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CARACTERIZAÇÃO DOS DANOS DO GORGULHO Conotrachelus psidii EM FRUTOS DE GOIABEIRA SERRANA, Acca sellowiana.

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CARACTERIZAÇÃO DOS DANOS DO GORGULHO Conotrachelus psidii EM FRUTOS DE GOIABEIRA SERRANA, Acca sellowiana.

1Joatan Machado da Rosa;

²Mari Inês Carissimi Boff; ³Lenita Agostinetto;

4Cristiano João Arioli; 4Pedro Boff.

RESUMO

A goiabeira serrana, Acca sellowiana (Berg) Burret é uma frutífera nativa do sul do Brasil que produz frutos de sabor peculiar e atrativos ao paladar. Entretanto estes frutos são sistematicamente danificados por insetos praga com destaque para o gorgulho, Conotrachelus psidii. Este trabalho objetivou caracterizar os danos causados por C. psidii em frutos de A. sellowiana assim como apresentar alternativas de controle. Frutos foram amostrados em povoamentos nativos e em pomar de goiabeira serrana em sistema de monocultivo. Com os frutos coletados foi realizada a avaliação da incidência e severidade de ataque bem como a descrição dos danos. A incidência de danos do gorgulho foi significativamente maior em frutos do pomar conduzido em sistema de monocultivo em relação aqueles das áreas de mata nativa. O gorgulho danifica tanto os frutos verdes como os maduros. O dano se caracteriza pela perfuração e rompimento da epiderme provocado pelos adultos no momento da alimentação ou na abertura do orifício de postura resultando em orifícios enegrecidos. As larvas danificam as sementes e a polpa causando apodrecimento dos frutos. Os primeiros danos do gorgulho, em pomar de goiabeira serrana, foram observados no início da frutificação efetiva. Desta forma o controle do gorgulho deve ser iniciado no período entre o final da floração e início do desenvolvimento dos frutos. Em pomares de goiabeira serrana, domésticos ou de pequeno tamanho, o ensacamento dos frutos é uma técnica recomendada para reduzir os danos causados por C. psiddi.

Palavras-chave: Interação inseto-planta; ensacamento de frutos, gorgulho da goiabeira.

1 Eng. Agr. MSc. Doutorando em Fitossanidade, UFPel; joatanmachado@gmail.com;

² Dra. Prof. de Entomologia/Ecologia na Udesc-Lages; mari.boff@udesc.br;

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INTRODUÇÃO

A goiabeira serrana, Acca sellowiana (Berg) Burret. (Myrtaceae) é uma frutífera com dispersão natural nos remanescentes florestais do Sul do Brasil (Ducroquet et al. 2000). No Brasil esta frutífera nativa é popularmente conhecida como feijoa, goiaba serrana, goiabeira-da-serra ou pineapple guava (Mattos 1990; Ducroquet et al. 2000). A. sellowiana tem sido apontada pelo Ministério do Meio Ambiente brasileiro, como uma das plantas do futuro para ser manejada e cultivada para comercialização dos frutos (MMA 2007), e pode oferecer alternativa de renda para pequenos agricultores que vivem em regiões onde as condições climáticas são favoráveis para o cultivo da feijoa em escala comercial.

Há alguns anos, Brasil e Uruguai vêm demonstrando grande interesse em estabelecer produção comercial da goiabeira serrana (Dos Santos et al. 2009). Porém, a domesticação da A. sellowiana para ser cultivada em sistemas de monocultivo no Brasil tem evidenciado vários problemas fitossanitários. Segundo Hickel & Ducroquet (1994), em sistemas de cultivo comercial a presença da mosca-das-frutas (Anastrepha spp.) e do gorgulho-da-goiabeira (Conotrachelus sp.) que apresentam ocorrência sazonal e incidência junto às áreas de cultivos ou até mesmo nos povoamentos naturais de A. sellowiana, se constituem nos principais entraves para a produção comercial de frutos de A. sellowiana.

Segundo Salas-Araiza & Romero-Nápoles (2012), as espécies de Conotrachelus são encontradas na região Neotropical e algumas delas são consideradas de importância econômica, devido aos danos causados aos frutos. Hickel & Ducroquet (2006), enfatizam que em cultivos comerciais goiabeira serrana, os danos causados por gorgulhos do gênero Conotrachelus nas frutas podem superar àqueles causados pela mosca-das-frutas, principalmente nas regiões de maior altitude.

Usualmente, no manejo fitossanitário da A. sellowiana, os agricultores utilizam os mesmos agrotóxicos adotados para a cultura da macieira, já que as duas espécies se desenvolvem em condições climáticas semelhantes e apresentam períodos de frutificação coincidentes. Apesar de os inseticidas organo-sintéticos mostrarem eficácia no controle de pragas associadas à goiabeira serrana, ainda não há registros legais para o uso destes produtos nesta frutífera, além de serem substâncias extremamente residuais para o meio ambiente e de apresentarem risco de intoxicação para o agricultor e o consumidor (Luckmann 2009).

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Este trabalho teve como objetivo caracterizar os danos causados por C. psiddi em frutos de goiabeira serrana, bem como apresentar soluções ambientalmente corretas para reduzir os danos causados por este inseto.

As coletas de frutos, identificação e descrição dos danos foram conduzidas durante a safra 2009/2010, em matas nativas no município de Painel, 27º53’S e 50º06’W, em pomar no município de Lages, 27°48'S e 50°19'W (1,5 ha), no Estado de Santa Catarina e no município de Vacaria, 28º29’S e 50º58’W, no Estado do Rio Grande do Sul. Foi realizada uma coleta de frutos por região.

Os frutos coletados das plantas eram acondicionados em caixas de isopor e levados ao Laboratório de Homeopatia e Saúde Vegetal da Epagri-Lages para análise de incidência, caracterização e descrição dos danos externos e internos causados pelo gorgulho. Cortes superficiais na casca dos frutos foram realizados para observação do local de postura e disposição dos ovos. Logo após, a análise destrutiva através do corte transversal dos frutos para observação dos danos internos do gorgulho e caracterização das larvas foram realizadas.

Para confirmar a identidade da espécie de gorgulho avaliada, alguns exemplares foram identificados pelo taxonomista Dr. Germano Henrique Rosado-Neto, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Exemplares desta espécie foram depositados na coleção do Museu Entomológico, UDESC/CAV, em Lages, SC e na Coleção de Entomologia Pe. J. S Moure, do Departamento de Zoologia-UFPR.

No pomar de goiabeira serrana localizado na Epagri-Lages, cinco plantas de um acesso (seedling) oriundo de Vacaria, foram selecionadas aleatoriamente e semanalmente foram avaliados, ao acaso, 30 frutos por planta na altura de 1,5 a 2,0 m da superfície do solo onde as avaliações foram feitas sem haver a retirada dos frutos. O diâmetro transversal foi medido com auxílio de paquímetro digital e a presença de danos e o número de lesões foram avaliados através de observação visual por pessoas devidamente treinadas para a identificação dos danos típicos causados pelo gorgulho. A incidência de danos foi expressa pela presença de frutos danificados, caracterizada por um ou mais orifícios/lesões nos frutos. A severidade de ataque foi considerada como o número de orifícios/lesões por fruto.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O gorgulho C. psidii (Figura 1a) causou danos tanto em frutos verdes como em frutos maduros de goiabeira serrana. Em ambos os casos, o crescimento e desenvolvimento do fruto

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campo, mostrando a precocidade dos ataques. Em nossos levantamentos, os danos pelos gorgulhos não foram observados antes do final da floração. As injúrias causadas pelos adultos de C. psidii foram decorrentes da introdução do seu rostro (Figura 1a), que rompe a casca e cavando um orifício na polpa dos frutos de goiabeira serrana. Estes danos são possivelmente causados por dois motivos, realização da postura dos ovos nestes orifícios, ou para a alimentação. Em ambos os casos, o prolongamento cefálico, característico nas espécies de insetos pertencentes à família Curculionidae (figura 1a), facilita a raspagem da epiderme e abertura dos orifícios que caracterizam o dano típico nos frutos de feijoa causado pelo C. psidii (Figura 1b).

Nos frutos analisados foram observadas posturas com apenas um ovo por orifício. Os ovos com tamanho de 1 mm e coloração branco-brilhante são depositados na profundidade de três a quatro milímetros abaixo da superfície da epiderme do fruto de feijoa (Figura 1c). Por outro lado, Rodríguez & Cásares (2003), trabalhando com frutos de Manilkara achras (Sapotaceae), relatam que um orifício pode conter até três ovos de Conotrachelus sp.

Quando ocorre o ataque nos frutos, verifica-se que nos locais onde houve a raspagem da epiderme e o orifício de postura, as células morrem deixando pontuações escuras e endurecidas facilmente observáveis (Figura 1b). Estas causam deformação generalizada principalmente nos frutos em desenvolvimento. As larvas de C. psidii danificam a parte interna do fruto através da construção de galerias na polpa em busca das sementes (figura 1d). Devido a presença das larvas e seus danos a polpa apresenta-se enegrecida, na região danificada, caracterizando uma podridão úmida generalizada (figura 1d), tendo como consequência, a queda prematura dos frutos. Segundo Souza et al. (2003) também os frutos de P. guajava danificados por C. psidii sofrem distúrbios fisiológicos e desenvolvem-se deformados entrando em maturação anormal e prematuramente. Monroy & Insuasty (2006), relatam que os danos de C. psidii causam um aspecto desagradável e fazem com que o fruto não esteja apto para ser industrializado e/ou consumido in natura.

Figura 1. Adulto de C. psidii (a). Danos precoces em goiabeira serrana (b). Posturas sob a epiderme do fruto (c). Danos e larva de C. psidii em fruto de goiabeira serrana (d).

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Incidência em frutos coletados em diferentes áreas

Frutos coletados em áreas de mata nativa em Painel e Vacaria apresentaram incidência de danos de 55 e 40% respectivamente. Enquanto que os frutos coletados em pomar no município de Lages apresentaram 75% dos frutos com incidência de danos de C. psidii. Boscán de Martinez & Casares (1980), em estudos realizados em pomares de monocultivo de P. guajava na Venezuela observaram que a infestação de C. psidii variou entre 60% a 100%. Segundo Altieri & Nicholls, (1999), a diversidade vegetal nos agroecossistemas é um fator fundamental na estabilidade da dinâmica populacional de insetos praga, reduzindo o potencial de danos destes insetos em culturas de interesse. Cultivos homogêneos dificultam a manutenção da estabilidade em agroecossistemas e facilitam a predisposição aos ataques de insetos (Altieri, 1998).

Severidade de ataque de C. pidii

A severidade de ataque aumentou com o aumento do diâmetro de frutos (figura 2). Os danos iniciaram logo após a floração, no início da frutificação efetiva. Em frutos de 3.0 cm de diâmetro foram observadas em média 12 lesões por fruto. Segundo HAJI et al. (1995), a ocorrência de uma única perfuração pode prontamente afetar a qualidade e aparência visual do fruto, causando distúrbios fisiológicos, reduzindo crescimento e facilitando a queda prematura destes frutos. Embora seja necessário aprofundar os estudos sobre a bioecologia de C. psidii em pomares de A. sellowiana, os resultados obtidos neste trabalho mostram que esta espécie de inseto apresenta elevado potencial para causar danos irreversíveis aos frutos.

Figura 2. Severidade de ataque de C. psidii no período de desenvolvimento dos frutos em frutos de A. sellowiana durante a safra 2009/10 em pomar de goiabeira serrana, Lages. Acesso (seedlings) de goiabeira serrana, oriundos de Vacaria-RS.

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Ataques causados pelo C. psidii em níveis elevados já nos estágios iniciais de desenvolvimento dos frutos enfatizam a necessidade da utilização de medidas preventivas de manejo. Segundo Aguilar & Gasparotto (1999), o controle de Conotrachelus sp. com produtos químicos é difícil devido ao fato de que a fase larval deste inseto ocorre dentro dos frutos e a fase pupal no solo.

Recomendações para minimizar os ataques de C. psidii

Devido à ocorrência de ataques precoces e com severidade expressiva, o ensacamento de frutos torna-se uma medida importante no manejo de C. psidii em pequenos pomares e pomares domésticos bem como em povoamentos nativos onde é realizada a coleta dos frutos para consumo próprio. A diversificação de espécies vegetais nas áreas de cultivo de goiabeira serrana ou em sistemas agroflorestais pode contribuir para a redução da incidência de C. psidii sobre frutos de goiabeira serrana. Além das alternativas citadas, a poda, adubação equilibrada das plantas e o recolhimento de frutos caídos no solo dificultam o estabelecimento das populações de gorgulho em áreas de cultivo.

CONCLUSÕES

Em pomares onde a infestação de C. psidii é alta, os ataques aos frutos são observados logo após a floração, no início da frutificação efetiva. Os danos de C. psidii afetam o crescimento, antecipam a maturação, favorecem o apodrecimento e queda dos frutos. Formas de controle como o ensacamento de frutos e o recolhimento de frutos caídos no pomar reduzem os danos e dificultam o estabelecimento das populações deste inseto.

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REFERÊNCIAS

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