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A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA REVERSA PARA A REDUÇÃO DE CUSTOS AMBIENTAIS REFERENTE AOS ÓLEOS LUBRIFICANTES

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1 RESUMO: Este artigo tem como objetivo mostra a importância da logística reversa no processo de re-refino, desde o seu descarte até o processo de purificação, do óleo lubrificante contaminado e usado em veículos automotores. Dentro desse mesmo tema vamos ressaltar a oportunidade que essa atividade possa proporcionar. As práticas de coleta e re-refino do óleo lubrificante de automóveis usados ou contaminados são percebidas hoje como um processo sustentável e cada vez mais importante no cenário do automobilístico, por ser uma forma de preservar os recursos não renováveis como o petróleo e, devolver a utilidade ao produto, tornando-o nobre novamente. O método de pesquisa utilizado foi o qualitativo para maior obtenção de conhecimento do assunto. Através de levantamentos bibliográficos sobre o óleo lubrificante de automóveis.

Palavras chave: Logística reversa. Óleo lubrificante. Processo sustentável.

ABSTRACT: This article aims to show the importance of reverse logistics in the process of re-refining, from its disposal to the purification process, the contaminated lubricating oil used in automotive vehicles. Within this same theme we will highlight the opportunity that this activity can provide. The practices of collecting and re-refining lubricated oil from used or contaminated automobiles are perceived today as a sustainable and increasingly important process in the automobile scenario, since it is a way of preserving non-renewable resources such as oil and, utility to the product, making it noble again. The research method used was the qualitative one to obtain a better knowledge of the subject. Through bibliographic surveys on car lubricating oil.

Keywords: Reverse logistics. Lubricant. Sustainable process

A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA REVERSA PARA A REDUÇÃO DE CUSTOS AMBIENTAIS REFERENTE AOS ÓLEOS LUBRIFICANTES

THE IMPORTANCE OF REVERSE LOGISTICS FOR ENVIRONMENTAL COST REDUCTION REGARDING LUBRICATING OILS

Otávio Freitas Barbosa 1 Alessandro Assunção Pena2 Mayco Richardson Rolim Braga 3 Davi Nogueira da Silva4

______________________________

1,2,3 MBA em Supply Chain e Management do Centro Universitário Santa Tereza, Manaus, Amazonas, Brasil.

4Professor orientador do Centro Universitário Santa Tereza,email: davidns15@hotmail.com.

Envio: 29/01/2019 Aceite: 04/02/2019

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2 1. INTRODUÇÃO

Os óleos lubrificantes residuais possuem produtos resultantes da sua utilização, principalmente metais pesados, que podem ser extremamente prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente, podendo provocar desde lesões na pele até câncer (SINDIREPA/SP, 2008). A preocupação com as questões ambientais tem se tornado cada vez maior e apesar disso, muitas pessoas não conhecem o risco ambiental e à saúde destes produtos oriundos da utilização de óleos lubrificantes.

Geralmente a troca do óleo lubrificante dos automóveis é feita em concessionárias, oficinas ou postos de gasolina. Para que um estabelecimento possa realizar a troca, é necessário estar adequado às leis que regulamentam o manuseio e armazenagem destes produtos.

No Brasil o Ministério do Meio Ambiente conferiu ao Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), por meio da lei 6.938 de 31 de agosto de 1981, que é de competência deste conselho homologar e criar limitantes para diversas espécies de resíduos. Para este trabalho foram discutidos termos da resolução nº 362 de junho de 2005, a qual dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante, no caso deste trabalho usado.

Oliveira et al. (2014) analisaram como as redes de reciclagem de óleo são formados para identificar iniciativas em curso de recolha e reutilização, bem como compreender os processos de ambos formação e expansão dessas redes.

Segundo Razzolini Filho e Bertê (2009) a logística reversa é um fator de competitividade e possível agregarmos valor a produtos que, depois de extinta a sua finalidade original, geralmente são depositados no lixo.

A necessidade de utilização de óleo lubrificante correto, definido pelo fabricante, a importância do mesmo para vida útil do motor e as consequências que a falta de manutenção, poderá trazer ao motor danos irreparáveis gerando aos clientes gastos indesejados.

Torna-se cada vez mais difícil ignorar o fluxo de produtos não consumidos ou com pouco uso que retornam ao longo das cadeias de suprimentos, assim como o de produtos já consumidos, que retornam por meio de cadeias reversas especializadas. Até algumas décadas poderia ser pouco usual esta afirmação,

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3 mas, nos dias atuais, diversas são as justificativas para não a ignorar.

A logística reversa, definida como a área da logística empresarial responsável pelo planejamento, pela operação e pelo controle dos fluxos reversos de diversas naturezas, insere-se neste contexto de satisfação de múltiplos interesses estratégicos. Suas estratégias de implantação objetivam benefícios que satisfarão a diferentes interesses empresariais (DIAS, 2012).

Distintas motivações dirigem ações, ou eventualmente, reações estratégicas empresariais, que poderão variar em função do setor industrial e do ambiente empresarial, visando equacionar logisticamente estes movimentos de retorno de produtos e satisfazer aos diversos agentes interessados. (RAZZOLINI FILHO &

BERTÉ, 2009)

O óleo lubrificante e suas embalagens são um grande desafio do ponto vista socioambiental. Quando descartados de forma incorreta podem impactar a qualidade do solo e das águas superficiais e subterrâneas. Já quando queimado pode poluir o ar com substâncias tóxicas (PACHECO, et al., 2016) Contudo, há tecnologias disponíveis para reaproveitamento destes dois resíduos após seu consumo, mas para tal há necessidade de implantação de sistemas de coleta do material para sua reutilização e destinação adequada. (DIAS, 2012)

O presente trabalho tem como objetivo geral destacar a gestão dos processos de logística reversa do óleo lubrificante. E os específicos sendo identificar os aspectos econômicos e ambientais na redução de custos utilizando logística reversa; descrever as ações efetivas para dimensionar o custo da logística reversa dentro do processo e verificar como ocorre a redução de custos nos novos abastecimentos sem prejudicar o processo produtivo da empresa.

1. REFERENCIAL TEÓRICO

1.1 Logística Reversa e Gestão Ambiental

O termo “Logística Reversa” surgiu, pois vários são os desgastes naturais causados pela logística como, a emissão de gases pelos transportes e indústrias, De acordo com Novaes (2009), a utilização de combustíveis fósseis a degradação de ambientes para possibilitar novos acessos a determinadas áreas, a utilização de embalagens oriundas de recursos vegetais, além do destino

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4 incorreto das embalagens utilizadas na atividade de logística.

Notoriamente a atividade humana no campo da logística, exerce influência sobre o meio ambiente, podendo levar ao desequilíbrio do ecossistema caso não seja controlada devidamente, garantindo que tal atividade possa exercer o mínimo impacto possível ao meio ambiente. (SILVA, 2010)

A reciclagem é um método eficiente para a preservação de recursos ambientais, visto que dispensa a necessidade de mais extrações destes recursos para a produção de novos produtos, proporciona que o material seja recolocado em seu ciclo de vida útil. (NOVAES, 2009).

Motivadas por questões ambientais, as organizações vêm se tornando obrigadas pelas legislações atuais a gerenciar o fluxo reverso de seus produtos, ou seja, o retorno dos produtos depois que se encerra o seu ciclo de vida. A este fluxo dá-se o nome de logística reversa (LR).

Neste sentido, Lacerda (2009) define a LR como sendo o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de matérias-primas, estoque em processo e produtos acabados do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recapturar valor ou realizar um descarte adequado. Este processo gera materiais reaproveitados, que retornam ao processo logístico direto, gerando um novo produto.

O autor ressalta que o processo logístico reverso é composto por coleta, separação, embalagem e expedição dos produtos usados, danificados ou obsoletos, desde o local de consumo até o local de reprocessamento, revenda ou descarte.

E, dependendo das condições do material recolhido, ele pode sofrer diferentes tipos de reprocessamento, dentre eles: retorno ao fornecedor, revenda, recondicionamento, reciclagem ou, em último caso, descarte.

Segundo Leite (2009), em uma perspectiva de negócios, o termo logística reversa refere-se ao papel da logística no retorno de produtos, redução na fonte, reciclagem, substituição de materiais, reuso de materiais, disposição de resíduos, reforma, reparação e remanufatura.

De tal modo, a logística reversa vem sendo citada cada vez com maior frequência em livros, artigos e outras publicações sobre Logística Empresarial.

Ballou (2010), afirmam que a LR tem recebido atenção considerável devido aos potenciais de valorização dos produtos utilizados; além de, legislações e

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5 diretrizes, da consciência do consumidor e da responsabilidade social com o meio ambiente.

1.2 Custos em Logística Reversa

Os processos de logística reversa podem trazer ganhos e perdas para a empresa. O reaproveitamento de materiais e embalagens estimula novas iniciativas e melhorias no processo de logística reversa, mesmo tendo custos para que estes materiais retornem a empresa, há economia para a empresa e para o meio ambiente (NASCIMENTO & ADC, 2008). Custos muitas vezes altos para as empresas no processo de logística reversa referem-se a produtos que retornam devido às falhas de produção, emissão de produtos errados, produtos em desacordo com a necessidade do cliente.

Neste tipo de processo, existem custos em duplicidade quanto a armazenagem, distribuição e processos. O retorno do produto à empresa deve ser considerado desde sua fase de desenvolvimento, sendo planejado durante o estudo da matéria-prima a ser utilizada no produto e não apenas quando no momento que o produto necessite deste retorno. (MACHADO, 2010)

Considerando o fluxo da logística reversa, as empresas são responsáveis pelo produto até o seu retorno na empresa, seja para reutilização ou descarte.

Para isso é necessário um sistema de custeio que englobe esse procedimento além de um sistema de informações gerenciais.

Através dos programas e práticas de Logística Reversa, as empresas podem substituir, reutilizar, reciclar e descartar seus produtos de maneira eficiente e eficaz, atendendo não somente as exigências dos clientes e parceiros, como também podendo cumprir as leis (OGLIARI, 2014). A adequada administração da Logística Reversa não somente pode resultar em redução dos custos, como também pode aumentar as receitas mesmo que estes itens sejam considerados refugo e não representem a base principal da competição da empresa, sendo possível ter uma eficiência e eficácia do fluxo reverso.

(DEMAJOROVIC, et al., 2012)

Ainda para os autores a Logística Reversa é o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e de baixo custo de matérias-primas,

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6 materiais em processo, produtos acabados e informações relacionadas desde o ponto de consumo até o ponto de origem, com o propósito de recuperar valor ou obter o descarte apropriado.

Gomes et al. (2008) apresentam os benefícios do bom gerenciamento da logística reversa e os motivos pelos quais as organizações estão aumentando seus esforços quanto ao processo reverso.

De tal modo, a logística reversa vem sendo citada cada vez com maior frequência em livros, artigos e outras publicações sobre logística empresarial.

Assim como os autores da área, o mercado atual vem dando cada vez mais importância para a logística reversa, principalmente por ter se transformado em uma área estratégica. (SOARES, et al., 2012)

1.3 Importância e utilização da logística reversa

O objetivo principal da logística reversa é a gestão e a distribuição do material descartado tornando possível o retorno de bens ou materiais constituintes ao ciclo produtivo agregando valor econômico, ecológico, legal e de localização ao negócio. De Acordo com Cesar e Neto (2007), as atividades presentes na logística reversa abrangem diversas etapas como: coleta, inspeção, separação, compra e venda, devolução, visando uma recuperação sustentável.

A logística reversa trabalha com duas áreas de atuação: a logística reversa de pós-consumo e a de pós-venda. Na logística reversa de pós-consumo é responsável pelo fluxo físico e de informações referente a bens de pós-consumo que necessitam retornar a cadeia de distribuição quando por motivos de:

 Condições de uso: bens que podem ser reutilizados;

 Fim de vida útil: bens que não tem mais utilidade, porém seus componentes podem ser reaproveitados ou remanufaturados;

 Resíduos ambientais: bens que trazem riscos ao meio ambiente se não descartados de maneira correta.

A logística reversa de pós-venda é responsável pelo fluxo físico e de informações referente a bens de pós-venda que necessitam retornar a cadeia de

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7 distribuição quando por motivos de:

 Garantia/qualidade: produtos que apresentam defeito de fabricação ou funcionamento, avarias na embalagem e/ou produto;

 Comerciais: produtos em estoque seja por erro de expedição, excesso de estoque, mercadorias em consignação, pontas de estoque término de validade, problemas após a venda, chamado também de recall;

 Substituição de componentes: itens de produtos que necessitam de manutenção e consertos.

As razões que levam a empresa a optar pela utilização da logística reversa podem ser de ordem econômica, legislativa e ecológica. As empresas precisam avaliar a utilização da logística reversa como oportunidade de adicionar valor tanto pela imagem da empresa com relação aos aspectos ambientais e sustentabilidade quanto ao agregar serviços (SINDILUB, 2009). Além disso, a gestão do ciclo de vida do produto e os custos incorridos ao longo do ciclo, proporcionam redução de custos o que pode gerar vantagem competitiva para a empresa.

1.4 Processos de Tratamento e Reciclagem do Óleo Lubrificante

Os óleos lubrificantes estão entre os produtos que possuem melhor estruturação de cadeia reversa. Monteiro (2010) afirma que os óleos lubrificantes são produtos elaborados com a finalidade principal de diminuir o atrito e o desgaste entre as partes móveis de um objeto. Dependendo da aplicação, estes produtos podem ainda exercer função de refrigeração, limpeza, transmissão de força mecânica, vedação, entre outras funções. No caso dos automóveis, o óleo lubrificante exerce a função de evitar o contato direto dos pistões com os cilindros do motor, além de vedar, refrigerar e limpar o motor. (PIO, 2010)

Alguns dos produtos que possuem uma cadeia reversa mais bem estruturada são os óleos lubrificantes. Campos (2008) afirma que os óleos lubrificantes são produtos elaborados com a finalidade principal de diminuir o atrito e o desgaste entre as partes móveis de um objeto.

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8 Dependendo da aplicação, estes produtos podem ainda exercer função de refrigeração, limpeza, transmissão de força mecânica, vedação, entre outras funções. No caso dos automóveis, o óleo lubrificante exerce a função de evitar o contato direto dos pistões com os cilindros do motor, além de vedar, refrigerar e limpar o motor. (SCHUELTER & FERNANDES, 2010)

Nascimento (2008) complementa que existem, ainda nos automóveis, outros pontos de lubrificação, como pedais de freio e embreagem, rolamentos de rodas, eixos, juntas esféricas, articulações da suspensão, barra de direção, entre outros.

Assim, depois de retirado o óleo lubrificante residual, deve ser entregue a um coletor credenciado pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e biocombustíveis). Ainda, o SINDIREPA/SP (2008) estabelece que o coletor deve realizar determinados testes a fim de verificar a existência de alguma espécie de contaminação que inviabilize ou retire a eficiência do processo de re-refino.

Após os testes e verificadas a possibilidade do rerefino do óleo, o mesmo é encaminhado a um re-refinador, que pode ou não ser a mesma empresa que realiza a coleta.

De acordo com informações da Indústria Petroquímica do Sul – IPS (2014), o processo de re-refino consiste nas seguintes atividades:

Recebimento e filtração; Termo craqueamento e desidratação:

Evaporação total; Tratamento físico-químico; Clarificação; Filtração. Ao final destes processos, obtém-se novamente o óleo lubrificante básico, o qual atende as mais altas exigências de um óleo lubrificante básico mineral e que posteriormente receberá aditivos e será comercializado novamente.

Uma das técnicas mais utilizadas em diversos países, incluindo o Brasil, tem sido a expansão de atividades de rerrefino, pois além de ser preventivo apresenta impactos econômicos positivos. (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), 2008)

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9 Figura 1. Fluxo de comercialização de lubrificantes automotivos no varejo.

Fonte: SINDICOM, 2011.

O processo de rerrefino consiste basicamente na remoção de contaminantes que compõe o OLUC, incluindo metais pesados, água, poeira e materiais particulados, possibilitando obter novos óleos lubrificantes básicos prontos para nova utilização (Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais (SINDIRREFINO), 2012).

2. METODOLOGIA

O aporte metodológico utilizado para a realização desta pesquisa, foi por meio de referencial bibliográfico, que consiste na leitura e na apropriação das ideias baseadas em referenciais teóricos de autores que já publicaram livros, artigos científicos, dissertações, monografias, teses, entre outros materiais referentes ao tema em questão e que possam servir de base teórica para a construção do diálogo deste trabalho.

Segundo Silva (2011), “a pesquisa bibliografica é desenvolvida mediante material já elaborado, principalmente livros e artigos cientificos. Apesar de praticamente todos os outros tipos de estudo exigirem trabalho dessa natureza, há pesquisas exclusivamente desenvolvidas por meio de fontes bibliograficas”

Por meio da utilização de bases periódicas como Google Acadêmico, Scielo, livros, artigos publicados, periódicos, sites, etc. Servindo como subsídios para conseguir responder aos objetivos iniciais do presente trabalho, por meio de

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10 conteúdo dos anos de 2008 a 2018.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

O óleo lubrificante usado e contaminado (OLUC) decorre da atividade de substituição de óleo lubrificante. Em sua composição encontram-se contaminantes como poeira, combustível, água e metais tais como zinco, ferro, chumbo, níquel e cobre que apresentam grande potencial de impactos ambientais quando não gerenciados adequadamente. (GOMES, et al., 2008)

Como exemplo, destaca-se que um litro de óleo é suficiente para contaminar um milhão de litros de água e um litro lançado ao solo pode formar uma película de

5.000 m2, deixando o solo impróprio para a agricultura.

Segundo (LUBES EM FOCO, 2014), a produção brasileira de lubrificantes não atende à demanda do mercado interno. Do total consumido no ano de 2012, 43% foi proveniente de produção nacional, enquanto 39,5% tiveram como origem a importação e apenas 17,5% do volume consumido foi abastecido pela indústria de re-refino.

Com base no SINDIREPA/SP (2008), mesmo o óleo lubrificante residual ainda possui de 80 a 85% de óleo lubrificante básico. Posteriormente, através de diversos processos tecnológicos, é possível extrair este lubrificante básico do resíduo, com as mesmas propriedades e características do refino inicial.

Colocar os produtos certos, na hora certa, no local certo e ao menor custo possível é a meta principal da logística (BALLOU, 2010). Justamente os custos são os fatores mais difíceis de serem gerenciados. O referido autor completo que, o custo logístico é o segundo maior dispêndio de uma empresa, sendo menor apenas que o custo do produto, e, devido à sua relevância, a redução dos custos logísticos é de suma importância para o sucesso de uma organização. Tais custos, nos países desenvolvidos representam, em média, 10% do PIB.

Neste sentido, conforme os dados divulgados pela revista Sindilubpress (2009), o principal componente de um lubrificante é justamente o óleo lubrificante básico, que normalmente corresponde de 80% a 90% do volume do produto acabado. De acordo com o SINDIREPA/SP (2008), os óleos lubrificantes básicos podem ser de origem sintética ou mineral, sendo os primeiros mais estáveis

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11 termicamente e menos oxidantes, apresentando melhores propriedades a baixas temperaturas e menor volatilidade, porém a um custo mais alto.

O uso automotivo representa 60% do consumo nacional de óleos lubrificantes.

Entretanto, nas indústrias são utilizados em sistemas hidráulicos, motores estacionários, turbinas e ferramentas de corte. (GOMES, 2008)

Com base no SINDIREPA/SP (2008), mesmo o óleo lubrificante usado ou contaminado ainda possui de 80 a 85% de óleo lubrificante básico.

Posteriormente, através de diversos processos tecnológicos, é possível extrair este lubrificante básico do resíduo, com as mesmas propriedades e características do refino inicial. Por isso, estes processos, chamados de rerrefino, foram adotados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA, através da Resolução Nº362/2005, como o destino obrigatório dos óleos lubrificantes usados ou contaminados coletados.

Ano Regiões

Nordeste Norte Centro-oeste Sudeste Sul Brasil

2012 26% 26% 32% 42% 36% 36,9%

2013 38% 28% 33% 42% 36% 37,4%

2014 40% 30% 34% 42% 37% 38,1%

2015 52% 31% 35% 42% 37% 38,5%

Tabela 1. Percentuais mínimos de coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado, por região do país.

Fonte: Portaria Interministerial MME/MMA nº59/2012

4. CONCLUSÃO

Diante deste artigo apresentado chegamos a conclusão que a logística reversa é uma ferramenta de gerenciamento de grande relevância para o correto descarte até o processo de re-refino do óleo lubrificante de veículos automotores contribuindo tanto em fatores econômicos para as empresas quanto evitando o descarte inadequado desse resíduo solido perigoso.

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12 Além disso, nesse artigo foi citado apenas uma rápida passagem sobre os efeitos nocivos que o despejo do óleo lubrificante usado ou contaminado pode causar ao meio ambiente. O objetivo proposto aqui é de quem manuseia o oluc procure meios de seguir as legislações de DESCARTE, ARMAZENAMENTO e RE-REFINO expressas na Resolução CONAMA nº 362/2005. Os estudos apresentados neste trabalho mostram a idéia da logística reversa junto as empresas e as leis, é normas técnicas estabelecidas em dar um destino final ao óleo lubrificante usado para a coleta e também todo o processo de re-refino, destino esse que depois de ter passado pelos processos volta ao comércio como óleo novo e com o preço relativamente baixo.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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