autonomia do

enfermeiro como profissional liberal.

Rev. pesqui.

cuid. fundam.

(Online)

2019

Empreendedorismo na enfermagem: uma

necessidade para inovações no cuidado

em saúde e visibilidade profissional.

Santos, José Luiz Guedes; Bolina, Alisson Fernandes

Evidenciar que o empreendedorismo não

é apenas uma competencia importante

para a busca de uma prática autonoma, mas

uma caracteristica a potencialização da prática dos profissionais

de enfermagem.

Revista

COFEN 2020

Práticas Empreendedoras na

Enfermagem:

Potencialidades e Fragilidades

Alexandre, Núbia Aparecida.

Pfaffenbach, Grace.

Realizar uma análise por meio de revisão

da literatura sobre as práticas empreendedoras realizadas por enfermeiros.

2020

O papel da enfermagem no empreendedorismo no

Brasil

Borges, Cleia Sousa. Lima, Karla

Vanessa Morais.

Leite, Cristina Limeira. Junior, Francisco Alves

Lima

Compreender a atuação do enfermeiro na área, além de

que tipos, campos e/ou setores se podem

empreender

Research, Society and Development

2022

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6 DISCUSSÃO

Para a construção da discussão do estudo, foi utilizado o método de categorização de dados, sendo em número de três, conforme descritas a seguir:

6.1 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO EMPREENDEDOR;

A enfermagem, apesar de respeitada como uma profissão, precisa buscar uma abrangência maior que apenas a área assistencial, nota-se que atualmente tem buscado se esse novo campo de trabalho, é de grande valia e notório o tamanho de seu crescimento no ramo empreendedor.

Borges (2022) narra que com todo esse crescimento, ocasionalmente, foi-se identificado várias áreas de empreendedorismo em que o enfermeiro pode atuar, mas, para que isso ocorra, a enfermagem deve investir tanto em um nível social quanto profissional. Com o empreendedorismo é possível garantir uma maior amplitude e uma maior visibilidade da profissão.

Silva (2019) relata que foram aplicados questionários com cinco características que uma pessoa empreendedora precisa ter, sendo eles: “Necessidade de sucesso;

Autonomia/independência; Tendência criativa; Riscos calculados/Moderados; e Impulso/Determinação; e revela que a tendência "Impulso/Determinação" foi a única alcançar o índice acima da média, enquanto as demais tendências ficaram abaixo da média.”

Colichi (2018) nos diz que foram realizadas pesquisas que buscavam avaliar e interpretar o empreendedorismo sobre os negócios da enfermagem em diversos tipos de aspectos. Esses descrevem e discutem vários tipos de empreendedorismo dentro da enfermagem, abrangendo assuntos, dimensões e domínios da vida profissional.

O senso de oportunidade também aparece nos achados sendo uma principal característica de um enfermeiro empreendedor, pois a oportunidade para a enfermagem configura-se como uma busca por novas ações de frente para tal atuação resultando em uma elevação para a sociedade em um modo geral. Mediante tal melhoria teve-se uma grande repercussão em quesito de: desenvolvimento no cuidado, na educação, nos negócios, e em qualquer outro tipo de cenário que é cabível ao enfermeiro.

Colichi (2018) nos relata que para ser um empreendedor de grande valia se deve dar destaque sobre o tema de gestão de negócios, pois abrange determinados pontos específicos, como por exemplo: a avaliação de empreendimentos, erros e diretrizes para o gerenciamento, nos mostrando que este ramo sofre inúmeras alterações, mediante a diversos fatores, como questões de: localização, economia, legislação e cultura sobre ele onde se estabeleceu.

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Em grande parte, os enfermeiros têm a opção em fazer suas atividades privativas, ou não privativas, sendo essas atividades voltadas para a área da saúde e necessidades da comunidade de um modo geral, tendo interesses pessoais, econômicos e empresariais, lhe permitindo um crescimento, valorização e autonomia profissional, sendo possível criar empresas sociais na enfermagem (COPELLI, 2017).

A enfermagem no ramo empreendedor, pode ser vista como uma forma de ganhar bons resultados de saúde, para um nível maior de pessoas a serem alcançadas, pois a enfermagem está buscando cada vez mais fazer o bem para a sociedade, em um modo geral, um trabalho voluntário e não obtendo fins lucrativos, não sendo de forma obrigatória a obtenção de lucros. (COLICHI, 2018).

No quesito de cuidar, a enfermagem desenvolve vários tipos de atividades, e um dos fatores que encorajam o enfermeiro a buscar o ramo empreendedor é: as tendencias demográficas, como por exemplo, o envelhecimento populacional, pois no modo geral elas estão sem tempo, devido a diversos fatores, como por exemplo, os filhos, e de uma forma ou de outra, elas buscam cada vez mais cuidar da sua saúde. (COLICHI, 2018).

6.2 OS DESAFIOS ENCONTRADOS PELO ENFERMEIRO EMPREENDEDOR NO MERCADO DE TRABALHO

A literatura sobre o tema aborda de forma complementar os desafios que o enfermeiro empreendedor encontra no mercado de trabalho, mesmo sendo diversas as áreas de atuação, os desafios encontrados durante a prática empreendedora se demostram os mesmos.

Ainda na atualidade, a prática da enfermagem se encontra ligada ao modelo hospitalocêntrico de cuidado, o que pode muitas vezes ser um dificultador para o empreendedorismo. (ALEXANDRE, 2020, COLICHI, 2018, COPELLI, 2017).

A cultura de que a enfermagem é uma profissão de assistência hospitalar e subordinada aos médicos ainda é presente na sociedade e pode muitas vezes desencorajar o profissional enfermeiro a buscar a autonomia em um negócio próprio. (ALEXANDRE, 2020, COLICHI, et al, 2018, COPELLI, 2017)

A dificuldade de aceitação da atuação independente da enfermagem pela própria classe é demostrada pela resistência, desunião e rivalidade, muitas vezes sendo um fator desencorajador e dificultador do empreendedorismo. Além do estigma por parte da sociedade, o receio de sofrer desaprovação da classe médica são uma barreira ao empreendedorismo.

(ALEXANDRE, 2020, COLICHI, et al, 2018, COPELLI, 2017, SILVA, et al, 2019)

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Assim Morais et al (2013) evidencia que o apoio de colegas de profissão na divulgação do trabalho e na recomendação para clientes é um fator facilitador para o empreendedorismo.

Ao iniciar uma nova profissão, um novo emprego ou até mesmo buscar novas formas de colocar sua profissão de formação em prática, pode-se encontrar muitas dificuldades, assim, fica claro que o apoio do seu convívio social é fundamental e pode até mesmo impulsionar o profissional nesse novo caminho.

As questões burocráticas ganham destaque entre as dificuldades mencionadas por enfermeiros empreendedores. Os procedimentos para registro de empresas, são demorados e muitas vezes, as informações sobre os mesmos são escassas, além da pouca regulamentação quanto a atuação da enfermagem fora dos meios tradicionais. (MORAIS, et al, 2013, ALEXANDRE, 2020, COLICHI, et al, 2018, COPELLI, 2017)

A necessidade de investimento financeiro próprio muitas vezes é apontada como dificultador para o empreendedorismo, visto também os poucos incentivos voltados para a prática. (MORAIS, et al, 2013, COPELLI, 2017; COLICHI, et al, 2018, ALEXANDRE, 2020, SILVA, et al, 2019)

Para Alexandre, Pfaffenbach (2020), os profissionais ainda não se apropriaram das novas possibilidades apresentadas a enfermagem, visto que nas últimas décadas, muitas iniciativas foram criadas pelos governos para facilitar o início de um empreendimento.

O retorno financeiro no início de um empreendimento não é satisfatório visto os investimentos necessários para o mesmo, levando o profissional de enfermagem a manter outros vínculos empregatícios. Muitas vezes essa jornada elevada de trabalho dificulta a atuação empreendedora. (COPELLI, 2017)

A falta de preparação e incentivo durante a graduação, a falta de conhecimento acerca de noções gerenciais e de contabilidade, montagem de plano de negócios também são mencionados como uma dificuldade para o empreendedorismo. (COLICHI, et al, 2018.

COPELLI, 2017, MORAIS, et al, 2013. SILVA, et al, 2019, ALEXANDRE, 2020)

Colichi et al (2018) destaca que a falta de preparo do enfermeiro para o empreendedorismo limita o sucesso do empreendimento, destacando alguns problemas como:

“escolher mercados pouco rentáveis, subestimar o tempo necessário para a correta prestação de serviços, plano de negócios inexistente ou inadequado, preços subvalorizados ou serviços incorretos.”

O profissional enfermeiro, apesar de ter sua prática profissional ligada ao cuidado com o paciente também exerce o papel de líder de equipe e setor, gestão de insumos e de pessoas, organização de escalas, e diversas funções administrativas, entretanto, ao migrar para a prática

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empresarial pode encontrar dificuldades que não tem preparo para resolver, isso exige a busca por capacitação e aperfeiçoamento constante.

Outro fator mencionado é ligado a percepção de que a profissão deve ser exercida por amor, desvinculando-a do ganho material. (COPELLI, 2017, COLICHI, et al, 2018). Essa visão, deve ser considerada ultrapassada, visto que a pioneira da profissão, Florence Nightingale, baseou seus cuidados em evidências científicas. A prática da enfermagem é uma ciência, que vem sendo construída e está em constante evolução, não abandonando sua visão holística, e sempre olhando para o paciente com a devida humanidade.

Entretanto, como qualquer outra profissão praticada, espera se e busca se o retorno financeiro adequado, visto os gastos com a formação e constante atualização para exercer com qualidade o que se propõe.

6.3 OS FATORES QUE IMPULSIONARAM OS ENFERMEIROS PELA BUSCA AO EMPREENDEDORISMO.

A identificação de uma oportunidade ou de uma necessidade no mercado de trabalho é um fator que impulsiona os profissionais de enfermagem a buscarem o empreendedorismo (MORAIS, et al, 2013. SILVA, et al, 2019. COPELLI, 2017). Assim, para Alexandre, Pfaffenbach (2020), a capacidade do profissional de identificar as necessidades na sua região de trabalho são fatores crucias para o sucesso de um empreendimento. Entretanto, Colichi et al (2018) destaca que além de saber identificar essas necessidades é essencial que o enfermeiro saiba como explorá-las.

A busca pela satisfação profissional e melhores condiões de trabalho é outro fator relevante, pois revela que muitos profissionais estão buscando exercer a profissão longe dos arranjos tradicionais do mercado (MORAIS, et al, 2013. ALEXANDRE, 2020. COLICHI, et al, 2018. COPELLI, 2017).

A mudança de paradigma em relação as formas tradicionais de exercer a enfermagem, enxergando a autonomia possível dentro da profissão e desvinculando-a dos moldes culturais está relacionado a busca do empreendedorismo (ALEXANDRE, 2020). Muitos profissionais estão em busca de maior flexibilidade, além da possibilidade de alcançar seus objetivos pessoais, ter controle de carreira e proporcionar o melhor possível para seus pacientes.

(COLICHI, et al, 2018)

Um bom retorno financeiro, ou a independencia financeira é um fator importante.

(MORAIS, et al, 2013, ALEXANDRE, 2020. SILVA, et al, 2019, COPELI, 2017). Quando

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comparado as formas tradicionais de exercer a profissão, o ganho financeiro se mostra importante ao se falar em empreendedorismo.

As experiencias profissionais boas ou ruins, adquiridas durante a profissão também se mostram impulsionadores para o empreendedorismo (ALEXANDRE, 2020. COPELLI, 2017).

Essas experiencias podem ditar o rumo do empreendedorismo, tanto para o sucesso quanto para o fracasso. Uma boa rede de contatos se mostra uma ferramenta muito importante para o sucesso de um empreendimento.

Alguns fatores identificados como a maior procura por saúde e qualidade de vida, falta de tempo, envelhecimento populacional, e pouca cobertura em saúde pública e privada também podem ser impulsionadores na busca pelo empreendedorismo (COLICHI, et al, 2018)

Villarinho (2016) demonstra que muitas vezes o fator predominante na busca por meios de se empreendeder na profissão pode estar relacionado as influências construidas pela familia e/ou amigos. O contato com o empreendedorismo no convivio social pode ser o primeiro impulsionador para a pratica empreendedora.

Valente(2017) revela que a maior procura para o ramo empreendedor se dá pela necessidade de obter uma carreira de sucesso, uma autononia e independência financeira através da determinação e tendência criativa com foco e perseverança naquilo em que se almeja alcançar, visando a preocupação com lucros e prejuízos mediante cada decisão.

A formação em empreendedorismo ajuda com a resposta às necessidades sociais e de saúde para a população, à frente das constantes mudanças econômicas, além disso, o empreendedorismo é como uma estratégia de carreira, para realizar a mudança de status em que haja melhores condições especificas de trabalho. Assim, o ato de empreender na enfermagem representa possibilidades de inovação em saúde (SANTOS, BOLINA, 2020)

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6 CONCLUSÃO

Mediante o estudo apresentado, chegou-se à conclusão de que o ramo empreendedor ainda é pouco difundido dentro da enfermagem, pois muitos profissionais ainda têm uma visão hospitalocêntrica da profissão. Ainda se faz necessário uma maior disseminação do empreendedorismo na profissão e formação de enfermagem.

A atuação do enfermeiro empreendedor é ampla, atingindo os mais variados tipos de assistência à saúde, o que permite um maior leque de possibilidades para o profissional que busca sair dos meios tradicionais da profissão.

As diversas crenças limitantes e dificuldades encontradas podem ser um dificultador na criação, manutenção e sucesso de um empreendimento, por isso se faz necessário, além do esforço individual, uma melhor preparação acadêmica, facilitando e possibilitando o envolvimento com a educação empreendedora e com as tecnologias inovadoras dentro do mercado de trabalho.

A busca por novos meios de se praticar a profissão de enfermagem tem se tornado cada vez mais constante, o que exigirá cada vez mais preparação profissional do enfermeiro que deseja se tornar um empreendedor de sucesso.

A formação para o desenvolvimento de profissionais que possuam uma ampla competência deve ser ampliada, pois atualmente o mundo do trabalho exige um novo posicionamento dos especialistas de enfermagem, para que os mesmos obtenham uma postura empreendedora, ou seja, profissionais proativos diante das mudanças nos mercados globais de tecnologia e trabalho.

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