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O PRIMEIRO PASSO AQUI É ENTENDER QUE: MIGRANTE É UMA COISA, EMIGRANTE É OUTRA COISA, IMIGRANTE É OUTRA COISA E REFUGIADO É OUTRA COISA.

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Academic year: 2022

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PREPARATÓRIO: FUNSAÚDE

MÓDULO: IMIGRANTES E REFUGIADOS PROFESSOR(A): TICIANO LAVOR

O PRIMEIRO PASSO AQUI É ENTENDER QUE: MIGRANTE É UMA COISA, EMIGRANTE É OUTRA COISA, IMIGRANTE É OUTRA COISA E REFUGIADO É OUTRA COISA.

VAMOS LÁ:

Migração é o deslocamento populacional de qualquer lugar, para outro lugar, pelo espaço geográfico, de forma temporária ou permanente, que desde o início da humanidade têm contribuído para a sobrevivência do ser humano. O homem que migra o faz por alguma razão e, muitas vezes, a sobrevivência de um determinado grupo social depende de seu deslocamento pelo espaço, como, por exemplo, durante a pré-história, quando os primeiros seres humanos migravam em busca de alimento.

Dentre as principais razões para a migração estão as de origem:

Econômica, quando o migrante sai em busca de melhores qualidades de vida, empregos, salários, muito comum em países ou regiões subdesenvolvidas.

Cultural e religiosa, no caso de grupos sociais que migram para o local com o qual identifica como os muçulmanos que migram para Meca a fim de facilitar a prática de sua religião.

Política ocorre com bastante frequência durante crises políticas, guerras, ditaduras, nas quais vários contingentes políticos migram, de forma livre ou forçada, para evitar os problemas de seu país. Exemplo disso, atualmente, são os refugiados sírios que deixam seu país para fugir de uma guerra civil que já dura quase 3 anos e contabiliza mais de 130 mil mortos.

Naturais, muito comum em lugares com a ocorrência de desastres ambientais, secas, frio intenso, calor excessivo etc.

Qual é a diferença entre Emigrante e Imigrante?

Emigrante (E + Migrante) – aquele que emigra, ou seja, VAI EMBORA de um local para viver em outro.

Imigrante (I + Migrante) – aquele que imigra, ou seja, QUE CHEGA num local para viver nele.

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A Convenção das Nações Unidas relativa ao Estatuto dos Refugiados foi formalmente adotada em 28 de julho de 1951 para resolver a situação dos refugiados na Europa após a Segunda Guerra Mundial. Esse tratado global define quem vem a ser um refugiado e esclarece os direitos e deveres entre os refugiados e os países que os acolhem. O fundamento legal que está nos pilares do trabalho do ACNUR permitiu que a agência ajudasse milhões de pessoas deslocadas a recomeçar suas vidas. Atualmente, a Convenção continua sendo a pedra angular da proteção a refugiados.

AGORA VAMOS AO MAIS IMPORTANTE: REFUGIADOS

A Convenção consolida prévios instrumentos legais internacionais relativos aos refugiados e fornece a mais compreensiva codificação dos direitos dos refugiados a nível internacional. Ela estabelece padrões básicos para o tratamento de refugiados sem, no entanto, impor limites para que os Estados possam desenvolver esse tratamento.

Ao passo que antigos instrumentos legais internacionais somente eram aplicados a certos grupos, a definição do termo “refugiado” no Artigo 1º foi elaborada de forma a abranger um grande número de pessoas. No entanto, a Convenção só abrange eventos ocorridos antes de 1º de janeiro de 1951. Com o tempo e a emergência de novas situações geradoras de conflitos e perseguições, tornou-se crescente a necessidade de providências que colocassem os novos fluxos de refugiados sob a proteção das provisões da Convenção.

Assim, um Protocolo relativo ao Estatuto dos Refugiados foi preparado e submetido à Assembleia Geral das Nações Unidas em 1966. Na Resolução 2198 (XXI) de 16 de dezembro de 1966, a Assembleia tomou nota do Protocolo e solicitou ao Secretário-geral que submetesse o texto aos Estados para que o ratificassem. O Protocolo foi assinado pelo Presidente da Assembleia Geral e o Secretário-geral no dia 31 de janeiro de 1967 e transmitido aos governos. Entrou em vigor em 4 de outubro de 1967. Com a ratificação do Protocolo, os países foram levados a aplicar as provisões da Convenção de 1951 para todos os refugiados enquadrados na definição da carta, mas sem limite de datas e de espaço geográfico. Embora relacionado com a Convenção, o Protocolo é um instrumento independente cuja ratificação não é restrita aos Estados signatários da Convenção de 1951. De acordo com o seu Estatuto, é de competência do ACNUR promover instrumentos internacionais para a proteção dos refugiados e supervisionar sua aplicação.

Ao ratificar a Convenção e/ou o Protocolo, os Estados signatários aceitam cooperar com o ACNUR no desenvolvimento de suas funções e, em particular, a facilitar a função específica de supervisionar a aplicação das provisões desses instrumentos. A Convenção de 1951 e o Protocolo de 1967, por fim, são os meios através dos quais é assegurado que qualquer pessoa, em caso de necessidade, possa exercer o direito de procurar e receber refúgio em outro país.

* CONCLUINDO: QUEM SÃO OS REFUGIADOS?

São pessoas que estão fora de seu país de origem devido a fundados temores de perseguição relacionados a questões de raça, religião, nacionalidade, pertencimento a um determinado grupo social ou opinião política, como também devido à grave e generalizada violação de direitos humanos e conflitos armados, ou ainda por que em seu país de origem está ocorrendo algum conflito armado, uma Guerra Civil.

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VEJA: Para caracterizar o “status” de REFUGIADO a pessoa tem que está fugindo do seu país de origem, e tem que ser por esses motivos citados acima. Todo refugiado é de certa forma um Imigrante, mas nem todo Imigrante é um Refugiado.

A vida como refugiado pode ser difícil de imaginar. Mas, para 25,4 milhões de pessoas em todo o mundo, é uma realidade apavorante. Eles contam com o nosso apoio para reconstruir suas vidas. Esse é o número de pessoas em situação de refugiados no mundo, segundo o ACNUR – Agência da ONU para Refugiados.

✓ Segundo a ACNUR, a Síria foi o país que mais gerou refugiados no mundo, nesse século XXI. Cerca de 824.400 pessoas foram forçadas a fugir dos conflitos que assolam o país desde 2011. As crises na África subsaariana também levaram a novos deslocamentos. Quase 737.400 pessoas deixaram o Sudão do Sul para escapar de uma crise humanitária que cresceu consideravelmente em 2016. Burundi, Iraque, Nigéria e Eritréia também geraram grande número de refugiados.

✓ Ao todo, existem mais de 5,5 milhões de Sírios refugiados no mundo (por vários fatores).

✓ Os refugiados do Afeganistão aparecem em segundo lugar se considerado o país de origem.

✓ A Turquia recebeu o maior número de refugiados – um total de 2,9 milhões, vindos principalmente da Síria. O país também abriga cerca de 30.400 refugiados do Iraque. As crises na África subsaariana tendem a forçar as pessoas a fugir para os países vizinhos e, como resultado, esta região continua a acolher um número cada vez maior de refugiados do Sudão do Sul, Somália, Sudão, República Democrática do Congo, República Centro-Africana, Eritréia e Burundi.

✓ O Paquistão acolheu a segunda maior população de refugiados no final de 2016: 1,4 milhão de pessoas vindas principalmente do Afeganistão. Esse número diminuiu ligeiramente devido aos refugiados que regressaram para casa. Cerca de um milhão de refugiados buscaram segurança no Líbano e 979.400 no Irã.

✓ Uganda vivenciou um aumento dramático da população de refugiados que saltou de 477.200 no final de 2015 para 940.800 no final de 2016. Esta população era constituída por pessoas vindas principalmente do Sudão do Sul (68%), mas também contava com números significativos de pessoas vindas da República Democrática do Congo, Burundi, Somália e Ruanda.

Na verdade, Uganda registrou o maior número de novos refugiados em 2016.

✓ O número de refugiados também aumentou na Etiópia, Jordânia e República Democrática do Congo.

✓ Na Alemanha, a população de refugiados mais do que duplicou em 2016 e chegou a 669.500 pessoas. O principal motivo para esse aumento foi o reconhecimento de solicitações de refúgio apresentadas em 2015 principalmente por sírios.

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OS SOLICITANTES DE REFÚGIO:

✓ São pessoas que solicitam às autoridades competentes serem reconhecidas como refugiado, mas que ainda não tiveram seus pedidos avaliados definitivamente pelos sistemas nacionais de proteção e refúgio. No final de 2016, cerca de 2,8 milhões de solicitantes de refúgio aguardavam uma decisão que poderia mudar suas vidas.

ONDE OS INDIVÍDUOS BUSCAM REFÚGIO?

✓ Em 2016, a Alemanha recebeu 722.400 novas solicitações de refúgio, o maior número registrado no mundo. Essa tendência crescente começou há nove anos, mas os recentes aumentos foram significativos (441.900 em 2015 e 173.100 em 2014). Cerca de um terço dessas solicitações eram de sírios, mais de seis vezes o número recebido em 2014. As solicitações do Afeganistão também aumentaram e um número significativo de novos pedidos de refúgio veio do Iraque, Irã, Eritréia, Albânia e Paquistão.

✓ Os Estados Unidos foram o segundo maior país receptor de solicitações de refúgio e registrou 262.000 pedidos, o dobro do número recebido em 2014.

Cerca de metade dos pedidos de refúgio para os EUA vieram da América Central, especialmente do México e de El Salvador. Em geral, o número de pessoas forçadas a fugir da violência na América Central aumentou para níveis não vistos desde os conflitos armados da década de 1980.

✓ A Itália, terceiro maior receptor de solicitações de refúgio, experienciou um aumento acentuado e registrou 123.000 novos pedidos. Os países de origem daqueles que buscam segurança na Itália permaneceram estáveis - Nigéria, Paquistão, Gâmbia, Senegal, Costa do Marfim e Eritréia.

✓ Os sírios constituíram a maioria das pessoas que procuram segurança na Turquia. No entanto, 78.600 novos pedidos de refúgio de não-sírios foram apresentados em 2016, muitos de pessoas vindas do Afeganistão, Iraque e Irã. Isso fez da Turquia o terceiro maior destinatário de novas solicitações de refúgio.

✓ As origens daqueles que buscam refúgio na França mudaram muito nos últimos anos. Em 2016, novos solicitantes vieram da Albânia, Sudão, Afeganistão, Síria, Haiti e República Democrática do Congo.

✓ A Grécia foi o sexto maior destinatário de novas solicitações individuais de refúgio, com um aumento de quatro vezes no número de pedidos a partir de 2015, mais da metade vinda dos sírios. A Áustria, a África do Sul e o Reino Unido também receberam um número substancial de solicitações de refúgio em 2016, mas registraram declínio em relação aos números de 2015.

✓ Dos 208.100 novos pedidos de refúgio feitos nos escritórios do ACNUR, a maioria foi recebida pela Turquia, seguido por Egito, Malásia, Jordânia e Síria.

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✓ São pessoas deslocadas dentro de seu próprio país, pelos mesmos motivos de um refugiado, mas que não atravessaram uma fronteira internacional para buscar proteção. Mesmo tendo sido forçadas a deixar seus lares por razões similares às dos refugiados (perseguições, conflito armado, violência generalizada, grave e generalizada QUAIS PAÍSES ACOLHEM O MAIOR NÚMERO DE SOLICITANTES DE REFÚGIO?

✓ A maior população de solicitantes de refúgio vive na Alemanha (587.400 pedidos pendentes). Apesar da Alemanha ter tomado mais decisões do que qualquer outro país, o processamento rápido do enorme volume de solicitações tem sido incapaz de manter-se. O número de solicitantes de refúgio nos Estados Unidos também aumentou. A Turquia também tem uma população significativa de solicitantes de refúgio, mesmo desconsiderando os candidatos da Síria. Outros países com populações significativas de solicitantes de refúgio incluem África do Sul, Suécia, Áustria, França e Malásia.

DESLOCADOS INTERNOS:

✓ Em 2016, conflitos armados, violência generalizada e violações dos direitos humanos obrigaram cerca de 5 milhões de pessoas a se deslocar dentro de seus próprios países. Com isso, o número de deslocados internos atingiu a marca de 40,3 milhões de pessoas. Como cidadãos, eles devem ser protegidos por seus países e têm seus direitos previstos nos tratados internacionais de Direitos Humanos e do Direito Humanitário. Civis afetados por desastres naturais também podem ser considerados deslocados internos. A Colômbia, país com o maior número total de deslocados internos, continuou a ter uma população de 7,4 milhões de deslocados internos registrados. Uma situação mais fluida se apresenta na Síria e no Iraque, ambos com populações grandes e flutuantes de deslocados internos. Ao longo do ano de 2016, 600.000 deslocados internos sírios puderam retornar às suas áreas de origem. No entanto, houve também muitos novos deslocamentos e a Síria ainda possui a segunda maior população de deslocados internos no mundo, com 6,6 milhões de pessoas. Da mesma forma, a população de deslocados internos iraquianos permaneceu grande e registrava 3,6 milhões de pessoas em 2016. O ACNUR ajudou quase meio milhão (de um total de 1,4 milhão) de pessoas deslocadas que voltaram para suas áreas de origem no Iraque.

violação dos direitos humanos), os deslocados internos permanecem legalmente sob proteção de seu próprio Estado – mesmo que esse Estado seja a causa de sua fuga.

Referências

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