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ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA ELABORAÇÃO E GESTÃO DE PROJETOS SOCIAIS

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ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA ELABORAÇÃO E GESTÃO DE PROJETOS SOCIAIS

SIMONE MOREIRA DOS SANTOS SOUZA

EIXO: 23. PESQUISA FORA DO CONTEXTO EDUCACIONAL

Resumo O presente artigo objetiva compreender a atuação do assistente social no processo de elaboração e gestão de projetos sociais. O processo de descentralização das políticas sociais tem alargado os espaços de atuação do Serviço Social, mesmo em um contexto, de mudanças impostas pelas metamorfoses do sistema capitalista, novas demandas e requisições são apresentadas para o assistente social. Este artigo foi desenvolvido através de uma breve revisão de literatura, visando ampliar o debate sobre a atuação do Serviço Social nesse âmbito. Atuação de assistentes sociais na elaboração e gestão de projetos sociais possibilita aos profissionais uma experiência indispensável para o crescimento e enriquecimento profissional. Palavras-chave: Serviço Social, projeto social, gestão social. ABSTRACT This article aims to understand the role of the social worker in the process and social project management. The social policies decentralization process has extended the areas of activity of social work even in a context of changes imposed by the metamorphoses of the capitalist system, new demands and requests are presented to the social worker. This article was developed through a brief literature review, aiming to expand the debate on the role of social work in this area. Areas of social workers in the development and social project management enables professionals an indispensable experience for professional growth and enrichment.Keywords: social work, social design, social management.

1. INTRODUÇÃO O Serviço Social na contemporaneidade, a partir de uma compreensão crítica da realidade vem alargando seu campo de atuação. Em um cenário de mudanças impostas pelas metamorfoses do sistema capitalista, novas demandas e requisições são apresentadas para o assistente social. Nesse sentido, o processo de descentralização e municipalização das políticas sociais, instituído pela Constituição Federal de 1988 tornou os municípios lócus central no processo

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de planejamento, execução, monitoramento e avaliação de planos, programas e projetos sociais.

Essa realidade exige dos municípios a aquisição de novas estratégias e a reorganização de seus quadros funcionais para poder dar conta da elaboração e gestão de projetos na área social. Desde então, uma nova demanda foi se constituindo para o assistente social: a da elaboração e gestão de projetos sociais. Destaca-se que, o debate sobre a atuação do assistente social na gestão de projetos sociais ainda é recente, ecoado principalmente após o processo de descentralização e municipalização das políticas sociais. Na elaboração e gestão de projetos sociais o assistente social coloca em prática os compromissos éticos e políticos da profissão e principalmente tem a possibilidade de ampliar a participação da população usuária nos processos decisórios, tornando efetivo o compromisso com a universalização dos direitos e a ampliação da cidadania. Nesse sentido, este estudo tem como questões fundantes as seguintes indagações: quais são as possibilidades e os desafios para assistentes sociais que labutam na elaboração e gestão de projetos sociais (seja na esfera governamental, não governamental ou na área empresarial)?

Desta forma, o presente artigo foi desenvolvido através de uma breve revisão de literatura, visando ampliar o debate sobre a atuação do assistente social nessa área. Em um contexto em que as expressões da “questão social”, matéria-prima do trabalho do assistente social têm se agravado devido ao processo de reestruturação produtiva e a implantação dos princípios neoliberais no país, as mudanças introduzidas pelo capital não só rebatem no trabalho dos assistentes sociais, como nos usuários das políticas sociais e no conjunto da classe trabalhadora, com a redução dos postos de trabalho gerando desemprego e pobreza. Compreende-se que a atuação do assistente social na elaboração e gestão de projetos sociais apresenta as seguintes dimensões: investigativa, propositiva e interventiva. O produto do trabalho do assistente social, tanto no campo de empresas privadas quanto nos órgãos estatais ou no âmbito do terceiro setor consiste na viabilização de direitos, prestação de serviços de interesse coletivo, educação sócio-política dos indivíduos sociais em suas múltiplas relações na dimensão da vida cotidiana, na produção e reprodução social. O assistente social pode atuar tanto na execução como na elaboração e gestão de projetos sociais ou ainda prestando assessoria e consultoria nas esferas governamental, empresarial e não governamental. A apreensão das particularidades da atividade profissional remete a discussão para o âmbito da natureza e das formas de inserção da profissão, sujeitas a um processo de cooperação que envolve atividades especializadas, saberes e habilidades que mobilizam, articulam, e põem em movimento unidades de serviços, tecnologias, equipamentos e procedimentos operacionais. O Serviço Social é uma profissão generalista, podendo o assistente social se inserir em diversos espaços ocupacionais, tendo por base de sua atuação o Projeto Ético-Político, o Código de Ética e a Lei que Regulamenta a Profissão. Tratando-se da instrumentalidade do Serviço Social na elaboração e gestão de projetos sociais, Guerra (2000) afirma que não consiste na mera utilização de instrumentais e técnicas, mas está relacionada com capacidades e qualidade que a profissão

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adquire em sua trajetória sócio histórica. A atuação de assistentes sociais na elaboração e gestão de projetos sociais possibilita a estes profissionais uma experiência indispensável para o crescimento e enriquecimento profissional. Para que o profissional intervenha de forma qualificada na elaboração e gestão de projetos sociais é preciso capacitação continuada e investigação sistemática. 2. Serviço Social na Gestão de Projetos Sociais Para tratar sobre o Serviço Social na gestão de projetos sociais faz-se necessário se remeter a Lei nº 8.662/1993 que regulamenta a profissão, pois ela define que as funções ligadas à elaboração, coordenação, execução e avaliação de planos, programas e projetos no âmbito de atuação do Serviço Social sãoatribuições privativas de assistentes sociais (BRASIL, 1993). O assistente social que atua na gestão de projetos sociais seja na esfera governamental, não governamental ou empresarial tem por base os fundamentos ético político e teórico metodológico da profissão de Serviço Social. Observa-se ao longo da historia que é comum considerar o Serviço Social, como uma profissão eminentemente interventiva, porém a Lei 8.662/1993 no inciso I do artigo 5° afirma que compete ao assistente social “coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, programas e projetos na área de Serviço Social”. O Serviço Social é regulamentado como profissão liberal, mas tradicionalmente a sua pratica profissional não tem sido executada como tal. Por estar vinculado a uma instituição que o emprega, o assistente social não tem exercido a profissão com total autonomia, pois não pode exercer suas ações de forma independente, visto que não dispõem de recursos, condições materiais para realizar seu trabalho, pelo contrário depende da instituição que o contrata. Mas é importante ressaltar que mesmo minimamente o assistente social exerce suas atividades de forma liberal, por exemplo, prestando assessoria e consultoria, elaborando projetos e programas sociais para empresas e outras organizações que o contrata. Ao assumir a gestão de projetos sociais, o assistente social precisa estar capacitado para atuar nas atividades que derivam da gestão como: planejamento, assessoramento, consultoria, gerenciamento, avaliação e monitoramento. O assistente social deve ampliar seu conhecimento sobre legislações sociais, orçamento público, captação de recursos, identificação de fontes de financiamento, pesquisa.

Pode-se perceber que, a gestão de projetos sociais na atualidade apresenta muitos desafios tais como: precárias condições de trabalho, parcos recursos humanos e financeiros para desenvolver atividades propostas. Aliado a um público cada vez maior, que procura por serviços e benefícios ofertados no âmbito estatal, empresarial ou no terceiro setor. Além disso, existem também dificuldades para articular o social, o econômico e o político evitando a fragmentação das atividades, necessidade de criar instrumentos que viabilizem as ações propostas, dificuldade para dar transparências às ações (SOUZA, 2001). Ao assistente social, cabe a compreensão crítica da dinâmica da realidade e do ser social em seu contexto. Portanto os desafios postos na atualidade exigem dos profissionais um aprofundamento teórico-metodológico que possibilite entendimento qualificado da realidade, técnico-operativo além do compromisso ético-político. Entre as

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possibilidades para o assistente social que atua na gestão de projetos sociais, podemos citar:

ampliação do espaço de atuação profissional, maior aproximação da classe trabalhadora possibilitando conhecimento das reais necessidades desse publico. Neste sentido, “o momento presente desafia os assistentes sociais a se qualificarem para acompanhar, atualizar e explicar as particularidades da questão social nos níveis nacional, regional e municipal” (IAMAMOTO, 2012, p.

41). O Estado ainda continua sendo o principal empregador de assistentes sociais. Mas percebe-se que vem ocorrendo uma redução dos postos de trabalho na esfera federal e estadual, em decorrência do processo de municipalização das políticas sociais e, principalmente, porque nos últimos anos vem aumentando o número de contratações de empresas que prestam serviços para o governo de forma terceirizada. É importante destacar que tem crescido a atuação dos assistentes sociais em ONGs e nos diversos movimentos sociais, na assessoria e consultoria, bem como no planejamento execução e monitoramento das atividades. São organizações autônomas em relação ao Estado e mesmo sendo privadas atuam com objetivo de defender os interesses públicos. O trabalho dos profissionais de Serviço Social nesses espaços apresenta um caráter social quando fortalece a organização da sociedade em busca dos direitos sociais, da cidadania e da democracia requisitos essenciais para a construção uma sociedade mais justa. O assistente social por ter uma formação generalista pode participar do gerenciamento das ONGs, para isso é necessário que o profissional entenda o significado social do trabalho da organização para poder estabelecer as devidas mediações com as políticas sociais.

De acordo com a composição profissional da equipe, em geral multidisciplinar, e da divisão técnica, a ação do assistente social terá maior ou menor definição. Dependendo também, do plano ou projeto de trabalho da ONG, pode haver a exigência de uma maior especialização técnica do profissional assistente social, como por exemplo, nas áreas de politicas públicas, educação, habitação, meio ambiente, segurança alimentar, criança e adolescente, relações de gênero e direitos da mulher, direitos humanos etc (PAZ, 1999, p. 41). Nesse sentido, o assistente social pode atuar também na gestão de projetos sociais das organizações do terceiro setor de acordo com o projeto ético político da profissão contribui para emancipação social dos indivíduos na defesa dos direitos socialmente conquistados. No âmbito das organizações do terceiro setor, uma atividade que se destaca é articulação em busca de parceria para obter recursos para desenvolver projetos sociais. A dificuldade encontrada pelo assistente social que atua nessa área diz respeito ao processo burocratização de acesso aos recursos financeiros que limita as ações das organizações. O assistente social que atua no processo de captação de recursos, em qualquer setor, precisa ter

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competência técnica que precede a elaboração de projetos sociais, que em si requer um aprofundamento teórico, conhecimento das políticas sociais, de orçamentos públicos, de processos licitatórios e conhecimentos de informática. O assistente social poderá atuar na gestão de projetos sociais no âmbito estatal, nas diferentes políticas sociais, nas três esferas, federal, estadual e municipal. Nas últimas décadas, a esfera municipal tem se destacado devido ao processo de municipalização e descentralização das políticas sociais. Nesse sentido, o assistente social atua tanto na execução quanto na gestão de tais políticas. Assim, na atualidade em vista do processo de descentralização e municipalização das políticas sociais é cada vez mais necessário, ao assistente social o conhecimento de legislação que foram criadas a partir da Constituição Federal de 1988. O conhecimento das legislações que emanam da Constituição facilita a gestão de projetos sociais na área da Seguridade Social na qual três políticas sociais importantes se destacam: saúde, assistência social e Previdência. Em face desse contexto, conhecer a Constituição e as leis que regulamentam as políticas de saúde, assistência social e Previdência são fundamentais para um gestor de projetos sociais. Além das legislações citadas, outras como: o Estatuto do Idoso, Lei Maria da Penha, Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei de Diretrizes e Bases da Educação também são ferramentas indispensáveis para quem trabalha com projetos sociais. Outro espaço ocupacional onde assistentes sociais podem atuar na gestão de projetos sociais é área da habitação. Nessa área, os assistentes sociais atuam em conjunto com os movimentos sociais, principalmente urbanos. A atuação de assistentes sociais na gestão de projetos sociais na área da política de habitação é importante devido à contribuição que esses profissionais oferecem, por meio dos diferentes instrumentos, da análise de conjuntura que envolve a política habitacional, com fortalecimento da cidadania. Assim, a atuação do assistente social na gestão de projetos sociais na política de habitação é direcionado para mediação dos interesses da classe trabalhadora criando meios de participação para que as reivindicações deste segmento possam ser ouvidas e atendidas. No âmbito empresarial, o assistente social poderá atuar na gestão de projetos sociais nas empresas privadas. A atuação do assistente social no âmbito das empresas capitalistas é histórica na profissão desde a sua profissionalização na primeira metade do século XX, mas sua presença a partir da década de 1970 é marcada pelas mudanças advindas

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pelo processo de reestruturação produtiva como resposta a crise internacional que vinha enfrentando. No contexto brasileiro trata-se de um período que favorece o mercado de trabalho para os assistentes sociais nesse campo, devido ao processo de mobilização e organização da classe trabalhadora, que buscava conquistar mais direitos sociais como saúde, assistência, educação, além de participar do processo de redemocratização do país, consolidado com a Constituição Federal de 1988. Nesse período o Serviço Social passava pelo um processo de negação do conservadorismo que permeava na profissão desde a sua criação no Brasil e a criação de um novo projeto ético-político para profissão, que se desenvolveu com o que Netto (1999) identificou como vertente de “intenção de ruptura”. Assim, o trabalho dos assistentes sociais nas empresas, conforme Amaral e Cesar (2009, p. 414) “atenderia, contraditoriamente, tanto às necessidades do capital - contratante dos serviços profissionais – como às do trabalhador”.

Ao intervir na reprodução social, os profissionais de Serviço Social, como trabalhador assalariado vivencia as mesmas situações de trabalho do conjunto da classe trabalhadora. Nas empresas além da gestão de projetos sociais, os assistentes sociais desenvolvem programas de formação, capacitação, mobilidade e sucessão dos empregados, gestão da qualidade total no trabalho e programas voltados para a qualidade de vida dos trabalhadores e da comunidade externa onde a empresa se localiza. 3.

Atuação do assistente social nas etapas um projeto social É comum as pessoas confundir projeto social com projeto de pesquisa, porém mesmo ambos tendo elementos comuns, existem diferenças entre eles, pois o projeto de pesquisa visa conhecer a realidade, já o projeto social tem por meta intervir na realidade e, a depender do contexto em que ele está, pode fazer parte de um programa social ou de uma política social. O projeto social é uma unidade que necessita de alocação de recursos humanos e financeiros para que as atividades que estão propostas possam se desenvolver e alcançar as metas esperadas, ou seja, possibilitar mudanças na realidade social. O planejamento de um projeto social começa com a identificação de uma problemática social, ou no dizer do Serviço Social de uma expressão da

“questão social” que será alvo de intervenção. Nesse sentido, o assistente social precisa elaborar um bom diagnóstico social da realidade para que haja desenvolvimento do projeto social, até para justificar a importância do mesmo. De acordo com Coutinho (2014), o diagnóstico identifica os

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problemas, as necessidades, oportunidades e ameaças onde o projeto irá atuar, além de mostrar os atores sociais que poderão ser potenciais parceiros do projeto social. É nessa fase, que serão elaboradas e criadas propostas e alternativas para resolução da problemática identificada. Após a identificação da problemática social que valida a proposta de intervenção do projeto segue-se para a fase de elaboração. Nessa fase é importante que o assistente social responsável pela elaboração do projeto social identifique e garanta a participação dos diversos atores envolvidos nesse processo, tais como: atores ligados à instituição, ao projeto e aos beneficiários. Além disso, é necessário que o assistente social formule objetivos claros e específicos que irão proporcionar efetividade ao projeto social. Nesse sentido, o assistente social responsável pela elaboração do projeto social precisam levantar indicadores; prever resultados; fazer o gerenciamento constante das ações; ter uma postura flexível e rever as ações e metas;

fazer uma analise de viabilidade do projeto; elaborar possíveis hipóteses;

fazer um cronograma compatível para o desenvolvimento das ações do projeto. Na fase de elaboração são realizadas aproximações do objeto de intervenção.

O desencadeamento desse processo particular de planejamento se faz a partir do reconhecimento da necessidade de uma ação sistemática perante questões ligadas a pressões ou estímulos determinados por situações que, em um momento histórico, colocam desafios por respostas mais complexas que aquelas construídas no imediato da prática (BAPTISTA, 2013, p. 27).

Nesse sentido, a fase de elaboração do projeto é dinâmica porque a realidade social é complexa exigindo que esse processo seja avaliado constantemente. Concluída a fase de elaboração do projeto social segue para a fase de execução. Nessa etapa o assistente social responsável pelo desenvolvimento das etapas do projeto social desenvolve ações e atividades propostas durante o processo de elaboração. As atividades são conjuntos de ações concretas que permitem alcançar as metas propostas pela equipe. As atividades são desdobramentos dos objetivos do projeto. Cabe ao profissional acompanhar e avaliar a cada atividade. Durante a execução das ações, o assistente social materializa o processo de intervenção proposto na fase de elaboração do projeto. Outra etapa indispensável, que já foi analisada no item anterior desse trabalho é a gestão de projeto social. A gestão de um projeto social é uma ferramenta indispensável para o

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desenvolvimento no processo de intervenção na realidade, trata-se de um processo gerencial dialógico, em que as decisões são tomadas de forma compartilhada entre todos os participantes da ação (CANÇADO; PINHEIRO, 2013). Assim, o Serviço Social ao assumir a gestão de um projeto social precisa dialogar com os diversos atores sociais envolvidos na tomada de decisão, visando o fortalecimento das relações de trabalho, dos direitos sociais, priorizando as demandas da coletividade. Por último, temos o processo de avaliação. A avaliação é uma ferramenta indispensável para a gestão de um projeto social, é através dela que o assistente social que atua na gestão pode prestar contas, dar transparência e democratizar ações desenvolvidas em cada etapa do projeto. Para Coutinho (2012) o processo avaliativo relaciona-se com a quantidade e a qualidade de informações levantadas. Em face desse contexto, o assistente social responsável pela gestão do projeto social deve coletar todas as informações necessárias para organizar o processo de avaliação. É o processo que subsidia a tomada de decisão no que diz respeito a propostas, ações e alocação de recursos. Desta forma, o processo avaliação é permanente e contínuo durante a vigência do projeto, sendo necessário que a equipe técnica detenha conhecimento teórico sempre atualizado; experiência na execução de projetos sociais;

promover o envolvimento de diversos atores sociais; atuar em rede;

conhecer pesquisas de avaliação entre outros. O processo de avaliação serve para redimensionar as ações e corrigir eventuais erros. 4. Considerações FinaisAs questões levantadas na discursão desse trabalho são desafiadoras na perspectiva em que cabe ao assistente social, compreender a realidade em que atua para poder intervir de forma competente na elaboração e gestão de projetos sociais. A elaboração e gestão de projetos sociais podem contribuir para o aprimoramento profissional, para alimentar a dimensão investigativa e conceitual da profissão, enquanto campo de conhecimento, com o objetivo de ampliar a discursão teórico metodológico, a partir de uma perspectiva critica. Em um contexto marcado pela ofensiva neoliberal, aliada a retração do Estado e a mercantilização dos direitos sociais, muitos são os desafios que o assistente social enfrenta ao assumir a gestão de um projeto social, tais como: ausência de recursos humanos e financeiros, dificuldade de conciliar o social, o econômico e o político e, para aqueles que atuam na esfera estatal frise-se, também, a redução de recursos do orçamento das políticas públicas, que ficam direcionadas aos mais pobres dos pobres.

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ReferênciasARMANI, D.Como elaborar projetos?

Guia Prático para a Elaboração e Gestão de Projetos Sociais. Porto Alegre:

tomo editorial, 2000. AMARAL, A. S. do, CESAR, M. O trabalho do assistente social nas empresas capitalistas. In. Serviço social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. BAPTISTA, M. V. Planejamento Social: intencionalidade e instrumentação. São Paulo: Veras Editora, 2013. BRASIL. Lei 8.662/93. Dispõe sobre a profissão de assistente social e dá outras providências, 1993.

CANÇADO, A. C; PINHEIRO, L.Gestão social e Emancipação: Avançando na discussão. Cadernos Gestão Social, v. 4, n. 1, p. 71 a 84, jan./jun.

2013. COUTINHO, M. J. T. M. Projeto Social dentro da lógica do Planejamento Estratégico. Projetos Sociais. UNIT 2014. GIL. A. C.

Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2008.

GUERRA. Y. Instrumentalidade no trabalho do assistente social. In:

capacitação em serviço social e política social. Módulo: 4. Brasília: UnB, Cead, 2000. IAMAMOTO. M. V. Serviço Social na Contemporaneidade:

trabalho e formação profissional. São Paulo, Cortez 2012. NETTO, J. P.

Ditadura e Serviço Social. Uma análise do Serviço Social no Brasil no pós 64. São Paulo: Cortez, 1990. PAZ, R. D. O. da. As organizações não governamentais e o trabalho do assistente social. In: Capacitação em serviço social e política social: Módulo 2: Crise contemporânea, questão social e serviço social. Brasília: CEAD, 1999. SOUZA, M. R. de. Gestão administrativa e financeira de projetos sociais. In: Gestão de projetos sociais. CÉLIA, M. de. A. coord. 3ª ed. rev. São Paulo: AAPCS Associação de Apoio ao Programa Capacitação Solidária, 2001. (Coleção gestores sociais).

[1]Graduada em Serviço Social pela Universidade Federal de Sergipe;

Pós-graduada em Gestão e Elaboração de Projetos Sociais pela Universidade Tiradentes – UNIT; e-mail: moreiraufs@yahoo.com

.br .

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Recebido em: 27/04/2016 Aprovado em: 08/05/2016

Editor Responsável: Veleida Anahi / Bernard Charlort Metodo de Avaliação: Double Blind Review

E-ISSN:1982-3657 Doi:

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