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CLASSIFICAÇÃO DAS ATAXIAS CEREBELARES

HEREDITÁRIAS

WALTER OLESCHKO ARRUDA *

R E S U M O — A s a t a x i a s c e r e b e l a r e s h e r e d i t á r i a s c o n s t i t u e m u m d o s g r u p o s nosológicos d a N e u r o l o g i a Clínica d e m a i s difícil c o m p r e e n s ã o e s i s t e m a t i z a ç ã o . P a r a m e l h o r c o m p r e e n s ã o d o a s s u n t o , o a u t o r a p r e s e n t a a t r a j e t ó r i a h i s t ó r i c a d a s d i v e r s a s t e n t a t i v a s e m classificar-se este c o m p l e x o g r u p o d e d o e n ç a s n e u r o g e n é t i c a s . A s classificações b a s e a d a s e m d a d o s clínicos e g e n é t i c o s s ã o as m a i s ú t e i s , m a s o p a s s o definitivo) p a r a a e l u c i d a ç ã o da p a t o g ê n e s e e i d e n t i -ficação d a s f o r m a s d i s t i n t a s d e h e r e d o a t a x i a s c o m e ç a a s e r d a d o p e l o s e s t u d o s d e genética m o l e c u l a r .

Classification of the hereditary cerebellar ataxias

SUMMARY — T h e h e r e d i t a r y c e r e b e l l a r a t a x i a s a r e one o f t h e m o s t c o m p l e x g r o u p o f n e u r o g e n e t i c d i s e a s e s . A r e v i e w o f t h e s e v e r a l a t t e m p t s d o classify t h e h e r e d o a t a x i a s i s p r e s e n t e d . T h e c l a s s i f i c a t i o n s b a s e d o n clinical a n d g e n e t i c g r o u n d s a r e t h e m o s t useful. T h e r e -c e n t a d v a n -c e s i n m o l e -c u l a r g e n e t i -c s a r e p r o n e t o give i m p o r t a n t -clues for e l u -c i d a t i o n a n d u n d e r s t a n d i n g o f t h e p a t h o g e n e s i s o f h e r e d o d e g e n e r a t i v e c e r e b e l l a r d i s e a s e s .

As ataxias cerebelares hereditárias parecem ainda constituir o grupo de enti-dades neurogenéticas mais confuso dentro da Neurologia Clínica, não obstante esforços recentes para classificar os diferentes tipos de ataxias com algum sucesso, contri-buindo para a melhor compreensão e abordagem dessas doenças 3,6,13. As dificul-dades na classificação nosológica e na correlação anátomo-clínica das diversas formas de ataxia cerebelar possuem várias origens. Muitos estudos clínicos e anatômicos são incompletos, principalmente do ponto de vista neuropatológico, dificultando a análise e comparação. Formas de ataxia convencionais e bem estabelecidas são infre-quentes, ao contrário dos tipos aberrantes e transicionais. Assim, muitas vezes, du-rante a avaliação de um caso, não se consegue diagnostica-lo como um caso típico. Parece, muitas vezes, que cada caso novo ou cada nova família estudada constitui nova forma de ataxia hereditária.

Nicolaus Friedreich descreveu, pela primeira vez, uma síndrome clínica bastante característica, baseado nas suas observações em 9 membros de três famílias afetadas por forma de ataxia e disartria, com início na puberdade, que desenvolveram tardia-mente perda sensitiva e fraqueza muscular, presença de escoliose, deformidade dos pés e sintomas cardíacos. A ataxia de Friedreich foi a primeira forma de ataxia hereditária descrita e r e c o n h e c i d a ^ . Em 1893, Pierre Marie 1 9 analisou um grupo de

famílias relatadas na literatura por Fraser (1880), Nonne (1891), Sanger-Brown (1892) e Klippel e Durante (1892), todas com forma de ataxia cerebelar diferente da descrita por Friedreich. O início da doença era mais tardio, com as seguintes manifestações: reflexos tendinosos aumentados, movimentos oculares anormais presentes, diminuição frequente da acuidade visual e presença de membros afetados em todas as gerações

(um padrão sugestivo de herança autossômica dominante). Este autor propôs o termo * N e u r o l o g i s t a , U n i d a d e de Ciências N e u r o l ó g i c a s , C u r i t i b a .

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«hérédo-ataxie cérébelleuse» (heredo-ataxia cerebelar) para designar este grupo de famílias e reconheceu, pela primeira vez, a existência de forma hereditária de ataxia cerebelar diferente da ataxia de Friedreich. O termo «ataxia cerebelar de Pierre Marie (ou de Marie)» foi consagrado e é utilizado até hoje. André Thomas, em 1897, descreveu o primeiro caso de atrofia olivo-ponto-cerebelar e, em 1900, Déjérine e Thomas reviram meticulosamente os casos descritos até então, propondo o termo «atrofia olivo-ponto-cerebelar» para designar esta nova síndrome. A denominação «atrofia olivo-ponto-cerebelar de Déjérine-Thomas» passou a ser empregada para

designar os casos esporádicos, não-familiares, de degeneração olivo-ponto-cerebelar1 3.

Menzel, em 1891, provavelmente descreveu a primeira família afetada por forma here-ditária autossômica dominante de ataxia cerebelar, com características neuropatoló-gicas semelhantes às observadas nos casos não familiares de atrofia

olivo-ponto-cerebe-lar estudados por Déjérine e Thomas 10. Gordon Holmes 15, em 1907, chamou a atenção

para a inadequação e confusão originadas pelo emprego indiscriminado do termo «ataxia cerebelar hereditária» introduzido por Pierre Marie e enfatizou a necessidade de classificar as doenças cerebelares primárias com base nos achados patológicos e na respectiva patogenia. Holmes empenhou-se na primeira tentativa de classificar as doenças cerebelares (Quadro 1).

Novas famílias com ataxia cerebelar hereditária, associada a grande variedade de achados patológicos, padrões de herança diversos e diferentes quadros clínicos, passaram a ser sistematicamente descritas. A profusão de novas formas de doença e de classificações propostas tornaram as ataxias hereditárias um dos mais confusos grupos nosológicos de doenças neurológicas geneticamente determinadas. Houve até a sugestão da existência de tantas classificações quanto os autores sobre a matéria 12. As tentativas mais conhecidas de categorização das ataxias cerebelares foram

basea-das ou em achados patológicos 10,25^ ou em aspectos genéticos e clínicos 3,12,13,16,17}

ou procurando considerar em conjunto aspectos clínicos, genéticos e patológicos 18. A expressão fenotípica de genes autossômicos dominantes pode ser muito variável

em termos de gravidade e d i v e r s i d a d e4'1 1, justificando a observação não incomum dc

diferentes membros afetados de uma mesma família apresentando ampla gama de achados clínicos associados ao quadro de ataxia 7,28. Estes achados incluem demência, oftalmoplegia externa, atrofia óptica, retinite pigmentar, neuropatías craniais bulbares, doenças extrapiramidais, paraparesia espástica, surdez, epilepsia, neuropatía perifé-rica, deformidades esqueléticas (escoliose, pés cavus) e muitos outros. James Goodwind Greenfield, 1954, em sua clássica monografia 1°, voltaria a afirmar que «Tem sido situação comum a de que um diagnóstico diferencial entre as diferentes formas de doença cerebelar e espino-cerebelar não é possível em vida». Este autor procurou seguir a afirmação de Whyte, em 1898: «O desejável é continuar-se o registro cuida-doso dos casos clínicos destas raras doenças com, se possível, autópsias exaustivas». Em sua obra, Greenfield propôs classificação baseada em aspectos anátomo-patoló-gicos (Quadro 2).

Adeptos da abordagem primordialmente neuropatológica das doenças cerebela-res criaram denominações tais como atrofia olivo-ponto-cerebelar (Déjérine-Thomas), atrofia cerebelar tardia predominantemente cortical, degeneração olivo-cerebelar, dege-neração ou ataxia cerebelo-olivar, atrofia dentato-rubral, degedege-neração ou atrofia espino-cerebelar, degeneração estriato-nigral, degeneração nigro-espino-denteada e atrofia espino-pontina dominante. Estes termos procuram enfatizar os principais achados neuropatológicos dos casos descritos. Contudo, esta terminologia é, muitas vezes, imprecisa e inadequada. As razões são: (1) há omissão de dados clínicos

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e genéticos relevantes para a distinção de formas claramente diversas, mas que rece-bem a mesma denominação; (2) frequentemente outras estruturas que não as men-cionadas na denominação estão envolvidas, levando a idéia errônea dos achados neuropatológicos; (3) há variabilidade relativamente grande de achados de autópsia entre os membros afetados de uma mesma família, o que torna duvidosa a validade de termos genéricos desta natureza; (4) são termos morfológicos, não devendo ser utilizados em casos ou famílias que não possuam dados de necropsia disponíveis e, além do mais, há correlação clínico-patológica muitas vezes pobre nestas doenças 1»13 e mesmo o emprego de exames neurofisiológicos (estudo de potenciais evocados, testes neurotológicos) e neurorradiológicos (tomografia computadorizada,

ressonân-cia magnética) não têm modificado muito esta perspectiva1; (5) do ponto de vista

prático, tais termos não auxiliam na compreensão da patogênese dessas doenças. Portanto, a utilização de termos tais como atrofia olivo-ponto-cerebelar, embora

con-sagrada pelo uso sistemático por muitos anos, deve ser a b a n d o n a d a1-1 4.

Do ponto de vista neuropatológico, as ataxias cerebelares hereditárias podem

ser reunidas sob termo mais abrangente: «atrofias de múltiplos s i s t e m a s »1 4-2 1. De

fato, Oppenheimer 21 propôs a colocação das atrofias olivo-ponto-cerebelares clássicas e das degenerações estriato-nigrais sob a denominação única de atrofia de múltiplos sistemas (AMS), devido a frequente sobreposição de dados neuropatológicos obser-vados em vários casos. Na tabela 1 mostra-se a grande gama de alterações neuro-patológicas que podem ser observadas neste grupo de degenerações neuronais, em comparação com outros grupos «degeneração neuronal primária» ( D N P ) . Como po-demos observar, praticamente qualquer estrutura no SNC pode ser envolvida. Conse-quentemente, o quadro clínico resultante pode tornar-se bastante pleomórfico e complexo.

A dificuldade e a confusão que ocorrem na tentativa de estabelecer certas for-mas de ataxia cerebelar hereditária, como entidades nosologicamente distintas, podem ser exemplificadas pela «atrofia espino-pontina» 5,30. Esta expressão foi empregada para descrever forma de ataxia clinicamente similar à atrofia olivo-ponto-cerebelar, mas que era patologicamente distinta por apresentar degeneração importante da ponte e íía medula espinhal, com preservação das olivas inferiores e do cerebelo. Mais tarde,

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Boller e Segarra 5} evidenciaram a presença de atrofia do cerebelo por tomografia

com-putadorizada e atrofia das olivas e do cerebelo, na autópsia; portanto, esta entidade não pôde ser mais diferenciada das atrofias olivo-ponto-cerebelares. A família des-crita por Taniguchi e Konigsmark30 revelou ser, na verdade, portadora da doença de Machado-Joseph 29. Desapareceu, assim, o padrão distinto desta entidade. A doença de Machado-Joseph constitui outro exemplo da enorme variedade de denominações que podem ser criadas para designar-se forma específica de ataxia hereditária. Trata-se de forma de ataxia cerebelar hereditária autossômica dominante, descrita

inicialmente em descendentes de portugueses das ilhas Açores, residentes nos Estados

Unidos 20,27,32. Destas grandes famílias de emigrantes estudadas surgiu a

denomi-nação «doença de Machado-Joseph». A expressão clínica desta doença é extrema-mente pleomórfica e o que parece constituir entidade neurogenética única já recebeu diversas denominações tais como atrofia espino-pontina dominante, doença de Machado, degeneração nigro-espino-denteada com oftalmoplegia nuclear, degeneração estriato--nigral autossômica dominante, doença açoriana ou dos Açores e degeneração autos-sômica dominante do sistema motor i. A denominação que parece gerar menos con-funsão é doença de Machado-Joseph. É muito provável que, em doenças genéticas neurológicas com expresividade fenotípica tão variável (clínica e patológica) e nas quais não há qualquer marcador biológico específico, incorramos por vezes no erro de designar famílias com ataxias hereditárias cerebelares geneticamente distintas como pertencentes a um mesmo grupo nosológico e vice-versa. A doença de Machado-Joseph ilustra bem o fator de erro potencial que ocorre ao tentar-se elaborar classificação para as ataxias cerebelares hereditárias.

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A expectativa de que estudos patológicos minuciosos de pacientes acometidos por ataxia cerebelar hereditária pudessem trazer informações relevantes para o enten-dimento da patogênese destas doenças e possibilitar a elaboração de classificação adequada e útil parece ter sido f r u s t r a d a ^ . Pratt25, em 1967, já fez tal afirmação em sua monografia, mas propôs classificação muito semelhante à de Greenfield 10. Em suma, as classificações utilizando somente categorias patológicas mostram-se

insa-tisfatórias. Konigsmark e W e i n e r1^ em 1970, em sua extensa revisão das atrofias

olivo-ponto-cerebelares, propuseram classificação procurando levar em conta dados clínicos, genéticos e patológicos (Quadro 3 ) . Apesar de bastante difundida e utili-zada, esta classificação possui importante incongruência: a colocação de membros de uma mesma família em dois grupos distintos. A família descrita por Gray e

Oliver9, em 1940, classificada no tipo I, é a mesma estudada por S c h u t2 8, em 1950,

classificada como tipo IV. Em mais de uma ocasião pode-se colocar uma mesma

família dentro de grupos distintos propostos por esta classificação4. Do ponto de

vista genético, os autores ignoram a existência de ataxias hereditárias de padrão

recessivo ligado ao cromossomo X1.

Harding 12,13 propôs classificação (Quadro 4) baseada em estudo pessoal de 194 casos, índices relativos a 164 famílias e em extensa revisão da literatura perti-nente. Esta classificação emprega dados genéticos e clínicos e utiliza técnicas de pesquisa nosológica empregadas em outras doenças genéticas humanas: (a) divisão por diferentes modos de herança; (b) análise de variação intrafamilial de caracte-rísticas quantificáveis da doença, tais como idade de início; (c) análise estatística de concordância intrafamilial de achados clínicos distintos. As famílias pertencentes a cada um dos subgrupos possuem quadros clínicos semelhantes, mas que podem ser causados por mutações genéticas diferentes. O tipo I (III-B-1), em especial, pode incluir diferentes entidades neurogenéticas. Neste grupo pode situar-se a doença de Machado-Joseph. A forma «pura» de ataxia cerebelar autossômica dominante foi inicialmente proposta por Harding como ocorrendo acima dos 50 anos de idade. Este grupo (ACAD tipo III) provavelmente agrupa diferentes formas neurogenéticas, poia famílias com formas puras e com idade de início bem mais precoce foram descritas 1.2 Daí propormos a exclusão da expressão «de início tardio» ou «acima de 50 anos» deste grupo. A classificação de Harding parece ser atualmente a mais adequada e útil, pois leva em conta dados clínicos e genéticos, com os quais o neurologista pode

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contar no momento em que avalia uma família acometida por alguma forma de ataxia hereditária. Os achados patológicos poderão, eventualmente, ser de auxilio na delimitação de subgrupos de doença dentro destes tipos propostos.

O passo decisivo para a caracterização e compreensão destas doenças está ainda para ser dado, por estudos de ligação, com a localização cromossômica dos genes mutantes e sua identificação por métodos de análise direta de DNA 22. Por exemplo, recentemente foi localizado o gene da ataxia-telangiectasia no cromossomo

118. Na doença de Machado-Joseph, há dados sugestivos de que a mutação gênica primária está localizada no cromossomo 1 (lp21)26. Algumas formas de ataxia cere-belar autossômicas dominantes são causadas por genes localizados no cromossomo 6, enquanto outras formas aparentemente não (Tabela 2). Mesmo dentro do cromos-somo 6 parece existir mais de um locus gênico, além da ocorrência de mais de um

alelo para um mesmo locus gênico 31,33,34 todos causadores de ataxia cerebelar

here-ditária de início tardio. Esta observação mais uma vez demonstra bem a heteroge-neidade genética das ataxias cerebelares hereditárias.

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Agradecimentos — A Profa M a r i a Luiza Petzl-Erler, D e p a r t a m e n t o de Genética da U F P R ,

Prof. Luiz F. Bleggi T o r r e s , Dra. Moema de Araújo Cardoso, Dr. Ricardo R a n i e r i Seixas e Dr. Hélio A. Ghizoni Teive.

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