Aval iação do S istema
Complemento em Recém-Nascidos com Síndrome de Desconforto
Respiratório
D isser tação apresentada ao Curso de Pós - Graduação — Mestrado em Ped iatr ia , da Un ivers idade Federa l do Paraná , para obtenção do t í tulo de Mestre.
CURITIBA
1990
Dedico este trabalho:
~queles que me deram condiç5es de atingir este nível : Izrail e Shirle~
~queles com quem compartilho momento~ e fases importantes:
Sérgio, Roberto, H~rio, Maria Gina, Rafael e Andri
~quela que i pessoa fundamental : M8nica
ii
O autor e x p r e s s a sem ag ra decimento a todos aque le s que colaboraram na r e a l i z a ç ã o deste trabalho e, de maneira part i c u l a r :
Ao Prof. Dr. Izrail C a t , pela preo cu pa çã o e orie nt aç ão em minha formação pessoal e acadêmica.
Ao Prof. Dr. Nelson Augu st o Rosário Filho, pela o r i e n t a - ção, revisão e de di c a ç ã o na re alização deste trabalho.
à P v o f “ . Dr*. Iara Taborda de Hessias, pela or ientação científica e na s u p e r v i s ã o da re alização dos exames 1aborat o r i a i s .
à Dr*. Mônica Lima Cat, pela de di cação e apoio em todas as etapas deste trabalho.
Ao Prof. Dr. H o nó ri o Sampaio Menezes, pela or ie n t a ç ã o na análise estatística.
à Dr*. lânia Denise Resener, pelo c o m p an he ir is mo e a p o i o .
Ao Prof. Dr. R o do lf o Fr an cisco Montes Espinoza, pela amizade e c o l e g u i s m o .
i i i
à Prof*. Maria Inez de Abre u Sabatke, pelas s u g e s t õ e s e correção do texto.
Aos Drs. Antônio Camilo de Lima, Gilberto A. Rocha e Marisa de F r ei ta s Rodrigues, pela c o n f e c ç ã o dos g r á f i c o s e
■Figuras.
Ao Sr. Olavo Del Claro, Marisa Del Claro, Prof* Dr*
Margot Ilse Husch e pelo a u xí li o e apoio na co mp u t a ç ã o do t r a b a l h o .
Ao Prof. Dr. Raul Corrêa Ri b e i r o pelo incentivo e pela gentileza na ce ss ão do computador.
à Srta. Clara Lara de Fr e i t a s e Maria Lucinda Lexeta, pela impressão dos slides.
Aos c o le ga s médicos, do Mestrado, Resi de nt es e Funcionários do La bo ratório de I m un op at ol og ia do Hospital de Clínicas.
IV
AGRADECIMENTOS ... iii
LISTA DE AB REVIATURAS E S Í M B O L O S ... vii
LISTA DE FIGURAS ... ix
LISTA DE GRÁFICOS ... x
LISTA DE QUADROS ... xi
LISTA DE TABELAS ... xii
RESUMO ... xiii
Í.0 - INTRODUÇÃO ... i
í.í - SÍNDROME DE ANGÚ ST IA R E S P I R AT ÓR IA DO ADULTO ... 1
í.2 - SÍNDROME DE A N G Ú ST IA R E S P I R AT ÓR IA DO ADULTO NA CRIANÇA ... 17
i.3 - SISTEMA SURF AC TA NT E ... Í8 í . 4 - SÍNDROME DO D E S C O N F O R T O RE S P I R A T Ó R I O DO RECÉM- NASCIDO (S D R - R N ) £4
í . 5 - SISTEMA CO MP LEMENTO ... 35
Í.5.Í - VIAS DE ATIVAC&O DO SISTEMA CO MP L E M E N T O ... 37
í.5.2 - VIA CLÁSSICA DO S I ST EM A COMP LE ME NT O ... 39
í.5.3 - VIA ALTERNATIVA DO SISTEMA CO MP L E M E N T O ... 42
í.5.4 ~ MÉTODOS DE AV AL I A Ç Ã O DO SISTEMA COMPLF.MFNTO ... 44
Í.5.4.Í - MÉTODOS DE A V A L I A Ç Ã O DA VIA C L Á S SI CA DO SISTEMA C O M P LE ME NT O ... 46
í.5.4.2 - MÉTODOS DE AV AL I A C S O DA VIA A L TE RN AT IV A ... 46
í.5.5 - SISTEMA COMP LE ME NT O E O R E CÉ M- NA SC ID O ... 48
2.0 - OB JE TIVOS ... 5Í DEDICATÓRIA ... ii
v
3.0 - CASUÍSTICA, M A T E R I A L E M É T O D O S ... 52
3. í - CASUÍSTICA ... 52
3.2 - MATERIAL ... 54
3.2.1 - COLHEITA DE SANGUE ... 57
3.3 - MÉTODOS ... 58
3.3. í - DE TERMINAÇÃO DE C4 E C4d ... 58
3.3.2 - DETERMINAÇÃO DE C3d ... 60
3.3.3 - DE TERMINAÇÃO DE C3, C4 E CH50 ... 63
3.3.4 ~ AVALIAÇÃO DE H I P O XE MI A E VE NT I L A Ç Ã O ... 63
3.3.5 - ANÃLISE E S T A T Í S T I C A ... 64
4.0 - RESULTADOS ... 65
4 . í - COMPARAÇÃO ENTRE OS GRUPOS ... 65
4.2 ~ CARACTERÍSTICAS C L Í N I C O - L A B O R A T O R I A I S DO GRUPO COM SDR ... 66
4.3 - VALORES DOS NÍVEIS SÉ RICOS DO SI STEMA COMP LE ME NT O .. 71
4.3. í - C3,C4 E CH50 ... 71
4.3.2 - RELAÇÃO C4d/C4 E C3d ... 72
5.0 - DISCUSSÃO ... 73
6.0 - CONCLUSÕES ... 94
7.0 - REFERÊNCIAS B I B L I O G R Ã F I C A S ... 95
8.0 - ANEXOS ... í20
vi
B - BE - BIC - CES - CH50 - cm - cols - CPAP -
DBP - EDTA -
p FiOe
-Fr -- 9 - HIV - HeO -
Oc»
P s CO e : “ PaOE -
PBS -- PCA - PEEP
PEG - PIP ~ RN --
branco
excesso de bases b icarbonat o
cesar iana
Complemento H e m o l í t i c o total cent ímet ros
co'1 aboradores
Pressão po si ti va c o nt ín ua em vias aéreas Displasia br on copu ï mon ar
ácido et i 1enod iaminotet racét ico
•Femin ino
Fratao inspirada de ox ig ên io
•F r e qüên cia re sp i r a t ó r i a gramas
Hemorrag ia in t r a vent r icul ar água
Oxigên io
pressão parcial arterial de gás carbônico em mmHg pressão parcial arterial de oxigênio em mmHg
tampao borato
Pe rsistência do canal arterial
- pressão ex pi r a t ó r i a final positiva em vias aéreas, em cm/He®
polietilenoglicol
pressão inspir at ór ia p o s i ti va em cm/l-leG' re cé m-nascido
v i i
RNs RESP SARA SDR SDR-RN sem VAG
<
recém-nasc idos Resp irador
Sí nd ro me de Angústia R e s p i r a t ó r i a do Adulto Sí nd ro me de Desc on fo rt o R e s p i r a t ó r i o
Sí nd ro me de Desc on fo rt o R e s p i r a t ó r i o do R e c é m - na sc id o semanas
vaginal
Menor Igual Menos
vi i i
í. . Movimento de líquidos em pulmão normal e.' pu lmão com
SARA ... Í0
2. Produtos tóxicos dos ne ut r ó f i l o s ativados ... Í4
3. Via da incorp or aç ao da colina ... 22
4. Fisiopat ol og ia da SDR - RN ... 30
5. Diagrama dos m e ca ni sm os de a t i v aç ao "em cascata" do
sistema co mp l e m e n t o (vias de ativaçao) ... 38
6. Im un oeletroforese "em -Foguete" para d e t e r m i n a ç ã o de
C4 e C4d ... 60
FIGURAS PÓGINA
ix
LISTA DE G R ÁF IC OS
í. Método para determ in aç ão do nível s é r i c o de C3d ... 62.
S. Comp ar aç ão do níveis sé ricos de C3, C4 e CH50
entre RNs prematuros e RNs com SDR ... 90
GR ÁF IC OS RÃGINA
x
QUADROS PÓGINA
í. Si no ní mi a da SARA
2. Fatores p r e d is po ne nt es para SARA
3. Critérios para o di ag n ó s t i c o de SARA
4. Meca ni sm os en volvidos na lesão capilar pulmonar
5. Si no nímia da SDR--RN ... 24
6. Fatores de risco para de se nvolver SDR ... 26
7. Fatores ativadores do sist em a c o mp le me nt o ... 39
xi
LISTA DE TABE LA S
í. C o mp os iç ão do su rf actante ... cí0
£. C o m p a r a ç ã o entre peso e idade gestaciorial dos RNs
com SDR e RNs prematuros sadios ... 66
3. Valores de gaso me tr ia dos RNs com SDR ... 67
4. Valores de "shunt" intra p ulm o n a r , g r a d i e n t e al véolo- capilar e rela çã o P a O e / F iOe em RNs com SDR ... 69
5. Níveis série os de C3, C4 e CI-150 para o grupo c o n t r o -
le e RNs com SDR 7 i
TABELAS P4GINA
xi i
Quinze RN com padrão clínico e ra di ológico de SDR foram av al iados em relação à a t i v aç ão do sistema complemento. Eles estavam na fase aguda do “distress" respiratório. 0 "shunt"
intrapulmonar da direita para a esquerda e o alto gradiente alvéol o- ca pi lar indicavam a gravidade da doença. Nenhuma al te ração s i gn if ic at iv a foi ob se rvada em relação ao C3, C4 e CH50 séricos. 0 C 4 d , pr oduto de clivagem de C4, não foi detectável no plasma de RN com SDR, d e m o n s tr an do não haver at iv aç ão do sistema c o m p l e m e n t o pela via clássica. 0 C 3 d , fragmento de C3, no rm almente não é detectável no plasma de recém-nascidos, entretanto, dois RN com SLíR mostraram níveis de 4,6 mg/l e í ,35 mg/l, respectivamente. Estes dados sugerem que o sistema co mp lemento não está envolvido no edema pulmonar de p e r m ea bi li da de (baixa pressão), geralmente visto na Sí ndrome de Desc on fo rt o Respiratório.
xi i i
1
1.0 - I N T R O D U C E D
1.1 ~ S Í N D R O M E DE A N G Ú S T I A R E S P I R A T Ó R I A DO A D U L T O
A d e f i n i ç ã o de S í n d r o m e d e A n g ú s t i a R e s p i r a t ó r i a do A d u l t o v a r i a na l it e r a t u r a : P E T T Y 4-1* a d e f i n i u c o m o v i a final c o m u m de u m a v a r i e d a d e de l e s õ e s p u l m o n a r e s e e x t r a p u l m o n a r e s , l e v a n d o a u m a d i m i n u i ç ã o da c o m p l a c ê n c i a , a l t e r a ç ã o n a s t r o c a s g a s o s a s e “’s h u n t " i n t r a p u l m o n a r ■> L A M Y ’’'5’“' c o m o a l t e r a ç ã o d i f u s a d a e s t r u t u r a e f u n ç ã o p u l m o n a r ag u d a , grave, c a u s a n d o i n t e n s a h i p o x e m i a ; W E I L A N D 4-*'’'' c o m o f o r m a a g u d a de l e s ão p u l m o n a r c a r a c - t e r i z a d a por h i p o x e m i a r e f r a t á r i a e e d e m a p u l m o n a r de p e r m e a b i - lidade.
As d e f i n i ç õ e s a t u a i s se c o r r e l a c i o n a m c o m t r ê s a s p e c t o s da s í n d r o m e : h i p o x e m i a , i n f i l t r a d o d i f u s o p u l m o n a r a o e x a m e ra- d i o g r á f i c o e d i m i n u i ç ã o da c o m p l a c ê n c i a p u l m o n a r .
A S í n d r o m e de A n g ú s t i a R e s p i r a t ó r i a do A d u l t o (SARA) foi i n i c i a l m e n t e r e c o n h e c i d a na í* G u e r r a M u nd i a l , g u a n d o se o b s e r - v o u a o c o r r ê n c i a de r á p i d o i n í c i o de i n s u f i c i ê n c i a r e s p i r a t ó r i a a p ó s t r a u m a a o . Poi d e s c r i t a por M O O N 4®*, em Í936, que o b s e r v o u l e sã o d i r e t a d o e n d o t é l i o c a p i l a r p u l m o n a r , ca f/f e x t r a v a s a m e n t o de p l a s m a p a r a o e s p a ç o i n t e r s t i c i a l e e d e m a r Im o n a r a p ó s c i - r u r g i a .
Nos ú l t i m o s c i n q ü e n t a a n o s r e c e b e u v á r i a s d e n o m i n a ç õ e s
( Qu a d r o i>.
A DULTO
Pulmão de choque
Síndrome de 1'nsuficiência Respir at ór ia P r o g r e s s i v a do Adulto At el ectasia co ng e s t i v a
Insuficiência pulmonar pós- tr au má ti ca Síndrome do pu lmão duro
Pulmão Da Nang
Pulmão úmido trau má ti co
Edema pulmonar não c a r d i o g ê n i c o Pulmão do respirador
Doença da M e mb ra na Hi alina do Adulto Síndrome de e x t r a v a s a m e n t o capilar
Em Í9 67, A S M B AU GH e c o l s 1’ de sc reveram dose pacientes que evoluíram de forma clínica, radi el óg ic a e com achados a n at om op at ol ógi co s semelhantes, tendo n e c e s s i t a d o de ventilação mecânica . Todos a p r e s e n t a r a m dispnéia, taqu ip né ia e cianose refratária à terapia com oxigênio, além de di minuição da c o m - placência pulmonar e infiltrado pulmonar di fuso à radiografia de tórax.
0 exame a n a t o m o p a t o l ó g i c o revelou atelectasia, congestão vascular, hemorragia, edema pulmonar e m e m b ra na s hialinas.
Logo após, PETTY e A S H B A U G H 1 1 0 , em Í97Í, devido a
semelhanças f isiopatol ógicas com a Síndrome de Desconforto Res--
piratório do R e c é m - n a s c i d o , us a v a m o termo Síndrome de Angústia Respir at ór ia do Adulto.
PETTYe c o l s llT estudaram 993 pacientes com risco de desenvolver SARA, 88 p r e e nc he ra m os cr it érios para fazer o diagnóstico, perfazendo uma inci dê nc ia de 8,9%. Por outro lado, FOWLER obteve uma incidência de 5,8JÍ *■«=* Estima-se que para os EUA o número de casos novos por ano gira em torno de Í50.000 a 250 000
Desde a descrição original feita por ASHBAUGH em Í967, a mortalidade continua i n a c e i ta ve lm ent e alta, variando de 50 a
Í00% Q S cr it ér io s di agnósticos estão
bem estabelecidos desde Í 9 6 7 : são pacientes, p r ev ia me nt e s a - dios, sem doença pulmonar, que dese nv ol ve m insuficiência respiratória após expostos a um fator de risco.Os fatores predisponentes para o e s t a b e l e c i m e n t o da síndrome estão reunidos no Quadro 2.
3
QUADRO 2 - FATORES PR ED IS P O N E N T E S PARA SARA
í. Choque: Séptico C a r d i o g ê n i c o Anafilático He mo r r á g i c o 2. Trauma: Pulmonar
Não pulmonar
3. I n f e c ç ã o / S e p s i s : Virai Fú ngica B a cteriana Tu be rculosa -4. Coagulação intravascular d i s s e m i n a d a 5. Pancreatite
6. Múltiplas transfusões
7. Toxi ci da de ao oxigênio 8. Em bolias gordurosas 9. Quei ma du ra s
10. Pn eu monia aspirativa
11. In toxicações por d r o g a s -. H e ro ín a C i c l o s p o r i n a Me t a do na Ti az í d i c o s Aspi ri na P r o p o x i f e n o 12. Ac id en te s de submersão
13. Púrpura Tr ombocitopênica Trombó ti ca 14. Grandes cirurgias
15. Hemodiálise
16. Cirurgia com c irculação ext ra corpórea 17. Pr ocesso Neurogênico
18. Irradiação pulmonar
19. Inalação de agentes tóxicos
Entre os fatores de risco, a s e p t i c e m i a é o mais fre- qüente e o de pior prognóstico, va ri an do de 4 a 50% dos casos 13»
Existe um intervalo de 12 a 72 horas entre a exposição ao fator de risco e o início das m a n i f e s t a ç õ e s clínicas, gaso- métricas e radiológicas
0 quadro de insufi ci ên ci a r e s p i r a t ó r i a caracteriza-se
por dispnéia, taquipnéia, e s fo rç o respiratório, hipoxemia re-
fratária à terapia com o x i g ê n i o e edema pulmonar não cardiogê-
riico, sendo que invariavelmente os p a c i en te s necess it am de ve n-
tilação mecânica devido à d i m i n u i ç ã o p r o g r e s s i v a da co mp l a c ê n -
cia pulmonar, al te ração nas trocas ga sosas e "shunt" intrapul- m o n a r .
Segundo LIND e cols w<3, a c a r a c t e r i z a ç ã o da SARA está baseada em quatro -Fatores: hipoxemia, d i m i n u i ç ã o da c o m p l a c ê n - cia pulmonar, di minuição da capacidade residual funcional e in- filtrado alveolar difuso à r a di og ra fi a de tórax. 0 edema pulmonar não é c a r d i o g ê n i c o . A pressão capilar pulmonar normal ou baixa é essencial para se Fazer o diagnóstico. 0 denominador comum a todos os pacientes com SARA é a hi po x e m i a refratária à o x ig en ot er ap ia convencional, sendo que um dos cr itérios ab s o l u - tos é Pão« < 50mmHg com FiO« de 0,6 159 * '15,0 - y
Ocorre também aumento do g r a d ie nt e al vé ol o- ca pi lar e
"shunt" i n t r a p u l m o n a r . Segundo a d e s c ri çã o original de ASHBAUGH e cols * não existe muita variação nos v a lo re s da P a C O e .
Os cr it érios di agnósticos da SARA estão resumidos no Quadro 3.
QUADRO 3 - CRITÉRIOS PARA 0 DIAG NÓ ST IC O DE Sx NDROME DE ANGÚSTIA RESPIR AT ÓR IA DO ADULTO
í. Pulmão pr ev iamente normal.
2. Ausência de doença pulmonar crôn ic a e falência ventricular esqu er da (pressão capilar pulmonar < lSinmHg).
3. Evento catastrófico, pulmonar ou não.
4. Cianose, freqüência re sp ir at ór ia > 20mrpm.
5. Edema pulmonar, caract er iz ad o r a d i o l o g i c a m e n t e por infil- trado pulmonar difuso (alveolar ou intersticial).
6. Medidas laboratoriais: PaO« < 50mmHg com FiO*. de 0,6.
Au me nt o do "shunt" i n t r a p u l m o n a r , C o m p l a cê nc ia pulmonar total < 50 ml/
cmHttO
Adaptado
Na a v a l i a ç ã o dos cr it érios diagnó st ic os de SARA, o b - serva-se que se ba s e i a m p r i n c i p a l m e n t e em dados clín ic os e me- didas g a s o m é t r i c a s , sendo que o exame mais objetivo é a ra d i o - grafia de tórax.
Na d e s c r i ç ã o original da síndrome, ASHE<AUGH estadiou os achados r a d i o l ó g i c o s e m :
ESTÁDIO I - c o n d e n s a ç o e s alveolares bilaterais, geralmente c o n f u n d i d o com edem a pulmonar agudo por
insuficiência c a r d í a c a esquerda;
ESTÁDIO II - infiltrados mais confluentes;
ESTÁDIO 111 - antes do óbito, co ns ol id aç ão pulmonar t o t a l .
A t ua lm en te as a l te ra çõ es radiol óg ic as e patológicas ap re sentam-se e v o l u t i v a m e n t e em duas fases: ex sudativa e p r o l i f e r a t i v a . Na fase e x su da ti va pode ocorrer três tipos de padrão rad iol óg i c o -.
í. H i p o t r a n s p a rê nc ia alveolar bilateral 2. Aparência de c o n s o l i d a ç ã o a s s i m é t r i c a
3. Aparência de c o n s o l i d a ç ã o peri-hilar, em "asa de b o r b o l e t a “
Os acha do s r a d i o l óg ic os d u ra nt e a fase ex sudativa são
comuns a ou tras patologias, d e v e n d o - s e fazer o diag nó st ic o d i -
ferencial .
A esta fase se gue-se a fase pr ol i f e r a t i v a traduzida no exame r a d i o l ó g i c o de tórax por um padrão intersticial, que não deve ser interpretado s o me nt e como fibrose, pois poderá retor-
nar ao normal .
A conf ir ma çã o diagnostica, na maio ri a dos casos, dado à alta taxa de mortalidade, é feita pelo exame anatomop at ol ógi co do pulmão. Dos doze pa ci en te s de AS HB AU GH e cols *, sete foram a óbito e os achados a n a t o m o p a t o l ó g i c o s foram os seguintes: ma- croscopia - pulmões pesados, vermelhos, com aparência de tecido hepático ao corte; mi cr o s c o p i a - hi pe re mi a e dilatação dos c a - pilares pulmonares, mú lt ip la s a t e l e c t a s i a s , edema intersticial e alveolar e numerosas m e m b ra na s hi alinas +
A de no minação desta en tidade de Sínd ro me de Angústia Respiratória do Adulto é devida não somente às semelhanças fi~
siopatol óg ic as com a Sí ndrome de D e s c on fo rt o Re spiratório do RN, mas também às seme lh an ça s nos achados anatomopatológicos.
Estes, as si m como os si nais r a d ioló g i c o s , podem ser divididos em £ fases, onde a variável é o tempo de doença: fase inicial e p r o l i f e r a t i v a . Na fase inicial a principal anormalidade é o edema e he morragia intersticial e alveolar. Também existem microtrombos de plaquetas, le ucócitos e fibrina e o interstício se encontra infiltrado por g r a n u 1ó c i t o s . Com 48 a 72 horas de evolução, o edema alveolar se acen tu a e o es pa ço intra~alveolar
fica re pleto de eritrócitos, g r a n u i ó c i t o s , restos celulares e m a c r ó f a g o s , além de material rico em proteínas. Ocorre congestão capilar e apar ec em me mb ranas hialinas nos duetos alveolares e duetos terminais. As me mb ra na s hialinas são constituídas de proteinas p l a s má ti ca s que transudaram, de
7
r e s t o s c e l u l a r e s , r e f l e t i n d o a l t e r a ç a o c a p i l a r p u l m o n a r e p a s s a g e m de l í q u i d o p ar a o a l v é o l o .
P o s t e r i o r m e n t e , d i a s ou s e m a n a s , o c o r r e d i m i n u i ç ã o do n ú m e r o de m e m b r a n a s h i a l i n a s , o c o r r e d e s o r g a n i z a ç ã o i n t e r s t i - cial c o m p e r d a da a r q u i t e t u r a p u l m o n a r , a u m e n t o d o n ú m e r o de f i b r o b l a s t o s e de c o l á g en o, a s s i m c o m o c é l u l a s i n f l a m a t ó r i a s . E s t e s a c h a d o s s ã o v i s t o s n a s e g u n d a Fase da s í n d r o m e , que é a
fase p r o l i f e r a t i v a onde a f i b r o s e i n t e r s t i c i a l e i n t r a - a l v e o l a r é c a r a c t e r í s t i c a , a c o m p a n h a d a de p r o l i f e r a ç ã o cuboida'1 d a s c é -
lu l a s e p i t e l i a i s .
P e l o fato do s u p o r t e c a r d i o r r e s p i r a t ó r i o a v a n ç a d o n ão ter m e l h o r a d o a e v o l u ç ã o da SARA, as a t e n ç õ e s se v o l t a r a m p a r a a f i s i o p a t o l o g i a , com o o b j e t i v o de i n t e r r o m p e r o p r o c e s s o de
l e s ã o p u l m o n a r . I n i c i a l m e n t e , a c r e d i t a v a - s e que a p a t o g ê n e s e da S A R A era s e m e l h a n t e à S í n d r o m e de D e s c o n f o r t o R e s p i r a t ó r i o do RN. S e g u n d o P E T T Y e c o l s *•*•«, a S A R A p o d i a r e s u l t a r da s í n t e s e d e f i c i e n t e de s u r f a c t a n t e . 0 s u r f a c t a n t e n os p a c i e n t e s a d u l t o s c o m S A R A é a g r e g a d o e i n a t i v a d o , p o r é m n ã o é o fa t o r p r i m á r i o e, iB*. s.ei, 1 «»«*, ie«
A f i s i o p a t o l o g i a n ã o e s t á b e m e s c l a r e c i d a a t é o m o m e nt o, m a s o c o m u m a t o d o s os p a c i e n t e s é o e d e m a p u l m o n a r n ã o c a r d i o - g ênico, s e c u n d á r i o ao a u m e n t o da p e r m e a b i l i d a d e da u n i d a d e a l - v é o l o — c a p i l a r U V . lE^i ieò< 1 8 ». M e , 1 6 B. 1 . <!>« , 1 6 »
0 m o v i m e n t o de l í q u i d o s n o p u l m ã o é r e g i d o p e l a e q u a ç ã o
de S T A R L I N G :
FLUXO L Í Q U I D O » K < Pcap - Pis - Ref coef Posm cap - Posm is ) onde: K = c o ef ic ie nt e de filtração a t ra vé s da me mbrana capilar
Pcap = pressão h i d r o s t á t i c a do capilar
Pis =: pressão h i d r o s t á t i c a do interstício Ref coef = co ef i c i e n t e de re fl ex ão do líquido Posm cap ~ pres sã o o s m ó ti ca do capilar
Posm is =: pr essão o s m ó ti ca do in te rstício
Fisiologicamente, no pulmão normal existe um gradiente de pres sã o hi drostática entre o capilar e o interstício, que é p a r c i a l m e n t e compensado pelo g r a d ie nt e de pr essão oncótica en- tre os dois compartimentos. Com pr essão hi dr os tá ti ca normal, os capilares alveolares são imperm eá ve is às m a c r om ol éc ul as plasmá- ticas. Desde que o gr ad i e n t e h i d r o s t á t i c o ultrapasse o g r a - diente oncótico, há Fluxo de líquidos dos capilares para o es- paço intersticial. Portanto, o aume nt o da pressão hidrostática aumenta o mo vimento de líquidos pelo e n d o t é l i o capilar e ocorre aumento da p e r m ea bi li da de às proteínas, em parte, por abertura nas junç õe s intercelulares, além de ou tros mecanismos como a pinocitose. Assim, aume nt o agudo da pressão hidrostática
(insuficiência cardíaca esquerda) resu lt a em acúmulo de líqui- dos no interstício.
0 alvéolo intacto re pr e s e n t a uma rígida barreira à p a s - sagem de m a c r o m o l é c u l a s . Com a lesão da memb ra na alvéolo-capi~
lar, ocorre intensa t r a n s u d a ç ã o de líquido com alto teor de proteínas, dos ca pilares para o es paço intersticial (Figura i).
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FIGURA i - M O V I M E N T O DE LÍ QUIDOS EM PULMÃO NORMAL E PU L M Ã O COM SARA
F I G U R A í - Esquematicamente, estão as forças de STARLING e o ba l a n ç o de líquidos p u lm on ar es dos capilares p u l m o n a r e s e interstício. No rm a l m e n t e (à esquerda), existe um pe q u e n o fluxo constante dos ca pi lares para o interstício, remo vi do pelos vasos linfáticos. Na SARA <à direita), lesões v a s c u l a r e s no endotélio capilar alteram as forças de STARLING, favorecendo a tr an sudação de líquido rico em pr ot eínas para o espaço
interst i c i a l .
Este edema intersticial se ac u m u l a p r im ei ra me nt e ao re- dor dos b r on qu ío lo s terminais, não o c a s i o n a n d o nenh um a interfe- rência nas trocas gasosas. Qu an do a ca pa c i d a d e do sistema lin- fático em remover líquidos é superada, ocorre inundação do a l - véolo por esse material rico em proteínas. A p r es en ça deste lí- quido no interior do a l vé ol o o c a s i o n a in ativação e destruição do surfactante, d e st ru iç ão das cé l u l a s al ve o l a r e s do tipo II , que resultará em aumento da tensáo superficial do alvéolo e atel ec ta si a uo.o», t . ibt, i*e:
A diminu iç ão do volume al veolar é traduzida clinicamente por di mi n u i ç ã o do volume corrente, da ca pa c i d a d e residual f u n - cional, aumento do "shunt" i n t r a p u 1m o n a r , hi poxemia e alteração da fraçáo v e n t i 1a ç á o / p e r f u s ã o .
Os m e ca ni sm os pelos quais oc orre lesão do endotélio c a - pilar pulmonar estão no Qu adro 4.
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QUADRO 4 - M E CA NI SM OS ENVO LV ID OS NA LE S Ã O CAPILAR PULMONAR
A. Primários: At ivação do sist em a c o m p l e m e n t o Agregação de le ucócitos
M e ta bólitos do ácid o ar a q u i d ô n i c o
Ativação pl aq u e t á r i a - C o ag ul aç ão intravascular disseminada.
B. Secundários: Sobrecarga de volume;
Toxicidade ao oxigênio;
E<ar ot rauma .
Desta Forma pode-se observar a exis tê nc ia de dois tipos de edema; por aumento da p r es sã o hidrostática ou por permeabilidade. 0 efeito da d i m i n u i ç ã o do surfactante f a v o r e - cendo a formação de edema pulmonar pode ser explicado, tanto na SARA como na Síndrome de D e s c o n f o r t o Respiratório do RN e . a v , ice
Os n e ut ró fi lo s são co n s i d e r a d o s como os principais m e - diadores do aumento da p e r m e a b i l i d a d e a l v é o l o - c a p i 1 ar
n y . e i e . B B . B V , ? « , i.
i e« .
i e b. a. s * , a. w v .. a.-«»«, t e n , a. <;>«»,
i a s. 1 6 » t
embora a SARA possa ocorrer em p a c i e n t e s neutropênicos *•*•«*• «-e* .
Vários es tí mu lo s agindo s i n e r g i c a m e n t e promovem a a g r e -
gação de neut ró fi lo s no pulmão. 0 si stema complemento é impo r-
tante para as defesas do organismo, poré m sua ativação e x c e s -
siva pode causar açoes deletérias. Entre estes estímulos a c r e -
dita-se que a at iv aç ão do sist em a complemento, que pode estar
presente na SARA, é o mais importante, p r i n ci pa lm en te as
•Trações C3a e C 5 a 115 * * '*K * * 1 *11=1 * 1EÔ * iee . ir«
As -frações C3a e C5a são a n a f il ot ox in as e fatores qui- m i otáticos ha bi t u a l m e n t e ause nt es no plasma normal e que têm a propriedade de induzir a a g r e g a ç ã o de n e u t r ó f i l o s .
H A M M E R S C H M I D T e cols se lecionaram 33 pa ci en te s que pree nc hi am os cr it ér io s da SARA e demons tr ar am a p r e s e n ç a da fração C5a em 3Í deles.
Após agregação, os ne ut r ó f i l o s se tornam at ivados e l i - beram pr odutos tóxicos n e u t r o f í 1 icos que lesam o e n d o t é l i o v a s - cular. Entre os mais i m po rt an te s estão: elastases, colagenases, radicais livres de oxigênio, proteases, m e t a b ó l itos do ácido a r a q u i d ô n i c o , fator de a t i v a ç ã o plaq ue tá ri o e mi e i o p e r o x i d a s e (Figura 2).
As pr ot ea se s liberadas pelos ne ut rófilos têm ca pa c i d a d e de ativar várias vias i n fl am at ór ia s com o Fator D, s i st em a de co agulação e cininas que a m p l i f i c a m a ativação do sistema c o m - plemento, pr op i c i a n d o maior ag re ga çã o de ne ut rófilos q
Fator D é um dos prod ut os de degrad aç ão da fibrina e está a u - mentado nos casos de SARA ” , 1 M .
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UNIDADE ALVEQL.Ü-CAF'ILAR
Proteates
Rad ica is L ivres de Ox igên io An ions Superóx ido Perdido de H idrogên io Ox igên io
H idrogên io
Lâmina Basa l
Rrodu tos de Coagu laçdo (produtos de degradação ,
f ibr ina)
Sistema de Comp lemento C in inas
Fator de At ivação Plaquetár la Metaból i tos do A 'c ido Aracdârúco Leucotr íenos
Tromboxanes
Prostag land inas
Além do efeito direto das pr ot ea se s no e n d o té li o vascu- lar, estas também têm a propriedade de destruir a fibronectina, uma o p s o ni na sérica com função fa gocítica no s i st em a reticulo- endotelial. Com a di minuição dos ní veis de f i b r o n e c t i n a , os produtos da c o ag ul aç ão intravascular têm a du ração de seus efeitos d e le té ri os na vasculatura pulmonar aumentados, pois circulam por mais tempo
Entre os radicais livres de o x i g ên io os mais importantes são o superóxido, pe róxido de h i d r o g ê n i o e ra dicais hidroxila.
Estes ra di ca is aumentam a perm ea bi li da de a 1v é o l o - c a p i 1 ar e pro- movem va so co n s t r i c ã o pulmonar í C A . Inativam an ti pr ot ea se s com su peróxido di sm utase (SOD) e antitripsina, a g r a va nd o a lesão do en do télio vascular
Trombos de plaquetas e fibrina são freqüent em en te encon- trados em pulmões de pacientes que foram a óbito por SARA
»7 , 1 fl» A
Em í980, HAYNES e cols, citados por RI NALHÜ (1982,
P . 903), deno mi na ra m de antígeno I' um prod ut o de degradação d a
fibrina, pr ovando que ele estava au me nt ad o nos pacientes com SARA e não na queles pacientes de risco que não a desenvolveram, sugerindo que este antígeno D marcaria o início das lesões p u l m o n a r e s .
A fibrina e seus produtos de d e gr ad aç ão têm papel impor- tante após a microembolização, pois es ti m u l a m a quimiotaxia dos neutrófilos e ativam o sistema co mp l e m e n t o
Ev idências su gerem também o en v o l v i m e n t o dos metabólitos
do ácido arqu id ôn ic o na pato gê ne se da SARA. São moléculas ati-
i5
vas, com pote nt e ef eito pulmonar. Foram id en ti fi ca da s por E-iOR-- GEAD em 1938
Poss ue m açoes múltiplas, inclusive algumas antagônicas entre s i .
Os prod ut os da c i c 1oxigenase p r o v a v e l m e n t e não lesam d i - retamente a mi cr ov asculatura, mas al teram a p e r m ea bi li da de al~
v é o l o - c a p i 1 ar .
Os leucot ri en os C4, L'i4 e E4 causam b r o n c o e s p a s m o , a u m e n - tam a p e r m e a b i l i d a d e vascular por ação di re ta nas paredes dos vasos, e n q u a n t o que o leucotrieno B4 co nsegue o mesmo efeito indiretamente por liberação de enzimas e gera çã o de superóxido dismutase. 0 leucotrieno B4 é gerado no próprio pulmão pelos macrófagos alveolares. Ele é o mais pote nt e agente quimiotàtico e agregador de n e ut ró fi lo s do m e t a b o l i s m o do ácido araquidõ- nico, e q u i va le nt e ou superior ao C 5 a . Ativa os ne ut r ó f i l o s e
induz a liberação de enzimas lisossõmicas e radicais tóxicos de
oxigênio .
Nos m e ca ni sm os se cu ndários na p a t o g ê n e s e da SARA, desta- cam-se o oxigênio, embora, quando se inicia o tratamento, os pacientes já ap re s e n t a m sintomatologia. Os radicais livres de oxigênio or iu nd os da fração inspirada de 0« podem agravar a le- são pulmonar. Estes ra dicais são pr oc e d e n t e s da redução univa- lente da mo lécula de oxigênio. São eles: supe ró xi do - 0 fâ, pe~
róxido de h i dr og ên io - H e O e e hidroxila - OH.
As c é lu la s do e n d o t é l i o capilar são as pr im eiras a serem
lesadas, p r o p o r c i o n a n d o a pa ssagem de pr ot eínas séricas e lí-
quidos, além do normal, do lúmen capilar para o es paço in ters-
ticial e po s t e r i o r m e n t e para o alvéolo.
Es te s ra dicais livres de o x i g ê n i o liberam fatores qui- miotáticos que recrutam mais neutrófilos, inativam antiprotea- ses, d i m i n u e m a mi gração de m a c r ó f a g o s a l v e o l a r e s e deprimem a função mucociliar, p r op or ci on an do o a p a r e c i m e n t o de infecções ba ct erianas “»=»'*=»»*■«=*
i .2 - S Í N D R O M E DE AN GÚSTIA R E S P I R A T Ó R I A DO AD U L T O NA CRIANÇA
A S í n d r o m e de Angústia R e s p i r a t ó r i a do Ad ulto na Criança tem re ce bi do pouca atenção na lite ra tu ra pediátrica.
Os p r i m e i r o s relatos em c r i a nç as foram descritos em 1968, após ciru rg ia ca rdíaca com c i r c u l a ç ã o ex tr acorpórea e após trauma
Um dos primeiros estudos de SARA, e s p e c i fi ca me nte em crianças, foi realizado por LY RENE e TRUOG no período de ja- neiro Í976 a julho 1979, onde s e l e c i o n a r a m 15 crianças com
idade superior a 6 meses, com p u lm õe s p r e v i a m e n t e sadios, n e - cessitando de ventil aç ão me câ ni ca e quadro r a d i ol óg ic o compatí- vel com edema pulmonar. HOLE<ROOK e cols praticamente d u - rante o mesm o período, d e s c r e v e r a m 18 c r i a n ç a s que preenchiam os cr it érios de SARA. A di fe re nç a principal entre os dois g r u- pos foi a idade dos pacientes. No e s t u d o de HOLBROOK havia 10 crianças meno re s de 1 ano, sendo que uma delas era um RN com septicemia por E. coli.
Os fatores de risco para o d e s e n v o l v i m e n t o da Síndrome são os mesmos, sendo que no grupo p e d i á t r i c o d e st ac a- se asfixia por s e m i - a fo ga me nto <=>=>'•p* • ^ s-eR *
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A fisiopatologia, ca ra ct er ís ti cas clínicas, achados ra~
di ológicos e p a t o l ó g i c o s são semelhantes aos do adulto
e . T . a * 4 & 2 > , v x . 1»T, ice,