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Mudanças Climáticas e MDL

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Academic year: 2022

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Mudanças Climáticas e MDL

Jacqueline Barboza Mariano

Especialista em Regulação de Petróleo e Derivados Superintendência de Planejamento e Pesquisa

ARIAE

Março de 2006, Cartagena de Índias

(2)

A ANP

• Autarquia vinculada ao MME

• Órgão regulador da indústria de petróleo e gás natural do Brasil

• Atribuições da ANP (Lei 9.478/97)

– “A ANP terá como finalidade promover a

regulação, a contratação e a fiscalização das atividades econômicas integrantes da

indústria de petróleo, cabendo-lhe

implementar, em sua esfera de atribuições, a política nacional de petróleo e gás natural,

contida na política energética nacional, emanada pelo CNPE.”

(3)

A ANP E O MEIO AMBIENTE

• A Agência tem como uma de suas atribuições:

“Fazer cumprir as boas práticas de conservação e uso racional do

petróleo, seus derivados, dos

biocombustíveis e do gás natural e de preservação do meio ambiente.”

(Lei 9.478/97 – Lei do Petróleo)

(4)

Conjuntura Atual e Tendências Setoriais

– Meta do Governo Federal: Atingir e

manter a auto-suficiência na produção de petróleo, determinada pela

Resolução n

0

8/2002 do CNPE

– Aumento da participação do gás natural na matriz energética – Política de

Governo

•Sétima Rodada de Licitações

promovida pela ANP: Foco em Gás Natural

(5)

Conjuntura Atual e Tendências Setoriais

– Programa do Biodiesel

•Diesel B2 até 2008 e Diesel B5 até 2013

– Proálcool/Utilização do álcool como combustível veicular

•Adição de 25% de álcool anidro na gasolina

•Veículos bicombustível – PROCEL

– PROINFA: Biomassa, Energia Eólica e PCHs – CONPET

(6)

Conjuntura Atual e Tendências Setoriais

– Aumento dos requisitos de qualidade de combustíveis – cumprimento de metas determinadas pelo CONAMA

– Melhorias no parque de refino nacional – Ação da Petrobras

• Aumento de emissões no refino

– Redução da queima de GN nos campos –

Incidência do pagamento de Royalties sobre o volume de gás queimado –

Regulamentação através de Portarias da ANP

(7)

Mudanças Climáticas

1992 → Convenção sobre Mudanças Climáticas – Conferência Rio 92

1997 → Protocolo de Kyoto – Metas de redução de emissões para os países

desenvolvidos no período 2008-2012 (redução 5% referentes a 1990)

Mecanismos de Flexibilização → Certificados de Redução de Emissão (RCE ou CDM) –

Implementação Conjunta (Joint Implementation)

Após 2012 → Possibilidade de metas de

redução de emissões para países Não Anexo I, tais como China, Índia e Brasil

(8)

O Brasil e as Mudanças Climáticas

• Posicionamento do Governo Brasileiro

– País signatário do Protocolo de Kyoto – País membro da UNFCCC

– País Não Anexo I

– Coordenação: Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima – CIMGC (criada pelo Decreto Presidencial de 7 de Julho de 1999): MCT, MMA, MME e MRE

– Projeto de Lei para a Política Nacional de Mudanças Climáticas: em tramitação no

Congresso Nacional (Projeto de Lei n0 3.902)

(9)

Compromissos do Brasil

• Elaboração de Comunicação Nacional

• Elaboração e atualização periódica de Inventários de Emissões por fontes

antrópicas

• O Brasil pode ser país anfitrião de projetos de MDL

• No primeiro período de cumprimento, não

há metas para redução de emissões

(10)

Emissões Brasileiras de GEE (1994)

Energia (16,8%) Processos Industriais (1,4%)

Agropecuária (25%)

Mudança no Uso da Terra e Florestas (55,4%)

Tratamento de Resíduos (1,4%)

(11)

Emissões do Setor de Energia (1994)

Gás de Efeito Estufa (GEE) Quantidade em Gg

Dióxido de Carbono 236505

Metano 401

Óxido Nitroso 9

TOTAL (CO2 Equivalente) 247716

(12)

Fontes de Emissões de GEE da Indústria de Petróleo e Gás

Natural

• Dióxido de Carbono (CO

2

) e Óxido Nitroso (N

2

O)

– Queima de combustíveis fósseis nas etapas de exploração, produção, refino e

processamento de gás natural e consumo final

• Metano, CH

4

– Emissões fugitivas quando do processamento e, principalmente, do transporte de gás

natural

(13)

Como as Mudanças

Climáticas podem afetar as empresas de petróleo?

COMPETITIVIDADE

“Os negócio de seguros será o primeiro a ser afetado pelas Mudanças Climáticas – está claro que os efeitos das Mudanças Climáticas poderão quebrar as empresas” - Franklin Nutter, Presidente da Reinsurance Association of America

OPORTUNIDADE

“A Mudança do Clima é o maior desafio para o mundo no século 21 e as empresas poderão efetivamente assumir a liderança.” World Economic Forum, Davos 2001

(14)

Importância da Gestão do Risco Carbono para a Indústria do

Petróleo

• Regime Europeu de Comércio de Redução de Emissões

• Iniciativas voluntárias de Redução de emissões de GEE nos EUA

Dow Jones Sustainability Index

• Instituições de Financiamento

(15)

Papel da ANP: Mudanças Climáticas

• Na esfera de suas atribuições, a ANP deverá implementar, quando necessário, as decisões do Governo Brasileiro referentes à questão

das Mudanças Climáticas relacionadas ao Setor de Petróleo e Gás Natural

– Regulamentação da produção e venda dos biocombustíveis

– Especificação da qualidade dos derivados e dos biocombustíveis

– Rodadas de Licitação de áreas

– Realização de estudos setoriais considerando a questão

(16)

Papel da ANP – Atribuições relacionadas ao Tema

• Estimular a pesquisa e a adoção de novas tecnologias na exploração, produção,

transporte, refino e processamento

• Articular-se com os outros órgãos

reguladores do setor energético sobre matérias de interesse comum, inclusive para efeito de apoio técnico ao CNPE

(Lei 9.478/97)

(17)

MDL: Objetivos e Princípio

• Objetivos

– Auxiliar os países desenvolvidos no cumprimento de seus compromissos de redução de emissões de GEE – Auxiliar os países em desenvolvimento a alcançarem

um desenvolvimento sustentável

• Princípio

– Permitir a países desenvolvidos investir em projetos de “redução de emissão” em países em

desenvolvimento e utilizar os créditos para cumprir suas obrigações

• Reduções Certificadas de Emissões – RCE

(18)

Critérios de Elegibilidade para Projetos de MDL

• Regras para a participação no MDL

– Aprovação do país anfitrião – a atividade do projeto deve ser consistente com as metas de Desenvolvimento Sustentável do país

– O MDL exige que os projetos alcancem reduções de emissão que sejam “reais, mensuráveis, e adicionais ao que teria acontecido sem a sua realização”

– Os RCEs devem ser certificados e verificados por uma parte não envolvida e independente para assegurar a integridade ambiental

(19)

Como o Brasil participa do MDL?

• Contribuição para o Desenvolvimento Sustentável

– Contribuição para a sustentabilidade ambiental local

– Contribuição para o desenvolvimento das condições de trabalho e para a geração líquida de empregos

– Contribuição para a distribuição de renda – Contribuição para a capacitação e

desenvolvimento tecnológico

– Contribuição para a integração regional e a articulação com outros setores

(Resolução n0 1 do CIMGC, de 11-09-2003)

(20)

Oportunidades de Projetos de MDL no Brasil

• Aumento da Eficiência Energética

• Indústria: Melhoria de Tecnologias de Processo

• Combustíveis menos intensivos na emissão de gases de Efeito Estufa

• Fontes Renováveis de Energia

– Álcool

– Biodiesel

– Biomassa (Ex. Bagaço de Cana, Resíduos de Madeira, Palha de Arroz)

– Energia Eólica

(21)

Oportunidades de Ações já Identificadas em Companhias

de Petróleo do Brasil

• Redução da queima de gás natural em tochas, o chamado “Gas Flaring”

• Aumento da eficiência de destruição de metano (eficiência de queima em tocha)

• Emissões X Eficiência dos Processos

• Substituição de combustíveis intensivos em carbono por combustíveis menos intensivos – Exemplo: substituição de diesel e óleo

combustível por gás natural na queima em

motores a combustão interna

(22)

O Programa do Biodiesel

• Lei 11.097/05, que dispõe sobre a introdução do Biodiesel na Matriz Energética Nacional

• Alteração da Lei do Petróleo, 9.478/97

• Atribuição de novas responsabilidades à ANP

Regular e autorizar as atividades

relacionadas à produção, importação, exportação, armazenagem, estocagem,

distribuição, revenda e comercialização de biodiesel, fiscalizando-as diretamente ou mediante convênios com outros órgãos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.

(23)

O Programa do Biodiesel

Coordenação do Programa: MCT e ANP

Estratégias e Objetivos:

- Desenvolver tecnologias de produção e utilização do biocombustível

- Estabelecer a Rede Nacional de Biodiesel - Desenvolver e homologar especificações

brasileiras → atribuição da ANP

- Garantir a viabilidade técnica, econômica, social e ambiental do produto

(24)

O Biodiesel e o MDL

Art. 13. da Lei 11.116/05

“ A redução da emissão de Gases Geradores de Efeito Estufa – GEE – mediante a adição de

biodiesel ao óleo diesel de origem fóssil em

veículos automotivos e em motores de unidades estacionárias será efetuada a partir de projetos do tipo "Mecanismos de Desenvolvimento

Limpo – MDL", no âmbito do Protocolo de

Kyoto à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, ratificado, no Brasil, pelo Decreto Legislativo no 144, de 20 de junho de 2002.

(25)

FIM

Jacqueline Barboza Mariano

Especialista em Regulação de Petróleo e Derivados Superintendência de Planejamento e Pesquisa

Tel: +55 21 2112.8354

E-mail: jmariano@anp.gov.br

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