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Acta n.º

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Acta n.º 08 2004.04.27

RECLAMAÇÃO SOBRE ORDEM DE SUSPENSÃO DE FORNECIMENTO DE ÁGUA – REQUERENTE – ANTÓNIO FERNANDO GOMES DA SILVA – Presente a seguinte reclamação recebida por fax no dia 5 de Abril de 2003 e confirmada por carta registada recepcionada no dia seguinte:

“António Fernando Gomes da Silva e Almerinda da Silva Marques Gomes da Silva, casados, Juiz Desembargador e Professora, respectivamente, residentes na Casa da Boucinha, Idães, da vila de Barrosas, vêm expor a V.

Ex.ª o seguinte:

1. Hoje, dia 5 de Abril de 2004, pelas 09,45 horas, apresentaram-se dois homens, supostamente funcionários dessa Câmara, a solicitar- nos o franqueamento da entrada, a fim de "cortarem a água".

2. Exibiram e entregaram-nos uma "ORDEM DE CORTE", proveniente do "Serviço de Abastecimento de Água e de Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos", datada de 16 de Março findo, assinada por V.

Ex.ª, em que ordenava a imediata suspensão do fornecimento da instalação de água, em virtude de, alegadamente, "se verificar falta de pagamento", com relação à “factura: Novembro/2003", à

“instalação n.º 8942, consumidor 34479, contador 101, marca x, diâmetro 15".

3. Apresentava ela a assinatura de V. Ex.ª, sem que indicasse a data, superior a dez dias, em que os exponentes tinham sido advertidos do correspondente incumprimento, do n° da factura e do montante em débito -omissão que contraria o art. 5° da Lei n° 23/96, de 26 de Julho, relativa aos serviços públicos essenciais, que, pelo menos, os juristas da autarquia é suposto conhecerem.

4. Tendo-lhes solicitado algum tempo de espera, em ordem a dilucidar a questão junto dessa Câmara, foi-nos informado por uma secretária de V. Ex.ª que "para obter o não cumprimento da ordem de corte,

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teríamos de nos dirigirmos aos serviços a pagar tudo o que estava em débito, alegadamente a título de recolha de lixo doméstico, e inclusive a taxa do dito corte e do respectivo restabelecimento".

5. Informou-nos tal funcionária que, pendendo o assunto perante o Sr . Vereador Marinho, seria ele e não V. Ex.ª a receber-nos para nos prestar esclarecimentos sobre a emissão de tão ilegal "ordem".

6. Entretanto, a propósito de contactos efectuados pela CCD com uma vossa proclamada "chefe de contabilidade", soubemos que ela invocou deter "ordem de recusa de pagamento da CGD, no valor de 41,82 €, relativo a tal factura" - o que a dita instituição bancária logo recusou ser verdade.

7. Aquele valor foi efectivamente debitado e pago por transferência bancária, aos 2004.01.20, nunca tendo sido emitida qualquer recusa de pagamento.

Admitimos que só por dificilmente suportável lapso do "Serviço" em causa ou por, mais provável, intenção maléfica, estará alguém - dentro dessa autarquia e com a cobertura de V. Ex. - a causar-nos enormes danos, de ordem não patrimonial e mesmo patrimonial, compelindo-nos a efectuar pagamentos sem fundamento ético-jurídico, e a desrespeitar todas as regras de sã actuação, próprias de um serviço público municipal que se que exige guiado só pela lei credível.

Assim, solicitamos que:

a) V. Ex.ª nos informe, em dez dias, do que houver por conveniente, designadamente sobre a eventual bondade dessas condutas, afrontadoras até do que se contém no Regulamento dos ditos Serviços, pelo menos no

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extractado na acta de 2004.02.16, sob a epígrafe

“deliberação"; e

b) nos certifique, no mesmo prazo, com cópia do que constar, mesmo contra o pagamento do que for entendido por legítimo notificar-nos:

dos nossos supostos débitos junto dessa autarquia, a qualquer título, descriminando o n.º da factura, o seu valor e proveniência;

do que constar no processo que obteve a dita ordem que V. Ex.ª assinou, inclusive quem nele lançou as informações que a tal conduziram e com que fundamentos fácticos e jurídicos, sem esquecer a invocada "recusa de pagamento da entidade bancária".

Com cumprimentos e a intenção de salvaguardar os seus direitos, os exponentes-requerentes

Barrosas, 2004.04.05,“.

Sobre a mesma foi prestada a seguinte informação pelo Departamento de Planeamento:

“Ex.mo Senhor Presidente:

Assunto: Ordem de Corte de Abastecimento de Água

Exposição de António Fernando Gomes da Silva, Juiz Desembargador, e esposa

A exposição acima referenciada diz respeito à instalação do serviço de abastecimento de água com o n.º 8 942, cujo titular, que é também o primeiro subscritor daquela mesma exposição, se encontra identificado para efeitos deste serviço como consumidor n.º 34 479.

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Este consumidor solicitou, em Fevereiro de 2000, que o pagamento da respectiva facturação do consumo de água fosse feito por transferência bancária, através da conta n.º 00017866930 da agência da CGD de Paredes.

(Doc. 1)

A instalação em causa, para efeitos da referida facturação, de periocidade trimestral como é do conhecimento geral, encontra-se na denominada Zona C para a qual, durante o ano de 2003, foram emitidas facturas relativas aos meses de Fevereiro, de Maio, de Agosto e de Novembro.

Também como é do conhecimento geral, todo o processamento do serviço ao nível de leitura, de facturação, de conferência da cobrança e de audiência prévia em caso de não pagamento, é feito por via informática, decorrendo de forma automática os procedimentos e a emissão da documentação respeitantes.

No processamento da conferência do pagamento das facturas de Fevereiro, de Maio e de Agosto, emitidas em nome daquele consumidor, a aplicação informática deu-as oportunamente como cobradas, o mesmo não tendo vindo a acontecer com a factura de Novembro. (Doc. 2)

Dos 1755 consumidores da Zona C para quem foi emitida a facturação de Novembro/03, verificou-se a falta de pagamento em 149 casos.

(Doc. 3)

Foi, por conseguinte, automaticamente processada a comunicação escrita de Audiência Prévia a cada um daqueles 149 consumidores, incluindo ao consumidor em causa. (Doc. 4)

Em sede daquela Audiência Prévia, 100 (cem) consumidores pagaram ou regularizaram a situação, o que não foi o caso do consumidor em causa.

Desta forma, o consumidor em causa foi incluído no rol final dos 49 consumidores faltosos para cujas instalações foram emitidas ordens de corte (Doc. 5), corte que não chegou a ser consumado no caso em apreço pelas

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circunstâncias que se apercebem do teor da exposição e da própria informação que os serviços da DSB prestaram. (Doc. 6)

Entretanto, somente no próprio dia em que aquela exposição deu entrada por fax, 5 de Abril p.p., também por fax foi recebida nos serviços uma comunicação da agência da CGD de Lousada em que é solicitada a alteração da conta a debitar a este consumidor. (Doc. 7)

Ora, conforme se verifica da informação que o Gabinete de Informação Municipal prestou acerca desta questão (Doc. 8), é precisamente decorrente deste facto que, não obstante a nova conta ter sido debitada do montante da factura, a mesma não foi dada como paga no sistema informático, uma vez que atempadamente não nos havia sido comunicada a pretendida alteração de conta.

Aliás, ainda se aguarda que a agência da CGD de Lousada nos informe das razões de não ter sido requerida em tempo útil a alteração da conta a debitar uma vez que, a demanda nossa, nos informou que o Dr.

António Fernando Gomes da Silva já o havia solicitado em Setembro de 2003.

Conclui-se, por conseguinte, atenta a factualidade recolhida, e desde que a mesma não seja posta em causa fundamentadamente, que o incidente denunciado foi provocado pelo facto do consumidor não ter requerido antecipadamente à Câmara Municipal, conforme lhe competia, a substituição da conta a debitar, pelo que do mesmo não pode ser assacada qualquer responsabilidade aos serviços municipais, uma vez que em todo o procedimento, na base da informação que à data dispunham, sempre agiram dentro dos parâmetros regulamentares e legais a que o serviço obedece.

É este o nosso parecer, V. Ex.ª superiormente determinará.

Dep.to de Planeamento, 22 de Abril de 2003”. --- Deliberação – A Câmara acolhe a informação prestada pelo Departamento de Planeamento, pelo que dela delibera dar nota aos reclamantes. A Câmara lamenta profundamente as graves afirmações/insinuações proferidas pelos

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exponentes, convidando-os a retratarem-se sob pena de, não o fazendo, o Executivo poder tomar as medidas que entender convenientes com vista à defesa do bom nome da Autarquia. Esta deliberação foi tomada por unanimidade. ---

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Referências

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