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História da Educação II. Prof. Fernando Roberto Campos

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Academic year: 2022

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(1)

História da Educação II

(2)

Reflexão

Naquela roça grande não tem chuva

é o suor do meu rosto que rega as plantações;

Naquela roça grande tem café maduro e aquele vermelho-cereja

são gotas do meu sangue feitas seiva.

O café vai ser torrado, pisado, torturado,

vai ficar negro, negro da cor do contratado Negro da cor do contratado!

Antonio Jacinto ( 1924-1991) poeta angolano

(3)

Aula do dia 19-08-10

A sociedade e a educação Brasileira no período imperial:

. Chegada da Família Real Portuguesa no Brasil- 1808.

. Independência do Brasil de 1822.

. 1ª Constituição do Brasil de 1824.

. Ato Adicional de 1834.

. Educação no período imperial.

(4)

Fórum: Atividade para reflexão

Juquinha (Jacques Prévert)

Diz não com a cabeça diz sim com o coração diz sim ao que ama diz não a professor

está de pé sendo arguido

e todas as perguntas lhe são feitas de repente morre de rir

e apaga tudo

(5)

Fórum: Atividade para reflexão

os números e as palavras as datas e os nomes

as frases e as armadilhas

e apesar das ameaças do professor debaixo da vaia do meninos prodígios no quadro-negro da desgraça

com giz de todas as cores

desenha o rosto da felicidade.

Quais são as características da escola

(6)

Revisão: Brasil colônia

“Se vamos à essência da nossa formação,

veremos que na realidade nos constituímos para fornecer açúcar, tabaco, alguns outros gêneros;

mais tarde ouro e diamantes; depois, algodão, e em seguida café, para o comércio europeu. Nada mais que isto.”

Caio Prado Junior

Economia colonial

Latifúndio Monocultura

Trabalho escravo

(7)

Revisão: Educação na colônia

Jesuítas -210 anos de atividade missionária . catequese dos índios;

. educação dos filhos dos colonos e da elite colonial;

. formação de novos sacerdotes Marquês de Pombal

. expulsão dos jesuítas supressão dos colégios e escolas;

. criação das aulas régias ou avulsas;

. as aulas régias eram autônomas, isoladas e sem articulação com as outras;

. implantação do imposto denominado Subsídio

(8)

Quilombo dos palmares ( 1630-1694) .

Os escravos fugitivos se reuniam e se

organizavam em núcleos fortificados do sertão:

os quilombos

. Os moradores dos quilombos eram chamados de quilombolas e de dedicavam ao trabalho agrícola por meio do trabalho livre.

. Palmares foi o maior quilombo formado no Brasil e localizava-se em Alagoas.

1694-

destruição de Palmares:Morte de Zumbi Filme: Quilombo - 1984

(9)

Brasil Império ( 1822-1889)

1808- Chegada da Família Real Portuguesa 1822- Independência do Brasil

D. Pedro I é coroado Imperador 1824- Primeira Constituição do Brasil 1831- D. Pedro I abdicou ao trono 1834- Ato Adicional

1840- Golpe da maioridade

Pedro II é coroado Imperador

(10)

Brasil Império ( 1822-1889)

1850- Proibição do tráfico de escravos 1864- Guerra do Paraguai

1871- Lei do Ventre Livre 1885- Lei do Sexagenário

1888- Abolição da escravatura

1889- Proclamação da República

(11)

Segunda metade do século XIX

. o Brasil tornou-se o o maior produtor mundial de café;

. o cultivo do café se expande em São Paulo;

. Processo de substituição mão-de-obra escrava pelo trabalho assalariado do imigrantes a partir de 1870.

(12)

Da Colônia ao Império

Principais medidas de D.João VI no Brasil 1808

. Abertura dos portos: o comércio do Brasil foi aberto a outros países, sem a intermediação de Portugal.

. Revogação do alvará que proibia a instalação de manufaturas no Brasil.

1815

O Brasil é elevado à categoria de Reino Unido a Portugal.

(13)

Da Colônia ao Império

Chegada da Família Real Portuguesa no Brasil em 1808 e as principais inovações no campo cultural:

. Criação da Imprensa Régia . Biblioteca Nacional

. Jardim Botânico . Museu Real

. Banco do Brasil

(14)

Independência do Brasil 1822

A mudança política não altera a estrutura econômica e social:

. Latifúndio . Monocultura

. Agroexportação . Escravismo

. Dependência econômica

A independência do Brasil foi dirigida pelas elites

(15)

Independência dos EUA ( 1776)

Declaração de Independência dos EUA

(04/07/1776)

. por fazer cessar nosso comércio com todas as partes do mundo;

. pelo lançamento de taxas sem nosso consentimento;

. por privar-nos, em muitos casos, dos benefícios do julgamento pelo júri;

. por transportar-nos para além-mar para julgamento por pretensas ofensas;

. por tirar-nos nossas cartas, abolindo nossas

leis mais valiosas e alterando fundamentalmente

(16)

Independência dos EUA ( 1776)

. Saqueou nossos mares, devastou nossas

costas, incendiou nossas cidades e destruiu a vida de nosso povo.

. Está, agora mesmo, transportando grandes exércitos de mercenários estrangeiros para

completar a obra da morte, desolação e tirania, já iniciada em circunstâncias de crueldade e

perfídia raramente igualadas nas idades mais

bárbaras e totalmente indignas do chefe de uma nação civilizada.

(17)

Independência dos EUA ( 1776)

“Publicamos e declaramos solenemente: que

estas colônias unidas são e de direito têm de ser Estados livres e independentes, que estão

desoneradas de qualquer vassalagem para com a Coroa Britânica, e que todo vínculo político entre elas e a Grã-Bretanha está e deve ficar totalmente dissolvido; e que, como Estados livres e independentes, têm inteiro poder para declarar guerra, concluir paz, contratar alianças, estabelecer comércio e praticar todos os atos e ações a que têm direito os estados

independentes.”

(18)

Constituição brasileira de 1824

- o Brasil seria governado por um Imperador;

- o poder real passava de pai para filho;

- as eleições eram censitárias;

- a religião oficial do país era a Católica Apostólica Romana;

- os escravos, indígenas e os pobres não eram considerados cidadãos;

- os "cidadãos" elegiam os deputados, e o

Senado era composto por membros vitalícios.

- Criação do Poder moderador

(19)

Constituição brasileira de 1824

Eleições censitárias: para votar e ser votado apontava requisitos quanto a renda. Isto

denotava um caráter excludente na sociedade imperial, já que grande parte da população era composta por homens livres e pobres e por

escravos.

Poder moderador:A marca mais característica desta Constituição foi a instituição de um quarto poder, o Moderador, ao lado do Executivo,

Legislativo e Judiciário. Este quarto poder era exclusivo do monarca e, por ele, o imperador controlava a organização política do Império do

(20)

Constituição brasileira de 1824

A Constituição de 1824 defendia os interesses dos grandes proprietários de terras e

comerciantes. Esses eram os "cidadãos" da época.

(21)

Educação no Império

“ a educação teria de arrastar-se, através de todo o século XIX, inorganizada, anárquica, incessantemente desagregada. Entre o ensino primário e o secundário não há pontes ou

articulações: são dois mundos que se orientam, cada um na sua direção”.

Fernando de Azevedo

“A cultura Brasileira”

(22)

Educação no Império

“Sem a exigência de conclusão do curso primário para o acesso a outros níveis, a elite educa seus filhos em casa, com preceptores. Para os demais segmentos sociais, o que resta é oferta de

pouquíssimas escolas cuja atividade se acha restrita à instrução elementar: ler, escrever e contar. Em 1867, apenas 10% da população em idade escolar se acha matriculada nas escolas primárias.”

História da Educação ( Maria Lucia de A. Aranha)

(23)

Educação no Império

A lei e a realidade- Brasil legal X Brasil real

1824- Garantia de instrução primária gratuita a todos os cidadãos

1827- Lei que determina a criação de escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e

lugarejos.

Estas leis nunca foram efetivamente implantadas

(24)

Educação no Império:

descentralização do ensino

Ato Adicional de 1834

.Províncias (futuros Estados) – o ensino das

primeiras letras e os cursos de formação de seus professores.

.Governos central - o controle da governo central o ensino superior e as aulas da própria capital do país

(25)

A educação no Império: o ensino secundário

1837- Criação de Colégio Pedro II, na corte, Rio de Janeiro : acesso direto ao ensino superior

. Os colégios de ensino secundário das

províncias não davam acesso direto aos cursos superiores, obrigando os alunos deles a fazerem exames de ingresso aos cursos superiores

(26)

Educação no Império: a preferência pelo ensino superior

Assim que chegou ao Brasil, D.João VI determinou criar escolas de nível superior:

. 1808 Academia Real da Marinha Academia Real Militar

. 1810 Cursos médicos- cirúrgicos

. 1827 Cursos jurídicos Direito:São Paulo e Recife

. Apesar da criação de Faculdades não há a formação de Universidades.

(27)

Educação no Império

Ensino secundário

. Propedêutico: destinado a preparar os jovens para a faculdade.

. São os parâmetros do ensino superior que

determinam as disciplinas do ensino secundário

(28)

Educação no Império

Caráter elitista e aristocrático da educação brasileira e que tem acesso os nobres, os proprietários de terras e de escravos e uma camada média intermediária, necessidade de quadros para a administração pública.

(29)

Conto de escola- Machado de Assis

A escola era na Rua do Costa, um sobradinho de grade de pau. O ano era de 1840. Naquele dia - uma segunda-feira, do mês de maio - deixei-me estar alguns instantes na Rua da Princesa a ver onde iria brincar a manhã. Hesitava entre o

morro de S. Diogo e o Campo de Sant'Ana, que não era então esse parque atual, construção de gentleman, mas um espaço rústico, mais ou

menos infinito, alastrado de lavadeiras, capim e burros soltos. Morro ou campo? Tal era o

problema. De repente disse comigo que o

melhor era a escola. E guiei para a escola. Aqui

(30)

Conto de escola- Machado de Assis

Com franqueza, estava arrependido de ter vindo.

Agora que ficava preso, ardia por andar lá fora, e recapitulava o campo e o morro, pensava nos outros meninos vadios, o Chico Telha, o

Américo, o Carlos das Escadinhas, a fina flor do bairro e do gênero humano. Para cúmulo de

desespero, vi através das vidraças da escola, no claro azul do céu, por cima do morro do

Livramento, um papagaio de papel, alto e largo, preso de uma corda imensa, que bojava no ar, uma coisa soberba. E eu na

escola, sentado, pernas unidas, com o livro de leitura e a gramática nos joelhos

(31)

Conto de escola- Machado de Assis

Na verdade, o mestre fitava-nos. Como era mais severo para o filho, buscava-o muitas vezes com os olhos, para trazê-lo mais aperreado. Mas nós também éramos finos; metemos o nariz no livro, e continuamos a ler. Afinal cansou e tomou as folhas do dia, três ou quatro, que ele lia

devagar, mastigando as idéias e as paixões. Não esqueçam que estávamos então no fim da

Regência, e que era grande a agitação pública.

Policarpo tinha decerto algum partido, mas

nunca pude averiguar esse ponto. O pior que ele podia ter, para nós, era a palmatória.

(32)

Conto de escola- Machado de Assis

E essa lá estava, pendurada do portal da janela, à direita, com os seus cinco olhos do diabo. Era só levantar a mão, despendurá-la e brandi-la, com a força do costume, que não era pouca. E daí, pode ser que alguma vez as paixões

políticas dominassem nele a ponto de poupar- nos uma ou outra correção. Naquele dia, ao

menos, pareceu-me que lia as folhas com muito interesse; levantava os olhos de quando em

quando, ou tomava uma pitada, mas tornava logo aos jornais, e lia a valer.

(33)

Constituições do Brasil

1. Constituição de 1824

2. Constituição de 1891

3. Constituição de 1934

4. Constituição de 1937

5. Constituição de 1946

6. Constituição de 1967

7. Constituição de 1988

(34)

Leis educacionais do Império

· A Constituição de 1824, dizia, no seu artigo 179, que a instrução primária era gratuita a

todos os cidadãos

· 1827- criados os cursos de Direito de São Paulo e Olinda.

· Uma Lei Geral , de 15 de outubro, dispõe sobre as escolas de primeiras letras, fixando-lhes o

currículo, institui o ensino primário para o sexo feminino e manda criar escolas de primeiras

letras em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos do Império.

(35)

Leis educacionais do Império

· O Ato Adicional de 1834 (reforma constitucional) dizia que a educação

primária e secundária ficaria a cargo das províncias, restando a administração

nacional o ensino superior.

1872- O Brasil contava com uma

população de 10 milhões de habitantes e apenas 150.000 alunos matriculados em escolas primárias. O índice de

analfabetismo era de 66,4%.

(36)

Próxima aula

Educação e sociedade no período da República

DAS UTOPIAS

Se as coisas são inatingíveis... ora!

Não é motivo para não querê-las...

Que tristes os caminhos, se não fora A presença distante das estrelas!

Mário Quintana (1912-1994)

Referências

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