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A palavra humanizada: línguas e existências políticas

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Academic year: 2021

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Ministério da Educação

Universidade Federal da Grande Dourados

Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados

Programa de Residência Multiprofissional em Saúde: Ênfase Atenção à Saúde Indígena

JÉSSICA CAMILE FELIPE TIVIROLLI

A palavra humanizada: línguas e existências políticas

Dourados

2017

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JÉSSICA CAMILE FELIPE TIVIROLLI

A palavra humanizada: línguas e existências políticas

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Programa de Residência Multiprofissional em Saúde – ênfase Atenção à Saúde Indígena da Universidade Federal da Grande Dourados.

Orientador: Prof. Dr. Conrado Neves Sathler

Dourados

2017

(3)

JÉSSICA CAMILE FELIPE TIVIROLLI

A PALAVRA HUMANIZADA: LÍNGUAS E EXISTÊNCIAS POLÍTICAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Programa de Residência Multiprofissional em Saúde – ênfase Atenção à Saúde Indígena da Universidade Federal da Grande Dourados.

BANCA EXAMIDADORA

____________________________________

Prof. Dr. Conrado Neves Sathler

Universidade Federal da Grande Dourados

____________________________________

Profa. Dra. Aline Castilho Crespe Lutti Universidade Federal da Grande Dourados

____________________________________

Psic. Esp. Josiane Emília do Nascimento Wolfart Universidade Federal da Grande Dourados

Dourados, 2017.

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Um dos indiretos modos de entender é achar bonito.

Do lugar onde estou de pé, a vida é muito bonita.

Entender é um modo de olhar. Porque entender,

aliás, é uma atitude. (Clarice Lispector)

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TIVIROLLI, J. C. F. A palavra humanizada: línguas e existências políticas. 2017. 43 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Residência Multiprofissional em Saúde) – Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, 2017.

RESUMO

O presente trabalho é fruto dos momentos experimentados e das reflexões decorrentes dos mesmos, no Programa de Residência Multiprofissional (RMS), com ênfase em saúde indígena. Os desdobramentos teórico-práticos instigaram questionamentos e aprendizados acerca das temáticas indígenas e resultaram em relato de experiência. A partir da observação, da escuta e da escrita em diários de campo, foi possível ressignifição e aproximação a processos no âmbito da língua, das relações. A RMS da UFGD possibilita a atuação em diversos cenários da enorme rede SUS, no entanto, por possuir um foco hospitalar, o Hospital Universitário da cidade de Dourados-MS aparece como um dos pontos centrais de atuação do residente e, consequentemente, dessa escrita. O HU foi palco de vivências que permitiram pensar os entremeios da saúde indígena, principalmente com relação aos Guarani e Kaiowá.

Tal ponto de referência da rede de saúde é o contraponto para a ampliação da percepção acerca dos usos da língua Guarani, do sujeito que a fala, relevando o território e o contexto em que se pensa o cuidado em saúde. A língua surge como importante analisador, manifestando os tipos de relação desenlaçadas, consequência de um processo ideológico, político. A permanência prolongada nos setores do hospital permitiu o contato com falas e percepções das equipes de cuidado, em meio às fronteiras criadas pela prática da língua, resultando no empenho em refletir sobre uma realidade dita paralela, nas entrelinhas do cuidado em saúde, onde subverte-se, distancia-se, aproxima-se, cala-se e silencia-se. Este é um recorte da experiência densa e complexa que é ser residente, abertura necessária para o deslocamento, para a compreensão das próprias práticas, numa tentativa constante de descolonização do pensamento, do cuidado.

Palavras-chave: Residência Multiprofissional. Saúde de populações indígenas. Sistema

Único de Saúde. Territorialidade. Língua.

(6)

TIVIROLLI, J. C. F. The word humanized: languages and political existences. 2017. 43 p.

Work of Course Conclusion (Multi-professional Residence Program) – Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, 2017.

ABSTRACT

The present work is the result of the moments experienced and the reflections resulting from them, in the Multi-professional Residence Program (RMS), with emphasis on indigenous health. The theoretical-practical developments instigated questions and learnings about indigenous issues, and resulted in an experience report. From the observation, listening and writing in field diaries, it was possible reinterpretation and approach to processes within the language of relationships. The RMS of UFGD makes it possible to perform in several scenarios of the huge SUS network, however, due to a hospital focus, the University Hospital of Dourados-MS city appears as one of the central points of the resident activity, and consequently, of this writing. The HU was the scene of experiences that allowed us to think about the intersections of indigenous health, especially about the Guarani and Kaiowá. This point of reference of the public health care is the counterpoint to increase the perception about the uses of the Guarani language, of the subject who speaks, highlighting the territory and the context in which health care is thought. The language emerges as an important analyzer, manifesting the types of relationships that are unconnected, the consequence of an ideological and political process. The prolonged permanence in the hospital sectors allowed the contact with speeches and perceptions of the care teams, within the borders created by the practice of the language. Resulting in the commitment to reflect on a so-called parallel reality, between the lines of health care, where it subverts, distances, approaches, shuts down and silences itself. This is the view from the dense and complex experience of being a resident, the necessary opening for the displacement, for the understanding of its own practices, in a constant attempt at decolonization of thought and care.

Keywords: Multiprofessional Residence. Health of indigenous populations. Unified Health

System. Territoriality. Language.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 6

HUGD: DO CONTEXTO MUNICIPAL AO ATENDIMENTO DIFERENCIADO8 O QUE É A LÍNGUA? POR ONDE CAMINHA? ... 13

AS FUNÇÕES DO INTÉRPRETE INDÍGENA ... 25

INTÉRPRETES IMPREVISTAS:

INFORMALIDADE TEM VOZ E

VONTADE . 26 ESTRATÉGIA LINGUÍSTICA COMO INTERDIÇÃO ... 28

EXERCÍCIO DE POLÍTICA ENTRE DUAS COMUNIDADES ... 30

TRADUTOR COMO GESTOR: O CONVENCIMENTO ... 32

A QUESTÃO IDENTITÁRIA DA SITUAÇÃO LINGUÍSTICA ... 34

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 39

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...40

Referências

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