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O QUE É E COMO FAZER EDUCOMUNICAÇÃO?

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Academic year: 2022

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O QUE É E COMO FAZER

EDUCOMUNICAÇÃO?

Aproprie-se desta prática pedagógica e suas metodologias e faça a diferença na busca de um mundo mais humano.

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União Brasileira de Educação e Ensino – UBEE

SUPERIOR PROVINCIAL Ir. Wellington Mousinho de Medeiros

VICE–PROVINCIAL Ir. Ataide José de Lima CONSELHEIROS PROVINCIAIS

Ir. Alexandre Lucena Lôbo Ir. José de Assis Elias de Brito Ir. José Wagner Rodrigues da Cruz

ECONOMATO PROVINCIAL Ir. Humberto Lima Gondim

SUPERINTENDÊNCIA DE ORGANISMOS PROVINCIAIS Ir. James Pinheiro dos Santos

SUPERINTENDENTE DE OPERAÇÕES CENTRAIS Artur Nappo

SUPERINTENDENTE SOCIOASSISTENCIAL Dilma Alves Rodrigues

INSTITUTO MARISTA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – IMAS Gerente Social

Cláudia Laureth Diretora Milda Moraes

Analista de Comunicação Social - Jornalista Fernanda Carmo

Analistas Sociais Fábio Feitosa Geraldo Costa Lauriene Queiroz

Joseane Barbosa Estagiária de Publicidade

Elma Amorim Motorista Domingos Teixeira

Impressão Sergipe Soluções Gráficas

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O QUE É EDUCOMUNICAÇÃO?

A Educomunicação ou também Educom surge na interface entre a Educação e a Comunicação Social. Apresenta-se sob a forma de leitura crítica dos meios midiáticos, produção coletiva de comunicação e epistemologia (Teoria do Conhecimento). O que a torna relevante, em todas as suas vertentes, é que ela evidencia uma das temáticas mais importantes da nossa história: a influência da comunicação social na formação das pessoas e nas dinâmicas sociais.

Ao estimular a autoria e a produção coletiva de comunicação, a Educomunicação vem resgatando o uso e a democratização da palavra como um Direito Humano de todas as pessoas, de qualquer idade, gênero, origem ou titulação.

A Educom tem se tornado um fator dinamizador das relações educacionais e sociais otimizando e atualizando uma linguagem comum entre educador e educando, promovendo metodologias inovadoras para a aquisição de conteúdos, por meio das novas tecnologias. Sem dispensar o papel de maior experiência mediadora dos educadores, os processos de criação horizontalizam mais a relação educativa, tornando todos participantes da busca e da produção do conhecimento, através de uma linguagem que muitas vezes os mais jovens até dominam melhor.

O conceito e as práticas educomunicativas já tem sido em parte contemplados na proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais, especialmente na área das Linguagens e Artes, mas também em outras disciplinas. Grupos sociais diversos em sua luta pelos Direitos Humanos tem visto na Educomunicação uma ferramenta estimulante no sentido de incentivar os diversos sujeitos pessoais e coletivos a assumirem a própria voz, dizendo dos seus desejos, necessidades e lutas.

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OBJETIVOS DA EDUCOMUNICAÇÃO

A Educomunicação não visa substituir as tradicionais áreas acadêmicas que formam os profissionais de comunicação e educação e nem se tornar uma disciplina escolar a mais.

Como metodologia transversal ela se adapta bem a qualquer conteúdo e disciplina e sobretudo, carrega consigo um grande sentido politico e emancipatório pois, assumir a posição de produtor, ainda que não profissional, ajuda a alargar o campo da consciência crítica, suscitando perguntas fundamentais, como:

Qual a real função da comunicação em nosso mundo?

Como se dá a produção da mensagem desde as fontes até o receptor final? Que interesses perpassam cada noticia que costumamos ouvir em nosso cotidiano? E nós, como temos produzido nossas mensagens?

Além de criar uma via de mão dupla (quem era apenas receptor se torna também produtor da mensagem) as reflexões que são provocadas em torno desse fazer comunicação juntos, acabam fazendo vir à tona coisas essenciais como o sentido ético, a transparência da palavra, a fidelidade e diversidade das fontes, os fatos por detrás das noticias e dos enfoques adotados. E tudo isso significa postura crítica no mundo.

Além disso, muitas vezes, a iniciativa de se debruçar sobre os próprios problemas, tornando-os temas de reportagens, fotos, entrevistas, etc., leva as pessoas e grupos a tomarem distância crítica , serena e objetiva acerca dos conflitos e problemas que vivenciam, ajudando a olhar para eles com uma responsabilidade e compromisso maior.

Assim, a Educomunicação vivida em contextos de violência juvenil, por exemplo, tem mostrado a força de um verdadeiro psicosociodrama que ajuda os jovens a tomarem as

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rédeas da própria vida, percebendo o valor de se buscar comunitariamente a resolução dos problemas e desafios afetos ao próprio ambiente social, escolar, de trabalho etc.

De modo que, muito mais que fazer, tecnicamente falando, a produção da comunicação (vídeos, rádios, reportagens, boletins, etc) importa muitíssimo mais a intencionalidade humanista, politica e pedagógica de quem se envolve com a condução dos processos de Educomunicação.

É preciso que o conteúdo humano de quem conduz seja rico, para que esses processos sejam libertadores. A cultura de assembleia, onde os participantes decidem e assumem juntos, o sentido do saber compartilhado e buscado em comum e outros referenciais, não são paradigmas educativos novos. Nós os conhecemos por uma já longa tradição de educação humanista, popular e libertadora.

A Educomunicação ao assumir esses ideais como norteadores de sua prática, apenas os leva para o contexto moderno e envolvente das mídias, promovendo também dessa forma, um uso mais democrático e emancipador das mesmas. Assim fazendo, ajuda também a trazer a comunicação social para o chão da vida, não como substituto do diálogo humano (como tanto ocorre na mídia convencional) mas como verdadeira ferramenta impulsionadora da troca, do diálogo, da pluralidade e diversidade de posições e pontos de vista.

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POR QUE EDUCOMUNICAR?

Integrar o conhecimento à cidadania e aos Direitos Humanos não é tarefa das mais fáceis, porém é possível quando os educandos conseguem realizar uma leitura da sua realidade através dos meios e organizam-se para discuti-la, problematiza-la e modificá- la, criticando os meios já conhecidos da grande massa e, também, construindo outros que produzam movimento, reflexão, humanizando mais as relações na escola, nas entidades sociais, na educação e na sociedade em geral.

Precisamos ser mais comunidade. Precisamos que nossas relações sejam mais construtivas e que o bem de todos seja parte do interesse de cada um. A comunicação convencional fragmenta o nosso sentido de pertença social e comunitária. A educação pode trazê-la para o chão de um humanismo libertador, que reforce o sentido do nosso caminhar juntos superando os individualismos e fazendo o conhecimento ser fator de coesão social e transformação das nossas realidades. À medida que faz a comunicação se tornar servidora do ideal humano, a educação se torna Educomunicação.

De todo modo, os nossos jovens e crianças estão mergulhados no mundo da informação e comunicação e não há como escapar do esforço de lhes falar nessa linguagem que os envolve de todo lado. Mas é urgente buscar com eles recursos que os ajudem a ser não apenas receptores críticos e interativos, mas também donos criativos da palavra e da imagem reconstruindo realmente o próprio sentido da comunicação e das suas funções no mundo.

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COMO EDUCOMUNICAR?

Apresentamos algumas dicas:

• Tente perceber e ajudar a perceber as noticias como parte de processos (às vezes de longa duração ) e não apenas como eventos isolados, buscando as origens dos problemas reportados na mídia, fazendo o histórico dos mesmos;

• Apresente vídeos e reportagens inspiradoras para uma discussão crítica, buscando diferentes abordagens e versões de um mesmo fato, por diversos veículos de comunicação. Faça perguntas sobre os possíveis porquês das diferenças de abordagem;

• Trabalhe com os jornais locais, ajudando a identificar como eles se reportam às problemáticas das comunidades que costumam noticiar e convide os educandos a se posicionarem diante dessas problemáticas;

• Incentive a reconstrução de noticias e reportagens da mídia convencional sob um ângulo mais crítico;

• Desperte o olhar sereno e objetivo sobre os problemas e desafios que envolvem o grupo com o qual você trabalha. Fazendo reportagens sobre esses problemas, como quem vê de fora (com olhar de repórter) o grupo poderá tomar a distância crítica necessária para uma compreensão mais aguda de suas dificuldades e necessidades;

• Estimule o grupo de educandos a criar enquetes, fóruns de discussão dos problemas, como parte das reportagens que fizeram acerca desses problemas, ao mesmo tempo em que continuam a fazer a “cobertura jornalística” da evolução do problema;

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• Busque ajudar o grupo a articular as questões enfocados sob o prisma de uma cultura de direitos (dos jovens, das crianças e adolescentes, dos idosos, dos índios, etc.) e uma cultura de cidadania, participação, controle social, incidência politica e protagonismo: fazer valer a nossa voz, fazer chegar nosso apelo! Porém em se tratando de crianças e adolescentes, lembre-se que a maior parte da responsabilidade e da luta na garantia dos seus direitos é nossa. Sua participação se dá como parte do processo educativo que busca ouvi-las e integrar a contribuição que tão bem sabem dar;

• Traga os conteúdos escolares convencionais para esse processo, não como meros temas a serem estudados, mas também como situações problemáticas a serem compreendidas criticamente. Por exemplo, não traga o estudo abstrato das questões ambientais, mas identifique desafios e problemas ambientais reais próximos do grupo. E que o grupo acompanhe, se envolva, inclusive como parte do problema e da solução, ao mesmo tempo em que vai fazendo a

“cobertura” midiática do processo todo;

• Enfim, parta sempre do real, do desafio próximo, visando a sua compreensão mais profunda e se possível envolva o grupo em ao menos parte do processo de busca de soluções e saídas, de transformação desse real;

• Mas não se esqueça da aldeia global que habitamos, fazendo as questões distantes se tornarem próximas do grupo, ajudando a descobrir como afetam o mundo todo e a nossa vida cotidiana.

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O QUE É NECESSÁRIO BUSCAR PARA FAZER EDUCOMUNICAÇÃO?

• Antes de tudo a busca e o aprofundamento do sentido humanista, pedagógico e politico que está por detrás dessa prática. Sem colocar dentro de si, a filosofia que inspira a educomunicação, você corre o risco de apenas reforçar perspectivas pedagógicas pobres e restritas, com recursos modernos. A proposta é de usar um pano novo e não um remendo novo em pano velho;

• Inteirar-se junto com seu grupo, dos rudimentos técnicos dos vários tipos de textos e imagens presentes nas mídias atuais: a base da reportagem e da entrevista, o conceito e a prática de noticia, o sentido do documentário, a foto como reportagem que conta e analisa, os enquadramentos adequados das filmagens, etc. Toda essa parte técnica não visa a expertise profissional, mas apenas o domínio dos rudimentos básicos para garantir a produção-emissão dos conteúdos midiáticos ;

• Se for o caso e a necessidade promova oficinas especificas de fotografia, vídeo, rádio para que você e o grupo se familiarizem com os aspectos técnicos básicos da produção;

• Embora se possa fazer uso de computadores, filmadoras e câmeras, os recursos baratos e acessíveis como celulares, um mural para expor um jornal feito a mão, um simples microfone para uma rádio ao vivo e outros, costumam empolgar a turma quando o maior combustível é a criatividade;

• É muito importante dar visibilidade a tudo aquilo que for produzido. Recursos disponíveis hoje em dia, garantem imediata exposição do trabalho, através do youtube , face book, blogs e outros caminhos. Além de buscar a divulgação do

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conteúdo exposto junto a uma certa audiência geral, é possível interagir com os inúmeros coletivos de adolescentes e jovens que tem feito Educomunicação pelo mundo afora. A troca de conteúdos nesse sentido é muito estimulante e vários jovens comunicadores já tem se articulado em diversos tipos de associações, vivendo um rico intercâmbio cultural.

PARA CONHECER E ESTUDAR MAIS SOBRE EDUCOMUNICAÇÃO:

Segue uma dica de leitura e estudo sobre a Educomunicação

Núcleo de Comunicação e Educação (NCE) da USP: http://www.usp.br/nce Sugestão de Itinerário de Educomunicação

Identifique o perfil dos educomunicandos e monte uma redação dentro da escola, da unidade social, da paróquia, do projeto e de quaisquer outros espaços que você tenha acesso.

Editor – Quem aprova as pautas, textos, corrige e valida informações inseridas nas matérias.

Editoria - Seções de um veículo que dividem o conteúdo por áreas (Economia, Política, Esportes, Cultura, entre outros)

Entrevista – processo realizado pelo repórter que colhe informações de outra pessoa (entrevistado).

Errata - Correção de uma informação que foi publicada erroneamente.

Fonte - pessoa ou instituição que fornece informação ao repórter

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Fotojornalismo - Fotografia aplicada ao jornalismo. No fotojornalismo, as imagens complementam a notícia e transmitem informação. Vale ressaltar que as fotos devem ser devidamente creditadas pelo fotojornalista. Em caso de utilização de imagens de terceiros, os créditos dos autores devem ser inseridos, pois trata-se do uso de imagens realizadas por outros profissionais.

Lide- reunião de informações mais importantes sobre o fato ocorrido. Deve responder às seguintes perguntas para a elaboração de um texto coerente: O quê? Quem? Quando?

Como? Onde? E por quê?

Manchete - Título com maior destaque em uma publicação. Deve ser objetivo, conciso, dizer brevemente o que aconteceu e atrair a atenção do público.

Pauta - Conjunto de informações que apresentam ao repórter o tema e o contexto da matéria que deve ser feita. Possui sugestão de entrevistados, direcionamento de enfoque, prazo e demais informações.

Ping- Pong - Método de entrevista que é reproduzido e publicado integramente, no formato pergunta-e-resposta.

Projeto Gráfico - Identidade visual da diagramação.

Repórter – jornalista responsável pela produção de matérias e reportagens.

Redação - Ambiente de trabalho dos jornalistas e outros profissionais responsáveis pela produção do veículo.

Visite nosso Blog: http://sites.marista.edu.br/ecoar/

Fonte: Projeto Nossa Mídia e Universidade de São Paulo (USP)

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QS 01 – Rua 210 – Lote 40 – Edifício Taguatinga Shopping Torre A – 7º.

Andar – sala 707/708 – Águas Claras – Brasília/DF CEP 71.950-904 2102 2177 - Ramais 5456 e 5441

www.marista.edu.br

Referências

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