• Nenhum resultado encontrado

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS"

Copied!
5
0
0

Texto

(1)

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS

NOME DA DISCIPLINA: Planejamento Urbano das Cidades Brasileiras: Desafios e Perspectivas

PROFESSOR RESPONSÁVEL: Prof. Dr. Rodrigo Alberto Toledo CRÉDITOS: 6

DATA DE INÍCIO: 05 de setembro.

PERIODICIDADE: todas às terças-feiras, das 14h00 às 18h00.

EMENTA:

Repensar a esfera pública a partir da conceituação da teoria democrática como uma necessidade de se abordar a questão urbana. Produzir reflexões sobre o desenvolvimento de projetos de renovação urbana que fizeram emergir conflitos e dinâmicas que apontam para uma crise do urbanismo nas últimas décadas do século XX. Relações entre o desenho e formas urbanas na consolidação dos subúrbios, das periferias e da especulação fundiária no Brasil e no mundo. Análises do planejamento urbano no Brasil e das lutas sociais no processo de produção do solo urbano.

OBJETIVO:

Objetivamos analisar o território e o planejamento como temas fundamentais na ação do Estado a partir das teorias críticas contemporâneas da democracia. Buscamos compreender a estrutura organizativa e funcional para o território em prol do desenvolvimento econômico, social e ambiental como parte fundamental da administração pública em qualquer realidade nacional, regional ou local. A disciplina pretende contribuir para a construção de análises críticas sobre o desenvolvimento de projetos de renovação urbana que fizeram emergir, nas últimas décadas do século XX, conflitos e dinâmicas urbanas que apontam para uma crise do urbanismo o que, por sua vez, exige uma contínua redefinição do conceito de cidade, de segregação espacial, de renovação e de planejamento urbanos.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1. A esfera pública e a teoria democrática: o Estado e as formas de interação com os cidadãos.

- Repensando a esfera pública: um esboço de uma teoria crítica da democracia.

(Rúrion Melo).

1.1. Estado e democracia deliberativa: desafios e contradições.

- O Estado na democracia deliberativa: as raízes de uma antinomia. (Francisco Mata Machado Tavares).

1.2. Teoria democrática: as dimensões do conflito e do consenso.

- Consenso e conflito na teoria democrática: para além do “agonismo”. (Luis Felipe Miguel).

1.3. Os limites da participação social na produção de políticas públicas.

- Para além da participação: interfaces socioestatais no governo federal. (Roberto R.

C. Pires e Alexander C. N. Vaz).

(2)

2. Planejamento e urbanismo no Brasil: uma análise sociológica da questão urbana.

- Brasil e a revolução burguesa por Florestan Fernandes

- planejando antes do planejamento: território e cidade em São Paulo, 1880-1910.

- São Paulo: prelúdio da metrópole por Hugo Segawa

- Produção do espaço urbano e lutas sociais por Lúcio Kowarick - as desventuras da cidadania

- lutas urbanas e movimentos populares

- exclusão social e cidadania: a metrópole do subdesenvolvimento industrializado - Segregação urbana e desigualdade por Flávio Villaça

3. Morfologias do urbano: utopias e realidades - desenho e formas urbanas do século XIX

- a continuidade do barroco e o aperfeiçoamento da cidade burguesa - a destruição das muralhas e limites da cidade

- subúrbio e periferia

- a especulação fundiária sem desenho urbano - utopias sociais

- experimentação urbanística - Paris de Haussmann

- Barcelona e Cerdá

- organização das correntes urbanísticas: a contribuição de Françoise Choay - o urbanismo progressista

- o urbanismo culturalista

4. Reflexões sobre o desenho das cidades

- Contribuições de Anhaia Mello ao Urbanismo paulistano

- A primeira configuração do planejamento em São Paulo: de 1947-1961 - Morte e vida de grandes cidades por Jane Jacobs

- A natureza peculiar das cidades - Condições para a diversidade urbana - Forças de decadência e de recuperação

- Táticas diferentes para a (sobre)vida das cidades

4. Avaliação: pesquisa sobre o planejamento urbano municipal

CRONOGRAMA DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1. A esfera pública e a teoria democrática: o Estado e as formas de interação com os cidadãos.

Mês: Setembro

Datas: 05; 12; 19; e 26/09.

2. Planejamento e urbanismo no Brasil: uma análise sociológica da questão urbana.

Mês: Outubro

Datas: 03; 10; e 17/10.

3. Morfologias do urbano: utopias e realidades Mês: Outubro/Novembro

Datas: 24/09; 7; 14; 21; e 28/11.

4. Reflexões sobre o desenho das cidades Mês: Dezembro

Datas: 5 e 12/12.

(3)

BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA

1. ARANTES, Otília; VAINER, Carlos; MARICATO, Ermínia. A cidade do pensamento único: desmanchando consensos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

2. CARLOS, Ana Fani Alessandri; SOUZA, Marcelo Lopes de; SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão (orgs). A produção do espaço urbano: agentes e processos, escalas e desafios. São Paulo: Contexto, 2016.

3. CHOAY, F. O urbanismo: utopias e realidades. São Paulo: Perspectiva, 2013.

4. FELDMAN, Sarah. Planejamento e Zoneamento. São Paulo 19471972. Tese de doutorado. FAUUSP. 1996.

5. FERNANDES, Florestan. Cap. 5 – A concretização da revolução burguesa. (IN) A revolução burguesa no Brasil: ensaio de interpretação sociológica. Rio de Janeiro:

Guanabara, 1987.

6. FICHER, Sylvia. Os arquitetos da Poli: ensaio e profissão em São Paulo. São Paulo: Fapesp: Editora da Universidade de São Paulo, 2005.

7. FREITAG, Bárbara. Teorias da cidade. Campinas-SP: Papirus, 2006.

8. GITAHY, Maria Lucia Caira (org.). Desenhando a cidade do século XX. São Carlos: RiMa, Fapesp, 2005.

9. HARVEY, David. Cidades rebeldes: do direito à cidade à revolução urbana. São Paulo: Martins Fontes, 2014.

10. JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2011.

11. KOWARICK, Lúcio. Escritos urbanos. São Paulo: Ed. 34, 2000.

12. LAMAS, José M. Ressano Garcia. Morfologia urbana e desenvolvimento da cidade. 7ª. ed. Porto: Fundação Calouste Gulbenkian; Fundação para a Ciência e a Tecnologia, 2014.

13. MELO, RÚRION. Repensando a esfera pública: esboço de uma teoria crítica da democracia. São Paulo: Lua Nova. Revista de Cultura e Política, número 94: 11-39, 2015.

14. MIGUEL, Luis Felipe. Consenso e conflito na teoria democrática: para além do agonismo. São Paulo: Lua Nova. Revista de Cultura e Política, número 92: 13-43, 2014.

MOUFFE, Chantal. Sobre o político. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2015.

15. PIRES, Roberto R. C. e VAZ, Alexander C. N. Para além da participação:

interfaces socioestatais no governo federal. Lua Nova. Revista de Cultura e Política, número 93, 61-91, 2014.

RAWS, John. O liberalismo político. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2011.

16. SEGAWA, Hugo. Prelúdio da Metrópole – arquitetura e urbanismo em São Paulo na passagem do século XIX ao XX. São Paulo: Ateliê Editorial, 2000.

17. SOUZA, Marcelo Lopes de. O desasfio meteropolitano: um estudo sobre a problemática sócio-espacial nas metrópoles brasileiras. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000.

18. TAVARES, Francisco Mata Machado. O Estado na democracia deliberativa: as raízes de uma antinomia. São Paulo: Lua Nova. Revista de Cultura e Política, número 95: 225-257, 2015.

19. TOLEDO, Rodrigo Alberto. Contribuições de Anhaia Mello ao urbanismo

paulistano: de Ebenezer Howard à Escola de Chicago. Pós – Revista do Programa de

Pós-graduação em Arquitetura e Urabnismo da FAUUSP/Universidade de São Paulo,

(4)

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Comissão de Pós-Graduação – São Paulo:

FAUUSP. V.1 (1990-).

20. ________________________. Do projeto ao plano: a corrente urbanística paulista. São Carlos: Editora Rima, 2017.

21. VILLAÇA, Flávio. São Paulo: segregação urbana e desigualdade. (IN) Reflexões sobre as cidades brasileiras. São Paulo: Studio Nobel, 2012. (pp.43-71).

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

ANDRADE, Carlos Roberto Monteiro de. A Peste e o Plano. O urbanismo sanitarista do engenheiro Saturnino de Brito. São Paulo: s.d., 1992. (Dissertação de mestrado apresentada à FAUUSP).

____________. Um sanitarista militante na cultura urbanística moderna. In: Caderno de resumos do seminário de pesquisa por uma cidade sã e bela. O urbanismo dos engenheiros sanitaristas no Brasil Republicano. São Carlos: EESC/USP.

BARCELLOS, Vicente Quintella. Unidades de vizinhança: notas sobre a sua origem, desenvolvimento e introdução no Brasil. O presente trabalho é uma reelaboração de textos anteriormente produzidos no âmbito acadêmico durante o mestrado e doutorado (nota do pesquisador), 2001. Disponível em < http://www.

http://vsites.unb.br/fau/pos_graduacao/paranoa/edicao2001/unidade/unidade.htm>.

BASSET, Edward M.;WILLIAMS, Frank B.; BETTAMAN, Alfred e WHITTEN, Robert. Harvard City Planning Studies, v.VIII. Cambridge: Harvard University Press, 1935.

BENEVOLO, Leonardo. Ultimo capítulo da arquitetura moderna. Lisboa: Edições 70, 2009.

BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar. São Paulo: Companhia das Letras, 1986.

BORDENAVE, Juan E. D. O que é participação. 7. ed. São Paulo: Brasiliense, 1992.

BÓRON, A. Estado, capitalismo e democracia na América Latina. São Paulo: Paz e Terra, 1994.

BOSSETTI, Adriano Augusto. A avenida Nove de Julho como síntese das intervenções urbanísticas na cidade de São Paulo na primeira metade do século 20.

(IN) SAMPAIO, Maria Ruth Amaral. A promoção privada de habitação econômica, 1930 – 1964. São Carlos: Rima, 2002.

BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 2013.

BRITO, Saturnino Rodrigues. Tracé sanitaire des Villes. Paris: Imprimerie Chaix, 1916.

CANO, Wilson. Subsídios para a reformulação das políticas de descentralização industrial e de urbanização no Estado de São Paulo. IN: A interiorização do desenvolvimento econômico no Estado de São Paulo. São Paulo, SEADE, p.p. 107- 31, 1988. (Coleção Economia Paulista, v. 1, 1).

COSTA, Lúcio. Le Cordusier no Brasil. (IN) Revista Arquitetura. IAB. RJ. p.: 7-8 – COSTA, Lúcio (20 de fevereiro de 1948). Carta depoimento. [Em Línea]. Página Web – Disponível em: url < http://www.vitrivius.com.br/documento/documento.asp>.

[Consulta em 12 de fevereiro de 2011].

COSTA, Luiz Augusto Maia. Planejamento antes do planejamento. Cidade e

território em São Paulo, 1886-1903. In: GITAHY, M. L. C. Desenhando a cidade do

(5)

século XX. Estudos de história e fundamentos sociais da arquitetura e do urbanismo em São Paulo, 1870-1970. São Carlos: Rima/FAPESP, 2005.

__________________. O ideário urbano paulista na virada do século. O engenheiro Theodoro Sampaio e as questões territoriais e urbanas modernas (1886-1903). São Carlos: Rima/Fapesp, 2003.

DAGNINO, Evelina (Org.). Sociedade civil e espaços públicos no Brasil. São Paulo:

Paz e Terra, 2002. 364p.

DEÁK, Csaba. Apresentação: Reorganização capitalista e reordenação espacial na crise. Espaço & Debates, 1988, 25:7-8.

____________. O mercado e o Estado na organização espacial da produção capitalista. Espaço & Debates, 28: 18-31.

DEÁK, C & SCHIFFER, S (Orgs.). O processo de urbanização no Brasil. São Paulo:

Edusp/ Fupam, 1999.

DEAN, Warren. A industrialização de São Paulo. (1880-1945). Tradução de Octávio Mendes Cajado. São Paulo: Difusão Europeia do Livro/EDUSP, 1971.

HAROUEL, Jean-Louis. História do urbanismo. Campinas, SP: Papirus, 1990.

LACAZE, Jean-Paul. Os métodos do urbanismo. São Paulo: Papirus, 1993.

MACPHERSON, C. B. A democracia liberal: origens e evolução. Zahar Editores: Rio de Janeiro, 1978.

ROLNIK, Raquel. A cidade e a lei: legislação, política urbana e territórios na cidade de São Paulo. São Paulo: Studio Nobel, 1989.

SERPA, Angelo. O espaço público na cidade contemporânea. São Paulo: Contexto, 2016.

SANTOS, Milton. A urbanização brasileira. 5 ed. São Paulo: Edusp, 2005.

SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: HUCITEC, 1988.

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO:

Avaliação: o aluno deverá entregar um artigo que discuta aspectos metodológicos do objeto de estudo em sua pesquisa e estabelecer relações com a bibliografia da disciplina.

Trabalho final [artigo] escrito e apresentação de seminário.

Referências

Documentos relacionados

Para preparar a pimenta branca, as espigas são colhidas quando os frutos apresentam a coloração amarelada ou vermelha. As espigas são colocadas em sacos de plástico trançado sem

Por outro lado, esta investigação concorre para a construção de uma linha de cuidados para a pessoa dependente e o familiar cuidador e para o planeamento de práticas educativas

Nessa situação temos claramente a relação de tecnovívio apresentado por Dubatti (2012) operando, visto que nessa experiência ambos os atores tra- çam um diálogo que não se dá

forficata recém-colhidas foram tratadas com escarificação mecânica, imersão em ácido sulfúrico concentrado durante 5 e 10 minutos, sementes armazenadas na geladeira (3 ± 1

Somente na classe Aberta Jr e Sr, nas modalidades de Apartação, Rédeas e Working Cow Horse, que será na mesma passada dessas categorias e os resultados serão separados. O

45 Figure 18 - Study of the extract concentration in the phycobiliproteins extraction and purification using the mixture point composed of 10 wt% Tergitol 15-S-7 + 0.3

O valor da reputação dos pseudônimos é igual a 0,8 devido aos fal- sos positivos do mecanismo auxiliar, que acabam por fazer com que a reputação mesmo dos usuários que enviam

6.8 Para candidatos que tenham obtido certificação com base no resultado do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM, do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens