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GT 8 Outros Temas Correlatos ao Secretariado

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Academic year: 2022

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GT 8 – Outros Temas Correlatos ao Secretariado

A UTILIZAÇÃO DAS TICs PELOS ALUNOS DO CURSO DE SECRETARIADO EXECUTIVO/UFRR COMO FERRAMENTA FACILITADORA DO APRENDIZADO

1 INTRODUÇÃO

Na Era da Globalização as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) estão efetivamente reconhecidas e sua utilização é potencialmente irrefutável. É por meio das novas TICs que o contexto acadêmico se instrumentaliza para aceder, usar, transmitir, produzir e armazenar diversas informações e conhecimentos científicos. No entanto, o que se questiona a esse respeito é se o avanço destas TICs tem de fato auxiliado os aprendizes alcançarem os objetivos de formação tanto acadêmica quanto sociocultural. Nesta perspectiva, esta pesquisa buscou averiguar qual tem sido a utilização destas TICs pelos alunos do curso de Secretariado Executivo da Universidade Federal de Roraima (UFRR) como ferramenta facilitadora para a efetividade do seu aprendizado. Pois, dependendo da forma que as TICs são utilizadas podem ser positivas ou não para o amadurecimento acadêmico e sociocultural dos alunos.

Como objetivo geral, a pesquisa buscou averiguar o impacto da utilização das TICs pelos alunos do curso de Secretariado Executivo da UFRR, e por objetivos específicos, tratou de identificar quais das ferramentas de TICs são mais utilizados pelos alunos; e si há atividades motivadores propostas pelos professores para que os alunos tenham consciência da importância do uso das TICs como ferramenta de formação continuada.

A natureza da realização desta pesquisa se justifica pela reflexão que ela pode trazer sobre a atenção dada às TICs como recursos utilizados pelos professores e, principalmente, pelos alunos no processo de ensino-aprendizagem para uma formação de qualidade. Na estrutura do trabalho buscou-se definir o paradoxo entre ensino e aprendizagem, abordando também sobre o processo de aprendizagem significativa X tecnologia; assim como, as razões comportamentais do acadêmico em relação às TICs.

Como resultado observou-se que as TICs permeiam o cotidiano, independente do

espaço físico, criando uma dependência para relacionamentos sociais e que devem ser

analisadas no espaço escolar como ferramentas de inserção às informações úteis para a

formação acadêmica e amadurecimento sociocultural do aluno. Considerando algumas razões

para sua utilização: melhora a aprendizagem continuada e a comunicação entre seus pares e

professores.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

O homem durante sua existência tem evoluído física e intelectualmente por meio do processo ensino-aprendizagem em suas experiências socioculturais. O ensino, geralmente, parte de motivação induzida por meio de um planejamento com perspectiva social para atender demandas coletivas, enquanto que a aprendizagem parte de uma motivação espontânea para aprender a resolver problemas de cunho pessoal e individual no ambiente de conivência sociocultural, pois ninguém pode aprender por outro, considerando que o processo de aprender desenvolve-se por uma atividade individual que acontece no aprendiz e que é realizada pelo mesmo (DÍAZ BORDENAVE, 2008).

Para isto, tanto o ensino quanto a aprendizagem para que tenham uma efetividade significativa no processo, o homem vem recorrendo a ferramentas da Tecnologia de Informação e Comunicação (TICs) disponíveis em sua época para alcançar uma evolução cognitiva ou intelectual. No processo evolutivo do homem por meio do ensino-aprendizagem as ações devem estar focadas em um ou mais sujeitos do processo, ou no professor, ou no aluno e/ou nos recursos (BOLLONI, 2001). Nesta perspectiva, este capítulo busca discorrer os conceitos voltados ao enfoque dado ao aluno como sujeito de sua aprendizagem e aos recursos tecnológicos de informação e comunicação (TICs) utilizados por ele.

2.1 ABORDAGEM SOBRE APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA X TECNOLOGIA

Para compreender o processo de aprendizagem mediada pelas TICs é necessário fazer uma reflexão paradoxal sobre o que é ensino e aprendizagem. Segundo Díaz Bordenave (2008), entende-se por ensino como sendo

“um processo pragmático, isto é, um mecanismo pelo qual se pretende alcançar certos objetivos e para isto se mobilizam meios, organizando-se em uma estratégia sequencial e combinatória. Mais especificamente, o processo de ensino consistiria em Planejar, Orientar e Controlar a Aprendizagem do Aluno”. (DÍAZ BORDENAVE, 2008, p.42)

Nesta proposição de Díaz, observa-se que a proposta do ensino sempre dependerá de um contexto e de um propósito controlável, tendo como sujeito agente o professor e sujeito receptor o aluno, sempre passivo da ação. A instrumentalização desta proposta controlada é a principal tarefa do professor que como ensinante proporciona ao aluno a utilização de recursos tradicionais ou de meio multissensoriais mediados pelas TICs para um aprendizado significante dentro e fora da sala de aula. Assim, o principal papel do professor implica mais fortemente na preparação intelectual do aluno para que ele compreenda os propósitos educativos em contextos institucionais (CARVALHO, 2011). Nesse sentido o processo de ensinar não se define só pelo seu resultado final de procedimentos, mas sim pela motivação que ele promove para que o aluno dê continuidade ao processo de aprendizagem de forma continuada fora da sala de aula, tendo como ferramenta mediadora as Tecnologias da Informação e Comunicação (ROSINI, 2013).

Em contra partida ao processo de ensino, entende-se por aprendizagem que

“é um processo integrado no qual toda pessoa (intelecto, afetividade, sistema

muscular) se mobiliza de maneira orgânica. Em outras palavras, a aprendizagem é

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um processo qualitativo, pelo qual a pessoa fica melhor preparada para novas aprendizagens. Não se trata de um aumento quantitativo de conhecimentos mas de uma transformação estrutural da inteligência da pessoa”. (DÍAZ BORDENAVE, 2008, p.25)

Nesta afirmativa, há elementos que merecem considerações, como por exemplo, pode-se entender que toda aprendizagem significativa se baseia em aprendizagens anteriores desenvolvidas por meio do intelecto, das emoções ou dos sentidos por parte do aprendiz.

Neste estudo entendemos que estes elementos são importantes para manusear um computador, um celular, saber interagir por meio de internet e, que a ausência de aprendizagens anteriores, podem também ser barreiras desestimuladoras em aceder às TICs quando o aprendiz não sabe utilizar nenhuma destas ferramentas. Nesse caso, para que o aprendiz tenha acesso às TICs é necessário que tenha passado por um processo de outras aprendizagens operacionais relacionadas à utilização de tecnologias em hardwares e softwares em contexto de sala de aula. Para Díaz Bordenave (2008, p.25), “quando se aprende algo, na realidade aprendem-se várias coisas importantes. Um novo conhecimento que é fixado na memoria. Por exemplo: na aprendizagem de inseminação, aprende-se que o sêmen deve ser diluído”. Neste caso, quando o aluno aprende a buscar informações e conhecimentos por meio das TICs, antes já conheceu um tipo de hardwares e já aprendeu a manusear um computador ou um celular, e já sabe como acessar a internet. Para isto, é necessário conhecer a vida social e econômica do aluno para que se possa solicitar o uso dessas ferramentas em sala de aula, isto se a instituição de ensino não favorecer o acesso às TICs por meio de laboratórios ou disponibilização de Wi-fi.

Nesse sentido, Norte Braga (2005) contribui afirmando que.

“Hoje, a tecnologia digital insere-se no novos paradigmas educacionais que se preocupam com o individuo como um todo, capaz de resolver problemas e com diferentes estilos de aprendizagem. Levam-se em consideração não só os fatores biológicos e mentais, mas também os fatores físicos, sociais, econômico e culturais do fenômeno educativo”. (BRAGA NORTE, 2005, p.141).

2.1.1 Razões comportamentais do acadêmico em relação às TICs

O comportamento do aprendiz em buscar informações e adquirir ou produzir conhecimento por meio das TICs está relacionado em parte à satisfação que ele tem em realizar operações positivas às suas expectativas, quer seja por motivação induzida ou espontânea para aprender a resolver problemas. Pois é nesta visão que Skinner (apud Díaz Bordenave, 2008, p.31) destaca que “toda ação que produza satisfação tenderá a ser repetida”.

E, corroborando com esta assertiva, Díaz Bordenave afirma que

Junto às mudanças cognitivas, acontecem também processos emotivos no aprendiz.

Sentimentos de curiosidade, tensão, ansiedade, angustia, entusiasmo, frustração, alegria, emoção estática, impaciência, obstinação, e várias outras emoções, acompanham o processo de perceber, analisar, comparar, entender etc., que configuram o processo de aprender ”. (DÍAZ BORDENAVE, 2008, p.25)

Neste sentido, entende-se que qualquer motivação comportamental de instrução

programada na perspectiva do ensinar para se obter prazer no apender, o aprendiz estará mais

suscetível em aceitar comandos para realizar pesquisas em TICs, obtendo resultados de uma

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aprendizagem efetiva desde que estejam claros os objetivos tanto do ensinar quanto das vantagens do aprender. Segundo Brasil (2002, p.132), um dos objetivos da utilização das TICs em sala de aula é fazer o aluno “entender o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida, nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social”. A valorização das TICs para o processo ensino-aprendizagem deve ser fomentada pelo professor dentro da sala de aula como recursos tecnológicos de aproximação entre o educando e as informações disponíveis na internet, para que desse modo, os educandos possam estar motivados a gerar novos conhecimentos de forma significativa em qualquer disciplina (BRASIL, 2002). Segundo Díaz Bordenave (2008, p.33), “a chamada instrução programada é uma aplicação da teoria do condicionamento de respostas operantes e serve para o ensino de qualquer disciplina acadêmica”.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Utilizando uma abordagem de pesquisa qualitativa de raciocínio indutivo, de cunho interpretativista, e exploratória quanto aos seus objetivos. Utilizou-se de um questionário, como instrumento de coleta de dados dos registros pessoais, aplicado a quarenta alunos do curso de Secretariado Executivo da UFRR, sendo 23 alunos calouros e 17 graduandos.

Também foi adotada uma pesquisa bibliográfica como parte fundamental para a composição da revisão do referencial teórico, buscando coletar informações acerca das TICs, dos sujeitos e processo ensino-aprendizagem.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os procedimentos adotados para a realização deste estudo deu-se início a partir da observação de três calouros sobre a importância do uso das TICs dentro e fora da sala de aula como recursos de efetivação do aprendizado dos conteúdos ministrados. Durante dois meses foram realizadas pesquisas bibliográficas, aplicação de um questionário para coleta dos dados que registraram o ponto de vista de quarenta alunos do curso de Secretariado Executivo da UFRR sobre a importância das TICs para a qualidade de sua formação e amadurecimento sociocultural no âmbito universitário. Quando indagados sobre o estimulo dado pelos professores quanto ao uso das TICs em sala de aula para resolver exercícios ou fazer pesquisa, 80% dos entrevistados afirmaram que os professores adotam e estimulam o uso desses recursos para facilitar o aprendizado dos alunos, destacando que são desenvolvidas atividades motivadoras propostas pelos professores para que os alunos tenham consciência da importância do uso das TICs como ferramenta de formação continuada. Em contra partida 100% dos entrevistados afirmaram fazer uso das TICs e que não têm dificuldades de operacionaliza-las.

Nesta afirmativa, ratifica-se que toda aprendizagem significativa se baseia em

aprendizagens anteriores desenvolvidas por elementos de interação que superam barreiras

desmotivadoras, pois os entrevistados demonstraram que sabem manusear e aceder a

diferentes TICs. Pois se constatou que a maioria possui estas ferramentas, sendo o celular

100% de maior uso e praticidade para efetuar pesquisas, o computador e internet ficou em

segundo lugar com 85% de efetividade, considerando que alguns alunos ainda não

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disponibilizam deste recurso em casa. Constatou-se, ainda, que pela facilidade de acesso à informações para pesquisa e comunicação por meio das redes sociais (grupos no whatsapp e E-mail) a maioria, ou seja 85%, dos entrevistados tem por preferência estudar sozinho, sociabilizando o conhecimento ou respostas de exercícios por meios das TICs.

Observou-se que as TICs vêm impactando não somente na vida social e cultural dos alunos, mas também está desenvolvendo competências e habilidades que permeia em suas ações de relações sociais por meio das redes sociais, assim como também em ambientes de trabalho, e nos processos de produção e desenvolvimento do conhecimento acadêmico.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As novas tecnologias da informação e comunicação (TICs) permeiam o cotidiano, independente do espaço físico, criando uma dependência para relacionamentos sociais e que também devem ser analisadas no espaço escolar como ferramenta de inserção a sites provedores de informações antigas e atuais que possam ser úteis na formação acadêmica e amadurecimento sociocultural do aluno. Portanto, entende-se por oportuno e imprescindível o uso das TICs no processo de ensino-aprendizagem, considerando alguns motivos para sua utilização, tais como: melhora a aprendizagem continuada, ajudam na aprendizagem de alunos com deficiência de atenção em sala de aula, permitem que se aprenda em qualquer hora e lugar, facilitam o aprendizado personalizado, além de melhorar a comunicação entre seus pares e professores.

REFERÊNCIAS

BRAGA NORTE, Mariângela. Estudo cooperativo e auto-aprendizagem de línguas estrangeira por meio de tecnologias de informação e comuicação/internet. In: BARBOSA, Rommel Melgaço. Ambientes virtuais de aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2005.

BELLONI, Maria Luiza. Educação a distância. 2.ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2001.

BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais:

ensino médio (PCN). Brasília: MEC; SEMTEC, 2002.

CARVALHO, José Sérgio Fonseca de. O conceito de ensino. Revista Educação, 2011.

Disponível em: https://www.revistaeducacao.com.br/o-conceito-de-ensino/ acessado em:

30/maio/2019.

DÍAZ BORDENAVE, Juan. Estratégias de ensino-aprendizagem. 29 ed. Petrópolis, RJ:

Vozes, 2008.

MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo:

EPU, Editora Pedagógica e Universitária Ltda., 1986.

ROSINI, Alessandro Marco. As novas tecnologias de informação e a educação a distância.

2.ed. São Paulo: Cengage Learning, 2013.

Referências

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