BRASIL COLÔNIA (1500-1822)
1 - O CICLO DO AÇÚCAR
Séc. XVI e XVII (auge).
Nordeste (BA e PE).
Litoral.
Solo e clima favoráveis.
Experiência de cultivo (Açores, Cabo Verde e Madeira).
Mercado consumidor.
Alto valor na Europa.
Participação de capital holandês: financiamento da
produção, transporte, refino e distribuição na Europa.
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A PRODUÇÃO AÇUCAREIRA NO BRASIL
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Engenhos (unidade produtiva básica):
Casa Grande (residência do senhor de engenho e família).
Senzala (ambiente insalubre destinado aos escravos).
CASA GRANDE SENZALA
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Sociedade açucareira:
Senhores.
Escravos.
Patriarcalismo.
Ruralismo.
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Outros produtos:
Suporte para a lavoura canavieira.
GADO (exploração do interior, couro, tração, carne, leite, pecuária extensiva, trabalho livre).
FUMO (troca por escravos na África).
DROGAS DO SERTÃO: produtos extraídos da floresta amazônica com relativo valor na Europa, tais como anil, guaraná, salsa, corantes, e sobretudo o cacau.
Agricultura de subsistência.
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A ECONOMIA COLONIAL NO SÉCULO XVII
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Trabalho escravo:
ÍNDIOS: mais utilizados até aproximadamente 1560, utilizados em lavouras menos desenvolvidas ou mais pobres.
NEGROS: preferencialmente utilizados a partir de 1560,
mão-de-obra básica do Brasil durante todo o período
colonial e imperial. Utilizados acima de tudo pelo fato
de representarem uma fonte de lucro extra através do
tráfico de escravos. Além disso, os índios foram sendo
exterminados e o grau de evolução das comunidades
negras era maior, pois eles já conheciam a agricultura.
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ESCRAVOS: OS PÉS E AS MÃOS DOS SENHORES
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TRÁFICO DE ESCRAVOS: UM NEGÓCIO LUCRATIVO
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BRASIL COLÔNIA (1500-1822)
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CASTIGAR PARA DOMINAR
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2 - UNIÃO IBÉRICA E INVASÕES HOLANDESAS
União Ibérica (1580 – 1640):
Período em que POR e ESP foram governados pelos mesmos reis. POR foi dominada pela ESP.
D. Sebastião (POR) morre em 1578 sem deixar sucessores.
D. Henrique, seu tio já idoso assume o trono e falece em 1580, também sem sucessores.
Felipe II, rei da ESP invade o país e impõe governo conjunto.
Possessões portuguesas passam a ser da ESP.
D. SEBASTIÃO
FELIPE II
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A UNIÃO IBÉRICA
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Acordo com nobreza portuguesa determina manutenção de órgãos administrativos portugueses nas colônias, portanto, internamente não houve alterações no Brasil.
Tratado de Tordesilhas começa a ser ultrapassado.
Inimigos da ESP na Europa invadem o BRA em represália ao governo espanhol.
HOL, um dos inimigos da ESP é impedida de fazer comércio em qualquer possessão espanhola.
Comércio do açúcar no BRA que tinha participação holandesa é atingido.
Holandeses invadem o BRA tentando romper o bloqueio
espanhol ao comércio de açúcar.
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As invasões holandesas
(1624 – 1654):
Tentativa de romper o bloqueio econômico imposto pelo
governo espanhol ao comércio do açúcar.
1624 – Invasão da BA (fracasso).
Criação da Companhia das Índias Ocidentais – empresa holandesa responsável por
viabilizar recursos para invadir novamente o Brasil.
1630-1654 – Invasão de PE
(maior centro mundial de
produção açucareira).
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Maurício de Nassau – governante holandês
responsável pelo controle de PE e estabelecer um clima amistoso com os brasileiros.
Modernização e urbanização.
Embelezamento de cidades (com a vinda de artistas holandeses).
Financiamento para donos de engenho.
Liberdade de culto.
Demitido em 1644 pela CIA. das Índias Ocidentais.
MAURÍCIO DE NASSAU
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Insurreição Pernambucana (1645-1654): movimento luso-
brasileiro que expulsou os holandeses do BRASIL.
Conseqüência da expulsão dos holandeses: início da crise do ciclo do açúcar pois os holandeses ao saírem do BRASIL instalam-se nas Antilhas (América Central),
produzindo lá um açúcar mais barato e de melhor qualidade que o nosso.
AS ANTILHAS
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–21.1 – As bandeiras e a exploração mineradora
–Portugal enfrentava problemas econômicos
–O açúcar brasileiro enfrentava a
concorrência antilhana –Perda de possessões no Oriente e na África
–Grave crise econômica
–A Coroa passou a estimular a procura por metais preciosos na colônia
–Entradas:
expedições oficiais de exploração do interior
da colônia
–Bandeiras:
expedições armadas organizadas em geral
por particulares paulistas
Busca de índios para escravização
Combate às
revoltas indígenas
Destruição de quilombos
Procura por metais preciosos –Objetivos
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–As bandeiras dos séculos XVII e XVIII
–Fonte: Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: FAE, 1991, p. 24.
–BANDEIRAS DOS SÉCULOS XVII E XVIII
–CARTOGRAFIA: ERICSON GUILHERME LUCIANO
–330 km
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Missões jesuítas espanholas no sul: terras dos atuais estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, além de áreas da Argentina e do Paraguai.
–
Nessas missões, os índios eram evangelizados,
principalmente por meio do canto e do teatro. Cultivavam a terra, criavam gado, faziam artesanato.
–
As bandeiras paulistas atacaram as missões em busca de índios para trabalhar como escravos, principalmente nas lavouras paulistas.
–
Após sucessivas investidas paulistas, muitas missões jesuíticas foram destruídas.
–Os ataques às missões
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Os bandeirantes descobriram ouro na região do Rio das Velhas por volta de 1695 → a partir daí ocuparam-se várias áreas em Minas, Mato Grosso e Goiás.
Iniciou-se um processo acelerado de urbanização nas áreas próximas às minas descobertas.
O grande afluxo de pessoas para a região e a escassez de gêneros de subsistência causaram graves crises de fome.
Com o tempo, a escassez de alimentos foi reduzindo com o cultivo de roças de subsistência, a diversificação das atividades econômicas e o comércio de produtos vindos de outras regiões da colônia.
–A exploração aurífera
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A Coroa organizou rapidamente um sistema de exploração das minas:
• Distribuição das datas → privilégio aos grupos mais ricos.
• Criação da Intendência de Minas (1702) → responsável pela cobrança dos tributos, policiamento e justiça local.
As formas de arrecadação variaram com o tempo, destacando-se:
• O quinto → 20% do metal extraído cabia à Coroa.
• A capitação → cobrança de um imposto por cabeça de escravo maior de 12 anos.
• A derrama → cobrança de impostos atrasados ou extraordinários.
Em 1725, a Coroa instalou a primeira Casa de Fundição –
onde o ouro seria fundido, tributado e transformado em barras.
–A exploração aurífera
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Guerra dos Emboabas (1708-1709) → conflito entre
paulistas e outros colonos, principalmente portugueses, pelo controle da região das minas.
Os paulistas exigiam o direito exclusivo sobre as lavras concedidas pela Coroa.
Resultado do confronto:
• Derrota dos paulistas.
• Criação da Capitania de São Paulo e das Minas de Ouro.
• Os paulistas avançam mais para o interior em busca de novas minas de ouro → descoberta de novas jazidas em Mato Grosso e Goiás → ampliação da América portuguesa.
–A Guerra dos Emboabas
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Os diamantes foram descobertos na região da Comarca de
Serro Frio, no norte das Minas Gerais. Para garantir um controle eficiente da região, a Coroa criou o Distrito Diamantino.
As regras para a exploração de diamantes tiveram três momentos:
• Intendência dos Diamantes (a partir de 1734) → semelhante ao do ouro nas minas → concessão de datas e cobrança do
quisto.
• Contratos de Monopólio (1740-1771) → um contratador tinha o monopólio da exploração.
• Real Extração (depois de 1771) → quando a Coroa assumiu o controle direto da atividade no Distrito.
–A extração de diamantes
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–Cálculo aproximado da produção de ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso no século XVIII (kg)
Anos Minas Gerais Goiás Mato Grosso
1730-1734 7.500 1.000 500
1735-1739 10.637 2.000 1.500
1740-1744 10.047 3.000 1.100
1745-1749 9.712 4.000 1.100
1750-1754 8.780 5.880 1.100
1755-1759 8.016 3.500 1.100
1760-1764 7.399 2.500 600
1765-1769 6.659 2.500 600
1770-1774 6.179 2.000 600
1775-1779 5.518 2.000 600
1780-1784 4.884 1.000 400
1785-1789 3.511 1.000 400
1790-1794 3.360 750 400
1795-1799 3.249 750 400
–Fonte: PINTO, Virgílio Noya. O ouro brasileiro e o comércio anglo-português. São Paulo: Nacional, 1979.
BRASIL COLÔNIA (1500-1822)
–Os rebeldes da colônia
–21.4 – As revoltas coloniais
–Revoltas coloniais (séculos XVII e XVIII)
–Revoltas com caráter regional, que contestavam aspectos da
política metropolitana
–Revoltas com caráter separatista, buscando o rompimento
com a metrópole
–Revolta de Beckman
(1684)
–Guerra dos Mascates (1710-1711)
–Revolta de Vila Rica
(1720)
–Conjuração Mineira
(1789)
–Conjuração Baiana
(1798)
BRASIL COLÔNIA (1500-1822)
–Os rebeldes da colônia
–REVOLTAS COLONIAIS
–Fonte: Isto É Brasil, 500 anos: atlas histórico. São Paulo: Três, 1998.
–CARTOGRAFIA: ANDERSON DE ANDRADE PIMENTEL
–350 km
BRASIL COLÔNIA (1500-1822)
O estado do Maranhão sofria no século XVII →
desabastecimento de gêneros alimentícios, manufaturados e escravos.
A Coroa criou então a Companhia Geral de Comércio do Maranhão, que deveria abastecer a região → mas surgiram problemas:
• A Companhia impôs uma política de preços que prejudicava os colonos.
• Os produtos e escravos enviados para a região eram insuficientes.
Em 1684 explode a revolta liderada pelos irmãos Beckman.
–A Revolta de Beckman
BRASIL COLÔNIA (1500-1822)
Os rebeldes tomaram o depósito, aboliram o monopólio da Companhia e formaram um Governo Provisório.
A Coroa negociou com os sublevados, determinou o fim
do monopólio da Companhia e nomeou um novo governador para o Maranhão → depois prendeu os líderes
e executou Manuel Beckman em 1685.
Os monopólios e taxas que tinham sido abolidos foram restabelecidos.
–A Revolta de Beckman
BRASIL COLÔNIA (1500-1822)
Durante a invasão holandesa, Recife foi escolhida
para sede da administração e recebeu diversas melhorias e infraestrutura, o que não ocorreu com Olinda.
Segunda metade do século XVII → concorrência do açúcar antilhano → queda nos preços do açúcar brasileiro →
→ endividamento dos senhores do engenho de Olinda com os comerciantes de Recife.
1709 → Recife foi elevada à categoria de vila → a aristocracia de Olinda não aceita e inicia-se a revolta.
A aristocracia de Olinda ocupa Recife → os comerciantes de Recife retomam a cidade com o apoio de outras capitanias.
1711 → O novo governador nomeado pela Coroa ordenou a prisão dos líderes olindenses e manteve Recife como vila.
–A Guerra dos Mascates
BRASIL COLÔNIA (1500-1822)
A Coroa decretou, em 1719, a instalação das Casas de Fundição na área mineradora → objetivos:
• Ampliar o controle sobre a atividade nas minas.
• Cobrar o quinto e evitar o contrabando.
Os colonos se rebelaram contra essas leis, liderados pelo minerador português Filipe dos Santos.
Os rebeldes publicaram um documento no qual denunciavam a corrupção dos funcionários da Coroa e exigiam o
fechamento das Casas de Fundição.
O governador da capitania reprimiu rapidamente o
movimento → os rebeldes foram presos e Filipe dos Santos foi condenado à morte e executado.
–A Revolta de Vila Rica
BRASIL COLÔNIA (1500-1822)
A) MOVIMENTOS EMANCIPACIONISTAS(XVIII ) As bases do colonialismo português passaram a ser questionadas e contestadas.
- Fatores internos:
.crise da economia colonial .tirania fiscal
.arrocho do exclusivo comercial - Fatores externos:
.Iluminismo
.Crise do Absolutismo
.Revolução Francesa
.Revolução Industrial
BRASIL COLÔNIA (1500-1822) A.1) A INCONFIDÊNCIA OU CONJURAÇÃO
MINEIRA(1789)
MOVIMENTO das elites econômicas e intelectuais de MG
PROJETOS elitistas privilegiando MG:
- República com capital em São J. D. Rey - Universidade em Vila Rica
- Liberdade comercial e industrial
BRASIL COLÔNIA (1500-1822) obs.:quanto ao futuro da escravidão, não houve
consenso, demonstrando as limitações do liberalismo no movimento.
INFLUÊNCIAS:
- iluminismo
- Independência dos EUA
- Liberalismo de Smith e Ricardo RESULTADO: fracasso
- falta de estrutura militar /elitismo/ delação do
Coronel Silvério dos Reis
BRASIL COLÔNIA (1500-1822)
BRASIL COLÔNIA (1500-1822)
–ALFERES JOAQUIM JOSÉ DA
SILVA XAVIER.
BRASIL COLÔNIA (1500-1822) Obs.: Tiradentes foi condenado à forca e ao
esquartejamento em 21/04/1792. BODE EXPIATÓRIO no processo.
B) A CONJURAÇÃO BAIANA OU A REVOLTA DOS ALFAIATES( 1798)
Movimento mais popular e democrático:
Negros alforriados, mulatos, padres, soldados,
alfaiates e escravos.
BRASIL COLÔNIA (1500-1822) Projetos
Fim da escravidão
Reforma agrária
República democrática e independente
Liberdade comercial e industrial
Influências:
Guerra de independência do Haiti
Revolução Francesa
Maçonaria(“cavaleiros da luz”)
Resultado: fracasso
Falta de estrutura militar
Dura repressão