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Aimplementação das infraestruturas

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Academic year: 2021

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A

implementação das infraestru-turas de carregamento de veícu-los elétricos (VEs) é uma tarefa complexa, haja vista a necessidade de otimização de objetivos conflitantes. A principal meta é maximizar a con-veniência do condutor do VE para uti-lizar a infraestrutura de carregamento disponível e a capacidade da rede local da forma mais eficiente possível.

A figura 1 exibe problemas técnicos que o carregamento de VEs em larga escala pode causar quando realizado de maneira descontrolada. Em primeiro lugar, o transformador MT/BT pode ser sobrecarregado se a demanda total de eletricidade exceder sua capacidade. Além disso, um único alimentador pode ser sobrecarregado — por exemplo, se muitos VEs forem carregados na

mesma rua. Finalmente, as últimas casas conectadas ao cabo podem enfrentar problemas no nível de tensão devido às cargas pesadas corresponden-tes aos VEs durante o período de recarga. O Operador do Sistema de Dis -tribuição (OSD) pode evitar tais proble-mas técnicos por meio do controle do processo de carga, otimizando o uso da rede e facilitando a integração das fontes de energia renováveis (RES Re -newable Energy Sources). Dessa forma, investimentos adicionais, necessários para o carregamento de VEs em larga escala, podem ser evitados ou, pelo menos, minimizados. Isso é definido como “carregamento inteligente” pela Eurelectric [2].

Em uma abordagem eficiente dessas questões técnicas, o carregamento inte-ligente representa uma estratégia pro-missora (ou seja, pela limitação dos investimentos relacionados à capacida-de extra da recapacida-de). No entanto, a imple-mentação do carregamento inteligente em um contexto liberalizado requer uma interação e troca de informações correspondentes entre OSDs, pontos de carga, VEs, condutores de VEs, forne-cedores de energia e, possivelmente, novos participantes/funções do merca-do (entres estes, um provemerca-dor de servi-ços de carregamento (CSP - Charge

Tecnologia da

informação e

comunicação

para recarga

inteligente

Este artigo apresenta

uma arquitetura de

tecnologia da informação

e comunicação flexível,

com privacidade de

dados, para o carregamento

inteligente de veículos

elétricos, implementada

para demonstração

pelo operador do

sistema de distribuição

holandês. Seu objetivo

é incorporar infraestruturas

públicas de recarga ao

mercado de eletricidade

liberalizado.

Carlos Montes Portela (Enexis/Universidade Aberta da Holanda), Danny Geldtmeijer (Enexis/Universidade Avans de Ciências Aplicadas), Han Slootweg (Enexis/Universidade de Tecnologia de Eindhoven) e Marko Van Eekelen (Universidade Aberta da Holanda/ Universidade Radboud de Nijmegen) - Holanda

VEÍCULOS ELÉTRICOS

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Service Provider), que lida com o aten-dimento à solicitação de carga do con-dutor do VE, e um operador dos pontos de carga (CSO Charge Spot Opera -tor), que lida com a operação dos pon-tos de carga).

Sem adoção de medidas, pontos de carga de VEs podem ser derivados ao longo do tempo. Se estes locais pude-rem ser associados aos condutores dos VEs, isso representaria uma fonte de dados sensíveis em termos de privacida-de, uma vez que revelaria a posição des-tes. A partir de experiências negativas acerca de privacidade obtidas durante a implementação em larga escala de medidores inteligentes na Holanda, isso pode se tornar um problema para o con-ceito do carregamento inteligente. Além disso, o interesse dos hackers e grupos comerciais nos dados sigilosos

aumenta a probabi-lidade de divulgação. Pa ra lidar com essas questões, a privaci-dade e a segurança devem ser conside-radas desde o início (privacidade e segu-rança by design). Este trabalho foca principalmente as -pectos de privacidade. O fato de o mo -delo de mercado pro posto para o car-regamento público de VEs ainda estar em fase de evolução requer uma ar-quitetura de Tecnologia da Informa-ção e ComunicaInforma-ção (TIC) flexível o suficiente para suportar alterações futuras.

Para facilitar a compreensão deste artigo, a figura 2 apresenta o modelo de mercado proposto para o carregamento público de VEs [1], mostrando uma interação entre as diferentes funções existentes (em azul claro) e as novas possíveis (em verde). Observe que o “provedor de serviços de mobilidade” foi renomeado para “provedor de servi-ços de carregamento” visando o alinha-mento com os esforços de padronização da Europa sobre carregamento de VEs e, mais especificamente, com o caso de uso genérico sobre carregamento inteli-gente de VEs [4], para o qual o projeto

de demonstração de carregamento inte-ligente da Enexis tem sido usado como input.

Roteiro para uma arquitetura TIC flexível e amigável com

privacidade de dados para o carregamento inteligente de VEs

Esta seção explica as principais características do caso de uso do carre-gamento inteligente de VEs. Além disso, são apresentados os métodos uti-lizados no projeto de demonstração da Enexis para implementação de uma arquitetura TIC que considera requisi-tos relacionados à flexibilidade e priva-cidade do caso de uso do carregamento inteligente.

Como é o caso de uso do carregamento inteligente?

Consiste de interações entre vários agentes, as quais são mostradas na figu-ra 3 em um diagfigu-rama de caso de uso UML (Unified Modeling Language).

No projeto de demonstração, cada VE/condutor do VE tem um CSP. Quando o VE chega em um ponto de carga, ele expressa seu desejo de carre-gamento para o respectivo CSP, incluin-do informações como o estaincluin-do da carga (SoC - State of Charge) da bateria, mon-tante de quilômetros/energia solicitado e tempo de partida (ToD Time of De -parture). Com base nessas informações, o CSP cria um plano de carga para o VE, submetendo-o ao CSO. Este, por sua vez, encaminha a solicitação ao OSD para aprovação, e o OSD então compartilha a capacidade disponível de forma justa, razoável e não discrimina-tória (Frand - Fair, Reasonable And Non-Discriminatory). Se estiver de acordo com as restrições da rede local, o plano de carga é executado. Do contrá-rio, o plano de carga pode ser recalcula-do de acorrecalcula-do com as informações rece-bidas sobre a previsão da capacidade da rede local. O CSP pode então criar novo plano de carga baseado nas negociações efetuadas com o condutor do VE que fez a solicitação e/ou outros condutores de VEs da mesma área da rede. Em seguida, o CSP pode alterar o plano de carga, ou um conjunto de planos de carga ativos no local, em concordância com os respectivos condutores de VEs.

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Fig. 1 – Problemas técnicos relacionados ao carregamento de VEs em larga escala descontrolado

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Requisitos de flexibilidade e métodos aplicados

A flexibilidade no domínio do carre-gamento inteligente é necessária devido à evolução do modelo de mercado da recarga de VEs. No modelo proposto, um condutor de VE poderá escolher seu CSP.

Para promover um mercado livre e flexível, onde haja facilidade para intro-dução de novos participantes, os fluxos de informações que facilitam o carrega-mento inteligente de VEs precisam ser projetados de forma independente do participante. Essas interfaces de informa-ções não podem impor quaisquer barrei-ras para os (novos) participantes do mer-cado, assim como não podem exigir opções de projeto (tecnológico) para os sistemas TIC internos dos participantes do mercado. Além disso, os fabricantes dos componentes do carregamento inteli-gente e software correspondente preci-sam saber interagir com os diferentes participantes. Exemplos des ses compo-nentes são: pontos de carga, VEs, dispo-sitivos de interação com o usuário do VE e dispositivos das TICs internas às subes-tações MT/BT do OSD. Dessa forma, os fabricantes têm flexibilidade para fazer suas próprias es colhas da TIC (por exem-plo, Java vs. .Net, tipo de ban co de dados relacional, arquiteturas centralizadas ou menos cen tralizadas, data centers pró-prios ou soluções baseadas na nuvem, etc.) sem receio de não ter capacidade para se conectar a outros participantes do mercado.

Considerando que o número de parti-cipantes do mercado, como CSPs, CSOs e condutores de VEs, deve aumentar no futuro, a arquitetura TIC para carrega-mento inteligente tem de facilitar esta evolução. As setas azuis da figura 4 mos -tram os fluxos de informações entre os participantes e destaca a necessidade de as interfaces entre eles serem genéricas. Caso contrário, o CSP 1 precisaria, por exemplo, implementar diferentes solu-ções TIC para sua interação com o CSO 1 e CSO 2. A entrada do CSO 3 no mer-cado poderia gerar mudanças em todos os CSPs existentes. Como solução, um conjunto de serviços da Web foi projeta-do e implementaprojeta-do. Basica men te, os ser-viços Web permitem uma abordagem agnóstica da tecnologia para intercâmbio de informações via Internet. Isso é feito

através das mensagens SOAP - Simple Object Access Protocol (Protocolo Sim -ples de Acesso a Objetos), que contêm informações funcionais que precisam ser enviadas em ambos os sentidos. Os

seguintes serviços Web foram proje-tados: create EVChar gePlan (“criar um pla no de carga para o VE”) entre CSP e CSO para executar o plano de car-ga apropriado; executeEVChargePlans

VEÍCULOS ELÉTRICOS

Fig. 3 – Diagrama do caso de uso UML do carregamento inteligente

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(“exe cutar os planos de carga dos VEs”) entre CSO e OSD para executar todos os planos de carga pertencentes a um CSP; e ex pressChargeWish (“expressar o dese-jo de carga”) entre o condutor do VE e CSP para troca da solicitação de carga do condutor do VE. Os serviços da Web podem ser descritos através das lingua-gens WSDLs - Web Services Descrip tion Language, que possibilitam definir um “contrato” entre todos os participantes envolvidos, estabelecendo quais infor-mações precisam ser enviadas e quais serão recebidas de volta. No en tanto, isso não implica o uso de uma tec nologia específica para o participante (ou seja, o CSP 1 pode implementar sua TIC com linguagem de programação Java e o CSO 2 com C# na .Net, e ainda assim poderão interagir um com o outro). Da mesma forma que a eletricidade provou ser fácil de se transmitir e distribuir, pode-se dizer que isto também vale para os serviços da Web em relação à troca de informações. Atual mente, os serviços Web estão ganhando impulso no mundo da energia, conforme refletido na norma IEC 61400-25, relacionada aos projetos de energia eólica, e outras iniciativas [5].

Funcionalmente, os serviços Web foram projetados para habilitar o CSO a executar suas tarefas sem conhecer em

qual alimentador e transformador da su -bestação MT/BT seus pontos de carga estão conectados. Aqui, as funções do CSO e do OSD são claramente separa-das: o CSO pode focar na gestão dos pon tos de carga e o OSD, na gestão da rede sem necessidade de divulgar sua topologia.

Requisitos de privacidade e métodos aplicados

Apesar de os principais objetivos do projeto de demonstração do carregamen-to inteligente não estarem relacionados à privacidade, a OSD Enexis aproveitou a oportunidade para obter experiência prá-tica com a privacidade no domínio dos VEs. Para a Enexis, o carregamento inteligente de VEs representa um caso de uso promissor na rede inteligente do futuro; para uma implementação com sucesso, portanto, é necessário obter uma soma positiva da funcionalidade, privacidade e segurança.

De acordo com [6], basicamente duas estratégias podem ser aplicadas no pro-jeto da privacidade de uma solução: pri-vacidade por política e pripri-vacidade por arquitetura (atualmente referida como privacidade by design). Neste caso, a abordagem da privacidade by design foi escolhida, uma vez que no projeto do

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sistema são aplicados processos de pri-vacidade by design, com menos ou nenhum dado sensível em termos de pri-vacidade. Além disso, sendo um projeto de demonstração, representa uma exce-lente oportunidade para a definição de medidas de preservação da privacidade no desenvolvimento da solução. No caso de uso do carregamento inteligente, podem ser encontrados os seguintes dados sigilosos: informações relativas às solicitações de carga dos condutores dos VEs, locais de carga dos VEs ao longo do tempo, planos de carga executados em combinação com os VEs correspon-dentes e medições de energia detalhadas nos pontos de carga em combinação com os VEs correspondentes. A aplica-ção de estratégias do projeto de privaci-dade pode melhorar a característica ami-gável da privacidade do resultado final. Durante a fase de concepção do projeto de demonstração, foram aplicadas as seguintes estratégias do projeto de priva-cidade: MINIMIZE (minimizar), SEPA-RATE (separar), AGGREGATE (agre-gar) e HIDE (ocultar) [7]. MINIMIZE é obtida minimizando ou até mesmo evitando o processamento e armazena-mento de dados sigilosos; SEPARATE é obtida por meio da separação do pro-cessamento e armazenamento de infor-mações entre os diferentes participan-tes de forma que cada um, e somente um, conheça aquilo que precisa conhe-cer; AGGREGATE é conseguida pela agregação de dados e seu uso em um nível menos detalhado, embora ainda sendo útil; e HIDE é obtida pela prote-ção de dados para evitar o acesso não autorizado.

Resultados

Como resultado dos métodos aplica-dos, foi desenvolvida uma solução de privacidade amigável para o projeto de demonstração de carregamento inteli-gente: os CSPs conhecem apenas a soli-citação de carga de seus consumidores (condutores dos VEs), mas não as res-pectivas localizações; os CSOs sabem que um VE precisa ser carregado por um determinado CSP em um determinado ponto de carga, mas não sabem a qual VE/condutor de VE isso está relaciona-do; o OSD lida com a solicitação de carga, protegendo a rede local contra congestionamentos, sem saber a qual

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Fig. 5 – Representação da solução do carregamento inteligente com privacidade amigável

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VE/condutor de VE isso está relaciona-do; e, por último, mas não menos impor-tante, os pontos de carga executam as solicitações de carga, “esquecendo-as” posteriormente. A tabela I (pág. 40) exi -be as diferentes estratégias que foram aplicadas por função do mercado.

Além das medidas de privacidade avançadas, foi implementada uma arqui-tetura orientada a serviços dissociada e parcialmente baseada na nuvem visando obter a flexibilidade necessária. O resul-tado final é apresenresul-tado na figura 5.

Conclusão

A introdução dos VEs gera tanto desafios quanto oportunidades. Este artigo mostrou que é possível imple-mentar uma arquitetura TIC flexível o suficiente para lidar com as interações entre os participantes no domínio do carregamento inteligente. Além disso, ela é escalável para suportar um nú-mero crescente de VEs, CSOs e CSPs e promove a interoperabilidade entre os participantes, propiciando ao mesmo tempo a liberdade de escolha em

rela-ção às implementações de TICs internas. A aplicação da privacidade by design forneceu uma soma positiva de funcio-nalidade e privacidade para o caso de uso do carregamento inteligente. Ape sar de toda a TIC aplicada, o carregamento inteligente de VEs permanece tão ami-gável em termos de privacidade quanto no abastecimento convencional de veí-culos com motor de combustão.

Discussão

Restrições técnicas provocaram dife-renças entre a concepção e a implemen-tação real do projeto de demonstração. Por exemplo, os pontos de carga atuais da Holanda solicitam que os VEs enviem seus IDs para o ponto de carga em vez de serem baseados na privacida-de avançada sugerida, “ChargeSession-Id”, gerada pelo CSO.

Além disso, as restrições do sistema de produção do CSP levam a mudanças na implementação final. No entanto, achamos que isto não afeta o conceito esboçado de uma arquitetura TIC flexí-vel e amigáflexí-vel com privacidade de

dados, uma vez que as restrições podem ser devidamente abordadas em uma implementação do carregamento inteli-gente em larga escala.

Referências

[1] Geldtmeijer, Danny; Hommes, Klaas; Postma, André, 2011:

Charging EVs in a liberalized electricit y market. Proceedings

Cired Conference, paper 0889.

[2] Eurelectric, 2011: European electricit y industr y views on

charging Electric Vehicles, A Eurelectric position paper.

h t t p : / / w w w. e u r e l e c t r i c . o r g / m e d i a / 2 6 1 0 0 / 2 0 1 1 0 4 -18_final_charging_statement-2011-030-0288-01-e.pdf, chapter 2.

[3] Rehtanz, Christian; Wietfeld, Christian, 2011: Presentation

Interoperabilität als Schlüssel zur Integration der Elektromobilität in die Netzsysteme der Zukunft. Technische

Universität Dor tmund and IKT.

[4] Postma, André; Klapwijk, Paul; Montes Por tela, Carlos; Wollersheim, Maurice, 2012: Repor t Workgroup Sustainable Processes under mandate M/490, Generic use case WGSP-1300 Smar t (re-/de-) Charging of EVs

[5] Fries, Stefan; Hof, Hans-Joachim, 2012: Smar t Grid

Applications - Wiley, Communications and Securit y, Chapter 12 - Smar t Grid Securit y Standardization

[6] Spiekermann, Sarah; Cranor, Lorrie Faith, 2009: Engineering

privacy. IEEE Transaction on Soft ware Eng., 35(1):67–82.

[7] Hoepman, Jaap-Henk, 2012: Privacy Design Strategies, Computers and Societ y/Cr yptography and Securit y, Cornell Universit y - ht tp://arxiv.org/pdf/1210.6621.pdf

Trabalho apresentado no Cired 2013 - 22st International Conference on Electricity Distribution, realizado de 10 a 13 de junho, em Estocolmo, Suécia.

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