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Valor nutricional de alimentos alternativos para tambaqui (Colossoma macropomum)

Soares, K.J.A.; Ribeiro, F.B.

@

; Bomfim, M.A.D. e Marchão, R.S.

Centro de Ciências Agrárias e Ambientais. Universidade Federal do Maranhão (CCAA/UFMA). Chapadinha. MA. Brasil.

P

alavras

-

chaveadicionais

Digestibilidade.

Energia.

Nutrição de peixes.

Piscicultura.

Proteína.

resUMo

O experimento foi conduzido com o objetivo de determinar a composição química e os coeficientes de digestibilidade aparente da matéria seca (CDAMS), proteína bruta (CDAPB), extrato etéreo (CDAEE) e da energia bruta (CDAEB) de alimentos alternativos para o tambaqui.

No experimento foram utilizados 108 tambaquis com peso médio de 165,3 ± 15,6 g, em seis tratamentos e três repetições, sendo seis peixes por parcela experimental. Foram confeccionadas seis rações experimentais, sendo uma ração referência, baseada de farelo de soja e milho, e, as demais contendo 70% da ração referência, e 30% dos alimentos testados (farelo de arroz integral (FAI), farinha do feno da folha da leucena (FFL), farinha do feno da folha da mandioca (FFM), raspa da raiz integral da mandioca (RRIM) e a torta de babaçu (TB)). Para avaliar a digestibi- lidade aparente dos nutrientes, utilizou-se o método indireto de coleta de fezes por decantação e dióxido de titânio como indicador inerte adicionado à dieta em uma concentração de 0,1 %.

Dentre os alimentos avaliados, a FFM, FFL e da TB contêm elevados teores de fibras, o que reduz os coeficientes de digestibilidade dos referidos alimentos. O FAI e a RRIM apresentam os maiores CDAMS, CDAPB, CDAEE e CDAEB, indicando que podem ser alimentos com potencial no uso em rações para tambaqui.

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nforMation

Cronología del artículo.

Recibido/Received: 27.05.2016 Aceptado/Accepted: 07.10.2017 On-line: 15.10.2017

Correspondencia a los autores/Contact e-mail:

felipebribeiro@yahoo.com

Nutritional value of alternative food for tambaqui (Colossoma macropomum) sUMMarY

The experiment was conducted in order to determine the chemical composition and apparent digestibility coefficients (ADC) of dry matter (ADCDM), crude protein (ADCCP), ether extract (AD- CEE) and gross energy (ADCGE) of alternative foods for tambaqui. In the experiment were used 108 tambaquis with average weight of 165.3 ± 15.6 g, in six treatments and three replicates, being six fish per experimental plot. Six experimental rations were made, being a reference ration, based on soybean meal and corn, and the others containing 70% of the reference ration, and 30% of the foods tested (whole rice bran (WRB), hay meal of leucaena leaf (MLL), hay meal of cassava leaf (MCL), integral scrapings from cassava root (ISCR) and babassu meal (BM)). In order to evaluate the apparent digestibility of nutrients, the indirect method of collecting feces by decanting was used, using titanium dioxide as an inert indicator added to the diet in a con- centration of 0.1%. Among the evaluated foods, the MLL, MCL and BM containing high levels of fiber, which reduces the food digestibility coefficients. Among the evaluated foods, WRB and ISCR showed higher ADCDM, ADCCP, ADCEE and ADCGE values, indicating that they could be used in tambaqui rations.

a

dditionalkeYwords

Digestibility.

Energy.

Fish nutrition.

Pisciculture.

Protein.

Archivos de Zootecnia

Journal website: https://www.uco.es/ucopress/az/index.php/az/

INTRODUÇÃO

O aumento populacional mundial, a depleção nos estoques pesqueiros naturais e a busca por proteína de qualidade e saudável, acelerou o crescimento na deman- da mundial por pescado. O Brasil dispõe de imenso po- tencial para a piscicultura em virtude de condições natu- rais muito favoráveis, por ser rico em recursos hídricos com muitas propriedades rurais de áreas inundáveis, ter espécies nativas com grande potencial para produção, ter clima propício, ter diversidade de espécies, além de ser grande produtor de grãos (Rocha et al., 2013).

Entre as espécies aquáticas criadas no Brasil, o tamba- qui destaca-se como a espécie nativa mais cultivada re- presentado 19,87% da aquicultura Brasileira, com produ- ção de 135,86 mil toneladas no ano de 2015 (IBGE, 2015).

O interesse crescente da produção de tambaqui é devi-

do ao grande potencial para a criação, carne de excelente

qualidade, rápido crescimento, resistência a baixos níveis

de oxigênio dissolvido, hábito alimentar diversificado,

rusticidade, adaptação ao confinamento e arraçoamento

(Pereira Junior et al., 2013).

(2)

A piscicultura tem conquistado grandes avanços na qualidade da produção, e na eficiência do manejo, visan- do sempre máxima produtividade, requerendo a utiliza- ção de dietas que atendam às exigências nutricionais por meio do uso adequado de rações balanceadas.

A formulação de rações para peixes é baseada princi- palmente em milho e farelo de soja, os quais, em função de grande variabilidade de preço, dependendo da oferta no decorrer do ano e da dificuldade de transporte para as regiões não produtoras desses alimentos, pode tornar muitas vezes a produção de peixes inviável (Santos et al., 2008). Assim, a busca constante de alimentos alternativos que possam substituir os alimentos tradicionalmente uti- lizados no país, de forma a reduzir custos e manter, ou até mesmo melhorar o desempenho dos animais, é um gran- de desafio para os nutricionistas (Pascoal et al., 2006a).

Para viabilizar a utilização de um alimento na formu- lação de rações, há a necessidade da determinação da composição química e da determinação dos coeficientes de digestibilidade da energia e de nutrientes. A determi- nação do coeficiente de digestibilidade é de grande im- portância, uma vez que expressa a quantidade de energia e/ou nutrientes digestíveis dos alimentos potencialmente disponíveis para a espécie. Como consequência, promove aumento na eficiência de utilização dos nutrientes, me- lhora a qualidade do pescado e minimiza a excreção de resíduos fecais e metabólicos (Pezzato et al., 2002).

Ainda são escassas as pesquisas que abordam a utili- zação de alimentos alternativos, principalmente da região Nordeste do Brasil, para o tambaqui. Também são insufi- cientes as informações acerca da composição química e da digestibilidade dos resíduos originados da agroindústria, sendo que muitos desses alimentos não convencionais são desprezados quanto ao seu uso (Santos et al., 2008).

O presente trabalho objetiva determinar a composição química e os coeficientes de digestibilidade aparente da matéria seca, proteína bruta, extrato etéreo e energia bruta do farelo de arroz integral, farinha do feno da folha da leucena, farinha do feno da folha da mandioca, raspa da raiz integral da mandioca e torta de babaçu para tamba- qui na fase de crescimento.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi aprovado pela comissão de éti- ca em experimentação animal com protocolo de nº:

23115.007034/2014-47 e conduzido no Laboratório de Nutrição e Alimentação de Organismos Aquáticos do Maranhão, no Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Federal do Maranhão, Chapadinha-MA, com duração de 14 dias. O método utilizado para ava- liação da digestibilidade aparente foi o indireto de coletas de fezes utilizando 0,1% de dióxido de titânio (TiO

2

) como indicador inerte.

A raspa da raiz integral da mandioca foi obtida das raízes, que depois de colhidas no campo, foram lavadas com água, picadas manualmente, espalhadas sobre uma lona plástica, e seca a sombra por cinco dias. Posterior- mente, foi triturada em forrageira tipo martelo com pe- neira de 1 mm.

As farinhas do feno da folha da leucena e do feno da folha da mandioca foram obtidas após a retirada manual- mente das folhas dos galhos, sendo em seguida secas em estufa de circulação forçada por 24 horas a uma tempera- tura de 40ºC. Posteriormente, foram moídas em moinho tipo faca, com peneira de 1 mm.

A torta do babaçu foi obtida após a extração do óleo por meio de prensagem das amêndoas do babaçu, já o farelo de arroz integral foi obtido após a brunição e poli- mento do grão de arroz sem casca.

Logo após o processamento dos alimentos, foi retirada uma amostra para realização das análises químicas, em seguida foram armazenados em sacos plásticos e conge- lados a -18 ºC em freezer.

As seis rações experimentais foram confeccionadas a base de farelo de soja e milho (tabela I), sendo uma referência e as demais contendo 70% da ração referência e 30% dos alimentos testados (farelo de arroz integral, farinha do feno da folha da leucena, farinha do feno da folha da mandioca, raspa da raiz integral da mandioca e a torta de babaçu). Posteriormente as rações experimentais foram peletizadas.

Os 108 tambaquis com peso médio de 165,3 ± 15,6 g foram distribuídos em 18 gaiolas em formato cilíndrico (seis tratamentos com três repetições e seis peixes por parcela experimental). Cada gaiola ficava dentro de caixa de polietileno com volume de 1000 L, dotadas de sistemas individuais de aeração, abastecimento e escoamento de água. A temperatura da agua foi monitorada duas vezes ao dia (08:00 h e 16:00 h). Os controles do pH e do teor de oxigênio dissolvido e da amônia na água foram aferidos a cada 3 dias, respectivamente, por intermédio de um potenciômetro, oxímetro e kit comercial para teste de amônia tóxica.

Durante o dia, os peixes receberam nas gaiolas as die- tas testes fornecidas duas vezes pela manhã e duas vezes a tarde, até a saciedade aparente.

Para a coleta de fezes, as gaiolas com os peixes foram transferidas às 18:0 0h para os aquários de coleta (incu- badoras em formato cônico confeccionados em fibra de vidro) com volume de 250 L. Utilizou-se para a coleta de fezes um tubo (mamadeiras) acoplado no fundo dos aquários de coleta, onde se sedimentavam as excretas por decantação (método de Guelph modificado), de acordo com Abimorad e Carneiro (2004). Para evitar fermenta- ção das fezes, as mamadeiras foram colocadas em caixas térmicas com gelo durante todo o período de coleta que ocorria em intervalos de duas horas, iniciando as 20:00 h e tendo como último horário de coleta as 06:00 h. Antes das gaiolas com os peixes serem devolvidos para as caixas de polietileno de 1000 L, os tanques foram limpos, retirando restos de ração e fezes. Após cada coleta, as fezes foram colocadas em placa de petri, em seguida levada para es- tufa de circulação fechada, para secagem a 55 ºC durante 72 horas para fins de análises laboratoriais.

As análises químicas de matéria seca (MS), proteína

bruta (PB), extrato etéreo (EE), matéria mineral (MM),

fibra bruta (FB), fibra detergente neutra (FDN), fibra de-

tergente acido (FDA) e energia bruta (EB) dos alimentos

testados e das fezes, foram realizados no Laboratório de

Nutrição Animal da Universidade Federal do Maranhão-

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UFMA, de acordo com metodologias descritas por Silva e Queiroz (2002). A energia bruta (EB) foi determinada em bomba calorimétrica modelo Cal2K. A digestibilidade aparente da matéria seca, proteína bruta, energia bruta e extrato etéreo da ração referência e das cinco rações con- tendo 30% dos alimentos estudados foram calculados por meio da equação proposta por Nose (1960).

As digestibilidades aparentes da MS, PB, EB e EE ex- clusivamente dos alimentos testados foram calculados de acordo com a metodologia de Pezzato et al. (2004).

Em que: CDa (alim)= coeficiente de digestibilidade aparente do alimento; CD (rt)= coeficiente de digestibi- lidade aparente da ração com o alimento teste; CD (rb)=

coeficiente de digestibilidade aparente da ração basal; b=

percentagem da ração basal; a= percentagem do alimento teste.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os valores observados durante o período de tempe- ratura foram de 27,6 ± 0,5 °C pela manhã e 28,1 ± 0,3 °C a tarde, pH de 6,96 ± 0,56, oxigênio dissolvido de 8,87 ± 0,5 mg/L e a amônia tóxica variou na faixa de 0,1 a 0,3 mg/L. Souza (2004) relata que os níveis recomentados de amônia tóxica são de até 1,0 mg/L.

A proteína bruta do farelo de arroz integral de 15,12%

(tabela II), está entre os valores encontrados na literatura de 8,5% (Pezzato et al., 2002) a 15,66% (Novoa, 2009), assim como o valor da matéria mineral de 6,75%, com valores em estudos variando de 1,14% (Pezzato et al., 2002) a 8,5% (Gonçalves e Carneiro, 2003).

A energia bruta de 4867,78 kcal/kg observada é se- melhante ao descrito por Rostagno et al. (2011) de 4852,24 kcal/kg e superior aos resultados expostos por Pezzato et al. (2002) de 3940,0 kcal/kg com extrato etéreo de 1,1%

inferior ao encontrada no presente estudo de 12,37%. A composição química do FAI depende de fatores associa- dos à variedade genética do arroz, condições ambientais de cultivo, a constituição do grão ou processo de bene- ficiamento, como brunição e polimento, que afetam o conteúdo de carboidratos e fibra alimentar (Santos, 2006).

O FAI pode ser contaminado por falta de condições sanitárias de recolhimento ou contaminação desse farelo no processamento pelo endosperma que altera o teor de amido, ou com resíduos de casca que afeta o valor de fi- bras (Lacerda et al., 2010). Estes mesmos autores estudan- do diferentes variedades de FAI concluíram que a fibra alimentar presente no FAI é constituída basicamente por hemicelulose, com alta capacidade de retenção de àgua e por lignina, que é indigestível. Devido a ausência de padronização no processamento, a composição química do farelo de arroz integral pode apresentar grande varia- bilidade de resultados (Vieira et al., 2007).

O valor de 25,48% de proteína bruta do FFL, corres- ponde aos resultados médios obtidos na literatura, entre 19,53% (Campeche et al., 2011) a 32,6% (Pezzato et al., 2004). O teor de extrato etéreo, 3,86%, foi semelhante ao encontrado por Pereira Junior et al. (2013) de 3,5%. O teor de energia bruta de 5348,24 kcal/kg da FFL apresentou um valor elevado comparado a outros trabalhos como o de Campeche et al. (2011) com 3340,0 kcal/kg e Araújo et al. (2012), que descreveram 4856,89 kcal/kg, com extrato etéreo de 3,2%, inferior ao encontrado no presente estudo.

O valor nutritivo da folha da leucena tende a ser in- fluenciado pela adequada frequência da desfolha, propi- ciando uma preponderância de folhas mais jovens com maior valor nutritivo em comparação às folhagens mais maduras. A amplitude das variações de proteína e fibra é determinada pelas condições edafoclimáticas que a planta está sujeita ou com a idade do material vegetativo (Pereira et al., 1995).

A composição química da FFM quanto aos valores de MS (92,03%), MM (6,41%), PB (20,97%), FDN (38,07%) e FDA (21,26%), apresentou resultados semelhantes aos encontrados por Braga et al. (2010), que verificaram teo- Tabela I. Composição percentual e química da ra-

çao referencia a base de farelo de soja e milho (Per- centage composition chemistry of basal diet the basis of soybean meal and corn).

Alimentos Ração referência

Soja farelo 45% 54,55

Milho grão 34,87

Óleo de soja 5,21

Fosfato bicalcio 4,04

Sal comum 0,43

Premix mineral e vitamínico

1

0,50

DL-metionina 0,14

L – treonina 0,11

Dióxido de titânio 0,10

BHT 0,02

Total 100,00

Composição calculada

Proteína bruta 28,00%

Energia digestível 3,2 Mcal/Kg

Fósforo disponível 0,88%

Cálcio 1,88%

Sódio 0,22%

Lisina total 1,60%

Metionina + Cistina total 0,96%

Metionina total 0,55%

Treonina total 1,20%

Triptofano total 0,37%

1

Composição do premix mineral e vitamínico: Vit. A, 1 200 000 UI;

Vit. D3, 200 000 UI; Vit. E, 1200 mg; Vit. K3, 2400 mg; Vit. B1, 4800

mg; Vit. B2, 4800 mg; Vit. B6, 4800 mg; Vit. B12, 4800 mg; Vit. C,

48 g; ác. Fólico, 1200 mg; pantotenato de Ca, 12 000 mg; Vit. C,

48 000 mg; Biotina, 48 mg; Cloreto de colina, 108 g; Niacina, 24

000 mg; Fe, 50 000 mg; Cu, 3000 mg; Mn, 20 000 mg; Zn, 30 000

mg; I, 100 mg; Co, 10 mg; Se, 100 mg.

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res de 92,74% MS, 6,5% MM, 21,87% PB, 38,38% FDN e 25,29% FDA. De acordo com Correia et al. (2005), as folhas de mandioca apresentam alta variação nos valores de proteína de 14,7% a 40%. A energia bruta da FFM do presente estudo, apresentou valores de 5194,84 kcal/kg e de extrato etéreo de 5,35%, superiores aos relatados por Araújo et al. (2012) com 4824,9 kcal/kg de EB e 4,97% EE.

A qualidade nutricional da folha de mandioca de- pende de vários fatores, como solo de cultivo, idade da planta, variedade genética, tempo de utilização das folhas depois de colhidas, que interferem na redução de níveis tóxicos de fatores antinutricionais, além da proporção entre folhas e talos (Gil e Buitrago, 2002). Uma maior pro- porção de folhas melhora a qualidade nutricional, pois os níveis de proteína e fibra nas folhas são, respectivamente na matéria seca em torno de 25% e 9%, enquanto que nos talos e pecíolos são de 11% e 25% (Hisano et al., 2008).

A energia bruta observada da raspa da raiz integral da mandioca de 3696,00 kcal/kg foi inferior ao valor relatado por Carvalho et al. (2012) de 3924,0 Kcal/kg, sendo atribuído essa variação de resultados ao elevado teor de extrato etéreo (3,05%) encontrado pelos autores comparação a apenas 0,86 EE encontrado no presente estudo (0,86%). Boscolo et al. (2002), com teores de extrato etéreo semelhante de 0,94%, descreveram energia bruta de 3588,72 Kcal/kg para farinha de varredura de man- dioca análoga ao presente estudo. Segundo Hisano et al.

(2008), a composição química da raiz da mandioca por ser rica em amido, açúcares solúveis e carboidratos de rápida digestibilidade, proporcionam uma energia bruta eleva- da, sendo que outra característica que favorece o valor de energia bruta da raiz integral da mandioca é possuir baixos teores de fibra na sua composição. O valor da fibra bruta encontrado no presente estudo foi de 1,85%, 17,97%

FDN e 7,07% FDA.

A cultura da mandioca apresenta uma ampla diver- sidade genética, resultado da facilidade de polinização cruzada da espécie, alta heterozigozidade e da deiscência abrupta dos frutos, existindo muitas diferenças de valores de composição química dentre as variedades utilizadas na nutrição animal (Hisano et al., 2008). Porém quando expressa com base na MS, o teor de PB geralmente não ultrapassa 3%, sendo um alimento com limitados teo- res proteicos. O valor de PB de 2,03% verificado na raiz integral da mandioca apresentou resultado similar com outros trabalhos encontrados na literatura, com teores

variando de 1,11% (Sousa et al., 2012) a 3,21% (Carvalho et al., 2012).

A torta de babaçu avaliada apresentou 20,18% PB na MS, valor próximo aos encontrados na literatura, com 19,72% (Gasparini et al., 2015) e 21,35% (Santos Neta et al., 2011). Os subprodutos possuem oscilações de teores de PB e FB devido ao tipo e o tempo de processamento, bem como as condições de armazenamento, que afetam a composição química do produto final (Pascoal et al., 2006b)

A fração fibrosa da torta de babaçu foi elevada, com 69,68% DN e 37,43% FDA, apresentando variação em relação a resultados obtidos em estudos com o mesmo alimento, tendo em vista os valores encontrados por Gas- parini et al. (2015), com 75,57% FDN e 45,97% FDA; e por Silva et al. (2008) 66,21% FDN e 34,22% FDA. De acordo com Pascoal et al. (2006b), a contaminação da torta de babaçu no processamento por cascas e pericarpo, alta- mente lignificadas, proporciona alterações nos teores da fração fibrosa e no potencial de digestibilidade da torta de babaçu.

O conteúdo da matéria mineral, energia bruta e do extrato etéreo da torta de babaçu no presente estudo foi de 5,24%, 4791,39 Kcal/kg e 7,58% respectivamente, valor semelhante ao encontrado por Santos Neta et al. (2011) de 5,30% MM, 4847,0 Kcal/kg EB e 7,03% EE. Para a energia bruta há na literatura valores variando entre 3828 kcal/

kg e 5056 kcal/kg, conforme revisão apresentada por Siqueira et al. (2011).

Os coeficientes de digestibilidade aparente da ma- téria seca (CDAMS), proteína bruta (CDAPB), extrato etéreo (CDAEE) e energia bruta (CDAEB) do farelo de arroz integral (FAI) foram de 71,34%, 80,97%, 72,93% e 78,54%, respectivamente (tabela III). Estes valores são semelhantes aos descritos por Gonçalves et al. (2004), que trabalhando com tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) com peso médio de 100 g, observaram valores de 77,48%

CDAPB e 77,78% CDAEB.

O potencial de assimilação de nutrientes da dieta é determinado pelas características do trato digestório dos peixes e da disponibilidade de enzimas adequadas pre- sentes ao longo do canal alimentar (Moraes e Almeida, 2014).

A proximidade dos coeficientes de digestibilidade aparente observados entre as duas espécies pode ser Tabela II. Valores da MS (matéria seca), PB (proteína bruta), EE (Extrato etéreo), FB (fibra bruta), FDN (fibra em detergente neutro), FDA (fibra em detergente ácido), MM (matéria mineral) e EB (energia bruta), do farelo de arroz integral (FAI), farinha do feno da folha da leucena (FFL), farinha do feno da folha da mandi- oca (FFM), raspa da raiz integral da mandioca (RRIM) e da torta de babaçu (TB, expressa na matéria natural

(Values of DM (dry matter), CP (crude protein), EE (ether extract), FB (crude fiber), NDF (neutral detergent fiber), FDA (acid detergent fiber), MM (mineral matter) and EB (gross energy) of whole rice bran (WRB), hay meal of leucaena leaf (MLL), hay meal of cassava leaf (MCL), integral scrapings from cassava root (ISCR) and babassu meal (BM) expressed in dry matter).

Alimento MS % PB % EE % FB % FDN % FDA % MM % EB Kcal / Kg

FAI 91,32 15,12 12,37 3,77 22,39 7,56 6,75 4867,78

FFL 90,12 25,48 3,86 9,66 25,23 19,08 6,62 5348,24

FFM 92,03 20,97 5,35 10,92 38,07 21,26 6,41 5194,84

RRIM 91,73 2,03 0,86 1,85 17,97 7,07 4,11 3696,00

TB 92,37 20,18 7,58 19,68 69,70 37,43 5,27 4791,39

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atribuída a hábitos alimentares e condições nutricionais similares. A tilápia, assim como o tambaqui, são espécies onívoras com eficiência semelhante de habilidade de assimilação do alimento. Os peixes onívoros apresentam características especificas de perfil enzimático do canal alimentar, além de intestinos longos, permitindo que o alimento ingerido permaneça mais tempo em contato com as enzimas digestivas, otimizando a capacidade ab- sortiva de utilizar vários componentes da dieta (Gonçal- ves et al., 2004; Moraes e Almeida, 2014).

Por outro lado, Abimorad e Carneiro (2004), trabal- hando com pacu com peso médio de 310 g, relataram valores superiores aos encontrados neste estudo para FAI, de 80,82% CDAPB e de 92,73% CDAEB. Estas diferenças podem ser atribuídas pelo fato dos referidos autores te- rem utilizados peixes maiores, que possuem maior capa- cidade de aproveitamento dos nutrientes e do alimento em relação a peixes menores.

Durante o processo de desenvolvimento dos peixes podem ser observadas mudanças na estrutura e na ana- tomia do tubo digestório em peixes onívoros. Devido a adaptação ao hábito alimentar diversificado, maior será a variação do comprimento do intestino, afetando na ca- pacidade de digestão e absorção de nutrientes (Bomfim e Lanna, 2004).

Outros estudos realizados com FAI, como de Teixeira et al. (2010), com surubim (Pseudoplatystoma fasciatum), que encontraram valores de 59,67% CDAMS e de 66,41%

CDAEB e Gonçalves e Carneiro (2003), com pintado (Pseudoplatystoma coruscans), que encontraram valores de 44,21% CDAPB e de 51,84%. CDAEB. Todos os resultados obtidos pelos autores foram inferiores aos encontrados no presente estudo. As referidas espécies possuem hábito alimentar carnívoro (surubim e pintado), que diferem dos peixes de habito alimentar onívoro (tambaqui) na sua anatomia do trato intestinal, na habilidade e capacidade absortiva de nutrientes, que dependem da disponibilida- de de enzimas presentes no sistema digestório.

Em peixes carnívoros, a secreção da amilase se restrin- ge apenas ao pâncreas, no entanto a digestão de lipídios

ocorre em todo o canal do trato digestório, além de possui maiores atividades proteolíticas comparadas aos peixes onívoros. Enquanto que a síntese da amilase em espécies onívoras ocorre no pâncreas e em toda a mucosa intesti- nal, no qual a maior concentração dessa enzima permite melhor aproveitamento de carboidratos presentes em alimentos de origem vegetal (Gonçalves et al., 2012).

A farinha do feno da folha da leucena apresentou 57,08% CDAMS, 74,77% CDAPB, 51,49% CDAEE e 29,91% CDAEB. Dentre estudos de digestibilidade com feno da folha de leucena, Campeche et al. (2011), traba- lhando com tilápia do Nilo, relataram valores próximos aos observados no presente estudo: 59,15% CDAMS, 87,18% CDAPB e 28,83% CDAEB. A baixa digestibili- dade da energia bruta pode estar relacionada aos altos teores de fibra encontrados, que foram de 25,23% FDN e 19,08% FDA, comprometendo a digestão e absorção de nutrientes, bem como influenciando negativamente o aproveitamento da energia.

A fração fibrosa não pode ser digerida por enzimas endógenas, afetando a digestibilidade e o tempo de per- manência no trato digestivo. As fibras insolúveis aumen- tam a velocidade de passagem do bolo alimentar e reduz o tempo de digestão dos nutrientes, ao contrário de fibras solúveis, que diminuem o tempo de passagem do bolo alimentar devido a sua capacidade de se ligar a água formando um gel viscoso (Santos Jr. et al., 2004), o que diminui a taxa de difusão de substratos e enzimas diges- tivas no trato digestório levando ao comprometimento da digestão e absorção de nutrientes (Choct et al., 2004).

Além dos teores de fibra, outro componente que tem uma relação direta com os valores de digestibilidade de energia do alimento é o extrato etéreo (EE), visto que altos teores refletem em maiores coeficientes de digesti- bilidade. Pezzato et al. (2004) em trabalho realizado com digestibilidade da folha da leucena para tilápia do Nilo, encontraram 6,8% EE e 63,53%, CDAEB, divergindo do valor encontrado no presente estudo, com valor de EE in- ferior de 3,86% e 29,91% CDAEB, sugerindo que maiores teores de EE correspondem a maiores valores energéticos digestíveis. Dentre os combustíveis metabólicos lipídios, proteína e carboidratos, que podem ser utilizados para a obtenção de energia, os lipídios são os que apresentam maior valor calórico com 9,4 cal/g EB, em comparação a carboidratos (4,15 cal/g EB) e proteínas (5,65 cal/g EB) (Silva et al., 2014).

Os CDAMS, CDAPB, CDAEE e CDAEB da folha da mandioca avaliada com 38,07% FDN e 21,26%, FDA foram de 49,43%, 36,59%, 53,80% e 31,97%, respectiva- mente. Braga et al. (2010), utilizando feno de folhas de mandioca com teores de fibra de 38,38% FDN e 25,29%

FDA obtiveram resultados similares de CDAMS (50,22%) e CDAEB (29,29%).

Carvalho et al. (2012), estudando o valor nutritivo da folha de mandioca para tilápia do Nilo, encontra- ram valores de 81,22% CDAMS, 73,37% CDAPB e 64,7%

CDAEB. Estes resultados diferem de outros descritos na literatura com a mesma espécie (Braga et al., 2010; Araú- jo et al., 2012), assim como dos valores encontrados no presente estudo. Os maiores valores de digestibilidade observado por Carvalho et al. (2012) podem ser atribuídos ao teor de extrato etéreo de 13,05%, superior ao presente Tabela III. Coeficiente de digestibilidade aparente

da matéria seca (CDAMS), proteína bruta (CDAPB), extrato etéreo (CDAEE), energia bruta (CDAEB) do farelo de arroz integral (FAI), farinha do feno da folha da leucena (FFL), farinha do feno da folha da mandioca (FFM), raspa da raiz integral da mandio- ca (RRIM) e da torta de babaçu (TB) para tambaqui na fase de crescimento, com respectivos desvios- padrões (Apparent digestibility of dry matter (ADCDM), crude protein (ADCCP), ether extract (ADCEE), gross energy (ADCGE) of rice bran (FAI) the whole rice bran (WRB), hay meal of leu- caena leaf (MLL), hay meal of cassava leaf (MCL), integral scrap- ings from cassava root (ISCR) and babassu meal (BM), with their standard deviations).

Alimentos CDAMS% CDAPB% CDAEE% CDAEB%

FAI 71,34±2,65 80,97±3,14 72,93±2,81 78,54±3,04

FFL 57,08±2,38 74,77±2,79 51,49±1,09 29,91±1,08

FFM 49,43±1,88 36,59±1,46 53,80±2,15 31,97±1,08

RRIM 88,52±3,64 88,69±3,55 81,73±3,27 89,09±3,66

TB 38,29±1,43 29,16±1,17 37,60±1,54 25,68±1,12

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trabalho (5,35%) e aos outros trabalhos relatados acima (4,97% e 6,7%, respectivamente).

Além do teor de extrato etéreo, o processo de extru- são utilizado por Carvalho et al. (2012) para a fabricação das dietas experimentais é outro fator diferenciado que interfere nos resultados elevados de digestibilidade des- crito no trabalho. Durante o processo de extrusão a alta temperatura e pressão causam modificações químicas nos alimentos, provocando maior exposição dos nutrientes contidos nas células vegetais, melhorando a digestibilida- de da proteína, além de redução de fatores antinutricio- nais, em relação aos alimentos ou rações não extrusadas (Carvalho et al., 2012).

Dentre os alimentos testados no presente estudo, a torta de babaçu apresentou os menores valores de digesti- bilidade aparente para MS, PB, EE e EB, ficando próximo aos valores observados na folha da mandioca, com valo- res de 38,29% CDAMS, 29,16% CDAPB , 37,90% CDAEE e 25,68% CDAEB . Não existe na literatura trabalhos de digestibilidade da torta do babaçu para peixes, o que inviabilizou comparações.

Os teores de fibra da torta de babaçu foram elevados, com 69,7 % de FDN e 37,43% de FDA. As fibras alimen- tares afetam a digestão e absorção de nutrientes e, possi- velmente, a sua relação negativa com a digestibilidade de nutrientes na torta de babaçu, decorre principalmente da correlação com a fibra insolúvel, devido ao aumento da taxa de passagem no trato digestório, atuando como diluidor de nutrientes. A FDA é a fração fibrosa que con- tém a maior parte de fibras insolúveis, sendo que no caso da torta de babaçu, apresenta elevado teores de lignina, devido a contaminação por cascas e pericarpo altamente lignificados (Silva et al., 2008).

A torta de babaçu apresentou 32,27% de hemicelulose, teor elevado se comparado a alimentos fibrosos como fa- relo de trigo com 26,46% (Rostagno et al., 2011). Segundo Brito et al. (2008), a fibra solúvel é composta principal- mente pela hemicelulose, que é descrita como heteropo- lissacarídeos de estrutura complexa e heterogênea, mas com um grau de polimerização inferior ao da celulose.

Devido as suas propriedades de adsorver água e formar um gel viscoso, dificultam o contato enzima-substrato e, consequentemente, a absorção de nutrientes como proteí- nas, gorduras e amido, que tornam-se menos acessíveis às enzimas endógenas, levando ao comprometimento da di- gestão e da absorção de nutrientes (Fracalossi et al., 2012).

Os coeficientes de digestibilidade encontrados para raspa da raiz integral da mandioca foram superiores aos verificados para os outros alimentos avaliados no pre- sente estudo com CDAMS, CDAPB, CDAEE e CDAEB de 88,52%, 88,69%, 81,73% e 89,09%, respectivamente.

Estes valores são similares aos encontrados por Carva- lho et al. (2012), trabalhando com tilápia do Nilo, com 91,44% CDAMS, 91,47% CDAPB e 92,2 % CDAEB , onde a pequena variação pode ser atribuído ao valor de extrato etéreo observado de 3,05%, superior ao encontrado nesse trabalho (0,86%), refletindo em maiores coeficientes de digestibilidade de energia e proteína.

Obstante aos resultados expostos, Novoa (2009) es- tudando valores de digestibilidade da raiz da mandioca para tilápias vermelhas com peso médio de 209 g, obser-

varam valores elevados se comparados à outros estudos, com 97,51% CDAPB e 93,14% CDAEB, provavelmente devido ao tamanho do peixe, que por ser maior, possui trato digestório mais desenvolvido.

A raiz integral da mandioca possui elevados teores de carboidratos solúveis digestíveis e baixos teores de fibras, constituída por amido de alta digestibilidade, por possuir arranjo linear (amilose) inferior a arranjos ramificados (amilopectina), sendo que a digestibilidade do amido é inversamente proporcional ao seu conteúdo de amilose (Novoa, 2009; Pereira Junior et al., 2013). Dessa forma, a combinação da elevada digestibilidade do amido da mandioca com a amplitude da atividade da amilase em todo o trato digestório e nos cecos pilóricos do tambaqui, otimizam a digestibilidade de nutrientes da raiz da man- dioca (Lanna et al., 2014).

CONCLUSÕES

A farinha do feno da folha da mandioca, farinha do feno da folha da leucena e da torta de babaçu contêm elevados teores de fibras, o que reduz os coeficientes de digestibilidade destes alimentos.

O farelo de arroz integral e a raspa da raiz integral da mandioca apresentam os maiores CDAMS, CDAPB, CDAEE e CDAEB, indicando que podem ser alimentos com potencial para uso em rações para tambaqui na fase de crescimento.

AGRADECIMENTOS

À Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP, pelo apoio financeiro.

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