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TÍTULO: JUSTIÇA DE TRANSIÇÃO E O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO: AVANÇOS E RECUOS NA EFETIVAÇÃO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS NO BRASIL

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Academic year: 2022

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Realização: IES parceiras:

TÍTULO: JUSTIÇA DE TRANSIÇÃO E O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO: AVANÇOS E RECUOS NA EFETIVAÇÃO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS NO BRASIL

CATEGORIA: EM ANDAMENTO

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: Direito

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE UBERABA - UNIUBE AUTOR(ES): LUCAS SAMUEL DE MENESES NAVES ORIENTADOR(ES): ADELINO JOSÉ DE CARVALHO DIAS

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1. RESUMO

O trabalho trata da análise do papel da Justiça de Transição e sua importância na construção do paradigma de um Estado Democrático de Direito, visto que tal projeto de Estado ainda não foi efetivamente consolidado no Brasil, devido, em grande parte, à fragilidade do processo de transição de um regime autoritário para um regime democrático.

2. INTRODUÇÃO

Inicialmente, é possível garantir que o trabalho em análise possui uma temática de importância e relevância, já que existe a problematização a respeito da implementação da Justiça de Transição no Brasil na atualidade. A justiça de transição é a passagem de um regime em que há inúmeras e graves violações de direitos, como uma ditadura, para um regime democrático de direito. Desse modo, a pesquisa em questão contribui para a melhor compreensão de seu significado e suas nuances, além de valorizar os estudos desta temática em específico, já que é pouco comum nos cursos de graduação. Outrossim, o aumento do conhecimento de tal assunto poderá contribuir, também, para ampliar as chances de efetivação e concretização de direitos fundamentais dos indivíduos e grupos vulneráveis. Isso se deve ao fato da Justiça de Transição possuir aspectos fundamentais à vida das pessoas, mas que são pouco conhecidos na sociedade, quais sejam: providenciar a junção de alternativas para superar um regime autoritário e construir uma ordem democrática e garantidora de Direitos Humanos, promover o direito à memória e à verdade, providenciar reformas institucionais, proporcionar reparações simbólicas e financeiras, além de assumir as responsabilidades por atos praticados no período autoritário.

3. OBJETIVOS

Em primeiro plano, é válido ressaltar que , devido ao baixo “sentimento democrático”

presente na sociedade brasileira atual, o projeto tem como escopo inicial

compreender a extensão da Justiça de Transição e o seu papel para consolidação

de um efetivo Estado Democrático de Direito, já que, em regra, nas graduações

acadêmicas, o significado de Justiça de Transição é precário e superficial. Ademais,

a pesquisa em destaque busca compreender melhor as políticas que envolvem a

temática, juntamente com a necessidade de conhecer a origem dos dispositivos

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legais que ampararam o desenvolvimento da Justiça de Transição, além da intensa necessidade de analisar a atuação do Estado, no tocante à promoção de políticas públicas que visam (e/ou visaram) a implementação de um Estado Transicional de Direito. Por fim, pode-se afirmar, inclusive, que um dos objetivos é compreender melhor o objeto, o paradigma, com fins de divulgação dos resultados parciais da pesquisa à comunidade acadêmica interna e proporcionar apresentação de um projeto no programa de pós-graduação stricto sensu , na área da educação e/ou do direito.

4. METODOLOGIA

Em sede de iniciação científica desenvolvida na instituição, a pesquisa se ampara em contribuições teóricas voltadas para a área, sustentando-se, para tanto, em autores do Direito, da História, da Filosofia, da Sociologia e de outras ciências sociais que contribuem para o tema, realizando revisão de literatura e com pretensão de se caracterizar como pesquisa bibliográfica e documental, com abordagem qualitativa. As principais fontes de informação foram os fundamentos teóricos do Direito Constitucional, apoiados por autores de referência na área que se ocuparam de uma reflexão mais próxima acerca dos Direitos Fundamentais no Brasil após 1960. Com a mesma importância como fonte foi identificada a legislação brasileira produzida ao longo do período investigado, especialmente a regulamentação jurídica que envolve o período de transição do regime democrático para o regime ditatorial e a posterior reconstrução do primeiro e, por fim, os estudos realizados sobre a Justiça de Transição sobre os documentos produzidos pelas Comissões de Verdade que surgiram no Brasil nos últimos anos.

5. DESENVOLVIMENTO

O desenvolvimento da Justiça de Transição no Brasil precisa de melhor

compreensão no país por parte daqueles que se encontram tanto em espaços

escolares quanto em espaços não escolares. Diferentemente dos países da América

Latina, no Brasil o processo não avançou por diversos fatores próprios de um

passado recente marcado por gravíssimas e sistemáticas violações de Direitos

Humanos, o que se impõe como um obstáculo presente para a construção de uma

sociedade mais democrática, merecendo, também por essa razão, melhor

compreensão de sua importância. O estudo do tema problematiza a reparação das

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vítimas atingidas pelo regime autoritário, a busca pela verdade e a construção da memória em relação a este período, além da efetivação da justiça e da reforma de instituições do Estado.

6. RESULTADOS PRELIMINARES

Foram desenvolvidos fichamentos, resumos, análises das obras relacionadas à temática da pesquisa, grupo de estudos sobre o assunto, participação em palestras e participação em eventos. Outrossim, foi possível estreitar os lanços entre a temática e os acadêmicos de Direito, por meio de apresentações do projeto de iniciação científica, em ambiente virtual e aberto aos discentes, valorizando o estudo deste tema em particular. Desse modo, considerando que o tema é, infelizmente, pouco debatido nos espaços escolares e não escolares, o estudo que se realiza tem potencial para fortalecer o processo educativo de feição mais emancipadora no âmbito em que se desenvolve e anuncia como um dos seus objetivos a preparação de oficinas pedagógicas envolvendo a comunidade acadêmica, em especial dos cursos de Direito ofertados na cidade de Uberlândia/MG.

7. FONTES CONSULTADAS

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