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Lei de Drogas /06

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Lei de Drogas – 11.343/06

SISNAD - Introdução Prof. Antonio Pequeno

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Apresentação

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Veja o exemplo abaixo:

APRESENTAÇÃO

Salve, salve concurseiro e concurseira!

Meu nome é ANTONIO PEQUENO, sou natural do Rio de Janeiro e sou professor de Direito Penal e Legislação Penal, atuando como Agente Federal de Execução Penal desde 2009.

Como servidor público, atuei nos seguintes órgãos:

- Aeronáutica como soldado de 2ª classe;

- Agente de Inspeção de controle Urbano do Rio de Janeiro;

- Estagiário da Procuradoria Geral do Município do Rio de Janeiro.

Além dos cargos que tomei posse, fui aprovado nos concursos de Oficial de Cartório

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da Polícia Civil do Estado Rio de Janeiro e 19º lugar como Técnico Administrativo da ANVISA.

O presente material trabalharemos a Lei n.º 11.343/2006, mais conhecida como a Lei de Drogas. Já adiando para você que, se essa lei estiver no seu no seu edital, pode estuda-la bem porque possivelmente ela vai cair na sua prova, tendo em vista que é uma das leis de maior incidência em se tratando de concurso público.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Apresentação ...2

A origem da Lei de Drogas ...3

Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas ...5

Das Disposições Gerais ... 5

Do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas ... 10

Dos Princípios e objetivos ... 11

Da Composição e Organização ... 13

Do Plano Nacional de Políticas Públicas ... 14

Do Acompanhamento e Avaliação ... 16

Arts. n.º27 e 28 ... 17

A ORIGEM DA LEI DE DROGAS

Antes de adentrarmos na Lei 11.343/2006, gostaria de fazer uma breve introdução a respeito da antiga Lei de Drogas, Lei n.º 6368/1976, a qual, na verdade, tratava sobre entorpecentes, apresentando terminologias tais como “tráfico de entorpecentes e drogas afins”. Mas, com o advento da Lei 11.343/2006, passou-se a utilizar a terminologia “drogas”, e “tráfico de drogas”, que são mais adequadas para os dias atuais. Essa lei aqui de drogas, que começou a vigorar após quarenta e cinco da publicação, em 2006, revogou expressamente a Lei n.º 6368/1976. Por esse motivo, em tratando se de tráfico de drogas e de qualquer crime envolvendo drogas, será aplicado o princípio da especialidade. Se a droga tiver previsão na Portaria 344 da ANVISA, o enquadramento correto é na Lei 11.343/2006.

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A origem da Lei de Drogas Um segundo detalhe, para fins de conhecimento, é que a previsão constitucional para a criação da Lei de drogas pode ser extraída do Art. 5º, inciso XLIII da CF/88, o qual considera crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça e anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes, o terrorismo, e os crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e, aquele que puderem evitar, se omitirem.

Partindo dessa consideração, diz-se do Art. 5º, inciso XLIII da CF/88, tratar-se de mandado constitucional de criminalização expresso, que consiste em uma imposição para que o legislador infraconstitucional viesse trazer a repressão à prática do tráfico ilícito de drogas. Neste sentido, o mandado condicional de criminalização, O Art. 5º, inciso XLIII da CF/88, e sua organização é uma medida convencional de criminalização, expressamente evidenciado na Constituição. Embora tenha passado a vigorar em 2006, existia antes disso a previsão do tráfico de entorpecentes com base Lei n.º 6368/1976, em cima do art. n.º 16, por meio da qual observava-se, de igual modo, a Constituição Federal.

Outro artigo previsto constitucionalmente que chama a atenção é o art. n.º 243 da CF/88, o qual apresenta uma situação que pode acarretar na expropriação da propriedade do indivíduo que a utiliza para fins de cultivo, envolvendo várias substâncias consideradas drogas que possam causar dependência. Havendo essa hipótese, o proprietário pode vir a sofrer a expropriação, isto é, o confisco. Entenda que não se trata de uma desapropriação, que, no caso, ocorre por meio de indenização prévia e justa. A expropriação, em contrapartida, tem natureza confiscatória, isto é, não envolvendo qualquer tipo de indenização ao produtor, a propriedade passa a ser da União. Nesse sentido, o caso de expropriação é um exemplo de intervenção do Estado na propriedade privada. Contudo, tendo em vista o que está disposto no art.

n.º 243, CF/88 Lei de drogas. Esse caso, além de tratar da Lei de Drogas, envolve a situação de trabalho escravo, basta analisar expressamente o que está previsto no art.

n.º 243, CF/88.

Mesmo que o produtor conduza o cultivo em apenas uma parte de sua terra, ele perde todo o bem quando confiscada a propriedade.

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SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS

Mais uma vez, olha em uma empresa de quarenta e três, de dois mil e seis, ela institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre drogas.

O Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – SISNAD era chamado de Sistema Nacional Antidrogas. O atual sistema prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas;

estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências.

Os conteúdos que mais caem na prova referente à Lei de Drogas, sem sombra de dúvidas, são, respectivamente: Art. n.º 33; Art. n.º 41 e Art. n.º 28. Se seu tempo de estudo for curto, ou se pretende fazer uma revisão para o dia da prova, centre fogo nesses artigos, em especial no art. n.º 33, que representa a maior incidência de questões nas provas

Isso posto, vamos ao título das disposições preliminares. A referida Lei institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - SISNAD e prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção em recessão social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para a repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, consideradas drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar dependência assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União, e define crimes.

(Art. n.º 1).

Das Disposições Gerais

O artigo primeiro expõe o conceito de drogas para fins de aplicabilidade da Lei 11.343/2006. Isto é, para que se possa determinar se o princípio ativo de determinada droga configura algum crime aqui previsto, deve-se buscar as especificações referentes a drogas em Lei ou lista atualizada pelo Poder Executivo da União. Neste

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Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas ponto, relaciona-se o Art. n.º 1 ao art. n.º 66 e à Portaria 344 da Anvisa/1998. É essa Portaria que determina se o princípio ativo da droga configura ou não o crime de tráfico, por exemplo.

Já o art. n.º 33 da Lei de Drogas expõem dezoito condutas que configuram crime tais como importar, exportar, remeter, trazem consigo, vender, expor à venda drogas. Ele não irá especificar o que é droga, portanto, será necessário recorrer a Portaria 344 da Anvisa que fará, e por meio dela se faz possível saber se há o princípio ativo para configurar o crime de tráfico de drogas previsto no ar. N.º 33.

Agora, tendo como base o art. n.º 33, sabemos que ele elucidará sobre condutas, as quais acarretarão em pena, e neste momento falo especificamente sobre a pena privativa de liberdade que consiste em reclusão de cinco anos, podendo chegar à quinze, ou seja, pena mínima, cinco anos, e pena máxima de quinze.

O caput do artigo introduz o preceito primário, isto é, a norma proibitiva. Já a disposição sobre a pena introduz o preceito secundário. Em se tratando desta, o preceito secundário se faz completo, ou seja, não requer complemento uma vez que todas as disposições constam ali (reclusão de cinto até 15 anos, mais pena de multa).

Quem pensou essa pena foi o Congresso Nacional com a produção da Lei 11.343/0.

Agora, no caso do Caput da lei, que trata da norma proibitiva, que o pensou foi, também, o Congresso Nacional, no entanto, não o completou. Portanto, a complementação que fala sobre o que caracteriza “droga” Já no caso do CAP, quem produziu esse tipo penal foi o Congresso Nacional. Só que a complementação falando que é droga, não foi trazida pelo por meio de outra Lei de produção do Congresso Nacional, não é feito através de uma lei em sentido estrito, o cumprimento, que vai falar o que é droga foi trazido pela Portaria de número 344 da Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, chamada hoje de Anvisa. Logo é um ato do Poder Executivo. O que complementa a Lei de Drogas hoje é um ato do poder executivo.

Pode-se dizer que a lei de drogas é uma norma penal em branco heterogênea, porque

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é uma lei que reque um complemento, sendo que esse complemento não é feito pelo próprio Congresso Nacional, porque se fosse, teríamos apenas um exemplo de uma norma penal em branco, homogênea. O Congresso nacional é Poder Legislativo e o complemento não é feito pelo Congresso Nacional, isto é, não é feito pelo Poder Legislativo. O complemento é feito pelo ato do Poder Executivo. Nesse sentido, pode- se dizer que a Lei de drogas é uma norma penal, em branco, heterogênea.

Norma Penal em branco heterogênea Drogas Port. 344/SVS/MS Anvisa

Art. 33 --- Caput

Condutas Preceito Primário

Reclusão

Min. 5 anos Preceito Secundário Max. 15 anos

Estas considerações são traçadas para que fique bem claro que esse conteúdo é muito recorrente nas provas, portanto, se cair na sua prova que a Lei das Drogas é uma norma penal em branco, você pode assinalar a questão como correra. Agora, se a questão especificar que tipo de norma penal em braço, ela terá que especificar que se trata de uma norma penal em branco heterogênea, porque se ela disser que é uma norma penal em branco homogênea, a questão estará errada. A questão deve ficar bem clara: hoje, para saber se o indivíduo praticou o tráfico de drogas, por exemplo, faz-se necessário consultar a Portaria n.º 344 da Anvisa, para saber se o princípio ativo em questão é considerado uma droga, como, por exemplo maconha tem o princípio ativo tetraidrocanabinol, princípio ativo, o lança perfume tem como princípio ativo o cloreto de etila. Todas essas informações constam na portaria n.º 344.

Caso a Anvisa venha retirar uma substância que tem um princípio ativo que hoje é considerada droga, o que prevalece na doutrina e no entendimento do STF é que

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Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas ocorrendo a retirada de um princípio ativo que está previsto na portaria 344, será gerado o abolitio criminis, e o efeito será a retroatividade. Gostaria de exemplificar apresentando-lhe o que aconteceu com o princípio ativo ilícito cloreto de etila, lança perfume, nos anos 2000. Para você entender, quem fez a exclusão desse princípio ativo não foi o Congresso Nacional, mas o que prevalece é que a norma penal em branco, homogêneo como heterogênea é constitucional.

No dia 07 de determinado mês do ano 2000 a Anvisa fez a exclusão dessa substância. Agora, imagine que o indivíduo praticou o crime de tráfico de substância no dia anterior, dia 06, e logo no dia seguinte a Anvisa exclui a substância. Ocorrerá, então, do indivíduo ser beneficiado por essa exclusão, que gerou a retroatividade. Será esse o entendimento do STF, então quem praticou o fato antes dessa exclusão, que foi feita pela Anvisa, foi beneficiado com a retroatividade benéfica. Naquela situação, quem fez a exclusão foi o presidente da época da Anvisa, sendo que a decisão deveria ter sido tomada pelo conselho, foi aplicada a exclusão e a retroatividade benéfica. Passados oito dias, no dia 15 do mesmo mês, o lança perfume voltou como princípio ativo previsto na Portaria 344 da Anvisa. Nessa hipótese, quando a substância foi incluída a decisão não pode retroagir, mas, no tempo em que beneficiou quem tinha praticado algum crime previsto na antiga Lei 6368/76 que tinha previsão da Portaria 344 da Anvisa, recebeu a retroatividade benéfica. E do dia quinze em diante, após ser reinserida na Portaria como princípio ativo ilícito, passou a ser uma novatio legis in pejus, não podemos retroagir.

Havendo qualquer alteração na portaria, o que prevalece, mesmo para o entendimento do STF, é: se for em benefício, a lei retroage; do contrário, é aplicada daquela data em diante.

A Lei drogas, é uma nova penal em branco, ou seja, necessita de um complemento que traga a definição do que são drogas. Esse complemento é a portaria SVS/MS de n.º 344 de 12 de meio de 1998, que traz os princípios ativos das substâncias que poderão ser enquadradas como drogas e consequentemente a tipificação da conduta do agente nos crimes elencados nesta Lei. A previsão legal de que a Lei 11.343/2006 é uma norma penal em branco heterogênea é o artigo 1º, parágrafo único, c/c art. 66 do diploma legal mencionado, conforme pode-se observar.

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Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1º desta Lei, até que seja atualizada a terminologia da lista mencionada no preceito, denominam-se drogas substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob controle especial, da Portaria SVS/ MS nº 344, de 12 de maio de 1998.

O artigo 2º da Lei de Drogas trata da proibição da comercialização e plantio de drogas em todo território nacional. Mas apresenta uma situação excepcional que poderia gerar uma atipicidade. Observe o artigo:

Art. 2º Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a hipótese de autorização legal ou regulamentar, bem como o que estabelece a Convenção de Viena, das Nações Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de plantas de uso estritamente ritualístico-religioso.

Parágrafo único. Pode a União autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos vegetais referidos no caput deste artigo, exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local e prazo predeterminados, mediante fiscalização, respeitadas as ressalvas supramencionadas.

Consoante o artigo segundo da lei 11.343/2006, as substâncias psicotrópicas derivadas das plantas de uso estritamente ritualístico-religioso são ressalvas, para que ocorra o enquadramento do agente nos crimes previstos nessa lei, quando for utilizadas para essa finalidade. Exemplo de plantas com substâncias psicotrópicas, sendo usadas para o ritual religioso: Ayahuasca [(do quíchua aya, que significa ‘morto’,

‘defunto’, ‘espírito’ e waska, ‘cipó’, podendo ser traduzido como “cipó do morto”, ou

“cipó do espírito”), também conhecida como hoasca, daime, iagê, santo-daime, vegetal e mariri] é uma bebida psicodélica produzida a partir da combinação da videira Banisteriopsis caapicom com várias plantas, em particular a Psychotria viridis e a Diplopterys cabrerana. Nesse caso, por exemplo, o chá de santo-daime, a partir dessa combinação de plantas para fins rituais religiosos, vai gerar a atipicidade tanto para quem está produzindo, como para quem está tomando.

Os rituais que utilizam substâncias psicotrópicas mais difundidos hoje no Brasil são o

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Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas Santo Daime e a União Vegetal, mas deverá gerar atipicidade da conduta do agente todas as substâncias que forem usadas com base no artigo segundo supracitado e, também, na Convenção de Viena, que foi ratificada pelo Brasil com essa finalidade, vai gerar uma atipicidade da conduta do agente. Todavia, cabe ressaltar que o indivíduo que consumir o chá terá que permanecer no recinto no qual ocorre o ritual, uma vez que não será amparado pela atipicidade se, por exemplo, sair para conduzir veículo automotor, estando sob o efeito da substância. Ele poderá, nesse caso ser responsabilizado criminalmente pelo artigo 306 do CTB, que fala do do crime, de conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa.

Ainda, se o agente conduzir uma embarcação ou aeronave logo após o consumo de drogas e gerar perigo em conformidade de outro ele pode responder pelo artigo n.º 39 da Lei de Drogas. Agora, no momento em que ele está portando a caneca para tomar o chá a conduta dele é atípica, não é configurada porque está embasada no artigo 2º, bem como na Convenção de Viena, que o Brasil ratificou, incorporada em nosso ordenamento jurídico.

Do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas

O artigo terceiro, trata sobre o título II do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, porém, não costuma ser recorrente em provas de concurso. Assim, faremos uma leitura breve com você e então mencionar os artigos recentemente alterados, para você ficar ligado porque tudo depende da forma que prevê O edital pode cobrar a Lei do primei ao último artigo, mas pode também especificar os títulos que serão cobrados na prova, por exemplo, “dos crimes”, “das penas”, significa que cairá só a parte criminal; se for “dos crimes” pode cobrar a parte criminal e processual. Desse modo, leia o texto da Lei caso tenha a oportunidade, mas se aprofunde somente naquilo que é essencial. É exatamente isso que pretendo fazer a partir desse momento.

Art. 3º O Sisnad tem a finalidade de articular, integrar, organizar e coordenar as atividades relacionadas com:

I - a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção social de usuários e dependentes de drogas;

II - a repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas.

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§ 1º Entende-se por Sisnad o conjunto ordenado de princípios, regras, critérios e recursos materiais e humanos que envolvem as políticas, planos, programas, ações e projetos sobre drogas, incluindo-se nele, por adesão, os Sistemas de Políticas Públicas sobre Drogas dos Estados, Distrito Federal e Municípios.

(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

§ 2º O Sisnad atuará em articulação com o Sistema Único de Saúde - SUS, e com o Sistema Único de Assistência Social - SUAS. (incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

Observe que no primeiro momento a Lei tenta prevenir o uso, no segundo momento ela trabalha repressão não autorizado e o tráfico, por isso de drogas, ou seja, trabalha tanto de forma preventiva como de forma repressiva. Observe, ainda, que os parágrafos 1 e 2 foram recentemente incluídos pela Lei nº 13.840, de 2019, e alterações como essa possivelmente podem cair na prova, portanto é bom destacar.

Dos Princípios e objetivos

Prosseguindo, o capítulo I institui os princípios e objetivos do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas. Esses princípios são objetivos, portanto não há muito a discorrer a respeito deles. Nesse sentido, deixo a Letra da Lei para acelerarem a leitura.

Art. 4º São princípios do Sisnad:

I - o respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana, especialmente quanto à sua autonomia e à sua liberdade;

II - o respeito à diversidade e às especificidades populacionais existentes;

III - a promoção dos valores éticos, culturais e de cidadania do povo brasileiro, ALTERAÇÃO RECENTE É SINÔNIMO DE QUESTÃO EM

CONCURSO!!

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Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas reconhecendo-os como fatores de proteção para o uso indevido de drogas e outros

comportamentos correlacionados;

IV - a promoção de consensos nacionais, de ampla participação social, para o estabelecimento dos fundamentos e estratégias do Sisnad;

V - a promoção da responsabilidade compartilhada entre Estado e Sociedade, reconhecendo a importância da participação social nas atividades do Sisnad;

VI - o reconhecimento da intersetorialidade dos fatores correlacionados com o uso indevido de drogas, com a sua produção não autorizada e o seu tráfico ilícito;

VII - a integração das estratégias nacionais e internacionais de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito;

VIII - a articulação com os órgãos do Ministério Público e dos Poderes Legislativo e Judiciário visando à cooperação mútua nas atividades do Sisnad;

IX - a adoção de abordagem multidisciplinar que reconheça a interdependência e a natureza complementar das atividades de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas, repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas;

X - a observância do equilíbrio entre as atividades de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito, visando a garantir a estabilidade e o bem-estar social;

XI - a observância às orientações e normas emanadas do Conselho Nacional Antidrogas - Conad.

Art. 5º O Sisnad tem os seguintes objetivos:

I - contribuir para a inclusão social do cidadão, visando a torná-lo menos vulnerável a assumir comportamentos de risco para o uso indevido de drogas, seu tráfico ilícito e outros comportamentos correlacionados;

II - promover a construção e a socialização do conhecimento sobre drogas no país;

III - promover a integração entre as políticas de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua produção

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não autorizada e ao tráfico ilícito e as políticas públicas setoriais dos órgãos do Poder Executivo da União, Distrito Federal, Estados e Municípios;

IV - assegurar as condições para a coordenação, a integração e a articulação das atividades de que trata o art. 3º desta Lei.

Atenção, que pode ser cobrada na sua prova a diferenciação entre os princípios e os objetivos do Sisnad. Assim, lembre-se, o artigo n.º 4 fala sobre os princípios e o artigo n.º 5 fala sobre os objetivos.

Da Composição e Organização

Logo em seguida, o artigo n.º 6 iniciaria o capítulo II da lei sobre a composição e organização do Sisnad, entretanto, foi revogado pela Lei 13.840/2019, que fala sobre o Sisnad, e, neste âmbito, o artigo n.º 7 tratará da composição do Sisnad.

Art. 7º A organização do Sisnad assegura a orientação central e a execução descentralizada das atividades realizadas em seu âmbito, nas esferas federal, distrital, estadual e municipal e se constitui matéria definida no regulamento desta Lei.

Em termos de orientação, o Sisnad vai ser centralizado, agora, em termos da execução das políticas, será descentralizado e contemplar todos os entes federativos. Em seguida, a Sessão dois, incluída pela Lei 13.840/2019 fala sobre as competências da União, a qual deverá formular e coordenar a execução da Política Nacional sobre Drogas; elaborar o Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, em parceria com o Estado, Distrito Federal, Municípios e a sociedade, e coordenar o Sisnad. Além disso, deverá estabelecer diretrizes sobre a organização e funcionamento do Sisnad e suas normas de referência; elaborar objetivos, ações estratégicas, metas, prioridades e indicadores e definir formas de financiamento e gestão das políticas sobre drogas.

A união deve ainda, promover a integração das políticas sobre drogas com o Estado se divide ao município financiar com os estados, Distrito Federal e municípios a execução das políticas sobre drogas; observar as obrigações Integrante do Sisnad, também que várias decisões, estabelece a norma de colaboração com estádios federal,

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Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas município para a execução das políticas sobre drogas; garantir publicidade das informações sobre repasse de recursos para financiamento de políticas sobre drogas;

sistematizar a divulgação os dados estatísticos nacionais de prevenção, tratamento, acolhimento e reinserção social, econômica e repressão ao tráfico de drogas e adotar medidas de enfrentamento aos crimes transfronteiriços. Por fim, deverá estabelecer uma política Nacional de controle de fronteiras visa coibir o ingresso de droga no país.

Observe o texto da lei e perceba que em termos de diretriz, de elaboração e de coordenação, a responsabilidade é da União. Pronto, simples assim.

Do Plano Nacional de Políticas Públicas

A Seção II trata da Formulação das Políticas Sobre Drogas. Mais especificamente sobre os objetivos do Plano Nacional de Políticas Públicas.

Art. 8º-D. São objetivos do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, dentre outros: (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

I - promover a interdisciplinaridade e integração dos programas, ações, atividades e projetos dos órgãos e entidades públicas e privadas nas áreas de saúde, educação, trabalho, assistência social, previdência social, habitação, cultura, desporto e lazer, visando à prevenção do uso de drogas, atenção e reinserção social dos usuários ou dependentes de drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

II - viabilizar a ampla participação social na formulação, implementação e avaliação das políticas sobre drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

III - priorizar programas, ações, atividades e projetos articulados com os estabelecimentos de ensino, com a sociedade e com a família para a prevenção do uso de drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

IV - ampliar as alternativas de inserção social e econômica do usuário ou dependente de drogas, promovendo programas que priorizem a melhoria de sua escolarização e a qualificação

profissional; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

V - promover o acesso do usuário ou dependente de drogas a todos os serviços públicos;

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(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

VI - estabelecer diretrizes para garantir a efetividade dos programas, ações e projetos das políticas sobre drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

VII - fomentar a criação de serviço de atendimento telefônico com orientações e informações para apoio aos usuários ou dependentes de drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) VIII - articular programas, ações e projetos de incentivo ao emprego, renda e capacitação para o trabalho, com objetivo de promover a inserção profissional da pessoa que haja cumprido o plano individual de atendimento nas fases de tratamento ou acolhimento; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

IX - promover formas coletivas de organização para o trabalho, redes de economia solidária e o cooperativismo, como forma de promover autonomia ao usuário ou dependente de drogas egresso de tratamento ou acolhimento, observando-se as especificidades regionais; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

X - propor a formulação de políticas públicas que conduzam à efetivação das diretrizes e princípios previstos no art. 22; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

XI - articular as instâncias de saúde, assistência social e de justiça no enfrentamento ao abuso de drogas; e (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

XII - promover estudos e avaliação dos resultados das políticas sobre drogas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

§ 1º O plano de que trata o caput terá duração de 5 (cinco) anos a contar de sua aprovação.

§ 2º O poder público deverá dar a mais ampla divulgação ao conteúdo do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas.

Quanto à seção III, foi em grande parte vetada, mas diz respeito ao acompanhamento e avaliação das políticas sobre drogas, e prevê que as instituições com atuação nas áreas da atenção à saúde e da assistência social que atendam usuários ou dependentes de drogas deverão comunicar ao órgão competente do respectivo sistema municipal de saúde os casos atendidos e os óbitos ocorridos, preservando a identidade das pessoas, conforme orientações emanadas da União. Além disso, diz que os dados estatísticos nacionais de repressão ao tráfico ilícito de drogas integrarão sistema de informações do Poder Executivo. A redação apresentada pelo artigo n.º 16 e 17 são novas, dadas pela Lei n.º 13.840, de 2019.

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Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas Do Acompanhamento e Avaliação

Em seguida, o título III, capítulo I, seção I trata da prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuário e dependentes de drogas. Quando às diretrizes, estão previstas no artigo n.º 18. Constituem atividades de prevenção do uso indevido de drogas, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas para a redução dos fatores de vulnerabilidade e risco e para a promoção e o fortalecimento dos fatores de proteção, também incluída pela Lei n.º 13.840, de 2019. Mais adiante, a seção II, falará da semana nacional de políticas sobre drogas. Por se tratar de uma redação atual, também incluída pela Lei nº 13.840, de 2019, pode ser que a banca trabalhe em cima de datas, então vamos observar esses artigos mais de perto, grifando o importante.

Art. 19-A. Fica instituída a Semana Nacional de Políticas sobre Drogas, comemorada anualmente, NA QUARTA SEMANA DE JUNHO.

§ 1º No período de que trata o caput , serão intensificadas as ações de:

I - difusão de informações sobre os problemas decorrentes do uso de drogas;

II - promoção de eventos para o debate público sobre as políticas sobre drogas;

III - difusão de boas práticas de prevenção, tratamento, acolhimento e reinserção social e econômica de usuários de drogas; (

IV - divulgação de iniciativas, ações e campanhas de prevenção do uso indevido de drogas;

V - mobilização da comunidade para a participação nas ações de prevenção e enfrentamento às drogas;

VI - mobilização dos sistemas de ensino previstos na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional , na realização de atividades de prevenção ao uso de drogas.

Pois bem, você pode e deve ler esses artigos no texto da lei, sem que eu os apresente neste material, porque minha finalidade aqui é destacar e orientá-lo como estudar aquilo que cai na prova, a fim de garantir sua aprovação. Nesse sentido deixo as orientações que recomendo que siga.

Em termos de incidência, como eu disse, deve-se fazer uma relação do artigo n.º1 ao

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art. n.º 66 e à Portaria 344 da Anvisa/1998. Em seguida, se tiver tempo hábil até a data da prova, deverá ler todos aqueles artigos mencionados, principalmente os que sofreram alterações recentes para se ter uma noção básica do conteúdo. Do contrário, siga direto para o capítulo XV, que é o capítulo das penas. Este, aconselho que leia até o final. Mas a parte procedimental envolvendo à Lei de drogas que não tem muita incidência.

Lei 11.343/2006 Institui o sistema nacional de políticas públicas sobre drogas

Arts. n.º 1 ao 2 Das disposições preliminares.

Art. n.º 3 - Do sistema nacional de políticas públicas sobre drogas.

Arts. n.º 4 e 5 Dos princípios e dos objetivos do Sisnad.

Arts. n.º 6 e 8 Da composição do Sisnad.

Arts. n.º 8-d a 8-

f Do plano nacional do Sisnad.

Arts n.º 15 a 26 Do acompanhamento e da avaliação das políticas sobre drogas.

Arts. n.º 27 a 64 Dos crimes e das penas e procedimento penal.

Arts. n.º27 e 28

Deste ponto em diante o que inclui trabalhar a parte 2 deste material, trataremos sobre os artigos n.º 27 e 28, que falam dos crimes e das penas. Para fins de introdução para o próximo material, gostaria de abordar um pouco os artigos.

Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substituídas a qualquer tempo, ouvidos o Ministério Público e o defensor.

Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:

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Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas

I - advertência sobre os efeitos das drogas;

II - prestação de serviços à comunidade;

III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

Isso se cair na prova será tranquilo responder, veja bem, o crime previsto no art. n.º 28, sobre o porte de drogas para consumo próprio, tem como consequência penal a advertência, a prestação de serviço à comunidade e o comparecimento a programa ou curso educativo, isto é, trata-se de um crime que não traz pena privativa de liberdade. Essas penas elas podem ser aplicadas de forma isolada, bem como cumulativamente e se quiser substituir uma por outra, também pode, a qualquer tempo, sempre ouvindo que o Ministério Público e o defensor desse indivíduo.

Isso se referindo ao artigo n.º 27 com base no crime do art. n.º 28, porque esse capítulo III, abrange do art. n.º 27 ao 30, e dentre esses, o único crime previsto é o previsto no art. n.º 28.

Na próxima aula ingresso com vocês na parte criminal, abordando os crimes em espécie, inaugurando com o crime previsto no art. n.º 28, de 2019, denominado de porte para consumo próprio, trazendo todas as nuances e aprofundamentos conseguir montar uma base sólida.

Então vejo você no próximo bloco.

Referências

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