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Seu espírito ardente o atraía e ao mesmo tempo o

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Academic year: 2022

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Sequestrada por um pirata do espaço, ela luta contra a tentação de deixar que saqueie seus bens. Quando seu noivo tenta assassiná-la deixando Megan no meio do oceano, afundando sem esperança de sobreviver, a luz brilhante que vê no céu noturno não era sua porta de entrada ao céu, a não ser o início de um sequestro acidental por parte de um pirata espacial.

Megan agradecia que a tivesse resgatado, mas tinha um problema. Não podia manter a boca fechada, não fechou a boca nem mesmo quando a ameaçou de morte ou de leiloá-la ao melhor ofertante. E o mais estranho ainda era que, apesar de sua decisão de não se envolver com seu captor, não podia deixar de desejar seu toque.

Tren saiu de seu trabalho como mercenário para poder desfrutar da vida, mas nunca contou com o aborrecimento que sua inatividade lhe causaria. A aquisição de objetos estranhos preencheu o vazio de algum jeito, mas o sequestro acidental de uma deliciosa terráquea que não sabia quando se calar voltou a colocar emoção em sua vida.

Seu espírito ardente o atraía e ao mesmo tempo o

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conduzia à loucura. Lutando contra seus impulsos, deveria decidir entre estrangulá-la ou reclamá-la como sua companheira. Apesar do que sentia em seu coração, estava decidido a vendê-la ao melhor ofertante. Entretanto, apesar de suas boas intenções, descobre que não pode deixá-la ir.

E quando aparece um inimigo de seu passado e a leva, percebe que faria qualquer coisa para recuperá-la.

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Talvez se afogar não fosse tão ruim como pensou Megan, tinha os braços e pernas adormecidos e apesar de que todo seu corpo lhe dizia que deixasse de mover-se, ela continuava movendo-se o suficiente para manter-se fora da água. De vez enquanto engolia um pouco de água salgada que a fazia tossir e não fazia nada para acalmar sua sede. Ao menos não tinha que suportar o sol. O mais provável era que sucumbisse à fadiga antes que chegasse o amanhecer com seus cálidos raios. Seu lado sarcástico lhe dizia que deveria estar agradecida já que deixou de tremer, seu corpo se ambientou nas águas do Pacifico.

Ela tinha um noivo que era estúpido, tinha que agradecer ao maldito idiota por sua atual situação. E pensar que considerou Cameron seu príncipe azul. Ele disse e fez as coisas corretas quando a paquerou e parecia gostar de sua companhia, fingiu muito bem a maior parte do tempo.

Deveria ter percebido que havia algo estranho quando imediatamente quis que compartilhassem tudo e quando ela perguntou lhe disse: “não confia em mim?”, pouco depois de irem viver juntos.

Não havia nada tão bobo como uma mulher apaixonada, e ela foi a mais boba de todas, caiu na armadilha dele e não

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apenas foi uma enganada, mas caiu em uma armadilha mortal. Perguntou-se se em sua lapide diria: “Aqui jaz, Megan, enganada por um homem, mais uma vez”.

Em sua defesa, tinha que dizer que nenhuma mulher esperava que o homem a quem amava ou gostava a traísse, ainda que, em seu caso, seu histórico com os homens deveria ter proporcionado uma pista. Ela alegremente aceitou ir a um passeio de barco com ele, a luz da lua em celebração ao seu aniversário de seis meses juntos.

E agora seria também a data de sua morte. Pelo menos o bastardo a embebedou com champanha antes de jogá-la do barco com exagero.

— Oops!

E agora, ele teve o descaro de rir quando lhe pediu ajuda enquanto a água a engolia, fazendo-a ver o que era obvio desde o principio. Logo lhe dedicou várias maldições que fariam ruborizar o mais antigo marinheiro.

Claro, gritar em detalhes a forma como iria mutilá-lo quando colocasse as mãos nele, poderia ter influenciado Cameron e sua decisão de seguir adiante com seu mortífero plano. Provavelmente deveria ter deixado os detalhes sobre como iria castrá-lo. Mas ainda assim. O que ele esperava depois do que lhe fez?

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Megan ouviu a risada zombeteira durante muito tempo depois que ele se foi com o iate deixando-a ali. Horas mais tarde ou ao menos isso supunha, teve tempo para pensar se sobrevivesse de como se vingaria e estava no limite de sua resistência e de suas forças, lutando para sobreviver apesar de que não tinha muitas possibilidades.

Uma grande onda cobriu sua cabeça, se debateu sob a água por um momento, quase se deu por vencida, estava muito cansada para continuar lutando. Então viu a luz! A incredulidade fez com que seu olhar sob a água se fixasse em um farol brilhante justo por cima de sua cabeça, isso significava um resgate? Com um último esforço colocou a cabeça para fora do oceano e piscou com a luz brilhante e logo voltou a piscar com incredulidade quando seu corpo começou a sair da água.

— Morri? É assim como vai começar minha viagem ao céu...? Molhada e irritada? — Pensou... Por não falar de que ela sempre esperou muito, muito mais.

Um peixe que saía da água na frente dela bateu a cauda em seu rosto. Que demônios? Olhou ao redor com incredulidade, enquanto ela e um montão de peixes, junto com outros habitantes do oceano se levantavam da água, presos em algum campo antigravitacional estranho, não era uma nerd da ciência para pensar isso, viu recentemente uma maratona do filme Star Trek com Cameron, um verdadeiro fã

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Trekkie. Nunca esperou que a ficção da tela passasse a fazer parte de sua vida, mas que outra explicação poderia ter para ela e milhares de criaturas marinhas estarem flutuando para um buraco iluminado cujas bordas mal podia distinguir?

Ocorreu-lhe que podia gritar para pedir ajuda, mas de verdade, não era tão idiota embora na escolha de namorado fui mais que idiota. Além disso, exatamente quem esperava que fosse salvá-la de um sequestro alienígena? Em sua situação, no ritmo que estava se afogando, o sequestro era a melhor opção. Outra emoção substituiu o esgotamento e a resignação por seu destino, estava a ponto de conhecer a vida extraterrestre. Seriam verdes? Altos ou baixos? Se pareciam com o ET enrugado ou seriam mais do tipo humano como ela?

Além destas reflexões internas, lhe surgiu a dúvida E se fossem violentos? E se comessem seres humanos? Ou vendessem as fêmeas humanas como escravas sexuais?

Megan olhou sua figura gordinha e sua boca se torceu com tristeza. Estou mais perto de terminar sendo o prato principal de alguém, que ser uma escrava sexual. Embora não lhe importasse suas abundantes curvas, muita gente lhe dizia que tinha que emagrecer, mais de um namorado afirmou que não era seu corpo que os afastava e sim sua boca... Não sabia manter suas opiniões e críticas para si mesma.

A subida durou uma eternidade, parecia que nunca iria

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alcançar o buraco na parte inferior da nave e, sobretudo, porque fora da água fazia frio, pois seu vestido de verão molhado grudava no corpo. Abraçou seu corpo, para parar de bater os dentes. Quais eram as possibilidades de que lhe dessem as boas-vindas com uma toalha? Olhando a seu redor observou os peixes com os olhos abertos e a boca enorme que se abriam e fechavam sem fazer ruído, não contava com isso. A luz brilhante diminuiu até que ela e seus companheiros aquáticos entraram na nave.

Logo olhou ao redor com os olhos arregalados pelo assombro, porque por todos os lados na área havia enormes tanques cheios de líquido, com peixes de grande tamanho; e, se não estivesse enganada nem todos eram da Terra.

Encontrou-se presa dentro de uma cuba aberta cheia de um líquido de cor púrpura que não se parecia com nada que já viu e com uma amostra de um tentáculo negro. Notou algo inquietante, os outros tanques estavam fechados e sua mente não demorou a chegar a uma conclusão inoportuna.

Se ficasse dentro do aquário, poderia estar outra vez no mesmo sufoco; afogando-se.

— Outra vez não — Murmurou.

Deu meia volta para olhar a seu redor e viu as vigas por cima e ao redor das cubas, precisava chegar a uma dessas.

Andando, a água era como uma espécie de melaço que lhe dificultava avançar. O suor se formava em sua testa

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enquanto avançava, seu progresso era lento. Roçou em peixes cativos, suas úmidas e asquerosas peles viscosas contra a dela, seus olhos sem pálpebras olhando fixamente seu caminho.

— Juro que parecem que estão rezando para que eu não consiga.

Era a vingança por seu habitual sushi das sextas-feiras à noite. Seus dedos tocaram uma borda fria de metal. Colocou as mãos ao redor da viga e se elevou sobre ela, amaldiçoou o fato de que tinha uma matrícula em uma academia que nunca usava, com os músculos tensos, subiu as pernas para colocá-las ao redor do suporte metálico, a perda repentina do campo gravitacional quase a fez cair quando de repente teve que aguentar todo seu peso. Seus músculos doloridos gritaram em sinal de protesto, mas aguentou para salvar sua vida.

O plop da chuva de objetos que golpeavam a água a fez virar a cabeça para ver como peixes e outros habitantes do mar, capturados pelo trator, caíam no enorme tanque. Logo que o último golpeou a superfície líquida, o feixe de luz se apagou e Megan piscou diante da repentina perda de visão.

Ainda podia ver, embora não tão bem como antes, havia luzes fracas que rodeavam a câmara.

Isso não a impediu de ouvir o zumbido da maquinaria e

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o estalo suave quando o tanque se fechou, seguido de um golpe seco mais forte que ela assumiu ser a porta inferior que também se fechou. Logo tudo ficou em silêncio, exceto por um leve zumbido e sua respiração ofegante.

Seus braços tremiam pelo esforço de sustentar a si mesma e pensou que a primeira coisa que tinha que fazer era tentar chegar a terra firme. O esgotamento quase a levou a histeria com seu trocadilho involuntário e ela riu. Bom, provavelmente não terra firme, mas ao menos uma superfície em que pudesse se manter em pé, por exemplo, um chão estaria bem. Pendurando-se como um macaco olhou ao seu redor e viu um caminho não muito longe se pudesse ir para ele.

— Igual fazem os macacos — Recordou a si mesma enquanto balançava seu corpo de um lado para o outro.

Suas mãos agarraram a viga e tentou se agarrar com as pernas com toda a força que era capaz. Ela não contou com a fadiga dos braços ou o quanto seu corpo pesava. Sem mencionar que pensava que havia uma menor gravidade no espaço. Uau! Suas mãos deslizaram da viga e caiu, seu breve grito de terror se interrompeu quando pousou sem graça em algo duro e apagou.

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Tren, com os pés apoiados no console principal, amaldiçoou quando um alarme disparou.

— Que merda está acontecendo agora? — Murmurou em voz baixa enquanto dava um murro nas teclas dos braços de sua cadeira, colocando a tela diante dele onde aparecia o vídeo da zona de transporte, o mais provavelmente era que um dos espécimes tivesse ficado livre do trator, não se preocupou com este último grupo. O planeta Terra não era conhecido pela periculosidade de seus habitantes. Pelo contrário, suas criaturas eram bem dóceis, especialmente a variedade que vivia na água.

A zona de armazenamento, com seus enormes tanques apareceu na tela passando a câmera em várias direções e esquadrinhou a sala. Ele não viu nada estranho, mas, algumas das criaturas que capturou eram bastante pequenas não como asknovakian com seus quarenta longos tentáculos, a esses tiveram que sedar antes da captura para poder transportá-los. Com um gesto chateado, levantou-se de sua cadeira e esticou seu volumoso corpo antes de ir para o elevador que o levaria à parte de baixo. Parou antes de entrar e gritou uma ordem.

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— Entrar no sétimo planeta do quadrante e logo descer à hipervelocidade e ir rumo para a galáxia Jifnarian, terceiro planeta.

— Curso bloqueado. — A voz suave de sua equipe confirmou as ordens.

Entrou no elevador e apertou o botão da área de transporte. Ele iria lutar com um peixe, a ideia o fez suspirar.

Ele, que tinha um longo caminho percorrido desde que começou sua carreira como mercenário. Sua nova vida transportando espécies estranhas de outras galáxias não desenvolvidas poderia aborrecer a qualquer um, mas era certo que iria conseguir, e obviamente nada podia se comparar com a emoção de lutar em uma missão militar.

Mas a vida de um mercenário não era tão longa, por isso a mudança de trabalho. Entretanto, ninguém o advertiu que a aposentadoria significaria terminar aborrecido de si mesmo.

Tentou levar uma vida de ócio durante um tempo, acumulou créditos suficientes para fazê-lo, mas para um homem a vida não só era se embebedar e se atirar em tantas mulheres como possível e tudo isso se tornou aborrecido. Então comprou uma nave e começou uma nova carreira especializada em aquisições estranhas.

Ao menos com seu novo trabalho, viajava e lutava contra as espécies resistentes de serem capturadas e contra

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os piratas. Aqueles que eram estúpidos o suficiente para enfrenta-lo. Sua reputação o precedia e agora, inclusive a escória do universo o evitava. Era hora de trocar de nave e enganá-los fazendo acreditar que era novato. Começou a rir diante da ideia e tomou nota mentalmente para que seu gerente iniciasse os trâmites. A porta do elevador se abriu, interrompendo seu plano para enganar aos piratas e entrou na área de transporte.

— Luzes — Gritou.

A sala escura imediatamente se iluminou e ele se dirigiu aos tanques que encheu recentemente, para ver o que fazia com que o alarme ainda estivesse tocando. Não se incomodou em ir com sigilo e o forte ruído de suas botas de combate soou no compartimento de carga. Aos espécimes que pegou não poderiam crescer as pernas e sair correndo.

Que lástima, não teria lhe importado, era uma forma de se entreter.

Ao chegar ao tanque, olhou o chão e ao redor, mas não encontrou nada na base do tanque. Subiu por uma escada para chegar às passarelas e, assim que colocou um pé no ralo de metal viu um vulto úmido.

— O que me faltava, que merda é isso?

Não se parecia com as ilustrações que viu de espécies aquáticas da terra. Enrugou o nariz ante o fedor de peixe que

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saía da criatura pálida, ele tirou sua pistola quando grunhiu.

O que confundiu com algas se moveu levantou-se e se encontrou cara a cara com o rosto de um humanoide pálido.

Grandes olhos marrons com raias vermelhas piscaram e os lábios azuis se abriram com um grito afogado.

— Oh! Você é o Han Solo1 — Disse a humana.

E com essas estranhas palavras, a terráquea que capturou acidentalmente, desabou para frente. Seus olhos ficaram em branco e sua testa chocou bruscamente contra o chão.

— Ah merda, que lixo!

Tren apoiou as mãos nos quadris e fez uma careta ao ver a coisa encharcada que estava estirada no chão. Mato a terráquea agora ou deixo para mais tarde? Tinha a impressão de que era uma mulher, embora dada sua posição e o estado desalinhado, poderia ser também um homem afeminado. De qualquer maneira, ele não a queria. Ali não havia mercado para as terráqueas. Dado seu temperamento, as fêmeas eram propensas a chorar todo o tempo e a ter ataques de histeria, sobretudo quando eles eram seus novos amos.

Pareciam ser problema quando as vendia como escravas sexuais. Por isso Tren preferia as criaturas, porque não

1Han Solo é um personagem ficcional, protagonista dos livros e filmes de ficção científica da série Star Wars (Uma Nova Esperança, O Império Contra-Ataca e O Retorno de Jedi). No cinema, Han Solo foi interpretado pelo ator Harrison Ford.

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falavam.

Perguntou-se se poderia deixá-la em algum lugar de seu planeta, descartou a ideia quase imediatamente. Primeiro, porque não podia e segundo porque aprendeu a lição quando as terráqueas, as quais devolveram depois de um sequestro, disseram a quem quisesse escutar, que lhe tinham injetado algo e agredido sexualmente. Era engraçado; a maioria dos mundos civilizados considerava a Terra um planeta bárbaro, pessoas decididas a destruir seus recursos naturais, e por isso fez esta viagem para recolher amostras. Ao ritmo que estavam destruindo os oceanos, imaginou que não faltava muito para que o planeta esgotasse todos seus recursos naturais.

Não é que lhe preocupasse sua sorte, a galáxia tinha outros planetas suficientemente viáveis. O que faria com a terráquea? Levantou a pistola para acabar com a vida da humana, mas vacilou. O que quis dizer com isso de Han Solo?

Seu tradutor não tinha nenhuma versão e maldição se agora sentia curiosidade. Iria descobrir primeiro e matá-la depois. Decidido, guardou a arma e logo agachou para agarrar o corpo inerte.

Colocou o ser humano sobre suas costas e foi quando notou que era uma fêmea sem dúvida, seu abundante peito sobressaía pela parte superior de um trapo, mas tinha só dois

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peitos, em lugar de quatro ou cinco. Ignorou seus atributos femininos e agarrou sua perna que estava quebrada em ao menos três lugares. Surpreendia-se que não tivesse gritado a todo pulmão quando acordou. Provavelmente o choque a impediu de perceber sua lesão, sem dúvida quando despertasse novamente, choraria e gritaria, e isso era algo que não iria aguentar.

Por um momento, voltou a repensar despachá-la antes que acabasse louco de internar, mas parou ao ver seu aspecto tão vulnerável. Amaldiçoou quando guardou sua arma. Ele, o assassino mais frio que havia nas galáxias conhecidas, não pode matá-la. Tinha uma missão a cumprir, antes de se converter em um brando faria saber a seus contatos que estava de volta aos negócios, logo que se desfizesse de sua carga... Incluindo uma mulher que certamente seria irritante

Deslizou suas mãos sob seu corpo gordinho e a puxou para ele e antes de pensar a embalou em seus braços. Sem nenhum esforço por sua parte, já que se mantinha em uma forma impecável, levou-a ao final da passarela e ao elevador, que os conduziu a um nível superior onde estava seu quarto e a enfermaria. A curiosidade o fez olhá-la enquanto a levava.

Sua pele parecia pálida, e debaixo de sua superfície podia ver uma frágil rede de veias. Poderia dizer que sua pele era irrepreensível, mas notou que parecia marcada por uma

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estranha linha de pontos claros na ponte do nariz. Ah! Isso vai diminuir seu valor. Tinha cílios e sobrancelhas escuras em desacordo com seu cabelo marrom com uns reflexos dourado claro. Seus lábios, de uma cor azul estranha, eram cheios, e através deles se podiam ver os dentes brancos. Seu corpo enchia seus braços, era corpulenta e suave, mas não exagerada. O tecido molhado que usava estava grudado à plenitude de seus peitos e ressaltava seus proeminentes mamilos.

Para sua incredulidade, sua virilha se apertou ao olhar esses peitos, parecia que tinha esperado muito tempo para visitar os bordéis, se esta pálida e encharcada mulher podia incitá-lo à luxúria, sobretudo considerando que possuía apenas dois seios, uma característica comum entre os de sua espécie. Ou... Era uma anomalia genética?

Aborrecido consigo mesmo por seu interesse nela para copular, ele a deixou sobre a maca na sala médica. Uma unidade de diagnóstico desceu do teto com um zumbido. Tren apertou os botões que havia no dispositivo e logo se afastou, apenas para voltar um momento depois, quando a máquina começou a apitar.

— Máquina estúpida. Pode curar qualquer coisa, mas não pode cuidar da roupa molhada — Resmungou.

Agarrou o tecido úmido que tampava seu corpo e a

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rasgou pela metade antes de tirar de seu corpo. As curvas femininas, que ele devorou com o olhar, ficaram descobertas da cor escura de seus mamilos ao loiro escuro entre suas pernas. Sua mão não pode deixar de tocar a suavidade ao redor de seu ventre com um furo no meio, se perguntou para que era, e teve que admitir que a vista de seu corpo fez seu pênis endurecer.

Com uma maldição por sua falta de controle, deu a volta e saiu da sala, permitindo que a unidade médica fizesse seu trabalho. Suas roupas estavam úmidas e fedidas por ter levado a terráquea nos braços, tinha que trocá-las e foi ao seu quarto para fazê-lo. Deixou cair suas roupas sujas na unidade de limpeza e se vestiu com um traje limpo e seco.

Foi quando colocava a camisa dentro da calça que lhe ocorreu que teria que vestir à fêmea.

Ou deixar que ficasse nua, imaginou-os brincando de correr por toda a nave. Seu pênis tremeu de antecipação diante da ideia. Tren apertou os lábios com incomodo, definitivamente tenho que visitar um bordel em minha próxima parada. Como não tinha roupas femininas, agarrou uma camisa e uma calça dele. Teria que comprar algo de roupa em um de seus portos de conexão, isso ou vendê-la nua, certo de que conseguiria o melhor preço.

A unidade médica demoraria um tempo para completar seu trabalho, voltou para o centro de comando, com a roupa

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sob o braço. Queria investigar mais sobre as mulheres terráqueas e descobrir a maneira de amordaçá-la porque com sua sorte, provavelmente seria do tipo ruidoso. E todos os homens sabem que a única vez que uma mulher deve falar é durante as relações sexuais quando ela grita seu nome.

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Megan voltou há si pouco a pouco, um meio sorriso curvou seus lábios, teve um sonho muito vivido com um pirata espacial que a sequestrava para seduzi-la. Seu sorriso se dissipou lentamente. Era um sonho estranho para ter, abriu os olhos e piscou quando viu uma máquina estranha. As luzes da maquina piscaram, os motores zumbiam e enquanto olhava, um buraco se abriu e deixou cair um jorro de uma mistura estranha sobre ela.

— Que porra é esta?

Lutou para se sentar, mas não pode; o que lhe provocou um pequeno ataque de pânico. Girou a cabeça de lado a lado, a única parte que podia mover. Não tinha ataduras em seus braços, nem em suas pernas, entretanto algo, uma força invisível a sujeitava enquanto a máquina lhe jogava essa coisa asquerosa em todo o corpo. O mais inquietante de tudo é que não estava com nenhuma peça de roupa. Quem me despiu? E o que fez com meu corpo? A lembrança de seu sequestro alagou sua mente e fechou os olhos com um gemido. Ao que parecia, o pirata escuro que recordava vagamente de seu sonho não era produto de sua imaginação.

Ele a levou a bordo de sua nave disposto a... Ela abriu um olho... Curá-la? Fodê-la? Preparar seu corpo para logo

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comer? Esperava que fosse a primeira opção.

Estava presa como uma mosca em fita adesiva até que pudesse sair desta situação. Fez um repasse de suas lesões, a dor da perna e das costelas desapareceu, teria lhe dado alguma droga? Ou a máquina desativou as terminações nervosas? Talvez, para que não gritasse quando a comesse viva? Não deveria ter visto a maratona desses filmes tão ruins do espaço com Cameron. Eram filmes de terror a respeito de como os humanos podiam morrer nas mãos extraterrestres. De seu cansaço, não ficou nem rastro, nem sequer a mínima dor nos músculos, apesar das horas que ficou na água, isso a fez se perguntar quanto tempo permaneceu inconsciente.

Com o fim de manter a calma e evitar entrar em pânico, já que a máquina seguia melando sua pele com uma variedade de líquidos, voltou seus pensamentos em sua lembrança do alien, uma retorcida versão de Han Solo. Teria que dar uma olhada de novo para ver se era tão atraente como se lembrava. Quando estava delirando de dor, teve uma breve impressão de sua altura e largura, a surpresa refletida nos penetrantes olhos azuis dizia que definitivamente não esperava encontrá-la em sua nave.

Sentia calor em todo o corpo, e esticou a cabeça o quanto pode, para ver se a máquina colocou seu corpo no fogo. A coisa estranha que tinha por todo o corpo

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desapareceu e um momento depois, a força invisível que a segurava a deixou livre. Megan desceu da mesa e olhou a seu redor, a sala era grande, as paredes lisas, de uma cor esbranquiçada, não tinha porta alguma, estava decepcionada.

Até o momento, a espaçonave não estava à altura de suas expectativas. Megan voltou para a mesa, a tempo de ver a máquina deslizar para o teto. Agora sem a máquina, a sala parecia ainda mais estéril sem nada de mobiliário, sem uma triste cadeira.

Passou as mãos pelo corpo, em busca de qualquer rastro de dor ou feridas. Entretanto, não apenas não sentia dor, se sentia muito bem, como nova. A máquina não só tinha curado suas feridas, também tirou algumas cicatrizes. A cicatriz da operação de apêndice desapareceu junto com a do joelho de quando caiu andando na bicicleta, estava em toda a tíbia e sempre a cortava ao raspar as pernas. Agora só faltava que lhe tivesse colocado o traseiro e os peitos no lugar. Não lhe importava o tamanho de seu peito, mas quando corria era irritante. Passou as mãos pela parede em busca de uma fenda ou algo para pressionar que lhe permitisse sair.

Também desejava poder encontrar algo para vestir, porque encontrar alguém estando nua, seja extraterrestre ou não, não tinha graça, então quando ouviu um ruído atrás dela, se virou enquanto tampava entre as pernas com uma mão e com a outra seus seios. Dado seu tamanho generoso,

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não iria conseguir fazer muito mais e seu sequestrador riu.

— Não vejo graça — Grunhiu com os dentes apertados.

— Agora, se puder deixar de rir, apreciaria muitíssimo se você se virar, ou melhor, ainda se for me buscar roupas.

Isso o sossegou definitivamente, embora permanecesse na frente a ela.

— Xfinewfikagdolpa?

Ele se dirigiu a ela em uma língua gutural que fez sua pele arrepiar. Ignorou como a sua voz a afetou e se concentrou no fato do que estava dizendo.

— Não entendo absolutamente nada — Disse. — Não sei que demônios você disse, então... Por que não me repete isso em inglês em lugar de qualquer idioma estranho?

Ele grunhiu algumas palavras estranhas antes de atirar algo para ela e sair da sala. A roupa a golpeou enquanto olhava com assombro como a porta que não viu antes deslizar para o lado e voltar para seu lugar confundindo-se com a parede novamente. Como não estava segura se o alienígena voltaria, se apressou em vestir a roupa, a que supôs que era dele a julgar pelo tamanho e o estilo: uma camisa branca tipo túnica que lhe chegava até os joelhos e calça que se ajustavam a seu traseiro redondo, mas que ficavam muito compridas. Sentou-se e dobrou a bainha até

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que seus pés aparecerem. Com esse traje estava bem coberta por fim, embora sem sutiã. Enquanto esperava que o alien voltasse, tomou um tempo para analisar sua aparência.

Em primeiro lugar, era imenso, essa era uma boa maneira de começar a descrevê-lo. O homem passava dela pelo menos uns vinte centímetros ou mais e ela não era pequena. E se falasse de largura tinha uma considerável, precisada apenas olhar a camisa que cobria seu corpo para adivinhar a largura das costas. Eram os músculos ou a gordura o que enchia a camisa? Oh! E os alienígenas tinham o mesmo ali embaixo? Não podia negar que sentia curiosidade e que queria saber.

Deixando de pensar em seu corpo por um momento, pensou em seu rosto e a cor de sua pele. Púrpura, estou ficando louca... Púrpura? Não era um efeito da luz que lhe dava um tom violeta, era um profundo e rico malva, que fazia com que seus olhos azuis ressaltassem. Seu cabelo era escuro, com uma pequena onda, e chegava até quase os ombros, a mesma cor tinha seu cavanhaque. Tinha um anel de prata no nariz e outro na testa. Seus lábios pareciam negros, mas seus dentes eram brilhantes e brancos. Sem dúvida, era carnívoro.

Quando falou nesse estranho idioma, sua voz rouca retumbou por todo seu ser. Vagamente recordou tê-lo chamado de Han Solo, mas pensou que se parecia mais com

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Johnny Depp em seu papel de Piratas do Caribe, apenas mudando para o espaço. Sombrio, perigoso e terrivelmente quente. Dadas suas características exóticas, se perguntou que outras surpresas escondia além da cor de pele e os dentes. Poderia ser um pênis duplo ou um esperma ácido que a queimasse por dentro. Levou a mão à boca antes que começasse a rir em voz alta, não estava segura se ele ou algum outro ET a observava com uma câmera oculta. Sem prévio aviso, a parede se abriu novamente e o pirata entrou, seus olhos claros estavam brilhantes. Jogou algo pequeno e ela levantou as mãos para ele, mas falhou. O pequeno objeto negro caiu no chão e ouviu um suspiro de exasperação.

— Bem, me perdoe por não ser a senhorita agilidade, queria ver como você estaria se quase tivesse morrido afogado por culpa de seu noivo, sugada por uma espaçonave, e depois ter uma máquina estranha fazendo algum experimento com você, garanto que seus reflexos tampouco funcionam.

Ele não respondeu, cruzou os braços sobre o enorme peito e assinalou com a cabeça para o objeto no chão.

Agachou-se para pegar e o olhou, mas não reconheceu o objeto absolutamente.

— O que é?

Ouviu-se outro suspiro seguido de um movimento.

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Olhou para ele e segurou o fôlego quando viu que ia para ela, quase dois metros e treze de um zangado pirata púrpura.

Teve uma reação muito feminina, recuou. Ele grunhiu e, por reflexo, ela grunhiu, sua resposta fez com que suas sobrancelhas se elevassem, tampouco ajudou o sorriso que cruzou seu rosto enquanto ela ficava fora de seu alcance.

Com um movimento rápido, sua mão saiu disparada como um raio para ela, que gritou e correu para esconder-se atrás da maca em que acordou.

— Não se aproxime de mim — Gritou-lhe. — Você...

Você gigante estranho e púrpura.

— Kddwolsgewo.

Falou nesse estranho idioma novamente e lhe fez um gesto com a mão para que fosse para frente. Ela bufou. Ele grunhiu, mostrando os dentes pontudos. Sem nada com que se proteger, lhe lançou o objeto negro. Ele o pegou com um movimento rápido da mão e ela engoliu saliva, demonstrou ter uns reflexos notáveis. Ele se moveu ao redor da mesa, e ela também se moveu, tentando se manter longe. Nem sempre foi tão covarde, mas de verdade, o homem (se um alien pudesse ser chamado de homem) era enorme, e ele não estava muito contente.

Ela gritou quando ele saltou sobre a mesa e colocou um braço ao redor de sua cintura. Continuou gritando e se

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debatendo. Ele colocou seu duro peito em suas costas, seu braço era como uma âncora imóvel ao redor de sua cintura.

Sua outra mão estava em seu ouvido e ela gritou.

— Solte-me seu bruto, monstro.

—Quer se calar? Que irritante é mulher! Cale-se antes que ceda ao impulso e te mate.

Suas palavras penetraram através do pânico, ela ficou imóvel, com o peito agitado.

— Eu te entendi — Sussurrou.

— É obvio que sim, tola humana. Se não tivesse tanto medo, como sua espécie está acostumada a ter, teria mostrado como inserir o tradutor em seu ouvido.

— Bom, como diabos eu iria saber? — Espetou-lhe. — Não conheci um alien antes, em meu mundo, não vamos colocando coisas nas orelhas das pessoas, quando nos encontramos pela primeira vez.

— Sim, sou muito consciente de que seu planeta está em um estado bárbaro — Respondeu com um bufo de desgosto.

— O que? — Balbuciou. — Olhe o que disse a frigideira à chaleira.

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— Sabia que tinha que ter te matado — Queixou-se à suas costas.

Ocorreu a Megan que talvez devesse se calar por um momento. O silêncio, entretanto, a fez consciente de onde estava, e mais contra quem estava.

Pressionado contra as costas, o alien a esquentava, inclusive através da malha que os separava. A palma da mão apertada contra seu estômago deixava sua marca através da camisa de linho fino, e a sustentou firmemente contra ele. Ela se moveu com a intenção de escapar, mas isto só serviu para que a puxasse mais perto e seus olhos se abriram quando sentiu algo duro se cravar em suas costas, melhor que não seja o que eu acredito que é. Em lugar de ter a elegância de se calar, respirou fundo e a soltou.

— Oh, não posso acreditar nisso, se pensa que vou te entreter sexualmente está louco.

Ele a separou dele e bufou.

— Acha que está em muita alta estima mulher, se acredita que me rebaixaria a copular com seu corpo tão pálido, com sua boca, é mais que suficiente para acabar com a ereção de qualquer homem.

Megan girou e colocou as mãos no quadril.

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— Pálida? Eu sou a que tem uma cor normal aqui, em vez de uma maldita cor púrpura. E sabe, minha boca ainda não recebeu nenhuma queixa, ao contrário, minhas técnicas orais são bem conhecidas entre meus amantes.

Quando seus lábios se curvaram em um sorriso, o rubor coloriu suas bochechas e lhe encheu o corpo de calor.

Entretanto, ela não se acovardou, nem saiu correndo, se ergueu e lhe sustentou o olhar.

— Obrigado pela informação sobre suas capacidades amorosas. Vou acrescentá-la a sua lista de habilidades quando te leiloar no primeiro porto ao que cheguemos.

E com essas palavras, ele se virou e começou a se afastar. Leiloá-la? Ohhh, não. Armou-se de coragem e foi atrás dele.

*****

Tren fervia de raiva, não pela terráquea que o divertia com sua valente postura e seu falatório incessante, era contra si mesmo por seu interesse em saber quão boa era em suas habilidades orais. Não tinha nenhum interesse na criatura bárbara, embora quisesse empurrar seu pênis na

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boca desta menina para ver se assim conseguia ao menos deixar de ouvir sua voz por um tempo, apenas era questão de pensar, e seu eixo ereto insistiu em tentar. E essa sua atração por ela era algo que não entendia.

O cabelo já seco era marrom com uns toques dourados de uma maneira extremamente atrativa, levemente encaracolado. O traseiro, que não notou anteriormente, era redondo e atrativo. Quanto a seu corpo com só dois peitos;

gostava da forma em que seus seios redondos enchiam o tecido de sua camisa e seus mamilos se sobressaíam através da malha, rogando a que uma boca os chupasse.

Não. Nós não provamos a mercadoria, esperava-se que as mulheres fossem virgens, mas pela forma como falava, estava muito longe de estar nesse estado. Embora, podia terminar como comida congelada se continuasse chateando-o dessa maneira. Ela foi atrás dele o seguindo de perto, enquanto se afastava tentando escapar de seu falatório.

— Não haverá nenhuma venda nem de mim, nem de meus serviços — Gritou às suas costas.

Tren ignorou e continuou caminhando, o que ela queria era que deixasse de lado seus planos e inclusive considerasse suas opiniões.

— Oh! — Exclamou com exasperação.

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Um momento depois, o atacou, golpeando-o nas costas com fúria. Sério estava se atrevendo a lhe bater? Virou e seus golpes deram em seu duro abdômen. Ele a olhou enquanto ela descarregava sua ira e só falou quando parou.

— Terminamos?

Ela levantou o olhar para o dele, e não pode deixar de notar o rubor rosado em suas bochechas. Encontrou-se cativado pelo vermelho de seus lábios, sua cor natural agora que tinha se esquentado, não viu vir seu joelho que conectou com seu pênis com uma precisão infalível.

— Agora sim! — Disse, soando muito satisfeita consigo mesma.

Tren apertou os dentes pela dor ardente, e antes que pudesse lhe infligir mais dor, ele a agarrou e a colocou por cima do ombro.

— Desça-me — Gritou, batendo em suas costas com os punhos.

— Não.

— Não vou deixar que me viole seu... Seu pirata púrpura

— Exclamou.

— Como já te disse, não tenho nenhum interesse em seu corpo, não tem seios suficientes para meu gosto. Mas os

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tenha ou não, vou te vender ao melhor ofertante.

Suas palavras foram lançadas em um tom ameaçador, mas Megan não fez nada para fechar a boca.

— Não pode fazer isto, exijo que me leve de volta a meu planeta, não me venderá como se fosse um objeto.

— Silêncio — Rugiu, golpeando seu traseiro com a palma da mão.

Quando ela gritou de raiva, golpeou-a uma e outra vez até que se acalmou. Uma pena, porque teria desfrutado açoitando-a um pouco mais, talvez nua, tinha um traseiro delicioso.

— Pela última vez, silêncio. Agora ouça, terráquea. Em primeiro lugar, não estamos nem sequer no seu sistema solar, por isso voltar para seu planeta de origem não é uma opção, e acredite, eu já estou lamentando. Em segundo lugar, estou começando a pensar que a menos que ponha uma focinheira ou te corte a língua, nunca terei a sorte de te vender. Os homens preferem as mulheres dóceis, obedientes e tranquilas... Muito, muito tranquilas, uma lição que é possível que você deseja aprender. E três, minha nave, minhas regras.

— Suas regras me fazem suar de medo!

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Tren ficou com a boca aberta de surpresa com sua resposta. Esta mulher não tinha sentido comum? Só os idiotas o provocavam assim e nunca mais de uma vez, se assegurava disso.

— Nunca te disseram que é um dom saber quando se calar?

— Muita gente, mas me deixe-me perguntar, como se sentiria se seu namorado tentasse matá-lo e logo depois fosse abduzido por um alien que quer vende-lo?

Então, para seu horror, ela começou a chorar.

— Oh, não! Não, lágrimas não; não vou tolerar isso...

Pare de chorar neste instante! — Ordenou.

Ela soluçou mais forte. Tren, finalmente chegou ao centro de comando, deixou-a cair na cadeira e ficou novamente observando-a. Sua cativa sorriu sem rastro de lágrimas no rosto, era mentira.

— Vejo que as mulheres terráqueas são iguais a todas as mulheres do universo propensas aos mesmos dramas.

— Você não gosta? — Ela perguntou.

Megan lhe lançou um sonoro beijo e lhe mostrou seu dedo, o que provavelmente significava algo em seu planeta, mas só lhe deu um impulso de morder e chupar o dedo.

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Deixando de lado os pensamentos de qual parte de seu corpo gostaria de morder, descobriu que tinha curiosidade a respeito de algumas de suas palavras anteriores.

— Por que seu companheiro queria matá-la? É porque nunca se cala?

— Não — Respondeu ela, endireitando as costas. — Ele queria meu dinheiro, fui uma estúpida, não sabia que era um estelionatário até que decidiu que já não precisava de mim, e me jogou do barco para que me afogasse.

Por alguma estranha razão, as ações de seu companheiro o enfureceram, mas não pensava deixar que ela notasse.

— Que sorte a minha, agora tenho que carregá-la comigo, e aviso que é melhor começar a se comportar, porque se decidir te matar, eu terei sucesso.

Mostrou-lhe seu aspecto mais perigoso e esperou ver o medo que estava acostumado. Ela lhe mostrou a língua e Tren revirou os olhos por seu atrevimento.

— Faça! — Zombou.

— Está louca, mulher? — Rugiu. — Disse que se comportasse ou do contrário...

— Para que? Já me disse que tem intenção de me

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vender — Acusou. — E isso não é de meu agrado, já sabe.

Tren encolheu os ombros.

— A bondade não entra em meus planos absolutamente, isto é um negócio justo. É parte de minha captura, e porque deveria te liberar? Servirá para melhorar meu estado financeiro, por que perder uma venda quando posso ganhar algo pelos problemas que vou ter?

— Que problemas? A polícia espacial vai vir me liberar?

Seus olhos se iluminaram diante da perspectiva e Tren quase riu. Ele manteve o rosto sério e respirou fundo antes de responder.

— A polícia é para aqueles que são parte da coalizão universal, seu planeta não se encontra dentro da coalizão e tudo o que há nele, incluindo sua gente, são presas fáceis por causa de sua instabilidade mental.

— Nossa o que? — Balbuciou.

— A histeria e a falta de conhecimentos básicos de como funciona o universo — Ele deu de ombros. — Na realidade, é algo assim como o comportamento que está tendo.

Moveu-se para o lado e evitou o pé que ia direto à sua panturrilha.

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— Bom, ao menos nós não somos grosseiros, nem idiotas, nem arrogantes — Replicou ela.

Tren grunhiu e lhe mostrou os dentes. Para seu desgosto, ela nem sequer se alterou.

— Sabe como fácil seria te matar?

Ela revirou os olhos.

— Oh, por favor, economize a conversa para alguém que acredita. Se não me matou depois que te dei um chute nas bolas, então não acredito que só por falar o faça.

Uma careta cruzou seu rosto com seu pensamento e para sua surpresa, ela riu. Um som rico e gutural, que fez com que a curva de seus lábios se visse sedutora e seu olhar se iluminasse. Também fez com que seu pênis se inchasse com interesse, mas não gostou nenhum pouco. Como supunha que iria fazê-la respeitá-lo se achava suas ameaças divertidas? Nunca esteve em uma situação assim. A maioria dos seres que ameaçou se acovardaram imediatamente, desmaiavam ou urinavam. Precisava se afastar dela e das emoções que lhe provocava.

— Eu tenho trabalho para fazer, não toque em nada — Disse a ordem, mas ela se limitou a continuar sorrindo de uma maneira que achou inquietante.

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Para se assegurar de que não mexesse em nada, ele apertou um painel na parede ao lado do elevador e bloqueou o controle dos comandos para que só funcionasse com sua voz. Para sua surpresa e decepção ela não disse nada para detê-lo. Bom, já era hora que desse um descanso a sua língua, apesar de que não podia deixar de pensar em outras maneiras que podia fazê-la se calar. Maneiras que fazia seu pênis inchar em sua calça.

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Sozinha, Megan tamborilava os dedos sobre o apoio de braços da poltrona e olhava a seu redor com interesse. Por alguma razão, o que ela esperava de um centro de comando era maior que o que estava vendo para ser uma nave.

Entretanto, o espaço era como seu quarto de hóspedes, mas com menos móveis. Sabia que a nave era imensa pelo que viu da área de carga e pelo trajeto que fizeram para chegar até ali. Entretanto, a única coisa que parecia faltar na nave eram outras pessoas, seres extraterrestres, ou o que fossem.

Apesar de sua cor púrpura, era difícil pensar nele como um extraterrestre. Ele emanava muita testosterona e chauvinismo igual a um homem da Terra. Ocorreu-lhe pensar que deveria estar mais irritada por sua atual situação provavelmente gritando histérica, mas na verdade depois do choque da tentativa de assassinato, a aventura espacial veio como uma espécie de alívio. E ninguém sentiria falta dela, não tinha família alguma, essa era razão pela qual era uma presa tão fácil para os homens.

Trabalhava em casa como programadora e analista de Web, por isso não tinha colegas de trabalho que perguntassem onde ela estava. Quanto aos amigos, Cameron se assegurou de mantê-la afastada deles... Algo muito

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conveniente para os planos que tinha para ela. O que realmente a incomodava não era sua situação atual, era o fato de que Cameron provavelmente já teria atracado e estaria celebrando sua morte, gastando seu dinheiro com alguma prostituta. Queria voltar só para poder matá-lo ela mesma.

Enquanto tinha estes pensamentos de vingança, a preocupação mais imediata era seu destino final. Apesar de seu captor a ameaçar, não tinha a impressão de que fosse lhe fazer algum dano, inclusive quando continuava ameaçando-a de matar ou vender. Suas palmadas no traseiro doeram, mas considerando seu tamanho e força era evidente, que se conteve. Não como alguns de seus anteriores noivos que se tornaram violentos na mais mínima provocação.

Sinceramente, não acredito que me faça mal. Um pensamento tolo apoiado em nada mais que seu instinto, que em alguns casos demonstrou ser muito pouco confiável no passado. Tenho uma grande experiência com homens desse tipo, se não estiverem para me foder, estão me fodendo ou tentando me bater ou como a última vez, me assassinar.

Nunca tinha se apaixonado por nenhum loucamente, mas a dor da traição ainda lhe doía. Era muito pedir que o homem do qual gostasse a quisesse como era, franca, direta, com curvas e todo o resto? Talvez devesse permitir que a vendesse como escrava sexual, assim seria valiosa para alguém, mesmo sendo um alienígena. Se permitir se

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converter em uma pessoa que dá e recebe prazer, além disso, era boa na coisa. Poderia se transformar em uma cortesã de primeira classe e ter um amo que a enchesse de presentes, era uma fantasia interessante que incluía alguém mais.

Sozinha e com necessidade de fazer algo para se entreter, levantou-se da cadeira e foi até o centro de controle, ou ao menos supunha que fosse, dada a escassa decoração. Diferentemente dos filmes Star Trek, não havia muitas luzes nem, botões, apenas um espaço na parede com uns desenhos, uma cadeira e uma grande janela com uma tela que não mostrava nada, nem sequer seu próprio reflexo.

Que aborrecido! Apoiou-se na tela e tentou olhar através dela, se perguntando se talvez a vissem do lado de fora.

— Console de comando bloqueado. Por favor, fale para confirmar a identidade.

Megan retrocedeu ao ouvir a voz feminina que saiu do nada. Quando não aconteceu nada e não apareceu ninguém, tocou levemente a tela com um dedo.

— Console de comando bloqueado. Por favor, fale para confirmar a identidade.

Isto parecia ser obra dele. Uma voz que ativava o computador. Genial.

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— Um, olá, sou Megan.

— A entrada de voz não é válida.

— Claro, com que voz vai funcionar se não?

Megan falou em voz alta, mas a equipe não respondeu.

Seu sequestrador provavelmente colocou sua voz para que fosse valida somente para ele. Frustrada e aborrecida andou pela sala, tocando vários painéis onde encontrou símbolos, alguns dos quais fez surgir essa mesma mensagem, com alguns outros não fez nada. Também tentou encontrar a maneira de abrir a porta do elevador, mas terminou chutando a parede e machucando os dedos do pé.

Irritada, se jogou contra a parede com um grito de frustração, golpeando-a com os punhos, quando de repente se abriu, e ela caiu contra o alien estabilizando-se com as mãos.

— Terminou de maltratar minha nave? — Disse o alien, com seu tom de voz baixo e sexy.

Um calafrio percorreu suas costas e não tinha nada a ver com o medo. Suas mãos, apoiadas sobre o peito, registraram um ruído constante, como um batimento de coração, mas estava no lado oposto ao dele e mais abaixo, e isso o fazia parecer mais humano. Tomou consciência de seu corpo e o desejo que sentiu em suas partes baixa a surpreendeu.

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Atraída por um negociante de escravos de cor púrpura com dentes pontudos? Estou completamente louca! Ao perceber que ele esperava que falasse, saiu com o primeiro pensamento que veio à mente, que não fosse para pedir que ele tirasse a camisa.

— Estou aborrecida e tenho fome — Queixou-se.

Lhe lançou um olhar rebelde enquanto cruzava os braços sobre o peito, sobretudo para ocultar seus mamilos eretos que pareciam decididos a chamar sua atenção.

— Não percebi que os de sua raça são propensos a ter um ataque de manha e birra como se fosse uma criança, só para chamar a atenção.

— Talvez se não tivesse me deixado presa sem nada para fazer, não teria que recorrer a táticas infantis para conseguir um pouco de atenção.

Ela poderia ter jurado que viu um brilho de humor que iluminou momentaneamente seus olhos.

— Oh! Agora tem toda minha atenção, mas não será minha culpa, se você terminar sendo o prato principal.

Mostrou os dentes e ela revirou os olhos.

— Chega já de tentar me intimidar, você não me matou, a menos que o plano seja me matar de fome, preciso comer.

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— Tenho melhores maneiras de te castigar.

Seus olhos percorreram seu corpo sensualmente. Ela fingiu não entender sua insinuação sexual.

— Poderia me bater depois que me der de comer?

— Venha comigo, e te darei de comer, talvez melhore sua má disposição.

Ele sorriu enquanto entrava novamente no elevador, quando ela entrou e ficou de frente para ele, lhe lançou um olhar assassino por seu comentário. Inclinou-se sobre ela que conteve o fôlego esperando a vingança, só para perceber que simplesmente queria apertar um botão. Ocorreu-lhe enquanto a porta se fechava atrás dela que não sabia se seu pirata espacial tinha um nome.

— Meu nome é Megan, ou você não chama pelo seu nome a mercadoria que vai vender?

Ela poderia ter jurado que seus lábios tremeram com uma risada, mas seu aspecto continuava sério.

— Eu sou Tren, e coloco nome a todas as coisas que vendo. Novo carro da liberação. Retiro relaxante. Noite na Vulva vermelha. Já sabe, esse tipo de coisas.

— Touché. Mas tenho uma pergunta, se meu povo é tão bárbaro, como é que você fala nosso idioma?

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— É o tradutor que o faz, os dispositivos são programados com todos os idiomas conhecidos. Embora, acredito que esta versão de seu idioma está um pouco defasada algumas de suas expressões não são traduzidas.

Megan moveu a cabeça compreendendo.

— Aposto que são referências da cultura pop.

— E este Han Solo que ouvi você mencionar antes, é uma cultura pop?

Seus olhos azuis se cravaram nos seus enquanto o elevador parava, e ela quase teve uma combustão espontânea sob seu intenso olhar.

— Ele é um personagem do filme Guerra nas Estrelas.

Ao ver que ele revirava os olhos, começou a rir.

— Duvido que possa te explicar isto sem ver o filme, foi feito pela primeira vez com o Harrison Ford, ele foi Han Solo na trilogia.

As sobrancelhas de seu sequestrador se juntaram.

— Eu não sou um ator.

Ela revirou os olhos.

— Bom, só falei que a primeira vista você lembra ele

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nesse papel, mas não se preocupe, agora que o vi sem a dor e o cansaço que sentia, mudei de opinião, você parece mais o Johnny Depp em Piratas do Caribe, mas tem os dentes mais brancos, e pontudos também.

Seus lábios se apertaram com aborrecimento.

— Nada do que acaba de dizer tem muito sentido. Eu sou eu, e embora exista quem tente me imitar, sou único.

Saiu do elevador para um longo corredor, com as costas rígidas. Megan começou a rir, parecia que Tren, seu pirata púrpura, se ofendeu.

— Nunca disse que não era único.

Virou-se com um olhar escuro, ela sorriu, e com um movimento de cabeça, deu a volta.

— Esqueça, aonde vamos?

— Para o meu quarto.

Megan parou de andar.

— Desculpe. Quando te disse que tinha fome, me referia a comida, não a sexo.

Ele a olhou por cima do ombro e definitivamente desta vez não pode se enganar com o significado de seu leve

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sorriso. Seu rosto se transformou e fez com que seu coração batesse desenfreado.

— Quem falou em sexo? Lá é onde está o simulador de alimentos. Embora, se mantiver a oferta de pé, não sou contra provar a mercadoria depois do jantar.

Megan ficou com a boca aberta de surpresa.

— Sim, no inferno.

— Suponho que quer dizer que não, mas não me culpe por querer aceitar sua oferta, você é a única que continua fazendo referência ao tema sexual, eu só estava tentando satisfazer suas necessidades, que parecem insaciáveis.

Ele olhou seu corpo de cima abaixo com um olhar lento que acendeu um fogo entre suas pernas, apertou as coxas muito juntas.

— Preciso de outro amante como necessito de um buraco em minha cabeça. Não, obrigada. E eu não sou nenhuma ninfomaníaca.

— Se está falando — Disse arrastando as palavras, enquanto entrava em uma grande suíte, onde havia uma cama enorme.

Megan ignorou a cama por medo de que qualquer comentário o levasse a acreditar que queria ter sexo com ele.

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Ela tinha um apetite sexual saudável, andou pelo quarto olhando com curiosidade a mesa rodeada de cadeiras, que pareciam de borracha. Uma estante embutida na parede tinha uns objetos estranhos, figuras de umas criaturas que nunca imaginou. Havia uma espécie de fada e um dragão em um arco íris, uma mulher voluptuosa com cinco peitos, saudava com quatro braços.

— Estas criaturas são reais? — Perguntou passando um dedo pelas figuras.

— Lembrança de algumas de minhas conquistas mais significativas — Gabou-se.

Ela retirou a mão e se virou com os olhos muito abertos.

— Fez com todas elas?

Ele franziu o cenho.

— Se pergunta se tive sexo, então sim. Mas isso é só uma fração muito pequena das mulheres com que estive, e essas, como disse, são as mais memoráveis.

— E eu tive que ficar presa em uma nave com um mulherengo — Soprou com desgosto.

Embora, não pudesse negar certa curiosidade. Sobre o quanto exatamente bem informado ele estava sobre o corpo feminino.

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— Não me pagam para agradar a ninguém. Entretanto, se a necessidade for grande e não estou de humor para conquistar, eu pago a uma mulher por seu tempo.

— Vou ao espaço e conheço meu primeiro alien, só para descobrir que os homens de todo o universo são uns porcos.

Tren franziu o cenho.

— Eu não gosto nem do seu tom, nem do que significa.

Meu método é o mais seguido no universo. Como sua gente soluciona suas necessidades sexuais?

— Evoluímos, sabe, sair para jantar, talvez ver um filme e então, se nos gostarmos, vamos para a cama.

Tren riu.

— Então em lugar de compartilhar os créditos, é por uma comida ou uma noite de entretenimento. Não vejo nenhuma diferença além de que suas mulheres podem ser compradas baratas. E pelo menos minhas conquistas não tentam me matar depois de ter relações.

Sua referência ao seu noivo e sua tentativa de assassinato irritou Megan que o olhou zangada.

— Estou começando a sentir aversão por sua pessoa.

— Bom. Odeio as mulheres pegajosas.

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Com essa resposta, virou-se de costas e manipulou algo na parede por cima da mesa. Um momento depois, um aroma estranho lhe fez cócegas no nariz. Curiosa, se aproximou e viu dois pratos, fumegantes sobre a mesa.

— O que é isso?

— Comida.

Ela sentou-se na cadeira de borracha que se adaptou a seu traseiro, e relaxou o suficiente para examinar a coisa púrpura e verde que havia no prato.

— Que tipo de comida é?

— Do tipo que não te mata, pode comer isso.

Com uma espécie de garfo de prata, se dispôs a comer a comida. Com medo de se intoxicar, colocou um pouco na boca e para sua surpresa, estava bom. O que fosse que havia no prato, era muito bom, comeu com vontade e quando matou a fome, a curiosidade a levou a interrogá-lo.

— Obviamente você não é humano. O que é exatamente?

Engoliu antes de responder.

— Sou Kulin, uma raça de guerreiro muito poderoso e muito superior a sua.

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— Bom, e definitivamente mais vaidoso, te concedo isso, quanto a serem superiores, diria que isso não está demonstrado.

Ela ignorou o olhar assassino que lhe dirigiu, e continuou procurando respostas.

— Então, há um montão de aliens diferentes na galáxia?

Quero dizer, que além de sua cor de pele e os dentes, parece humano, isso é normal por aqui?

— No universo há muitas formas diferentes de vida. Os bípedes são os mais comuns, teria que ser muito ignorante para dar como certeza que a maioria das criaturas é como você. Especialmente pelo posto que ocupam na escala evolutiva em comparação com as civilizações mais avançadas e geneticamente melhoradas.

Wow, realmente era um idiota presunçoso. Mas uma parte do que lhe disse chamou a atenção.

— Espera um segundo, disse melhorado geneticamente?

O que significa isso?

— Alguns escolhem ampliar as capacidades com as que nascem, é quase um procedimento normal, junto com a manipulação de embriões para garantir não só a perfeição física, mas também a astúcia mental.

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Genial, não só era um maldito pirata espacial, era um mutante. Uma vez mais, ela fingiu não perceber que o incomodava tanta pergunta, queria lhe perguntar um monte de coisas mais, como se tinha superpoderes, mas não estava segura do limite de sua paciência. A prudência lhe dizia que deixasse o tema da genética para mais adiante e fazer a pergunta mais importante agora.

— Então, aonde vamos exatamente?

— A qualquer lugar onde possa te leiloar.

Ela franziu o cenho.

— E onde seria isso?

— No primeiro planeta que encontrarmos que ofereça este serviço.

Estava tão irritada com ele e com seu plano que lhe atirou uma parte de comida no rosto, mas ele abriu a boca e a apanhou. Surpresa, atirou outra parte e ele o agarrou de novo. Entretanto, Megan não teve a mesma sorte quando atirou uma parte nela, limpou sua bochecha o olhando com irritação, ele apenas sorriu e continuou comendo. Tinha lhe tirado a fome ele tê-la vencido em seu próprio jogo, empurrou o prato e olhou a seu redor, mas não encontrou o que queria.

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— Tem algo para beber?

Sem deixar de comer, pressionou a parede e um momento depois, um compartimento se abriu com dois copos. Ela agarrou um e olhou o conteúdo de cor rubi.

— Por favor, me diga que isto é vinho.

— Se refere-se a que seja uma bebida alcoólica, então sim.

Justo o que precisava. Megan tomou um gole e se perguntou se era o que entendia por álcool, dada a suavidade do líquido que deslizou por sua garganta. Sedenta, bebeu com ânsia e percebeu que a estava olhando.

— Deveria ir mais devagar, o Kijar que está bebendo pode ter um resultado muito forte para os que não estão acostumados.

Jogou-lhe uma framboesa.

— Ora! Posso beber como um peixe! — Disse arrastando levemente as palavras e riu. — Peixe há,há,há,há,há! Já que me pegou em sua rede espacial, sou como uma espécie de sereia, ha, ha, ha, ha!

Riu por sua própria brincadeira, o olhou e viu seu olhar de assombro, o qual causou um novo ataque de risada, e caiu da cadeira rindo. Ela ficou de pé, cambaleou e deu outro gole

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desse vinho tão delicioso.

— Acredito que já teve suficiente.

Ela colocou o copo para baixo.

— Não? — Negou com o dedo. — É um desmancha- prazeres — E riu diante seu olhar severo.

Foi agarrar o vinho, mas ele colocou o copo fora de seu alcance. Ela se equilibrou sobre ele tentando lhe tirar o copo, mas acabou perdendo e perdeu o equilíbrio, não foi um grande problema já que aterrissou em seu colo. Seus braços a estabilizaram e pareceu que o ouviu suspirar. Ela colocou os braços ao redor de seu pescoço.

— Cheira bem — Disse quando se aproximou de seu pescoço

— Você está bêbada.

—Não estou — Contradisse.

Ela se retorceu em seu colo e ele gemeu, aproveitando sua distração, Megan lhe tirou o copo e bebeu o conteúdo.

Todo seu corpo ardia de calor e se voltou novamente para lhe sorrir.

— Não está mal para ser um alien de cor púrpura.

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Entrelaçou os dedos nos cabelos da nuca e se surpreendeu por sua suavidade. Ele inclinou a cabeça para liberar a mecha de seu cabelo.

— Eu acredito que deveria dormir até que passe os efeitos da bebida.

— Oh, hora de dormir.

Ela levantou-se de seu colo, e cambaleou perdendo o equilíbrio. Foi para a cama e se deixou cair nela, rindo rolou sobre suas costas e lhe disse: — Vem?

Tren não sabia se estrangulava a terráquea, ou se unia a ela na cama. Era insolente, aberta, valente e fascinante. Ele nunca conheceu uma mulher como ela, e ainda não podia decidir se gostava ou queria matá-la. Neste momento, seu corpo sabia o que queria, ela nua com suas pernas bem abertas para que pudesse entrar, investigou o suficiente para saber se seus órgãos sexuais eram compatíveis, e teve a tentação de comprovar até onde chegava a compatibilidade.

Ela continuava deitada com um sorriso em sua cama e lhe fazia um sinal com o dedo... Embora fosse muito descarada, não podia negar seu encanto.

— Está bêbada — Mas isso não fez nada para evitar que seu pênis inchasse.

— E quente — Acompanhou a declaração com um

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apalpar de seus seios, apertando sua forma gordinha.

Uma parte de si insistiu em mostrar um pouco de controle, mas com toda honestidade, estava desfrutando muito. Ele tentou convencê-la novamente.

— Vai me amaldiçoar quando estiver sóbria.

— Vou amaldiçoar mais se não vier — Bateu na cama a seu lado.

Um homem não tinha tanta resistência, Tren encolheu os ombros, levantou-se da mesa, se aproximou da cama, inclinou sobre ela e lhe lambeu os lábios.

— Tire a camisa — Ordenou ela. — Morro para ver o que tem escondido debaixo.

Tren tirou a camisa e quase também a calça, se deixando levar por seu olhar.

— Por Deus — Sussurrou. — Inclusive tem um abdômen assim.

Seu peito inchou de orgulho com o assombro em sua voz.

— Suponho que você gosta do que vê, está satisfeita?

Ficou de joelhos e passou a mão por seu peito, deixando

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um formigamento por onde tocava. Tren conteve o fôlego quando colocou ambas as mãos sobre ele, se inclinou e roçou sua pele com os lábios, deixando um rastro brilhante que foi direto a sua virilha.

A diferença dos machos de sua espécie, ele não tinha mamilos uma característica inútil em um homem, segundo sua opinião. Ela viu seus piercings, uns aros de prata, um par a cada lado, penetrando seus peitorais, os puxou e sorriu.

— São quentes.

Inclinou-se e passou a língua pelo metal e Tren fechou os olhos diante da intensa sensação. Ela brincou com os aros e Tren se perguntou se sabia quão sensíveis eram a qualquer tipo de contato. Se sabia ou não, brincou com eles com maestria, alternou entre puxar e lamber sua zona erógena. A excitação fazia estragos em seu corpo, deixando-o impaciente, uma sensação nova para ele. Ele colocou as mãos ao redor de sua cintura e a levantou até a altura dos olhos, ela abriu os lábios e ele esperou que falasse, como parecia ser seu costume, mas deu a seus lábios um melhor uso, pressionando sua boca contra a sua com um suave suspiro. A sensação foi elétrica.

Tren a apertou com força, enquanto sua boca saqueou a dela com um beijo sensual que mesclou seus fôlegos entrecortados. Suas mãos deslizaram pelo cabelo agarrando-

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o e aproximando mais seu rosto. A sensação de sua língua deslizando entre seus lábios o fez gemer, quando se percebeu se encontrou empurrado contra ela. Ele roçou sua língua com seus dentes pontudos e gemeu. Apertou mais a parte inferior de seu corpo contra ele, e deixou cair uma mão para agarrar a perna e colocá-la ao redor de sua cintura, ela passou a outra perna ao redor dele, seu sexo estava contra seu pênis palpitante. Ela suspirou, o som vibrou contra seus lábios enquanto movia seus quadris contra seu duro apêndice.

Deslizou suas mãos sob as nádegas, ajudando-a a se mover contra ele, enquanto suas bocas continuavam dançando. O sabor dela o deixava selvagem, e sua apaixonada resposta quase destruiu seu controle.

Sou um guerreiro, pensou. Tenho mais controle que um animal. Para recuperar parte de seus sentidos, tirou sua boca da dela, mas a cadela o torturou ainda mais quando inclinou a cabeça para trás, expondo sua garganta, um verdadeiro ato de confiança e de erotismo entre os de sua espécie. Incapaz de resistir, colocou os lábios em sua pele enquanto com os dentes afiados beliscava com suavidade. Lutou contra o impulso de morder mais forte, de marcá-la com dele.

Entre seu povo, em tempos passados, tal ato seria como uma reivindicação, declarando a todos que lhe pertencia. Ele grunhiu diante do impulso primitivo sem saber por que, mas decidido a não seguir com esse jogo perigoso. Levou seus dentes longe da tentação que tão inconscientemente lhe

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