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FUNDAÇÃO CARGILL. Diagnóstico da Tristeza.Parasitária Bovina. no Estado de Mato Grosso do Sul" Inquérito de Opinião .:. 2.,,

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FUNDAÇÃO CARGILL

..

. : . 2 ., ,

Diagnóstico da Tristeza

.Parasitária Bovina

no Estado de Mato Grosso do Sul"

Inquérito de Opinião

(2)

Exemplares desta publicação podem ser solicitados ao: CNPGC Rodovía BR 262 - km 4 Telefone: (067) 382-3001 Telex: (067) 2153 Caíxa Postal 154 79100 - Campo Grande, MS Tiragem: 3.000 exemplares COMITÊ DE PUBLICAÇÕES

João Camilo Mílagres - Presidente

Jairo Mendes Vieira - Secretárío Executivo Arthur da Silva Mariante

José Marques da Silva

Jurandir Pereira de Oliveira Liana Jank

Maria Regina Jorge Soares Raul Henrique Kessler EDITORAÇÃO

Coordenação: Arthur da Silva Mariante

Datilografia: Eurípedes Valério Bittencourt Desenho: Paulo Roberto Duarte Paes

MADRUGA, C.R.; BERNE, M.E.A.; KESSLER, R.H.; GOMES, R.F.C.; LIMA, J.G. & SCHENK, M.A.M. Diagnóstico da tristeza p arasítâria bovína no Estado de Mato Grosso do Sul: inquérito d e opiniã o. Fundação Cargill, 1986. 40p. il. (EMBRAPA-CNPGC. Circular Técnica, 18).

I. Bovinos - Tristeza parasítáría. 2. Bovinos- Anaplasmose. 3. Bovinos-Babesiose. Bonivos-Doenças- Brasil-Mato Grosso do Sulo I. Berne, M.E.A., colab. II. Kessler, R.H., colab. III. Gomes, R.F.C.,colab. IV. Lima, J.G., colab. V. Schenk, M.A.M., colab. VI. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte,Campo Grande, MS. VII. Título. V I I I . Série.

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CIRCULAR TÉCNICA N ° 18

ISSN 0 1 0 0 - 7 7 5 0 Marco, 1986

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA - MA

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-EMBPAPA Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte - CNPGC Campo Grande, ME

DIAGNÓSTICO DA TRISTEZA PARASITÁRIA BOVINA NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL:

Inquérito de Opinião

Claudio Roberto Madruga Maria Elizabeth A. Berne Raul Henrique Kessler Ronaldo F. C. Gomes José Geraldo Lima Maria Aparecida M. Schenk

FUNDAÇÃO CARG I LL 1986

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P á g . RESUMO . . . 1 1 I NTRODUÇÃO . . . 3 2 MATERIAL E MÉTODOS . . . 4 3 RESULTADOS . . . .5 4 DISCUSSÃO . . . 11 5 C O N C L U S Õ E S . . . 2 1 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . 2 3 AGRADECI MENTOS . . . 3 2 S U M Á R I O

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DIAGNÓSTICO DA TRISTEZA PARASITÁRIA BOVINA

NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL:

Inquérito de Opinião

Cláudio Roberto M a d r u g a 1 M a r i a E l i z a b e t h A. Berne 1 Raul H e n r i q u e Kessler 2 Ronaldo F. C. Gomes 3 José Geraldo Lima 4 M a r i a A p a r e c i d a M. Schenk 1

RESUMO - Um inquérito de opinião foi realizado com o objetivo de obter um diagnóstico global da situação da da Tristeza Parasitária Bovina (TPB). O questionário foi distribuído aos veterinários da Extensão Rural, Assistên- cia Técnica e Defesa Sanitária Animal do Estado de Mato Grosso do Sul e foram incluídas questões sobre epidemio- logia de

Babesia, Anaplasma e

do seu principal vetor, o carrapato

Boophilus microplus,

alem de tratamento, pre- venção, controle e importância sanitária e econômica. Houve uma taxa de retorno de questionários preenchidos de

43,6%, mas que abrangeu rodas as m i c r o r r e g i õ e s homogêneas do Estado. Foi verificado que há incidência de TPB em animaís de diversas faixas etárias, sendo que a maior observada em bezerros na faixa etária do nascimento ao desmame. O tratamento contra a anaplasmose está baseado nas tetraciclinas tradicionais e contra a babesiose, nos derivados de diamidina. A medícação de apoio em algumas

1Med.-Vet., M.Sc., Pesquisador da EMBRAPA-CNPGC

2Méd.-Vet., Ph.D., Pesquisador da E M B R A P A - C N P G C

3Med.-Vet., BS., Empresa de Pesquisa, A s s i s t ê n c i a Técnica e Extensão Rural de Mato Grosso do Sul - EMPAER

Caíxa Postal 472 - CEP 79100 - Campo Grande, MS

4Méd.-Vet., BS., Departamento de Inspeção e D e f e s a Agro- pecuária de Mato Grosso do Sul - IAGRO

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oc asiões é preconizada erroneamente por utilizar ferro e soroterapia. No estado não é utilizado nenhum sistema preventivo contra os hematozoários ou carrapatos. Os maiores problemas de babesiose e anaplasmose são verifi- cados em Bos taurus e cruzamentos Bos taurus x Bos indicus e , em conseqüência disto, nas microrregiões em que a ba- cia leiteira é mais expressiva ou em que há sístema de criação semi-extensivo, estas doenças revelaram a sua maior importância sanitária e econômica. Não foi possível

realizar uma estimativa dos prejuízos porque não há re- gistro de dados epidemiológicos que permítam o calculo. isto evidencia uma deficiência na estrutura do sistema de diagnóstico e vigilância epidemiológica, e que há a neces- sidade de realizar trabalhos para determínar a real im- portância econômica da TPB nas diversas microrregiões homogêneas do estado.

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1 INTRODUÇÃO

A bovinocultura é uma das principais atividades econô- micas do Estado de Mato Grosso do Sul, com uma das maiores populações bovinas do Brasil, cerca de 12 milhões de cabeças, sendo que 90% (10,8 milhões) são bovinos de corte e 10% (1,2 milhões) compõem o plantel leiteiro.

A produção deste plantel bovino não é satisfatória, pois os índices médios de natalidade, desfrute e produção leiteira na região, ainda são baixos (Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural 1977). Para tal, concorrem diversos fatores intrínsecos: potencial genéti- co, condições nutricionais, manejo e de saúde animal.

A boa condição sanitária do rebanho é fundamental para que o ponto ótimo da produtividade seja atingido.

A babesiose e a anaplasmose são doenças transmitidas pelo carrapato

Boophilus microplus

que compõem o complexo denominado Tristeza Parasítária Bovina (TPB), que ocorrem no Estado.

A dinâmica da infecção por

Anaplasma

ou

Babesia

depende muito da interação entre agente, vetor e meio ambiente.Em Mato Grosso do Sul existem variações consideraveis de eco- sistemas entre as diversas microrregiões do Estado, em função do clima, tipo de solo e vegetação.

Apesar de a maior parte da área de pastagem ser ainda formada por pastos nativos, nos últimos anos a área de pasto cultivado, representada, principalmente, pela

Bra-

chiaria decumbens

cv. Basilisk, tem aumentado considera- velmente, principalmente nas microrregiões de Campos de Vacaria e Mata de Dourados e Pastoril de Campo Grande.

As diferenças naturais e as modificações de meio ambí- ente nas microrregiões determinam um fator ímportante na cinética de transmissão dos agentes da Trísteza Parasi- tária. Ademais,

a B. decumbens

cv. Basilisk possibilita uma maior densidade de animal por área, proporcionando condições favoráveis para o desenvolvimento do carrapato

Boophi lus microplus.

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A situação epidemiológica da Tristeza Parasitária no Estado é praticamente desconhecida. Os poucos dados exis- tentes concentram-se na microrregião homogênea Pastoril de Campo Grande. Nesta microrregião tanto a babesiose co- mo a anaplasmose ocorrem endemicamente (Madruga et ai. 1983), caracterizando uma área de estabilidade enzoótica.

Apesar de muitos estudos epidemiológicos já terem sido realizados em áreas tropicaís com características de es- tabílidade enzoótica, muitos aspectos ainda não foram elucidados. De acordo com o conceito predominante sobre a dinâmica de infecção do Anaplasma e particularmente da Babesia, nestas condições, a TPB seria uma doença sem manifestação clínica. Os animais susceptíveis de contraí- rem, clinicamente, a doença seriam aqueles que não fossem infectados até os nove meses de vida, período em que tem proteção natural (Mahoney et al. 1973).

Entretanto, há uma série de relatos, não só no Brasil como na América Latina, que descrevem a TPB como uma doen- ça de grande ímportância sanítária, podendo causar signi- ficativas perdas econômicas.

Com o objetivo de realízar um diagnóstico da situação para fundamentar as ações de pesquísa sobre anaplasmose e babesiose no Estado, foi realizado um ínquérito de opinião com veterinários extensionistas e da defesa sanitária animal. No questionário aplicado foram abordados aspectos epidemiológicos, custo e grau de importâncía da anaplas- mose e babesiose para bovinocultura no Estado.

2 MATERIAL E MÉTODOS

Para obtenção dos dados deste trabalho foram dístribuí- dos 103 questionários a veterinários da extensão e assis- têncía técnica, pertencentes à Empresa de Pesquisa, Assis- tência e Extensão Rural de Mato Grosso do Sul (EMPAER), e aos veterinários da defesa sanitária do Departamento de Inspeção de Defesa A g r o p e c u á r i a de Mato Grosso do Sul (IAGRO).

(9)

O questionário abrangeu aspectos de incidência e iden- tificação dos agentes da Tristeza Parasitária na região

(Anaplasma marginale, Babesia bigemina, Babesia bovis), da

íncidência sazonal do carrapato

Boophilus microplus,

nas diversas microrregiões homogêneas do Estado, do tratamen- to usado contra anaplasmose e babesiose, do custo do tra- tamento, da opinião sobre o grau de importância da Tris- teza Parasitária e dos sistemas de controle do carrapato. O questionário foi distríbuído em rodas as microrregiões (MRH) do Estado, Pantanais (MRH 907), Alto Taquari (MRH 909), Bodoquena (MRH 910), Pastoril de Campo Grande (MRH 911), Três Lagoas (MRN 912), Campos de Vacaria e M a t a de Dourados (MRH 913), e para cada microrregião o número de questionário correspondeu ao número de veterinários nos escritórios locais da EMPAER e IAGRO.

3 RESULTADOS

A taxa de retorno dos questionários foi de 43,6%, mas estes possibilitaram informações sobre rodas MRH do Esta- do (Fig. I). A MRH com maior número de questionários res- pondidos foi a Mata de Dourados com 40,8% (Tabela I). Em rodas microrregiões foi assinalada a presença de TBP. Nas MRHs 907, 909 e 912, 100% dos veterinários afirmaram que há incidência de anaplasmose e babesiose. Na MRH 910 um dos veterinários não prestou informação sobre a incidência de anaplasmose e babesiose, enquanto que na MRH 911 uma resposta assinalou a ausência de TPB.

Quanto a etiologia da babesiose, foi constatado que não existe uma identificação específica de B. bigemina ou B. bovis, como agente causador de babesiose.

A incidência de TPB nas diversas microrregiões do Esta- do, consíderando a faixa etária e origem dos animais, in- dica a ocorrência em animais adultos introduzidos de ou- tras áreas (Tabela 2). Apenas na MRH 912 houve ínformação de TPB em bovinos adultos nativos (Tabela I).

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FIG. 1. Localização dos municípios e microrregiões do Estado de Mato Grosso do Sul, cujos questio- nários foram enviados por técnicos da EMPAER e IAGRO.

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T A B E L A |. N ú m e r o de q u e s t i o n á r i o s r e s p o n d i d o s e p e r c e n t u a l de d e v o l u ç ã o com r e l a - ção ao número total e p e r c e n t u a l de opinião sobre a o c o r r ê n c i a de b a b e - siose e anaplasmose nas M i c r o r r e g i õ e s H o m o g ê n e a s do E s t a d o de M a t o G r o s - so do Sui/1984.

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TABELA 2. Percentual de opiníão sobre a incidência de Tristeza Parasitária nas Microrregiões Homogêneas do Estado com relação à faixa etária e orígem dos bovinos/f984.

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Em animais de sobreano, foi constatada TPB naqueles que foram introduzidos de outras áreas nas MRHs 908, 911, 912, 913, enquanto que nos nativos apenas na MRH 911 (Tabela 2). A faixa etária do nascimento ao desmame foi de maior incidência de TPB, principalmente nos bovinos nativos.

Os bezerros recém-nascidos autóctones ou introduzidos, também contraem a TPB (Tabela 2).

O item do questionário que abordava os dados de preva- lência, incidência de TPB e taxas de mortalidade anual e sazonal na população bovina geral, não foi possível con- siderar, devido às poucas informações obtidas.

O tratamento específico contra a anaplasmose está apoí- ado essencialmente no uso das tetraciclinas tradicionais. Uma percentagem pequena de veterinários utiliza a terrami- cina de longa ação ou o dipropionato de imidocarb (Tabela 2). A maioria não especificou o típo de tetraciclina, mas nos casos em que houve, a oxitetraciclina (terramicina) foi a mais utilizada, segundo tetraciclina sintética (acromicina) e, por ultimo dlortetraciclina (aureomicí- na) (Tabela 3).

Na terapia da babesiose os medicamentos à base de deri- vados de diamidina, particularmente o DI (4 aminodifenil)

(N-I-3) triazeno, foram os mais utilizados, seguindo-se o dipropionato de imidocarb, o derivado de quinolina N-N- (Bis-metilquinolifiometial Sulfato-6) uréia e o ácido di- metil arsínico (Tabela 4).

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O tratamento de apoio é utilizado por 53,19% dos vete- rínários. As medidas terapêuticas auxiliares empregam co- mumente medicamentos à base de complexo vitamínico B e ferro. A soroterapia e as transfusões de sangue são prá- ticas bastante utilizadas (Tabela 5).

Quanto ao custo do tratamento, as informações foram bastante discrepantes e não foi possível realizar uma aná- lise.

Em nenhuma resposta foi assinalada a utilização de mé- todos preventivos diretos contra a anaplasmose ou babe-

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siose. A profilaxia do carrapato, que pode ser considerada um método indireto do controle da Babesia e Anaplasma, é

aplicada em função da infestação de ectoparasitos no ani- mal; portanto, sem uma freqüêncía estrategicamente deter- minada.

Quanto ao efeito da TPB na performance dos bovinos, a grande maíoria dos veterínários constatou atraso do de- senvolvimento. Este efeito foi observado por uma parcela maior de veterinários da MRH 913, e menor por técnicos com atividades na MRH 910, onde a m a i o r i a não dispunha de observações suficientes para esta informação (Tabela 6).

Quanto ã ocorrência d e infestação por carrapato em bo- vinos, pode-se constatar que este ectoparasito está pre- sente todo ano nas MRH 907, 908, 912 e 913; e nas MRH 909, 910 e 911, em alguns meses não ocorre carrapato (Fig. 2)° Os meses de maior população de carrapato ínfes- tando os bovinos nas diferentes microrregiões podem ser observados na Fig. 2.

Os bovinos que apresentaram os maiores índices de infes- tação por carrapatos são os de origem européia e cruza- mentos de Bos taurus ou Bos indicus.

Com relação às espécies de carrapato observadas parasi- tando bovinos, a quase totalidade dos técnicos indicaram apenas o Boophilus micropius, exceto uma observação que indicou a p r e s e n c a do Amblyomma variegatum

A importância sanitária e econômica da TPB foi diferente nas 7 MRHs, mas as maiores percentagens de opinião esti- veram muito importante e relativamente importante. Em nenhuma microrregião foi mencionada como sendo de pouca relevância. O percentual sem resposta para esse item foi elevado, 25% (Tabela 7).

4 DISCUSSÃO

As informações do inquérito confíguram que a Babesia e

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TABELA 6. Efeito da Tristeza Parasitária no desenvolvimento dos animais segundo informações de veterinários das 7 Microrregiões Homogêneas do Estado de Mato Grosso do Sui/1984.

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FIG. 2. Distribuição anual do carrapato em diferentes Microrregiões de Mato Grosso do Sul.

(18)

TABELA 7. Percentual de

opinião

quanto à grau de importância sanitária e econômica da T r i s t e z a Parasitária nas microrregiões homogêneas do Estado de Mato Grosso do Su[/1984.

(19)

mam os dados obtidos na microrregião homogênea Pastoril de Campo Grande (Madruga et al. 1983).

Esta situação epidemíológica ê semelhante à de outras regiões tropicais da A m é r í c a Latina, (Corrier et al. 1978; Payne & Scott 1982) e do Brasil (Rivera et al. 1977; Ri- beiro & Reis 1981).

A falta de suporte laboratorial no diagnóstico da TPB foi evidenciado na deficiência de identificação da espé- cie de

Babesia

de maior incidência, nos casos de babesio- se.

A vigilância epidemiológica não é realizada, pois não existem dados de prevalência, incidência e taxas de mor- bidade com relação a babesiose e anaplasmose. Em conse- qüência disso, nenhuma estimativa de prejuízo sanitário e econômico pôde ser realizada. As opiniões negativas, ou de desconhecimento sobre a incidência da TPB, demonstram também a falta de diagnóstico laboratorial.

As informações sobre a incidência sazonal do carrapato

B. microplus

na MRH 911 e 912 são de que esse ectoparasito está presente em todos os meses do ano na prímeira, e au- sente apenas nos meses de maio e junho na segunda, o que garantiria a imunidade dos animais à TBP. Isso nos leva a c o n c l u í r que a incidência de TPB em bovinos adultos e de sobreano, relatada nessas áreas com características endê- micas, são ocorrências não esperadas, posto que os animaís crescem sob constante desafio de

Anaplasma e Babesia, e já

nos primeiros meses de vída contraem a infecção destes hemoparasitos, desenvolvendo o estado de portador crônico e uma ímunidade que tem longa duração (Mahoney 1972; Renshaw et al. 1976). As informações sobre a incidência sazonal do carrapato

Boophilus micropius

na MRH 911 e MRH 912, são de que está presente em todos os meses do ano na primeira e ausente apenas nos meses de maio e junho na segunda; portanto, é pouco provável que os animais não adquiram imunidade nessas condições. Outra p o s s i b i l i d a d e de ocorrência de anaplasmose e babesiose em animaís adul- tos e de sobreano nativos, é que tenha havido introdução de animais de outras espécies portadoras de cepas exóticas

(20)

de

Anaplasma e Babesia,

pois nem sempre há proteção cru- zada (Rodriguez et ai. 1975; Mahoney et ai. 1979). Isso é possível porque há uma constante introdução de bovinos de outros estados, principalmente de São Paulo, Mato Grosso, Paraná, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro (Serviço Federal de Processamento de Dados 1984). Existe também a possibilidade de manifestação de doença por ocasião das recidivas, tanto por

Anaplasma

como por

Babesia

(Curnow 1973; Todorovic 1980; Wagner 1981).

A incidência de TPB em recém-nascidos, unícamente, pode ser explicada por infecção intra-uterina, e possivelmente causado por

A. marginale,

pois já foi reportada em algumas ocasiões (Wandera & Munya 1971; Bird 1973; Correa et ai.

1978; Norton et ai. 1983). A transmíssão vertical da ba- bésia, por outro lado, foi relatada com menor freqüência (Atwell 1975; De Vos et ai. 1976) e as tentativas experi- mentais não foram bem sucedidas (Hall 1960; Hall 1963).

Apesar dos bovinos jovens apresentarem maior resistên- cia à infecção por

Babesia

(Riek 1968; "Mahoney 1972; Trueman & Blight 1978) e

Anaplasma

(Ristic 1960; Jones et al. 1968; Anderson et ai. 1972; Buening 1973), a incidên- da TPB na faíxa etária do nascimento ao desmame foi ob- servada por um percentual elevado de veterinários. Esta observação está de acordo com os dados de ocorrência de babesiose em bezerros jovens (Kessler et ai. 1983), e de ídentíficação das princípais causas de morbidade e morta- lidade de bezerros de corte no Estado de Mato Grosso do Sul (Madruga et ai. 1984b). A incidência de babesiose foi também constatada em outras áreas com características de estabilidade enzoótica (Rogers 1971; Patarroyo et ai. 1982). Trabalhos que utilizaram infecção experimental com

B. bovis, B. bigemina, B. divergens,

demonstraram que be- zerros sem imunidade humoral foram tão susceptíveis quan- to os animais adultos (Hall 1960; Hall 1963; Lohr 1969; Brocklesby et ai. 1971). Essas observações estão de acordo com as investigações realizadas na área endêmica Pastoril de Campo Grande que demonstraram que há um período entre 30 e 60 dias de vida do bezerro para

B. bigemina,

60 a 90 para

B. bovis

(Madruga et ai. 1984a), e em torno de 60

(21)

dias para A. m a r g i n a l e (Madruga et ai. 1985), em que há redução no nível dos anticorpos circulantes.

A grande maioria dos veterináríos emprega tetraciclinas tradícionais, que tem comprovado, ao longo do tempo, se- rem efetivas no tratamento da anaplasmose (Foote & Wullf 1952; Pearson et ai. 1957; Franklin et ai. 1965). Essas tetraciclinas, entretanto, apresentaram a desvantagem de ser necessário mais de uma aplicação de 10 mg/kg para con- trolar a infecção por A n a p l a s m a (Wilson et ai. 1979). A terramicina de longa ação é utilizada por uma minoria de profissionais, entretanto esse medicamento deve ser melhor considerado, porque tem demonstrado ser eficiente (Roby 1973; Kuttler et ai. 1978; Wilson et ai. 1979), e uma única aplicação, 200 mg/kg, equivale a três de 10 mg/kg que é a concentração recomendada pelas tetraciclinas tra- dicionais (Kuttler & Simpson 1978). O dipropionato de imidocarb ê utilizado por uma percentagem reduzida de ve- terinários. Entretanto, considerando sua eficiência no tratamento desta rickttsiose, inclusive superior aos de- maís medicamentos em determinadas ocasiões (Kuttler & Todorovic 1973), e por ter a vantagem de ser efetivo na dosagem única de 3,5 mg/kg, esse medicamento deveria ser utilizado por um número maior de técnicos. Esse princípio atiro tem demonstrado ser altamente eficiente (Schmidt et al. 1969; Brown & Berger 1970; Callow & McGregor 1970), e inclusive alguns trabalhos apontam como a droga de eleição no tratamento de infecções por B. bigemina e 3. bovis

(McHardy & Simpson 1974; Wood 1971).

O derivado de diamidina, diaceturado 4,4 diamidinodia- zoamino benzino, foi o mais utilizado, na terapia da ba- besiose. Esse medicamento tem um maior grau de ação sobre a B. bigemina e menor contra B. bovis (Barnett 1965; Mack 1957).

Os derivados de quinolina são usados por uma pequena percentagem de veterinários. Esses medicamentos vêm sendo utilizados há muítos anos no tratamento da babesiose bo- vina; e tem a desvantagem de ter menor ação sobre a B. bovis (Kuttler 1980), e por possuírem efeito tóxico quan- do dado em excesso.

(22)

Várias alternativas podem Ser consideradas na medicação específica da TPB, em função da ação e e ficiência dos me- dicamentos e do custo e mão-de-obra para execução do tra- tamento.

As medicações de apoio, como transfusão de sangue e o complexo vitamínico B, são imprescindíveis em determinadas circunstâncias. A transfusão sangüínea é importante porque há necessidade de oxigenação e recuperação da viscosidade sangüínea; e a vitamina B12, ácido fólico, ácido nicotí- nico, tiamina (B1) e a pirodoxina (B6) são responsáveís pela velocidade de maturação das hemácias. Entretanto, algumas medidas auxiliares empregadas são desnecessárias e aumentam o custo, como é o caso da aplícação de medica- mentos à base de ferro. A anemia provocada pela TPB é he- molítica; e a hemoglobina liberada é incorporada pelas células do sistema retículo endotelial; e o ferro libera- do, é novamente utilizado para a formação de hemoglobina, ou armazenando no "pool" da ferritina (Guyton 1969).

A soroterapia não é indicada na TPB e pode concorrer para o agravamento do estado do animal, porque nas ane- mias graves há um grande decréscimo da víscosidade sangüí- nea diminuindo a resistência do fluxo sangüíneo nos vasos periféricos, de modo que quantidades muito superiores de sangue retornam ao coração. Em conseqüência o débito car- díaco aumenta, produzindo sobrecarga de trabalho para o coração (Guyton 1969).

As respostas dos técnicos, referentes à distribuição sazonal do carrapato nas diferentes microrregiões de Mato Grosso do Sul, mostraram que, nas microrregiões 907, 909, 911, 912 e 913, novembro foi o mês em que os bovinos apre- sentaram maiores níveis de infestações. Essas observações divergem daquelas verificadas no estudo sobre incidência sazonal realizado em área, situada na microrregião 911, onde o período de maior infestação ocorre nos meses de agosto, setembro e outubro e diminuindo no mês de novembro

(Schenk et ai. 1984).

Na microrregião 909, os técnicos responderam que não existe carrapato no período de abril a setembro, corres- pondendo ao período seco. Nesse período, na microrregião

(23)

911,

foi encontrado para o B. micropius um período de pré-eclosão de 52,3 dias e longevídade larval de 56,3 dias, totalizando 108,6 dias desde a queda da teleógina (fêmea ingurgitada do carrapato) até não se observar lar- vas nas pastagens (Schenk et ai. 1984).

Na observação dos técnicos envolvidos nesse estudo, as raças e cruzamentos de bovinos maís afetadas pelo carra- pato são as raças européias e seus cruzamentos com bovi- nos índianos. Essa observação está de acordo com vários estudos (Seifert 1971; Wagland 1975; O'Kelly & Spiers 1976), onde os bovínos de orígem européia apresentam maior susceptibilidade ao carrapato seguido dos cruzamentos; e por último as raças puras indianas mais resístentes às infestações causadas por esse ixodídeo.

Quanto à susceptibílidade às hemoparasitoses por animais Bos taurus x BOS indicus, não há uma situação bem defini- da, embora haja predominância do conceito da maior resis- tência do Bos indícios à babesiose (Johnston 1967; Rogers 1971; Lohr et ai. 1975) ou a anaplasmose (Ristic 1960; Callow 1976; Uilemberg 1976). Entretanto, existem traba- lhos em que não foi verificada nenhuma diferença signifi- cativa entre taurinos e zebuínos, tanto com relação à prímeira hemoparasitose (Daly & Hall 1950; Francis 1966) quando à segunda (Kuttler et al. 1970; Patarroyo et al.

1978; Otim et ai. 1980; Wilson et ai. 1980).

O que possivelmente ocorre é que os bovinos das raças européias naturalmente mais susceptíveis ao carrapato, so- frem maiores infestações por ixodídeos e, conseqüentemen- te, as taxas de inoculação de Babesia e anap lasma sejam superíores as dos zebuínos.

Outro fator que proporciona maíor probabilidade de in- fecção dos animais Bos taurus ou cruzamentos destes com Bos indicus, com agentes da TPB, é o manejo mais intensi- vo, pois geralmente são explorados na produção leiteira ou mista.

A perda de peso verificada na anaplasmose e babesiose, associada às más condições nutricionais e à ocorrência de recidivas, faz com que a recuperação dos animais seha pre-

(24)

judicada; e, em virtude disso, há o r tardamento do de- senvolvimento observado pelos veterinários.

A importância econômica da TPB deve ser relacionada aos efeitos diretos que se referem a mortalidade e morbidade, e aos efeitos indiretos que se relacionam ao custo de tra- tamento e prevenção. A morbidade tem um efeito significa- tivo, pois além de causar condições desfavoráveis para o desenvolvimento dos animais, alguns parâmetros reprodu- tivos são afetados, pois a anaplasmose provoca aborto (Correa et ai. 1978; Swift & Paumer 1978), efeito no ci- clo estral (Swift et ai. 1983), e a baixa fertilidade em touros (Swift et ai. 1979).

Apesar de haver noção da importância econômica, os únicos trabalhos que demonstram uma estimativa em cifras dos prejuízos causados pela babesiose e anaplasmose datam do ano de 1965 a 1967 e estão restritos a algumas regiões do Estado de São Paulo (Valente & Amaral 1970; Valente & Amarai 1971a; Valente & Amarai 1971b; Amarai & Valente

1971).

Alem dessas existem as estimatívas que se referem às perdas causadas pela anaplasmose nos Estados Unidos; a mais recente informa que essas atingiram as cifras de 100 milhões de dólares, colocando-a como a segunda em impor- tância naquele país (McCallow 1973).

Portanto, esses dados sustentam a grande maioria das opiniões que caracterizam a TPB como relevantes. Os per- centuais de opiniões quanto ao grau de importância dife- riram bastante entre as microrregiões homogêneas, e isso possivelmente ocorreu em razão do manejo, raça e tipo de pastagem, que constituem fatores epidemiológicos impor- tantes na dinâmica de infecção da Babesia e Anaplasma. Os percentuais mais elevados de opiniões caracterizando a TPB como muito importante ou importante, segundo o grau de classificação apresentado no questionário, estão locali- zados em m i c r o r r e g i õ e s onde a exploração bovina é maís intens iva.

(25)

5 CONCLUSÕES

A análise das respostas obtidas pelos veterinários da extensão e assistência técnica e defesa animal do Estado permite concluir que:

a) o carrapato Boophilus microplus é encontrado em todas microrregiões do Estado, com variações estacionais, e na maioria delas durante todo o ano;

b) a TPB causada por Anaplasma e Babesia sp. ocorre en- demicamente em todo o Estado de Mato Grosso do Sul;

c) a faixa etária de maior incidência de TPB está si- tuada entre o nascimento e o desmame;

d) o tratamento específico da anaplasmose está baseado na aplicação das tetraciclinas tradícionais;

e) os medicamentos mais utilizados na terapia da babe- siose são os derivados de diamidina (diazoaminodibenza- midino) ;

f) a medicação de apoio é aplícada erroneamente por uma parcela de veterinários, princípalmente no que se refere à soroterapia e administração de medicamentos à base de ferro ;

g) os bovinos Bos taurus e cruzamentos Bos taurus x Bos indicus são os que apresentam os maiores problemas de car- rapato, babesiose e anaplasmose;

h) a TPB retarda o desenvolvimento dos bovinos;

i) a TPB é uma doença que tem ímportância em rodas mi- crorregiões do Estado, mas com maior relevância nas MRHs: Paranaíba (MRH 909) e Campos de Vacaria e Mata de Doura- dos (MRH 913);

j)

não há um sistema preventivo para a anaplasmose e babesiose, ou controle estratégíco do carrapato na região;

(26)

I) há necessidade de melhorar o sistema de vigilância sanítária e assistência técníca do Estado, assim como a infra-estrutura para o díagnóstíco laboratorial da TPB, para que se possa ter um acompanhamento epidemiológico real, e que permita uma estimativa dos prejuízos causados pela anaplasmose, babesiose e pelo carrapato no Estado de Mato Grosso do Sul.

(27)

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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AGRADECIMENTOS

Somos gratos pela inestimável colaboração dada pelos colegas que responderam ao ques- tionário e às bibliotecárias do CNPGC, particularmente Maria Antonia Ulhoa Cintra de Oliveira Santos, pela revisão e suges- tões.

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