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OP-087MA-21 CÓD: POUSO REDONDO PREFEITURA MUNICIPAL DE POUSO REDONDO ESTADO DE SANTA CATARINA. Monitor de Transporte Escolar

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(1)

POUSO REDONDO

PREFEITURA MUNICIPAL DE POUSO REDONDO ESTADO DE SANTA CATARINA

Monitor de Transporte Escolar

OP-087MA-21

CÓD: 7908403505388

(2)

Língua Portuguesa

1. Fonologia e Fonética. Classificação de Fonemas; Encontros vocálicos; Encontros consonantais; Dígrafos . . . .01

2. Ortografia e acentuação conforme o Novo Acordo Ortográfico da Língua portuguesa; Emprego do hífen . . . .02

3. Morfologia. Estrutura das palavras; Formação das palavras; Classificação e flexão dos substantivos; artigos; adjetivos, numerais e pro- nomes; Conjugação verbal; Uso adequado de advérbios, preposições, conjunções e interjeições . . . .03

4. Sintaxe. Sujeito e predicado; Objeto direto e objeto indireto; Orações coordenadas; Orações subordinadas . . . .10

5. Sinais de pontuação . . . .12

6. Concordância nominal; Concordância verbal. . . .13

7. Semântica. Sinônimos e antônimos; Homônimos e parônimos; Denotação e conotação. Estilística . . . .14

8. Figuras de linguagem . . . .15

9. Vícios de linguagem . . . .17

10. Interpretação textual. Leitura e interpretação de textos narrativos e expositivos . . . .18

11. Uso da Crase e uso dos porquês . . . 27

12. Estrutura dos poemas (rimas, estrofes, versos, etc.). . . 27

Matemática e Raciocínio Lógico

1. Números Naturais e sistemas de numeração decimal; números racionais, operações com números naturais: adição, subtração, multi- plicação e divisão . . . .01

2. Espaço e forma, grandezas e medidas; Expressões numéricas, múltiplos, resolução de problemas. . . .10

3. Regras de três simples e composta. . . 22

4. Sistema de numeração decimal e romana . . . .24

5. Raízes, proporcionalidade entre seguimentos. . . .24

6. Semelhança de figuras, números, formas geométricas, medidas de comprimento, ângulos e retas . . . .10

7. Números primos, medidas de tempo, polígonos, frações, triângulos e quadriláteros. . . .01

8. Medidas de capacidade . . . 26

9. Porcentagem . . . 27

10. Juros simples e compostos. . . 29

11. Medidas de superfície, gráficos e tabelas, simetria e medidas de massa . . . .31

12. Álgebra, trigonometria, geometria, geometria analítica. . . .31

13. Equações de primeiro e segundo grau . . . 32

14. Noções de estatística . . . .34

15. Sequência, Progressão Aritmética e Progressão Geométrica. . . .38

16. Raciocínio Lógico. . . .42

Conhecimentos Gerais e Atualidades

1. Análise de assuntos relevantes e atuais das áreas de política, economia, sociedade, educação, ciência e tecnologia, energia, esporte, turismo, relações internacionais, desenvolvimento sustentável e ecologia, suas inter-relações e suas vinculações históricas . . . . .01

2. Aspectos da História, Geografia, Atualidades, Cultura, Cinema, Artes, tecnologia, Economia, e organização política do mundo, do Bra- sil, de Santa Catarina e do Município . . . .01

3. Ciências naturais e meio ambiente. . . .82

4. Dados do município de Pouso Redondo. . . 92

Informática Básica

1. Sistemas operacionais Windows e Linux: sistema de arquivos; utilização dos principais recursos, aplicativos e ferramentas. . . .01

2. Microsoft Office e BR Office: criação, edição, formatação, visualização e impressão de textos, planilhas e apresentações; uso de fór- mulas, tabelas, imagens e gráficos, teclas de atalho, envio e recebimento de e-mail . . . .08

3. Internet e Intranet; navegação e busca na Web; correio eletrônico . . . .25

4. Segurança: softwares maliciosos; procedimentos e aplicativos de segurança . . . .35

5. Realização de cópias de segurança . . . 37

(3)

ÍNDICE

Conhecimentos Específicos - Gerais

1. Comportamento: Regras de comportamento no ambiente de trabalho, regras básicas de comportamento profissional para o trato

diário com o público interno e externo e colegas de trabalho. . . . .01

2. Higiene pessoal: lavagem das mãos, asseio corporal, importância no ambiente de trabalho. . . 22

3. Prevenção de doenças: alimentação saudável, prática de atividades físicas, vacinações e exames preventivos que devemos e podemos fazer na Rede Pública de Saúde. . . 27

4. Medidas para prevenção de acidentes de trabalho. . . .54

5. Roupas adequadas para o trabalho. . . .56

6. Destinação correta do lixo; . . . .56

7. Manuseio e uso correto de ferramentas. . . .59

8. Equipamentos e utensílios. EPIsEquipamentos de proteção individual, quais são, importância, quando devem ser usados. . . .67

9. Cuidados no manuseio de energia elétrica; . . . 72

Conhecimentos Inerentes ao Cargo

1. Legislação de trânsito: Código de Trânsito Brasileiro (Lei Federal nº 9.503 de 23/9/1997) e legislação complementar atualizada. Con- ceitos, definições e diretrizes. Sistema Nacional de Trânsito: disposições gerais, composição e competências. Normas gerais de circu- lação e conduta. Educação para o trânsito: conceito, propostas, responsabilidade dos órgãos competentes. Sinalização: objetivos, clas- sificação, ordem de prevalência. Operação e fiscalização de trânsito. Veículos: Classificação. Características. Segurança. Equipamentos obrigatórios. Proibições. Transporte de cargas. Identificação. Registro de veículos. Licenciamento. Habilitação: Processo de habilita- ção. Carteira Nacional de Habilitação. Normas. Autorização e permissão para dirigir. Categorias. Exames. Aprendizagem. Expedição. Infrações. Penalidades: Advertências. Multa. Suspensão do direito de dirigir. Apreensão do veículo. Cassação da Carteira Nacional de Habilitação. Medidas administrativas. Processo administrativo. Cursos de reciclagem. . . .01

2. Crimes de trânsito: Disposições gerais. Tipificação. Penalidades. . . .44

3. Direção defensiva: Definição. Cuidados gerais ao dirigir. Riscos, perigos e acidentes. Manutenção periódica e preventiva do veículo. Cinto de segurança. Condutor. Ambiente e condições adversas para dirigir. Uso de álcool, drogas e medicamentos. . . . .55

4. Temas Educacionais Gerais: Constituição da República Federativa do Brasil – Capítulo III, Seção I – da Educação, da Cultura e do Des- porto; . . . .64

5. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996); . . . 66

6. Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n° 8.069/90); . . . .86

7. Plano Nacional de Educação (Lei nº 13.005/2114). . . . .123

8. Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2115). . . . .137

9. Programa Mais Educação (Decreto nº 7.083/2110); . . . .153

10. Lei nº 10.639/03 - História e Cultura Afro Brasileira e Africana. . . . .154

11. Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos. . . .154

12. Base Nacional Comum Curricular (BNCC) anos iniciais e educação infantil; . . . .154

13. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. . . . .191

14. Resolução CNE/CP nº 2, de 22/12/2117 – Base Nacional Comum Curricular (BNCC). . . .199

15. Organização do tempo e do espaço das atividades. . . .205

16. Higiene e Saúde. . . . .208

17. Ética. . . . .211

Conteúdo Digital Complementar e Exclusivo Legislação Conhecimentos gerais

1. Estatuto dos Servidores de Pouso Redondo. . . .01

2. Lei Orgânica do Município de Pouso Redondo. . . .15

Prezado Candidato, para estudar o conteúdo digital complementar e exclusivo,

(4)

1. Fonologia e Fonética. Classificação de Fonemas; Encontros vocálicos; Encontros consonantais; Dígrafos . . . 01

2. Ortografia e acentuação conforme o Novo Acordo Ortográfico da Língua portuguesa; Emprego do hífen . . . 02

3. Morfologia. Estrutura das palavras; Formação das palavras; Classificação e flexão dos substantivos; artigos; adjetivos, numerais e pro- nomes; Conjugação verbal; Uso adequado de advérbios, preposições, conjunções e interjeições . . . 03

4. Sintaxe. Sujeito e predicado; Objeto direto e objeto indireto; Orações coordenadas; Orações subordinadas . . . 10

5. Sinais de pontuação . . . 12

6. Concordância nominal; Concordância verbal. . . 13

7. Semântica. Sinônimos e antônimos; Homônimos e parônimos; Denotação e conotação. Estilística . . . 14

8. Figuras de linguagem . . . 15

9. Vícios de linguagem . . . 17

10. Interpretação textual. Leitura e interpretação de textos narrativos e expositivos . . . 18

11. Uso da Crase e uso dos porquês . . . 27

12. Estrutura dos poemas (rimas, estrofes, versos, etc.). . . 27

(5)

LÍNGUA PORTUGUESA

FONOLOGIA E FONÉTICA CLASSIFICAÇÃO DE FONEMAS; ENCONTROS VOCÁLICOS; ENCONTROS CONSONANTAIS;

DÍGRAFOS Fonética

Segundo o dicionário Houaiss, fonética “é o estudo dos sons da fala de uma língua”. O que isso significa? A fonética é um ramo da Linguística que se dedica a analisar os sons de modo físico-articulador. Ou seja, ela se preocupa com o movimento dos lábios, a vibração das cordas vocais, a articulação e outros movimentos físicos, mas não tem interesse em saber do conteúdo daquilo que é falado. A fonética utiliza o Alfabeto Fonético Internacional para representar cada som.

Sintetizando: a fonética estuda o movimento físico (da boca, lábios...) que cada som faz, desconsiderando o significado desses sons.

Fonologia

A fonologia também é um ramo de estudo da Linguística, mas ela se preocupa em analisar a organização e a classificação dos sons, separando-os em unidades significativas. É responsabilidade da fonologia, também, cuidar de aspectos relativos à divisão silábica, à acen- tuação de palavras, à ortografia e à pronúncia.

Sintetizando: a fonologia estuda os sons, preocupando-se com o significado de cada um e não só com sua estrutura física.

Para ficar mais claro, leia os quadrinhos:

(Gibizinho da Mônica, nº73, p.73) O humor da tirinha é construído por meio do emprego das palavras acento e assento. Sabemos que são palavras diferentes, com signi- ficados diferentes, mas a pronúncia é a mesma. Lembra que a fonética se preocupa com o som e representa ele por meio de um Alfabeto específico? Para a fonética, então, essas duas palavras seriam transcritas da seguinte forma:

ACENTO ASẼTU ASSENTO ASẼTU

Percebeu? A transcrição é idêntica, já que os sons também são. Já a fonologia analisa cada som com seu significado, portanto, é ela que faz a diferença de uma palavra para a outra.

Bom, agora que sabemos que fonética e fonologia são coisas diferentes, precisamos de entender o que é fonema e letra.

Fonema: os fonemas são as menores unidades sonoras da fala. Atenção: estamos falando de menores unidades de som, não de síla- bas. Observe a diferença: na palavra pato a primeira sílaba é pa-. Porém, o primeiro som é pê (P) e o segundo som é a (A).

Letra: as letras são as menores unidades gráfica de uma palavra.

Sintetizando: na palavra pato, pa- é a primeira sílaba; pê é o primeiro som; e P é a primeira letra.

Agora que já sabemos todas essas diferenciações, vamos entender melhor o que é e como se compõe uma sílaba.

Sílaba: A sílaba é um fonema ou conjunto de fonemas que emitido em um só impulso de voz e que tem como base uma vogal.

(6)

2 A sílabas são classificadas de dois modos:

Classificação quanto ao número de sílabas:

As palavras podem ser:

– Monossílabas: as que têm uma só sílaba (pé, pá, mão, boi, luz, é...)

– Dissílabas: as que têm duas sílabas (café, leite, noites, caí, bota, água...)

– Trissílabas: as que têm três sílabas (caneta, cabeça, saúde, circuito, boneca...)

– Polissílabas: as que têm quatro ou mais sílabas (casamento, jesuíta, irresponsabilidade, paralelepípedo...)

Classificação quanto à tonicidade As palavras podem ser:

– Oxítonas: quando a sílaba tônica é a última (ca-fé, ma-ra-cu- -já, ra-paz, u-ru-bu...)

– Paroxítonas: quando a sílaba tônica é a penúltima (me-sa, sa-bo-ne-te, ré-gua...)

Proparoxítonas: quando a sílaba tônica é a antepenúltima (sá-ba-do, tô-ni-ca, his-tó-ri-co…)

Lembre-se que:

Tônica: a sílaba mais forte da palavra, que tem autonomia fo- nética.

Átona: a sílaba mais fraca da palavra, que não tem autonomia fonética.

Na palavra telefone: te-, le-, ne- são sílabas átonas, pois são mais fracas, enquanto que fo- é a sílaba tônica, já que é a pronun- ciada com mais força.

Agora que já sabemos essas classificações básicas, precisamos entender melhor como se dá a divisão silábica das palavras.

Divisão silábica

A divisão silábica é feita pela silabação das palavras, ou seja, pela pronúncia. Sempre que for escrever, use o hífen para separar uma sílaba da outra. Algumas regras devem ser seguidas neste pro- cesso:

Não se separa:

• Ditongo: encontro de uma vogal e uma semivogal na mesma sílaba (cau-le, gai-o-la, ba-lei-a...)

• Tritongo: encontro de uma semivogal, uma vogal e uma semi- vogal na mesma sílaba (Pa-ra-guai, quais-quer, a-ve-ri-guou...)

• Dígrafo: quando duas letras emitem um único som na pala- vra. Não separamos os dígrafos ch, lh, nh, gu e qu (fa-cha-da, co- -lhei-ta, fro-nha, pe-guei...)

Encontros consonantais inseparáveis: re-cla-mar, psi-có-lo- -go, pa-trão...)

Deve-se separar:

• Hiatos: vogais que se encontram, mas estão é sílabas vizinhas (sa-ú-de, Sa-a-ra, ví-a-mos...)

• Os dígrafos rr, ss, sc, e xc (car-ro, pás-sa-ro, pis-ci-na, ex-ce- -ção...)

Encontros consonantais separáveis: in-fec-ção, mag-nó-lia, rit-mo...)

ORTOGRAFIA E ACENTUAÇÃO CONFORME O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA;

EMPREGO DO HÍFEN

A ortografia oficial diz respeito às regras gramaticais referentes à escrita correta das palavras. Para melhor entendê-las, é preciso analisar caso a caso. Lembre-se de que a melhor maneira de memo- rizar a ortografia correta de uma língua é por meio da leitura, que também faz aumentar o vocabulário do leitor.

Neste capítulo serão abordadas regras para dúvidas frequentes entre os falantes do português. No entanto, é importante ressaltar que existem inúmeras exceções para essas regras, portanto, fique atento!

Alfabeto

O primeiro passo para compreender a ortografia oficial é co- nhecer o alfabeto (os sinais gráficos e seus sons). No português, o alfabeto se constitui 26 letras, divididas entre vogais (a, e, i, o, u) e consoantes (restante das letras).

Com o Novo Acordo Ortográfico, as consoantes K, W e Y foram reintroduzidas ao alfabeto oficial da língua portuguesa, de modo que elas são usadas apenas em duas ocorrências: transcrição de nomes próprios e abreviaturas e símbolos de uso internacional.

Uso do “X”

Algumas dicas são relevantes para saber o momento de usar o X no lugar do CH:

• Depois das sílabas iniciais “me” e “en” (ex: mexerica; enxer- gar)• Depois de ditongos (ex: caixa)

• Palavras de origem indígena ou africana (ex: abacaxi; orixá) Uso do “S” ou “Z”

Algumas regras do uso do “S” com som de “Z” podem ser ob- servadas:

• Depois de ditongos (ex: coisa)

• Em palavras derivadas cuja palavra primitiva já se usa o “S”

(ex: casa > casinha)

• Nos sufixos “ês” e “esa”, ao indicarem nacionalidade, título ou origem. (ex: portuguesa)

• Nos sufixos formadores de adjetivos “ense”, “oso” e “osa” (ex:

populoso)

Uso do “S”, “SS”, “Ç”

• “S” costuma aparecer entre uma vogal e uma consoante (ex:

diversão)

• “SS” costuma aparecer entre duas vogais (ex: processo)

• “Ç” costuma aparecer em palavras estrangeiras que passa- ram pelo processo de aportuguesamento (ex: muçarela)

Os diferentes porquês

POR QUE Usado para fazer perguntas. Pode ser substituído por “por qual motivo”

PORQUE Usado em respostas e explicações. Pode ser substituído por “pois”

POR QUÊ O “que” é acentuado quando aparece como a última palavra da frase, antes da pontuação final (interrogação, exclamação, ponto final) PORQUÊ É um substantivo, portanto costuma vir

acompanhado de um artigo, numeral, adjetivo ou pronome

(7)

LÍNGUA PORTUGUESA Parônimos e homônimos

As palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pronúncia semelhantes, porém com significados distintos.

Ex: cumprimento (saudação) X comprimento (extensão); tráfego (trânsito) X tráfico (comércio ilegal).

Já as palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma grafia e pronúncia, porém têm significados diferentes. Ex: rio (verbo

“rir”) X rio (curso d’água); manga (blusa) X manga (fruta).

MORFOLOGIA: ESTRUTURA DAS PALAVRAS; FORMAÇÃO DAS PALAVRAS; CLASSIFICAÇÃO E FLEXÃO DOS SUBSTANTI- VOS; ARTIGOS; ADJETIVOS, NUMERAIS E PRONOMES; CONJUGAÇÃO VERBAL; USO ADEQUADO DE ADVÉRBIOS, PRE-

POSIÇÕES, CONJUNÇÕES E INTERJEIÇÕES Classes de Palavras

Para entender sobre a estrutura das funções sintáticas, é preciso conhecer as classes de palavras, também conhecidas por classes morfológicas. A gramática tradicional pressupõe 10 classes gramaticais de palavras, sendo elas: adjetivo, advérbio, artigo, conjunção, in- terjeição, numeral, pronome, preposição, substantivo e verbo.

Veja, a seguir, as características principais de cada uma delas.

CLASSE CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS

ADJETIVO Expressar características, qualidades ou estado dos seres Sofre variação em número, gênero e grau

Menina inteligente...

Roupa azul-marinho...

Brincadeira de criança...

Povo brasileiro...

ADVÉRBIO Indica circunstância em que ocorre o fato verbal Não sofre variação

A ajuda chegou tarde.

A mulher trabalha muito.

Ele dirigia mal.

ARTIGO Determina os substantivos (de modo definido ou indefinido)

Varia em gênero e número A galinha botou um ovo.

Uma menina deixou a mochila no ônibus.

CONJUNÇÃO Liga ideias e sentenças (conhecida também como conectivos)

Não sofre variação Não gosto de refrigerante nem de pizza.

Eu vou para a praia ou para a cachoeira?

INTERJEIÇÃO Exprime reações emotivas e sentimentos

Não sofre variação Ah! Que calor...

Escapei por pouco, ufa!

NUMERAL Atribui quantidade e indica posição em alguma sequência

Varia em gênero e número Gostei muito do primeiro dia de aula.

Três é a metade de seis.

PRONOME Acompanha, substitui ou faz referência ao substantivo Varia em gênero e número

Posso ajudar, senhora?

Ela me ajudou muito com o meu trabalho.

Esta é a casa onde eu moro.

Que dia é hoje?

PREPOSIÇÃO Relaciona dois termos de uma mesma oração

Não sofre variação Espero por você essa noite.

Lucas gosta de tocar violão.

SUBSTANTIVO Nomeia objetos, pessoas, animais, alimentos, lugares etc.

Flexionam em gênero, número e grau. A menina jogou sua boneca no rio.

A matilha tinha muita coragem.

VERBO

Indica ação, estado ou fenômenos da natureza

Sofre variação de acordo com suas flexões de modo, tempo, número, pessoa e voz.

Verbos não significativos são chamados verbos de ligação

Ana se exercita pela manhã.

Todos parecem meio bobos.

Chove muito em Manaus.

A cidade é muito bonita quando vista do alto.

Substantivo

Tipos de substantivos

Os substantivos podem ter diferentes classificações, de acordo com os conceitos apresentados abaixo:

• Comum: usado para nomear seres e objetos generalizados. Ex: mulher; gato; cidade...

• Próprio: geralmente escrito com letra maiúscula, serve para especificar e particularizar. Ex: Maria; Garfield; Belo Horizonte...

• Coletivo: é um nome no singular que expressa ideia de plural, para designar grupos e conjuntos de seres ou objetos de uma mesma espécie. Ex: matilha; enxame; cardume...

• Concreto: nomeia algo que existe de modo independente de outro ser (objetos, pessoas, animais, lugares etc.). Ex: menina; cachor- ro; praça...

• Abstrato: depende de um ser concreto para existir, designando sentimentos, estados, qualidades, ações etc. Ex: saudade; sede;

imaginação...

• Primitivo: substantivo que dá origem a outras palavras. Ex: livro; água; noite...

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4

• Derivado: formado a partir de outra(s) palavra(s). Ex: pedreiro; livraria; noturno...

• Simples: nomes formados por apenas uma palavra (um radical). Ex: casa; pessoa; cheiro...

• Composto: nomes formados por mais de uma palavra (mais de um radical). Ex: passatempo; guarda-roupa; girassol...

Flexão de gênero

Na língua portuguesa, todo substantivo é flexionado em um dos dois gêneros possíveis: feminino e masculino.

O substantivo biforme é aquele que flexiona entre masculino e feminino, mudando a desinência de gênero, isto é, geralmente o final da palavra sendo -o ou -a, respectivamente (Ex: menino / menina). Há, ainda, os que se diferenciam por meio da pronúncia / acentuação (Ex: avô / avó), e aqueles em que há ausência ou presença de desinência (Ex: irmão / irmã; cantor / cantora).

O substantivo uniforme é aquele que possui apenas uma forma, independente do gênero, podendo ser diferenciados quanto ao gêne- ro a partir da flexão de gênero no artigo ou adjetivo que o acompanha (Ex: a cadeira / o poste). Pode ser classificado em epiceno (refere-se aos animais), sobrecomum (refere-se a pessoas) e comum de dois gêneros (identificado por meio do artigo).

É preciso ficar atento à mudança semântica que ocorre com alguns substantivos quando usados no masculino ou no feminino, trazen- do alguma especificidade em relação a ele. No exemplo o fruto X a fruta temos significados diferentes: o primeiro diz respeito ao órgão que protege a semente dos alimentos, enquanto o segundo é o termo popular para um tipo específico de fruto.

Flexão de número

No português, é possível que o substantivo esteja no singular, usado para designar apenas uma única coisa, pessoa, lugar (Ex: bola;

escada; casa) ou no plural, usado para designar maiores quantidades (Ex: bolas; escadas; casas) — sendo este último representado, geral- mente, com o acréscimo da letra S ao final da palavra.

Há, também, casos em que o substantivo não se altera, de modo que o plural ou singular devem estar marcados a partir do contexto, pelo uso do artigo adequado (Ex: o lápis / os lápis).

Variação de grau

Usada para marcar diferença na grandeza de um determinado substantivo, a variação de grau pode ser classificada em aumentativo e diminutivo.

Quando acompanhados de um substantivo que indica grandeza ou pequenez, é considerado analítico (Ex: menino grande / menino pequeno).

Quando acrescentados sufixos indicadores de aumento ou diminuição, é considerado sintético (Ex: meninão / menininho).

Novo Acordo Ortográfico

De acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, as letras maiúsculas devem ser usadas em nomes próprios de pessoas, lugares (cidades, estados, países, rios), animais, acidentes geográficos, instituições, entidades, nomes astronômicos, de festas e festividades, em títulos de periódicos e em siglas, símbolos ou abreviaturas.

Já as letras minúsculas podem ser usadas em dias de semana, meses, estações do ano e em pontos cardeais.

Existem, ainda, casos em que o uso de maiúscula ou minúscula é facultativo, como em título de livros, nomes de áreas do saber, disciplinas e matérias, palavras ligadas a alguma religião e em palavras de categorização.

Adjetivo

Os adjetivos podem ser simples (vermelho) ou compostos (mal-educado); primitivos (alegre) ou derivados (tristonho). Eles podem flexionar entre o feminino (estudiosa) e o masculino (engraçado), e o singular (bonito) e o plural (bonitos).

Há, também, os adjetivos pátrios ou gentílicos, sendo aqueles que indicam o local de origem de uma pessoa, ou seja, sua nacionali- dade (brasileiro; mineiro).

É possível, ainda, que existam locuções adjetivas, isto é, conjunto de duas ou mais palavras usadas para caracterizar o substantivo. São formadas, em sua maioria, pela preposição DE + substantivo:

• de criança = infantil

• de mãe = maternal

• de cabelo = capilar Variação de grau

Os adjetivos podem se encontrar em grau normal (sem ênfases), ou com intensidade, classificando-se entre comparativo e superlativo.

• Normal: A Bruna é inteligente.

• Comparativo de superioridade: A Bruna é mais inteligente que o Lucas.

• Comparativo de inferioridade: O Gustavo é menos inteligente que a Bruna.

• Comparativo de igualdade: A Bruna é tão inteligente quanto a Maria.

• Superlativo relativo de superioridade: A Bruna é a mais inteligente da turma.

• Superlativo relativo de inferioridade: O Gustavo é o menos inteligente da turma.

• Superlativo absoluto analítico: A Bruna é muito inteligente.

• Superlativo absoluto sintético: A Bruna é inteligentíssima.

Adjetivos de relação

São chamados adjetivos de relação aqueles que não podem sofrer variação de grau, uma vez que possui valor semântico objetivo, isto é, não depende de uma impressão pessoal (subjetiva). Além disso, eles aparecem após o substantivo, sendo formados por sufixação de um substantivo (Ex: vinho do Chile = vinho chileno).

(9)

LÍNGUA PORTUGUESA Advérbio

Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio. Eles se classificam de acordo com a tabela abaixo:

CLASSIFICAÇÃO ADVÉRBIOS LOCUÇÕES ADVERBIAIS

DE MODO bem; mal; assim; melhor; depressa ao contrário; em detalhes DE TEMPO ontem; sempre; afinal; já; agora; doravante; primei-

ramente logo mais; em breve; mais tarde, nunca mais, de

noite

DE LUGAR aqui; acima; embaixo; longe; fora; embaixo; ali Ao redor de; em frente a; à esquerda; por perto DE INTENSIDADE muito; tão; demasiado; imenso; tanto; nada em excesso; de todos; muito menos

DE AFIRMAÇÃO sim, indubitavelmente; certo; decerto; deveras com certeza; de fato; sem dúvidas

DE NEGAÇÃO não; nunca; jamais; tampouco; nem nunca mais; de modo algum; de jeito nenhum DE DÚVIDA Possivelmente; acaso; será; talvez; quiçá Quem sabe

Advérbios interrogativos

São os advérbios ou locuções adverbiais utilizadas para introduzir perguntas, podendo expressar circunstâncias de:

• Lugar: onde, aonde, de onde

• Tempo: quando

• Modo: como

• Causa: por que, por quê Grau do advérbio

Os advérbios podem ser comparativos ou superlativos.

• Comparativo de igualdade: tão/tanto + advérbio + quanto

• Comparativo de superioridade: mais + advérbio + (do) que

• Comparativo de inferioridade: menos + advérbio + (do) que

• Superlativo analítico: muito cedo

• Superlativo sintético: cedíssimo Curiosidades

Na linguagem coloquial, algumas variações do superlativo são aceitas, como o diminutivo (cedinho), o aumentativo (cedão) e o uso de alguns prefixos (supercedo).

Existem advérbios que exprimem ideia de exclusão (somente; salvo; exclusivamente; apenas), inclusão (também; ainda; mesmo) e ordem (ultimamente; depois; primeiramente).

Alguns advérbios, além de algumas preposições, aparecem sendo usados como uma palavra denotativa, acrescentando um sentido próprio ao enunciado, podendo ser elas de inclusão (até, mesmo, inclusive); de exclusão (apenas, senão, salvo); de designação (eis); de realce (cá, lá, só, é que); de retificação (aliás, ou melhor, isto é) e de situação (afinal, agora, então, e aí).

Pronomes

Os pronomes são palavras que fazem referência aos nomes, isto é, aos substantivos. Assim, dependendo de sua função no enunciado, ele pode ser classificado da seguinte maneira:

• Pronomes pessoais: indicam as 3 pessoas do discurso, e podem ser retos (eu, tu, ele...) ou oblíquos (mim, me, te, nos, si...).

• Pronomes possessivos: indicam posse (meu, minha, sua, teu, nossos...)

• Pronomes demonstrativos: indicam localização de seres no tempo ou no espaço. (este, isso, essa, aquela, aquilo...)

• Pronomes interrogativos: auxiliam na formação de questionamentos (qual, quem, onde, quando, que, quantas...)

• Pronomes relativos: retomam o substantivo, substituindo-o na oração seguinte (que, quem, onde, cujo, o qual...)

• Pronomes indefinidos: substituem o substantivo de maneira imprecisa (alguma, nenhum, certa, vários, qualquer...)

• Pronomes de tratamento: empregados, geralmente, em situações formais (senhor, Vossa Majestade, Vossa Excelência, você...) Colocação pronominal

Diz respeito ao conjunto de regras que indicam a posição do pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, lhe, lhes, o, a, os, as, lo, la, no, na...) em relação ao verbo, podendo haver próclise (antes do verbo), ênclise (depois do verbo) ou mesóclise (no meio do verbo).

Veja, então, quais as principais situações para cada um deles:

• Próclise: expressões negativas; conjunções subordinativas; advérbios sem vírgula; pronomes indefinidos, relativos ou demonstrati- vos; frases exclamativas ou que exprimem desejo; verbos no gerúndio antecedidos por “em”.

Nada me faria mais feliz.

• Ênclise: verbo no imperativo afirmativo; verbo no início da frase (não estando no futuro e nem no pretérito); verbo no gerúndio não acompanhado por “em”; verbo no infinitivo pessoal.

Inscreveu-se no concurso para tentar realizar um sonho.

(10)

1. Números Naturais e sistemas de numeração decimal; números racionais, operações com números naturais: adição, subtração, multi-

plicação e divisão . . . 01

2. Espaço e forma, grandezas e medidas; Expressões numéricas, múltiplos, resolução de problemas. . . 10

3. Regras de três simples e composta . . . 22

4. Sistema de numeração decimal e romana . . . 24

5. Raízes, proporcionalidade entre seguimentos . . . 24

6. Semelhança de figuras, números, formas geométricas, medidas de comprimento, ângulos e retas . . . 10

7. Números primos, medidas de tempo, polígonos, frações, triângulos e quadriláteros. . . 01

8. Medidas de capacidade . . . 26

9. Porcentagem . . . 27

10. Juros simples e compostos. . . 29

11. Medidas de superfície, gráficos e tabelas, simetria e medidas de massa . . . 31

12. Álgebra, trigonometria, geometria, geometria analítica. . . 31

13. Equações de primeiro e segundo grau . . . 32

14. Noções de estatística . . . 34

15. Sequência, Progressão Aritmética e Progressão Geométrica. . . 38

16. Raciocínio Lógico. . . 42

(11)

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO

NÚMEROS NATURAIS E SISTEMAS DE NUMERAÇÃO DECIMAL; NÚMEROS RACIONAIS, OPERAÇÕES COM NÚMEROS NATURAIS: ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO. EXPRESSÕES NUMÉRICAS, MÚLTIPLOS, RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS. NÚMEROS PRIMOS, MEDIDAS DE TEMPO, POLÍGONOS, FRAÇÕES, TRIÂNGULOS E QUADRILÁTEROS

Conjunto dos números inteiros - z

O conjunto dos números inteiros é a reunião do conjunto dos números naturais N = {0, 1, 2, 3, 4,..., n,...},(N C Z); o conjunto dos opos- tos dos números naturais e o zero. Representamos pela letra Z.

N C Z (N está contido em Z) Subconjuntos:

SÍMBOLO REPRESENTAÇÃO DESCRIÇÃO

* Z* Conjunto dos números inteiros não nulos

+ Z+ Conjunto dos números inteiros não negativos

* e + Z*+ Conjunto dos números inteiros positivos

- Z_ Conjunto dos números inteiros não positivos

* e - Z*_ Conjunto dos números inteiros negativos

Observamos nos números inteiros algumas características:

• Módulo: distância ou afastamento desse número até o zero, na reta numérica inteira. Representa-se o módulo por | |. O módulo de qualquer número inteiro, diferente de zero, é sempre positivo.

• Números Opostos: dois números são opostos quando sua soma é zero. Isto significa que eles estão a mesma distância da origem (zero).

Somando-se temos: (+4) + (-4) = (-4) + (+4) = 0 Operações

• Soma ou Adição: Associamos aos números inteiros positivos a ideia de ganhar e aos números inteiros negativos a ideia de perder.

ATENÇÃO: O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado, mas o sinal (–) antes do número negativo nunca pode ser dispensado.

• Subtração: empregamos quando precisamos tirar uma quantidade de outra quantidade; temos duas quantidades e queremos saber quanto uma delas tem a mais que a outra; temos duas quantidades e queremos saber quanto falta a uma delas para atingir a outra. A subtração é a operação inversa da adição. O sinal sempre será do maior número.

ATENÇÃO: todos parênteses, colchetes, chaves, números, ..., entre outros, precedidos de sinal negativo, tem o seu sinal invertido, ou seja, é dado o seu oposto.

(12)

2 Exemplo:

(FUNDAÇÃO CASA – AGENTE EDUCACIONAL – VUNESP) Para zelar pelos jovens internados e orientá-los a respeito do uso ade- quado dos materiais em geral e dos recursos utilizados em ativida- des educativas, bem como da preservação predial, realizou-se uma dinâmica elencando “atitudes positivas” e “atitudes negativas”, no entendimento dos elementos do grupo. Solicitou-se que cada um classificasse suas atitudes como positiva ou negativa, atribuindo (+4) pontos a cada atitude positiva e (-1) a cada atitude negativa.

Se um jovem classificou como positiva apenas 20 das 50 atitudes anotadas, o total de pontos atribuídos foi

(A) 50.

(B) 45.

(C) 42.

(D) 36.

(E) 32.

Resolução:

50-20=30 atitudes negativas 20.4=80

30.(-1)=-30 80-30=50 Resposta: A

• Multiplicação: é uma adição de números/ fatores repetidos.

Na multiplicação o produto dos números a e b, pode ser indicado por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum sinal entre as letras.

• Divisão: a divisão exata de um número inteiro por outro nú- mero inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo do dividendo pelo módulo do divisor.

ATENÇÃO:

1) No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é associativa e não tem a propriedade da existência do elemento neutro.

2) Não existe divisão por zero.

3) Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente de zero, é zero, pois o produto de qualquer número inteiro por zero é igual a zero.

Na multiplicação e divisão de números inteiros é muito impor- tante a REGRA DE SINAIS:

Sinais iguais (+) (+); (-) (-) = resultado sempre positivo.

Sinais diferentes (+) (-); (-) (+) = resultado sempre negativo.

Exemplo:

(PREF.DE NITERÓI) Um estudante empilhou seus livros, obten- do uma única pilha 52cm de altura. Sabendo que 8 desses livros possui uma espessura de 2cm, e que os livros restantes possuem espessura de 3cm, o número de livros na pilha é:

(A) 10 (B) 15 (C) 18 (D) 20 (E) 22 Resolução:

São 8 livros de 2 cm: 8.2 = 16 cm

Como eu tenho 52 cm ao todo e os demais livros tem 3 cm, temos:

52 - 16 = 36 cm de altura de livros de 3 cm

36 : 3 = 12 livros de 3 cm

O total de livros da pilha: 8 + 12 = 20 livros ao todo.

Resposta: D

• Potenciação: A potência an do número inteiro a, é definida como um produto de n fatores iguais. O número a é denominado a base e o número n é o expoente.an = a x a x a x a x ... x a , a é multi- plicado por a n vezes. Tenha em mente que:

– Toda potência de base positiva é um número inteiro positivo.

– Toda potência de base negativa e expoente par é um número inteiro positivo.

– Toda potência de base negativa e expoente ímpar é um nú- mero inteiro negativo.

Propriedades da Potenciação

1) Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-se a base e somam-se os expoentes. (–a)3 . (–a)6 = (–a)3+6 = (–a)9

2) Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva-se a base e subtraem-se os expoentes. (-a)8 : (-a)6 = (-a)8 – 6 = (-a)2

3) Potência de Potência: Conserva-se a base e multiplicam-se os expoentes. [(-a)5]2 = (-a)5 . 2 = (-a)10

4) Potência de expoente 1: É sempre igual à base. (-a)1 = -a e (+a)1 = +a

5) Potência de expoente zero e base diferente de zero: É igual a 1. (+a)0 = 1 e (–b)0 = 1

Conjunto dos números racionais – Q

Um número racional é o que pode ser escrito na forma mn, onde m e n são números inteiros, sendo que n deve ser diferente de zero. Frequentemente usamos m/n para significar a divisão de m por n.

N C Z C Q (N está contido em Z que está contido em Q) Subconjuntos:

SÍMBOLO REPRESENTAÇÃO DESCRIÇÃO

* Q* Conjunto dos números

racionais não nulos

+ Q+ Conjunto dos números

racionais não negativos

* e + Q*+ Conjunto dos números

racionais positivos

- Q_ Conjunto dos números

racionais não positivos

* e - Q*_ Conjunto dos números

racionais negativos Representação decimal

Podemos representar um número racional, escrito na forma de fração, em número decimal. Para isso temos duas maneiras possí- veis:

(13)

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO

1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, um número finito de algarismos. Decimais Exatos:

5 2 = 0,4

2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se periodicamente Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas:

3

1 = 0,333...

Representação Fracionária

É a operação inversa da anterior. Aqui temos duas maneiras possíveis:

1) Transformando o número decimal em uma fração numerador é o número decimal sem a vírgula e o denominador é composto pelo numeral 1, seguido de tantos zeros quantas forem as casas decimais do número decimal dado. Ex.:

0,035 = 35/1000

2) Através da fração geratriz. Aí temos o caso das dízimas periódicas que podem ser simples ou compostas.

– Simples: o seu período é composto por um mesmo número ou conjunto de números que se repeti infinitamente.

Exemplos:

Procedimento: para transformarmos uma dízima periódica simples em fração basta utilizarmos o dígito 9 no denominador para cada quantos dígitos tiver o período da dízima.

– Composta: quando a mesma apresenta um ante período que não se repete.

a)

Procedimento: para cada algarismo do período ainda se coloca um algarismo 9 no denominador. Mas, agora, para cada algarismo do antiperíodo se coloca um algarismo zero, também no denominador.

(14)

4 b)

Procedimento: é o mesmo aplicado ao item “a”, acrescido na frente da parte inteira (fração mista), ao qual transformamos e obtemos a fração geratriz.

Exemplo:

(PREF. NITERÓI) Simplificando a expressão abaixo

Obtém-se :

(A) ½ (B) 1 (C) 3/2 (D) 2 (E) 3 Resolução:

Resposta: B

Caraterísticas dos números racionais

O módulo e o número oposto são as mesmas dos números inteiros.

Inverso: dado um número racional a/b o inverso desse número (a/b)–n, é a fração onde o numerador vira denominador e o denomi- nador numerador (b/a)n.

Representação geométrica

(15)

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO Observa-se que entre dois inteiros consecutivos existem infini-

tos números racionais.

Operações

• Soma ou adição: como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito na forma de uma fração, definimos a adição entre os números racionais

b a e

d

c , da mesma forma que a soma de frações, através de:

• Subtração: a subtração de dois números racionais p e q é a própria operação de adição do número p com o oposto de q, isto é:

p – q = p + (–q)

ATENÇÃO: Na adição/subtração se o denominador for igual, conserva-se os denominadores e efetua-se a operação apresen- tada.

Exemplo:

(PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERACIONAIS – MAKIYAMA) Na escola onde estudo, ¼ dos alunos tem a língua portuguesa como disciplina favorita, 9/20 têm a matemática como favorita e os demais têm ciências como favorita. Sendo assim, qual fração representa os alunos que têm ciências como disciplina favo- rita?

(A) 1/4 (B) 3/10 (C) 2/9 (D) 4/5 (E) 3/2 Resolução:

Somando português e matemática:

O que resta gosta de ciências:

Resposta: B

• Multiplicação: como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito na forma de uma fração, definimos o produto de dois números racionais

b a e

d

c, da mesma forma que o produto de frações, através de:

• Divisão: a divisão de dois números racionais p e q é a própria operação de multiplicação do número p pelo inverso de q, isto é: p

÷ q = p × q-1

Exemplo:

(PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB) Numa operação policial de rotina, que abordou 800 pessoas, verificou-se que 3/4 dessas pessoas eram homens e 1/5 deles foram detidos. Já entre as mulheres abordadas, 1/8 foram detidas.

Qual o total de pessoas detidas nessa operação policial?

(A) 145 (B) 185 (C) 220 (D) 260 (E) 120 Resolução:

Resposta: A

• Potenciação: é válido as propriedades aplicadas aos núme- ros inteiros. Aqui destacaremos apenas as que se aplicam aos nú- meros racionais.

A) Toda potência com expoente negativo de um número ra- cional diferente de zero é igual a outra potência que tem a base igual ao inverso da base anterior e o expoente igual ao oposto do expoente anterior.

B) Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo sinal da base.

(16)

1. Análise de assuntos relevantes e atuais das áreas de política, economia, sociedade, educação, ciência e tecnologia, energia, esporte, turismo, relações internacionais, desenvolvimento sustentável e ecologia, suas inter-relações e suas vinculações históricas . . . . .01 2. Aspectos da História, Geografia, Atualidades, Cultura, Cinema, Artes, tecnologia, Economia, e organização política do mundo, do Bra-

sil, de Santa Catarina e do Município . . . 01 3. Ciências naturais e meio ambiente. . . 82 4. Dados do município de Pouso Redondo. . . 92

(17)

CONHECIMENTOS GERAIS E ATUALIDADES ANÁLISE DE ASSUNTOS RELEVANTES E ATUAIS DAS

ÁREAS DE POLÍTICA, ECONOMIA, SOCIEDADE, EDU- CAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA, ENERGIA, ESPORTE, TURISMO, RELAÇÕES INTERNACIONAIS, DESENVOLVI- MENTO SUSTENTÁVEL E ECOLOGIA, SUAS INTER-RELA-

ÇÕES E SUAS VINCULAÇÕES HISTÓRICAS A importância do estudo de atualidades

Dentre todas as disciplinas com as quais concurseiros e estu- dantes de todo o país se preocupam, a de atualidades tem se tor- nado cada vez mais relevante. Quando pensamos em matemática, língua portuguesa, biologia, entre outras disciplinas, inevitavelmen- te as colocamos em um patamar mais elevado que outras que nos parecem menos importantes, pois de algum modo nos é ensinado a hierarquizar a relevância de certos conhecimentos desde os tempos de escola.

No, entanto, atualidades é o único tema que insere o indivíduo no estudo do momento presente, seus acontecimentos, eventos e transformações. O conhecimento do mundo em que se vive de modo algum deve ser visto como irrelevante no estudo para concur- sos, pois permite que o indivíduo vá além do conhecimento técnico e explore novas perspectivas quanto à conhecimento de mundo.

Em sua grande maioria, as questões de atualidades em con- cursos são sobre fatos e acontecimentos de interesse público, mas podem também apresentar conhecimentos específicos do meio po- lítico, social ou econômico, sejam eles sobre música, arte, política, economia, figuras públicas, leis etc. Seja qual for a área, as questões de atualidades auxiliam as bancas a peneirarem os candidatos e se- lecionarem os melhores preparados não apenas de modo técnico.

Sendo assim, estudar atualidades é o ato de se manter cons- tantemente informado. Os temas de atualidades em concursos são sempre relevantes. É certo que nem todas as notícias que você vê na televisão ou ouve no rádio aparecem nas questões, manter-se informado, porém, sobre as principais notícias de relevância nacio- nal e internacional em pauta é o caminho, pois são debates de ex- trema recorrência na mídia.

O grande desafio, nos tempos atuais, é separar o joio do trigo.

Com o grande fluxo de informações que recebemos diariamente, é preciso filtrar com sabedoria o que de fato se está consumindo. Por diversas vezes, os meios de comunicação (TV, internet, rádio etc.) adaptam o formato jornalístico ou informacional para transmitirem outros tipos de informação, como fofocas, vidas de celebridades, futebol, acontecimentos de novelas, que não devem de modo al- gum serem inseridos como parte do estudo de atualidades. Os in- teresses pessoais em assuntos deste cunho não são condenáveis de modo algum, mas são triviais quanto ao estudo.

Ainda assim, mesmo que tentemos nos manter atualizados através de revistas e telejornais, o fluxo interminável e ininterrupto de informações veiculados impede que saibamos de fato como es- tudar. Apostilas e livros de concursos impressos também se tornam rapidamente desatualizados e obsoletos, pois atualidades é uma disciplina que se renova a cada instante.

O mundo da informação está cada vez mais virtual e tecnoló- gico, as sociedades se informam pela internet e as compartilham em velocidades incalculáveis. Pensando nisso, a editora prepara mensalmente o material de atualidades de mais diversos campos do conhecimento (tecnologia, Brasil, política, ética, meio ambiente, jurisdição etc.) em nosso site.

Lá, o concurseiro encontrará um material completo com ilus- trações e imagens, notícias de fontes verificadas e confiáveis, exer- cícios para retenção do conteúdo aprendido, tudo preparado com muito carinho para seu melhor aproveitamento. Com o material disponibilizado online, você poderá conferir e checar os fatos e

fontes de imediato através dos veículos de comunicação virtuais, tornando a ponte entre o estudo desta disciplina tão fluida e a vera- cidade das informações um caminho certeiro.

Acesse: Área do Concurseiro www.editorasolucao.com.br/ma- teriais

Bons estudos!

ASPECTOS DA HISTÓRIA, GEOGRAFIA, ATUALIDADES, CULTURA, CINEMA, ARTES, TECNOLOGIA, ECONOMIA,

E ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO MUNDO, DO BRASIL, DE SANTA CATARINA E DO MUNICÍPIO Cultura Geral

Cultura é um complexo que inclui necessariamente a com- preensão de diversos valores morais e éticos que guiam nosso com- portamento social. É estudado um grande conjunto de atividades e modos de agir, costumes e instruções de um povo.

É o meio pelo qual o homem se adapta às condições de exis- tência transformando a realidade. Alcançar estes conhecimentos tendo como condução nossas emoções e a avaliação do outro, é um grande desafio.

A cultura é dinâmica. Como construção de ajustamento a cul- tura sofre modificações, traços são perdidos, outros se adicionam, em velocidades diferentes e nas diferentes sociedades, mudanças que sucedidas em uma cultura de uma determinada geração pas- sam à geração seguinte, aonde vai se transformando, perdendo e agrupando outros aspectos buscando assim aperfeiçoar a vivência das novas gerações.

O ambiente cumpre uma ação fundamental sobre as mudanças culturais, embora não apenas isso: os homens mudam sua maneira de encarar o mundo tanto por contingências ambientais quanto por transformações da consciência social. Cada país possui a sua pró- pria cultura, que é influenciada por múltiplos fatores.

A cultura brasileira, por exemplo, é marcada pela boa disposi- ção e alegria, e isso reflete também na música, no caso do samba, que também faz parte da cultura brasileira. No caso da cultura por- tuguesa, o fado é o patrimônio musical mais famoso, que reflete uma característica do povo português (o saudosismo).

É um processo em intensa evolução, diversificação e de gran- de riqueza. É o desenvolvimento de um grupo social, uma nação, uma comunidade; fruto do esforço coletivo pelo aprimoramento de valores espirituais e materiais, conjunto de fenômenos materiais e ideológicos que caracterizam um grupo étnico ou uma nação (lín- gua, costumes, rituais, culinária, vestuário, religião, etc).

A fundamental característica da cultura está no fato de os in- divíduos terem sempre de responder ao meio de acordo com a mudança de hábitos, mais até que possivelmente uma evolução biológica A cultura também é definida em ciências sociais como um conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais, aprendidos de geração em geração através da vida em sociedade.

Seria a herança social da humanidade ou ainda de forma espe- cífica, uma determinada variante da herança social. É um conceito que está sempre em desenvolvimento, e com o passar do tempo ela é influenciada por novas maneiras de pensar inerentes ao desenvol- vimento dos seres humanos.

Tipos e exemplos de cultura

Podemos estabelecer três tipos básicos de cultura, tomando uma concepção restrita da palavra que se refere mais ao ambiente estético e artístico do que a um conjunto de saberes coletivos. Esses tipos são:

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2 Cultura erudita

A cultura erudita, muitas vezes utilizada como sinônimo de uma cultura muito desenvolvida esteticamente e de alto valor, é um termo que, quando empregado, pode resultar em uma visão etno- cêntrica. Cultura erudita é a cultura criada por uma elite, econômi- ca, social ou intelectual, que tenta se sobrepor aos outros tipos de cultura por meio de sua própria classificação.

Muitos lementos culturais criados pelas elites foram ampla- mente difundidos, sobretudo da elites europeias, muitas vezes de grande desenvolvimento técnico, como a música erudita barroca e clássica, a ópera, a pintura e a escultura renascentista etc. Dessa feita, podemos elencar como exemplos mais específicos as óperas do compositor alemão Richard Wagner, como Tristão e Isolda ou O Anel dos Nibelungos; as pinturas de Caravaggio; as peças musicais de Bach, de Vivaldi ou a ópera de Bizet.

Cultura popular

É a expressão cultural geral de um povo que, em muitos casos, em especial em países como o Brasil, está fora do eixo erudito, por ser uma manifestação popular criada por povos marginais, ou seja, que estão à margem da sociedade, fora das elites.

Se pensarmos no Brasil, temos uma vasta e rica cultura nor- destina, nortista, sertaneja e indígena e, nos centros urbanos, das periferias e favelas, as quais não se enquadram ao padrão erudito, pois a nossa “erudição cultural” importou padrões essencialmente europeus.

Tomemos, como exemplos, a cultura indígena; o cordel nordes- tino; a literatura de Ariano Suassuna (de uma estética linguística erudita, no sentido de rebuscada, mas partindo de elementos da cultura nordestina); a música sertaneja de raiz; o samba, que foi rechaçado pela cultura erudita por muito tempo por ter surgido como expressão cultural dos negros, descendentes de escravos e favelados; o rap brasileiro e o funk carioca autêntico (o funk cario- ca de origem, sem a interferência da indústria cultural), que hoje passam pela mesma discriminação que o samba sofreu no início do século XX.

Essas mudanças de visão demostram que os padrões culturais e estéticos mudam ao longo do tempo. O mesmo aconteceu com o jazz, nos Estados Unidos, que era visto como uma cultura inferior por ter suas raízes fincadas nos negros escravizados, mas hoje pos- sui o status de cultura erudita.

Teodor Adorno, por exemplo, que, além de filósofo, era músi- co, considerava o jazz uma degeneração musical dançante, fruto da cultura de massa, pois fugia do padrão estético da cultura erudita europeia da qual Adorno utilizava como padrão de medida.

Cultura de massa

A cultura de massa é diferente da cultura popular e da cultura erudita, mas pode mesclar elementos de ambas. A cultura de massa não é uma manifestação cultural autêntica criada por um povo ou por uma elite intelectual, mas é um produto da indústria cultural, que visa a atender as normas do mercado e fazer da cultura e da arte um negócio lucrativo, produzindo e vendendo elementos cul- turais como se fossem objetos que as pessoas desejam comprar.

O principal eixo produtor e disseminador dos padrões culturais massificados hoje é os Estados Unidos, que importa os seus produ- tos culturais para vários países globalizados, que assimilam aqueles produtos como uma cultura autêntica.

Cultura Nacional

Nós, brasileiros, somos parte de um enorme grupo que com- partilha uma determinada cultura e, dentro desse grupo, há outros grupos, menores, que compartilham outras culturas. Ou seja, há

certas características comuns a todos os brasileiros, porém, cada povo dentro do Brasil compartilha outras características particula- res. Descomplicando isso tudo, o que se quer dizer é que paulistas, baianos, cearenses, gaúchos, cariocas, todos nós somos brasileiros e compartilhamos costumes e valores comuns como, por exemplo, a nossa receptividade. No entanto, há características particulares dentro de cada um desses grupos. Por exemplo: o funk, apesar de ser escutado e dançado em muitas partes do país, é uma particula- ridade dos imaginários culturais do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Ainda assim, o mesmo funk, por vezes, tem características dife- rentes em cada um desses estados. Indo direto ao ponto: o Brasil, como o grande país que é, tem uma diversidade cultural tão exten- sa quanto seu tamanho.

É importante, ou melhor, é imprescindível sabermos a razão dessa diversidade toda. A razão está na formação da nossa cultura, que se divide em quatro momentos. São eles: o período da coloni- zação, o período da independência política do Brasil para com a sua metrópole, o período da república e o período que vivemos atual- mente, o da globalização.

Durante a colonização, nossa nação começa a dar os primeiros passos, pelo menos em termos de formação cultural. Foi nesse mo- mento que houve o primeiro contato de três povos muito diferen- tes, responsáveis pelo nosso hibridismo cultural: os europeus, os in- dígenas e os africanos. É importante lembrar que esses termos são uma generalização e que eles englobam diversos povos africanos e indígenas e, por isso, quando os usamos, não estamos falando de uma unidade cultural oriunda da áfrica e das tribos que aqui havia, mas de uma pluralidade imensa. Além disso, quando mencionamos os europeus, estamos falando não só dos portugueses, mas tam- bém de outras nacionalidades que aqui estiveram por tanto tempo, como os holandeses. O que isso tudo significa? A nossa cultura já começa sendo formada pela mistura de váaaarias outras. Por isso, hoje, somos um país cheio de religiões, estilos musicais, danças…

Você não pode deixar de levar isso em consideração caso o tema da redação esteja relacionado a isso.

O segundo momento que mencionamos, junto ao terceiro, também é de extrema importância. Na independência do Brasil co- meçamos, timidamente, a buscar a nossa independência cultural da Europa, já que, desde o século XVI, éramos reprodutores de tudo o que a nossa metrópole criava. Foi nesse momento que o roman- tismo começou a ser patrocinado aqui no Brasil, como uma tenta- tiva de produção nacional, se tornando o primeiro passo da nossa emancipação cultural. O terceiro momento, a república, foi um grito de liberdade ainda maior. Na época, com tudo o que acontecia den- tro e fora do país, a tendência era, cada vez mais, produzir coisas nossas. Nesse período, surgiu o modernismo, que veio pra mostrar como é o Brasil e pra provar que o povo brasileiro podia ser tema da nossa própria arte. (Vale lembrar que, nesse momento, os Estados Unidos da América já tinham virado o jogo e, assim como a Europa, também exportava novidades artísticas, sendo outro foco do nosso desejo de emancipação.).

O quarto momento que temos de analisar é um pouco mais simples de entendermos, já que está tão próximo de nós: a globa- lização. Através do avanço dos meios de comunicação, da ampla utilização da internet, de computadores, e a facilidade com que a informação circula no mundo todo, temos a sensação de que o mundo está mais dinâmico e próximo. Por conta de toda essa faci- lidade, é comum que haja um diálogo maior entre as culturas. Por isso temos a sensação de que nossos valores e costumes são cada vez mais iguais. Porém, as coisas não são assim como imaginamos.

Esse diálogo não ocorre de forma homogênea, sendo assim, não podemos considerar que a mistura de culturas que a globalização possibilitou foi igualitária. O que queremos dizer com isso? Na ver- dade, com a globalização, o imperialismo cultural que sofríamos da

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CONHECIMENTOS GERAIS E ATUALIDADES Europa não se findou, mas passou a ser um imperialismo oriundo

dos EUA. Trocamos, apenas, de metrópole. O mundo todo passou pelo mesmo processo.

Cultura brasileira

A cultura brasileira é rica e diversa, o que se explica pela forma- ção geográfica e histórica do país. Indígenas, africanos e portugue- ses contribuíram muito para essa construção.

A cultura brasileira, assim como a formação étnica do povo bra- sileiro, é vasta e diversa. Nossos hábitos culturais receberam ele- mentos e influências de povos indígenas, africanos, portugueses, espanhóis, italianos e japoneses, entre outros, devido à coloniza- ção, à imigração e aos povos que já habitavam aqui.

São elementos característicos da cultura brasileira a música po- pular, a literatura, a culinária, as festas tradicionais nacionais, como o Carnaval, e as festas tradicionais locais, como as Cavalhadas de Pirenópolis, em Goiás, e o Festival de Parintins, no Amazonas.

A religião, como elemento cultural, também sofreu miscige- nação, formando o que chamamos de sincretismo religioso. O sin- cretismo religioso brasileiro reúne elementos do candomblé, do cristianismo e das religiões indígenas, formando uma concepção religiosa plural.

Como a cultura brasileira nasceu?

Podemos dizer que os elementos mais antigos da cultura ge- nuinamente brasileira remontam aos povos indígenas que já habi- tavam o território de nosso país antes da chegada dos portugueses em 1500. Donos de uma cultura extensa, os povos nativos manti- nham as suas crenças e praticavam seus elementos culturais aliados a um modo de vida simples e em contato com a natureza.

Com a chegada dos portugueses e o início da colonização, a cultura europeia foi introduzida, à força, nos povos indígenas, e as missões da Companhia de Jesus (formadas por padres jesuítas) vie- ram para o Brasil com o intuito de catequizar os índios.

No século XVII, devido ao grande número de engenhos de ca- na-de-açúcar, os europeus começaram a capturar e trazer os negros africanos, à força, para o Brasil, como escravos. Esses, tiranicamen- te escravizados, trouxeram consigo elementos da sua cultura e de seus hábitos, como as religiões de matriz africana, a sua culinária e seus instrumentos musicais.

No século XIX, o Brasil vivenciou mais um processo migratório composto por trabalhadores italianos que vieram trabalhar nas la- vouras de café, quando os primeiros indícios da abolição da escra- vatura já apontavam no governo brasileiro. Outros grandes fluxos migratórios significativos aconteceram durante a Segunda Guerra Mundial, quando japoneses, alemães e judeus buscaram refúgio em terras brasileiras.

Toda essa vastidão de povos provocou a formação de uma cul- tura plural e de culturas diferentes. As diferenças geográficas tam- bém contribuíram para que o processo cultural brasileiro se tornas- se plural e diversificado.

Se considerarmos como exemplo a música sertaneja de raiz, encontramos nela elementos que remetem à vida no campo. Já o funk carioca fala da vida nas favelas, de onde ele surgiu. A literatu- ra de cordel, por sua vez, trata de temas recorrentes ao sertanejo nordestino, enquanto os elementos da vida gaúcha tratam da vida dos povos que se estabeleceram no Sul do país, sob influência de alemães e argentinos.

Hábitos e costumes

Os costumes brasileiros são variados. Tratando de termos mo- rais, a nossa influência toma como base, principalmente, a moral judaico-cristã. O cristianismo constitui a maior influência para a for- mação de nosso povo, principalmente pela vertente católica, que

compõe o maior grupo religioso brasileiro. Também sofremos in- fluências morais de outros povos que vieram para o Brasil por meio dos fluxos migratórios, como os africanos.

A diversidade de hábitos e costumes morais também se deu por conta dos regionalismos que foram surgindo ao longo do tem- po. Por possuir um território de proporções continentais, o Brasil viu, ao longo de sua história, o desenvolvimento de diferentes ver- tentes culturais, devido às diferenças geográficas que separam o território.

Pensando em termos culinários (a culinária é um valioso ele- mento cultural de um povo), temos pratos típicos e ingredientes que provêm da cultura indígena, dos estados nordestinos e do Cen- tro-Oeste brasileiro, por exemplo. Enquanto vatapá e acarajé são pratos típicos baianos de origem africana, os habitantes do Cerrado consomem pequi, e a culinária tradicional paulista é fortemente in- fluenciada pela culinária portuguesa e italiana.

Influências

• Influência europeia

A cultura europeia é uma das principais fornecedoras de ele- mentos culturais para o Brasil. Foram os europeus que mais migra- ram para o país. Culinária, festas, músicas e literatura foram trazi- das para o território brasileiro, fundindo-se com outros elementos de outros povos. Além da cultura popular dos países europeus, foi trazida também a cultura erudita, marca essencial das elites intelec- tuais e financeiras europeias.

• Influência indígena

Hoje nós consumimos pratos típicos indígenas, além de incor- porarmos em nosso vocabulário palavras oriundas da família lin- guística tupi-guarani. Palavras como caju, acerola, guaraná, man- dioca e açaí têm origem indígena, além do hábito alimentar que desenvolvemos comendo esses frutos e da mandioca ter nascido na cultura indígena antes da chegada dos portugueses.

• Influência africana

Os africanos trouxeram para o Brasil as suas práticas religiosas expressas hoje, principalmente, pelo candomblé e pela umbanda, que mistura elementos do candomblé com o espiritismo kardecista.

Também trouxeram pratos típicos de suas regiões e desenvolveram aqui pratos com inspiração naquilo que compunha a culinária afri- cana dos locais de onde vieram. Outra marca cultural que herdamos dos africanos é a capoeira, praticada até os dias atuais.

Cultura brasileira atual

Atualmente, a cultura brasileira sofre diversas influências além daquelas raízes apontadas no tópico anterior. A cultura brasileira atual é influenciada fortemente pelos elementos da indústria cultu- ral. Além desses fatores, existem outros oriundos da cultura produ- zida nas periferias, que não necessariamente são frutos da indústria cultural.

Hoje, podemos elencar o hip hop e o funk como elementos que impulsionam a cultura brasileira atual, para além da cultura de massa produzida pela indústria cultural. Nesses casos, podemos re- lacionar esses elementos a uma cultura autêntica, produzida pela periferia e para a periferia, sendo muitas vezes confundidos com os elementos da indústria cultural ou incorporado por eles.

Alguns elementos culturais do século XX também resistem e colocam-se como fatores que ainda influenciam a cultura brasileira atual, como o carnaval, que movimenta grande parte da população brasileira entre nos meses de fevereiro e março de cada ano.

Referências

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