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BOLETIM DO LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 12 - Nº143 - Maio de 2006

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Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP

Ano 12 - Nº143 - Maio de 2006

Indústrias trabalham

com 67% de

sua capacidade

Mercado de Insumos

P

ág

. 06

e

07

Em maio, 29 litros de leite

compravam um saco de milho.

Preços de exportação recuam 8,52%

em 12 meses, mas volume

segue crescente.

Mercado Externo

P

ág

. 02

Qualidade do Leite

Sistema de gestão somado a

trabalho sério de toda a equipe

garante aumento do lucro da

propriedade.

P

ág

. 03

BOLETIM DO LEITE

Centro de Estudos Avançados em

Economia Aplicada - ESALQ/USP

(2)

Os preços recebidos pelos exportadores brasileiros de lácteos em moeda nacio-nal não são os melhores dos últimos 12 meses. Pelo contrário, os R$ 3,68/kg recebidos em abril são 8,52% menores que a média recebida em abril do ano passado. Em dólar, as cotações se man-têm crescentes, mas o câmbio impede que os exportadores brasileiros também mantenham crescentes suas receitas em reais. Mesmo assim, nos quatro primei-ros meses deste ano, a receita total de laticínios e cooperativas com as expor-tações é 70,8% maior que a do mesmo período de 2005 (jan a abril).

Veja o Gráfico 1, que apresenta a evolução do Índice de Preços de Exportação Lácteo (IPE-L/Cepea). Este Índice representa o preço médio obtido por uma cesta de pro-dutos – leite fluido, em pó, leite conden-sado, queijos e iogurtes – exportados. A explicação para o crescimento das ex-portações, mesmo com a queda dos pre-ços em reais, está no volume produzido. Não é possível ao setor lácteo brasileiro – considerando todos os elos – deixar de lado as exportações, mesmo que essas negociações remunerassem menos que

as vendas internas, em um momento ou outro. O aumento da oferta interna seria tal que pressionaria excessivamente as cotações em todos os segmentos, desmo-tivado a produção e gerando fortes impac-tos sociais.

É fácil perceber, através do Gráfico 2, que as exportações de leite, desde 2000, mantêm uma tendência de crescimento, independente dos períodos em que o Real estava supervalorizado. Nota-se também que as importações acumuladas de janeiro

C

onjuntura

M

aCroeConôMiCa

e

xportações

estão

71%

Maiores

neste

ano

Gráfico 1: Preços médios de exportação de produtos lácteos (IPE-L/Cepea)

Fonte: Cepea/Esalq-USP

Por Humberto F. Spolador , Equipe de Macroeconomia Cepea - Esalq/USP

e-mail: macrocepea@esalq.usp.br

2

IPE-Lácteo US$/kg IPE-Lácteo R$/kg

U$1,73 U$1,91 R$ 3,68 R$ 4,11 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50 ja n /0 3 m a r/ 0 3 m a i/ 0 3 ju l/ 0 3 s e t/ 0 3 n o v /0 3 ja n /0 4 m a r/ 0 4 m a i/ 0 4 ju l/ 0 4 s e t/ 0 4 n o v /0 4 ja n /0 5 m a r/ 0 5 m a i/ 0 5 ju l/ 0 5 s e t/ 0 5 n o v /0 5 ja n /0 6 m a r/ 0 6

IPE-Lácteo US$/kg IPE-Lácteo R$/kg

U$1,73 U$1,91 R$ 3,68 R$ 4,11 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50 ja n /0 3 m a r/ 0 3 m a i/ 0 3 ju l/ 0 3 s e t/ 0 3 n o v /0 3 ja n /0 4 m a r/ 0 4 m a i/ 0 4 ju l/ 0 4 s e t/ 0 4 n o v /0 4 ja n /0 5 m a r/ 0 5 m a i/ 0 5 ju l/ 0 5 s e t/ 0 5 n o v /0 5 ja n /0 6 m a r/ 0 6

e por Marianne Shiguematsu Equipe Leite Cepea - Esalq/USP

e-mail: leitecepea@esalq.usp.br $-$20.000 $40.000 $60.000 $80.000 $100.000 $120.000 $140.000 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Exportação Importação

Gráfico 2: Valor das exportações e das importações do setor lácteo no acumulado de janeiro a abril de cada ano - 2000 a 2006. (em mil US$)

a abril vinham em tendência de diminui-ção até 2004, passando a haver aumento das importações a partir de então. Nos primeiros quatro meses deste ano, o balanço de exportação e importação mostra-se positivo. O Brasil exportou US$ 51,5 milhões e importou US$ 47,0 milhões. Em volume, foi importado o equivalente a 146 milhões de litros e exportados 285 milhões de litros. Ou seja, houve uma retirada do mercado doméstico equivalente a 139 milhões de litros. Contudo, ao se comparar o saldo dos primeiros quatro meses ao do mesmo período do ano passado, observa-se um aumento de 6,57% nas importações, principalmente dos derivados na formas de fluido e em pó.

Portanto, atualmente, para os laticínios e cooperativas tem compensado exportar seus produtos. Contudo, vale ressaltar que não se trata de uma regra: cabe a cada cooperativa/laticínio analisar, antes do negócio, tanto a taxa de câmbio vigente como as cotações do dólar no mercado fu-turo, na BM&F, para que quando realizar o negócio, em moeda nacional, não sofra prejuízos inesperados.

(3)

Q

ualidade

do

l

eite

A Fazenda Vertente, localizada em Uberlândia/MG, é um exemplo da cons-tante busca pela eficiência e sucesso no negócio.

Seu proprietário, Luiz Fernando de Oliveira, foi um dos primeiros alunos a participarem do treinamento MDA. No ano de 2002 ele e o seu veterinário, Paulo Guimarães, tiveram contato pela primeira vez com a Clínica do Leite e em especial com o Sistema MDA de Gestão de Fazendas.

Na ocasião a fazenda possuía cerca de 75 vacas em lactação com produção média de 25 kg/vaca.dia. Adotava sistema de pastejo no verão e confinamento durante o inverno.

A partir da participação no treinamento, a fazenda começou a adotar os conceitos de gestão e planejamento que foram en-sinados. Além disso, adotaram algumas ferramentas gerenciais como o Software Agenda e as análises de leite para avalia-ção da sanidade da glândula e avaliaavalia-ção nutricional.

Com o passar do tempo, a fazenda foi mostrando sinais de melhora através dos indicadores de eficiência zootécnica e financeira.

Em meados de 2004, a fazenda redefiniu o seu sistema de produção e passou a adotar confinamento durante todo o ano. A média de produção por vaca em 2005 ficou próxima a 32 kg/vaca.dia. A porcentagem de vacas em lactação passou de 78 para quase 90 % no mesmo período.

Já o equivalente adulto de produção, ou seja, a produção de leite em 305 dias de

lactação, passou de 7.000 kg para 9.000 kg.

Sem dúvida alguma, foi um ganho em produção muito significativo e que aca-bou refletindo no aspecto financeiro. Apesar de a margem líquida ter diminu-ído em 2005, a fazenda passou a ter um maior retorno sobre o capital.

O lucro anual foi duas vezes maior do que em 2001.

G

estão

de

e

xplorações

l

eiteiras

: e

studo

de

C

aso

Laerte Dagher Cassoli Prof. Paulo F. Machado Ana Carolina Rodrigues Departamento de Zootecnia - Esalq/USP

E-mail: cleite@esalq.usp.br

3

Indicadores financeiros 2001 2005 Retorno sobre capital 3,2% 4,0% Margem líquida 13,8% 6,7% Litros/Funcionário.ano 139.086 219.345 Lucro Total R$ 25.975,65 R$ 46.453,00

Ano

Equivalente Adulto (kg leite/305 dias)

4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000 11000 12000 K g le ite

MAIO/02 JULHO/04 ABRIL/05 OUTBRO/05 Produção de leite (kg/vaca.dia)

20 22 24 26 28 30 32 34 36 K g/ di a

MAIO/02 JULHO/04 ABRIL/05 OUTBRO/05 Porcentagem de vacas em Lactação

60 65 70 75 80 85 90 95 100 % V ac as La ct aç ão

MAIO/02 JULHO/04 ABRIL/05 OUTBRO/05

Poderia ser questionada se tal melhoria de desempenho ocorreu unicamente em função da implantação do Sistema MDA. A resposta seria NÃO. O Sistema MDA teve papel importante neste processo, mas os resultados se fazem através de ações e muito trabalho de toda a equipe da fazenda. O comprometimento de todos os colaboradores da fazenda, do proprie-tário e técnico foram fundamentais.

(4)

A produção de leite nos quatro primeiros meses deste ano é 4,78% superior à do mesmo período de 2005, conforme aponta o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L). Contu-do, em abril, o volume captado foi um pouco menor que em março. De 109,31

o ICAP-L/Cepea caiu para 108,10, uma redução de 1,11% neste período. Nova-mente, se comparado a abril de 2005, quando o ICAP-L estava em 103,67 pontos, nota-se um aumento de 4,27% no volume captado pelas cooperativas e laticínios nos últimos 12 meses. Com esse volume captado, o CEPEA estima que 67% da capacidade dos laticínios e cooperativas estariam em atividade, em abril, tendo portanto uma ociosidade média de 33% neste período de entressafra.

O aumento no volume nos últimos 12 meses repercute diretamente nos

M

erCado

de

leite

a

o

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rodudor

M

aio

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ndústrias

trabalhaM

CoM

67%

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CapaCidade

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abril

Por Leandro A. Ponchio, Equipe Leite Cepea - Esalq/USP E-mail: leitecepea@esalq.usp.br ICAP-L/CEPEA-Esalq/USP IBGE - PTL 103,67 109,31 115,30 108,10 80,00 85,00 90,00 95,00 100,00 105,00 110,00 115,00 120,00 125,00 130,00 ju n/ 04 ju l/0 4 ag o/ 04 se t/0 4 ou t/0 4 no v/ 04 de z/ 04 ja n/ 05 fe v/ 05 m ar /0 5 ab r/0 5 m ai /0 5 ju n/ 05 ju l/0 5 ag o/ 05 se t/0 5 ou t/0 5 no v/ 05 de z/ 05 ja n/ 06 fe v/ 06 m ar /0 6 ab r/0 6

Gráfico 1 -

ICAP-L – Índice de Captação de Leite (Junho de 2004 = 100)

4

preços pagos aos produtores. Há 12 meses, o preço pago aos produtores, na média dos sete estados pesquisados pelo Cepea, era de R$ 0,5901/litro, o que equivaleria hoje – levando-se em conta a inflação medida pelo IPCA – a R$ 0,6145/litro. Entretanto, os preços pagos aos produtores em maio, refe-rente ao leite entregue em abril, ficou em R$ 0,4937/litro, também na média nacional.

A queda real para o produtor de leite, portanto, é de 19,65% nos últimos 12 meses, percentual significativo e que pressiona ainda mais os produtores a obterem ganhos de produtividade. Ga-nhos que poderiam ser obtidos por um melhor acesso a crédito assim como a formas de financiamento viáveis para a produção, uma vez que tecnologia, área e rebanho o Brasil já possui.

Analisando as cotações ao produtor regionalmente, em maio, somente os estados de Santa Catarina (3,72%), Paraná (4,71%) e São Paulo (4,62%) registraram aumentos acima da média nacional, que foi de 3,44% frente a abril. Já no Rio Grande do Sul (2,49%), Minas Gerais (2,74%) e Goiás (3,18%), os reajustes foram ligeiramente infe-riores à média. Na Bahia foi observado manutenção dos preços.

Fonte: CEPEA - Esalq/USP

% utilizado da capacidade máxima diária

Em 12 meses,

oferta aumenta 5% e

produtor recebe

quase 20% a menos.

UtILIzAção dA CAPACIdAdE dE

ProCESSAmEnto dAS IndúStrIAS LáCtEAS

A B R I L

a

Guarde

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epea

para

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(5)

Preços pagos em

maio/06

ao produtor

referentes ao

leite entregue em Abril/06

- r$/litro tipo C

mesorregiões do

PArAná

Centro Oriental

Paranaense ParanaenseOeste Norte CentralParanaense Média EstadualPR Mín.1 Máx.1 Méd.1 Méd.2 0,493 0,418 0,433 0,448 0,394 0,465 0,319 0,417 0,515 0,521 0,532 0,528 0,485 0,463 0,453 0,515

mesorregiões de

mInAS GErAIS

Sul/Sudoeste de Minas Triângulo Mineiro/

Alto Paranaíba Média EstadualMG

Mín.1 Máx.1 Méd.1 Méd.2 0,490 0,438 0,473 0,482 0,417 0,444 0,427 0,428 0,570 0,550 0,512 0,539 0,497 0,474 0,521 0,500

Vale do Rio Doce

1 Valor Bruto; Inclusos frete e INSS 2 Valor Líquido; Livre de frete e INSS

Centro Sul Baiano Sul Baiano Média Estadual BA Mín.1 Máx.1 Méd.1 Méd.2 0,327 0,335 0,351 0,428 0,447 0,458 0,400 0,406 0,420 0,363 0,382 0,380

mesorregiões da

bAhIA

Mín.1 Máx.1 Méd.1 Méd.2

Centro Goiano Sul Goiano Média Estadual

GO 0,490 0,432 0,455 0,490 0,445 0,466 0,432 0,536 0,557 0,522 0,514 0,475

mesorregiões de

GoIáS

Macro Metropolitana

Paulista Vale do ParaíbaPaulista São José

do Rio Preto Média EstadualSP

Mín.1 Máx.1 Méd.1 Méd.2 0,499 0,506 0,451 0,486 0,409 0,403 0,427 0,421 0,579 0,626 0,507 0,574 0,490 0,522 0,544 0,552

mesorregiões de

São PAULo

Noroeste Nordeste Metropolitana

Porto Alegre Média EstadualRS

Méd.1 Mín.1 Máx.1 Méd.2 0,446 0,420 0,448 0,435 0,395 0,389 0,397 0,390 0,555 0,506 0,581 0,530 0,484 0,488 0,479 0,460

mesorregiões do

rIo GrAndE do SUL

mesorregiões de

SAntA CAtArInA

Editor Científico:

Geraldo Sant´Ana de Camargo Barros e Sergio De Zen

Editor Executivo:

Eng. Ag. Leandro Augusto Ponchio

Jornalista Responsável:

Ana Paula da Silva - MTb: 27368

Diagramação Eletrônica/Arte:

Thiago Luiz Dias Siqueira Barros

Equipe Leite:

Leandro Augusto Ponchio - Pesquisador do projeto leite; Erica R. da Paz, Marianne Shiguematsu, Pedro Sarmento e Raquel M. Gimenes, Aline Angelica Vitti, Jéssica Chaves Rivas, Marcelo Bahia Gama e Viviane P. Paulenas.

Equipe Macroeconômica:

Humberto Francisco Silva Spolador e Fabiana C. Fontana - Pesquisadores do projeto Macroeconomia.

Equipe Grãos:

Mauro Osaki - Pesquisador do Projeto Grãos; Luciano Van Den Broek, Ana Amélia Zinsly, Flavia Gutierrez, Maria Isabel B. de Lima, Milene Ramos.

Contato: C.P 132 - 13400-970 Piracicaba, SP Tel: 19 3429-8831 19 3429-8859 leitecepea@esalq.usp.br http://www.cepea.esalq.usp.br

O Boletim do Leite pertence ao Cepea - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - USP/Esalq.

A reprodução de conteúdos publicados por este imformativo é permitida desde que citados os nomes dos autores, a fonte Boletim do Leite/Cepea e a devida data de publicação.

ExpEdiEntE

Oeste Catarinense Vale do Itajaí Média Estadual

SC Mín.1 Máx.1 Méd.1 Méd.2 0,405 0,405 0,406 0,387 0,460 0,415 0,446 0,350 0,383 0,486 0,480 0,454

5

(6)

SoJA e FArELo de soja

Com um aumento de 3,8% nos preços do farelo de soja em maio, os concen-trados registram alta de 0,77%. Nos casos das dietas de vacas que produ-A alta do preço do farelo de soja no mercado doméstico foi motivada pela valorização do dólar em relação ao Real e pela pequena recuperação do deriva-do no mercaderiva-do internacional. Em maio, a taxa de câmbio ficou 2,62% acima da média de abril, com média R$ 2,18 por

dólar americano. No mercado inter-nacional, o farelo teve uma leve alta de 1,13% em relação ao mês anterior. O valor médio da tonelada do farelo no mercado internacional foi de US$ 199,15/t , próximo à média dos últimos 10 anos.

zem diariamente 15 litros de leite, o impacto foi de 0,5%. Já para as vacas com alta produtividade (30 litros/dia), o aumento foi de 1% no custo de

pro-iMpaCtosnoleite

M

erCado

de

M

ilho

e

s

oja

M

aio

/06

relaçãodetroCa

Em maio de 2006, o pecuarista precisou de 833 litros de leite para obter uma tonelada do farelo de soja. Em relação a maio de 2005, nota-se que houve uma leve redução do poder de compra do produtor, de 1,22%. Naquele período, bastavam 823 litros para a aquisição de uma tonelada de farelo. Já em relação a maio/04, a relação de troca melhorou 50%, resultado principalmente da queda na taxa de câmbio que provocou uma significativa diminuição nos preços do grão. Cabe ao produtor avaliar se compensa ou não a suplementação do seu plantel. Nessas circunstâncias, produtores que possuem sistemas em que as vacas são suplementadas com concentrados acabam beneficiados por uma diminuição nos custos de produção.

1150l/t 1251l/t

1667l/t

823l/t 833l/t

MAI-2002 MAI-2003 MAI-2004 MAI-2005 MAI-2006

Quantos litros de leite são necessários para

adquirir uma tonelada de farelo de soja?

Por Mauro Osaki,

Equipe Grãos Cepea - Esalq/USP

E-mail: graoscepea@esalq.usp.br

e por Pedro Sarmento Equipe Leite Cepea

e-mail: leitecepea@esalq.usp.br

rELAção dE troCA SE mAntÉm FAVoráVEL Ao ProdUtor dE LEItE

Em Campinas, o preço médio foi de R$ 434,20/tonelada no mês de maio, 3,8% mais alto que em abril, mas 12,2% abaixo da média de maio do passado. Assim, o efeito para o setor lácteo não é grande.

dução. O custo com a dieta para uma vaca de 15 litros/dia é estimado em R$ 3,70/dia, valor calculado com base em cinco tipos de dietas.

6

Leite: estado de SP; farelo: região de Campinas-SP

(7)

Os concentrados registraram aumento de 2% de abril para maio , em função da alta de 5,8% nos preços do milho no mesmo

período. Para sistemas com vacas que produzem diariamente 15 litros de leite, o impacto foi um encarecimento de 1,6% dos

i

MpaCtosnoleite

Quantos litros de leite são

necessários para

adquirir uma saca de 60 kg de milho?

mILho

Os preços do milho mantêm-se em alta desde a segunda quinzena de abril. Em maio, o valor médio, na praça de Cam-pinas-SP, foi de R$ 15,08/sc de 60kg, recuperação de 5,8% em relação ao mês anterior. O aumento está ligado à retração das ofertas por parte dos produtores, que mantêm expectativa de que as medidas do governo, como leilões de PEP e Prop, possam melhorar as cotações.

As negociações têm sido lentas. No Para-ná, os vendedores estiveram mais voltados às exportações. No total, o Brasil exportou

296,6 mil toneladas de milho em maio, partindo do porto de Paranaguá e tendo como destinos principais o Irã e a Coréia do Sul, clientes usuais do Brasil na compra desse grão. O volume foi superior aos embarcados em maio de 2002, 2004 e de 2005, sendo que neste último ano o País praticamente não exportou milho. As vendas externas estão sendo retomadas pela fraca demanda dos setores de aves e suínos, pelos preços internacionais relati-vamente altos, valorização do dólar frente a outras moedas (dificulta exportações

r

elação detroCa

39l/sc 43l/sc

45l/sc

31l/sc 29l/sc

MAI-2002 MAI-2003 MAI-2004 MAI-2005 MAI-2006

mEdIdAS do GoVErno AJUdAm A ELEVAr CotAçÕES do Grão

dos norte-americanos) e por momentos isolados de câmbio favorável. O efeito principal das vendas externas é impedir maiores quedas no preço do milho, que se encontra na paridade de exportação, ao menos para produtores do Paraná. Para o setor lácteo, a recuperação do preço do milho no mercado interno ainda não gera grande preocupação, visto que o valor médio do mês de maio foi 19,6% inferior ao do mesmo período do ano passado e 29,3% menor que o de maio de 2004 (sem considerar a inflação do período).

custos de produção. Já para vacas com alta produtividade (30 litros/dia), o aumento foi de 2,55.

No mês de maio, foram necessários 29 litros de leite para a compra de uma saca de milho, praticamente a mesma relação verificada em abril. Em maio do ano passado, eram necessários 31 litros de leite para cada saca de milho e, em maio de 2004, 45 litros para a compra do mesmo insumo. O poder de compra do pecuarista para este insumo cresceu, portanto, 5% e 36%, respectivamente. Ressalva-se que a melhora nesta relação de troca é atribuída exclusivamente à queda mais significativa nos preços do milho (19,6% nos últimos 12 meses), já que os preços do leite recebidos pelos produtores recuaram 15% de maio de 2005 a maio de 2006.

7

Leite: estado de SP; milho: região de Campinas-SP

(8)

IMPRESSO

Uso dos Correios

C.Pos

ta l 1 32 - 13 40 0-97 0 Pi ra ci ca ba , SP

notA– A equipe do boletim do Leite/ Cepea deixa claro que, ao contatar (por telefone ou pessoalmente) as centenas de cola-boradores do projeto Leite, sempre se identi-ficará como Cepea ou boletim do Leite. Even-tualmente, cita a cidade de Piracicaba como nossa localidade, mas não é esta informação que caracteriza a equipe Cepea/Esalq-USP.

O governo vai repassar até o final do ano R$ 72 milhões para a compra de leite de peque-nos produtores do Nordeste. A iniciativa faz parte do Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar/Leite, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que compra a produção de leite dos agricultores e depois distribui de graça em creches, escolas e para famílias de baixa renda. Desde que foi cria-do, em 2003, o programa entrega um litro de leite por dia para 700 mil famílias nordestinas. (Fonte: Agência Brasil).

A Nestlé Brasil lançou a pedra fundamental de sua segunda fábrica no estado da Bahia, em Feira de Santana, a 110 km de Salvador. Com investimento aproximado de R$ 100 milhões, a unidade industrial, que terá também um Centro de Distribuição, produzirá inicialmente massas lámen e envasará bebidas achocolatadas, cereais e café solú-vel. No futuro, fabricará também sorvetes, iogurtes, biscoitos, sopas e caldos. (Fonte: Jornal da Mídia).

Em maio, os 13 municípios da microrregião de São Lourenço do Oeste, em Santa Catarina, enfrentavam uma situação difícil por conta do longo período de estiagem. As maiores perdas estão relacionadas à produção leiteira. De acordo com a Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária

FIQUE

AtEnto

8

Por Érica R. da Paz e

Marianne Shiguematsu,

Equipe Leite Cepea - Esalq/USP

E-mail: leitecepea@esalq.usp.br

e Extensão Rural de Santa Catarina), houve uma redução de 30% na produção devido à má qualida-de das pastagens, que estão bastante ressecadas. (Fonte: Diário Catarinense).

No início de maio, produtores gaúchos de leite se mobilizaram em busca de aumento do preço que recebem pela produção, incentivos governa-mentais para exportação, linhas de crédito com juros subsidiados, aquisição de equipamentos (Mo-derfrota - Prodesa) e redução do ICMS no leite co-mercializado. Na Assembléia Legislativa, os pleitos ganharam o apoio na Frente Parlamentar Integrada do Agronegócio. (Fonte: Diário Popular/RS).

A Secretaria de Agricultura paulista computou a comercialização de 15 milhões de doses de vacina contra a aftosa em maio, 1 milhão a menos do que em novembro do ano passado - os dois meses são os períodos de vacinação no Estado de São Paulo. A Secretaria estima que a vacinação teve cobertura de 99% do rebanho paulista. Resultado: ou o rebanho encolheu, devido ao avanço da cana, ou os criadores de São Paulo e dos estados vizinhos compraram menos doses. (Fonte: Folha de S. Paulo).

Os preços dos produtos agrícolas no ata-cado subiram 0,26% na primeira prévia do IGP-M de junho, ante alta de 0,28% apurada em igual prévia em maio. A informação é da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Dentro do Indice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visua-lizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais registraram queda de 0,83% na primeira prévia de junho, ante deflação de 0,13% na primeira prévia de maio. (Fonte: Estado de S. Paulo).

Referências

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