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Rodada #1 Português. Professora Beatriz de Assis. 1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. 2 Reconhecimento de

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Assuntos da Rodada

1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. 2 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. 3 Domínio da ortografia oficial. 4 Domínio dos mecanismos de coesão textual. 4.1 Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores e de outros elementos de sequenciação textual. 4.2 Emprego de tempos e modos verbais. 5 Domínio da estrutura morfossintática do período. 5.1 Emprego das classes de palavras. 5.2 Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. 5.3 Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração. 5.4 Emprego dos sinais de pontuação. 5.5 Concordância verbal e nominal.5.6 Regência verbal e nominal. 5.7 Emprego do sinal indicativo de crase. 5.8 Colocação dos pronomes átonos. 6 Reescrita de frases e parágrafos do texto. 6.1 Significação das palavras. 6.2 Substituição de palavras ou de trechos de texto. 6.3 Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto. 6.4 Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade. 7 Correspondência oficial (conforme Manual de Redação da Presidência da República). 7.1 Aspectos gerais da redação oficial.7.2 Finalidade dos expedientes oficiais. 7.3 Adequação da linguagem ao tipo de documento. 7.4 Adequação do formato do texto ao gênero.

Rodada #1

Português

(2)

LÍNGUA PORTUGUESA

2

Teoria em Tópicos

Compreensão e interpretação de texto.

Há um número significativo de detalhes que deveremos atentar ao analisar um texto. A preocupação com interpretação de texto é constante entre os candidatos a concursos públicos.

Por isso, alguns detalhes deveremos ter em mente que nos ajudarão a responder às questões que se relacionem a um texto.

O texto é um emaranhado de ideias relacionadas entre si, o que forma um contexto de significação e de interação comunicativa.

Por sua vez, o contexto é formado por várias frases, que compõem um texto. Em um primeiro momento, deveremos identificar em um texto:

✓ a ideia principal;

✓ as ideias secundárias;

✓ as fundamentações, as argumentações, e/ou explicações que levem ao

esclarecimento do que é solicitado na prova.

Coesão e coerência

Nas provas de concurso, sempre aparecem as expressões coesão e coerência. O que isso representa para que possamos bem interpretar um texto?

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LÍNGUA PORTUGUESA

3 Para que possamos compreender bem um texto, ele precisa transmitir com propriedade a mensagem.

Às articulações gramaticais existente entre as palavras, as orações e as frases, com intuito de garantir a significação do texto, damos o nome de coesão. Por sua vez, coerência diz respeito à semântica construída por meio das propriedades do texto.

Tipologia e gêneros textual

Tipologia e gênero textual se refere a como o texto se apresenta.

Listarei aqui alguns tipos e gêneros textuais que mais caem em provas de

concursos.

Vejamos.

✓ Informativo  Produção textual com informação sobre determinado assunto;

✓ Histórico  Documento em que se divulgam informações sobre determinado

período, eventos ou personagens;

✓ Argumentativo  Produção textual em que se defende uma ideia, opinião ou ponte

de vista;

✓ Instrucional  Texto cuja função é instruir, ensinar como algo deve ser feito;

✓ Injuntivo  Instrução quanto à realização de uma ação. Ex.: ordens, pedidos,

manuais, instruções para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos ...;

✓ Publicitário  Texto empregado em campanhas publicitárias. Pode ser escrito, oral

ou visual;

✓ Normativo  Texto que estabelece normas ou regras;

✓ Dissertativo-argumentativo  Bem simples!!! Esse tipo de texto caracteriza-se por

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LÍNGUA PORTUGUESA

4 formar a opinião do leitor. Isso quer dizer que o autor tenta convencer o leitor de sua maneira de pensar;

✓ Crônica  A crônica é uma forma textual no estilo de narração que tem por base

fatos que acontecem em nosso cotidiano. Por este motivo, é uma leitura agradável, pois o leitor interage com os acontecimentos e, por muitas vezes, se identifica com as ações tomadas pelas personagens;

✓ Narrativo  Trata-se de um texto que possui sequência de fatos, envolvendo

personagens em determinado espaço e tempo;

✓ Descritivo  Caracteriza-se por descrever algo ou alguém.

Agora vamos treinar! Fazer exercícios é muito importante para adquirir habilidade com as questões da banca.

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LÍNGUA PORTUGUESA

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a. Revisão 1 (questões)

Textos para os itens seguintes.

Da pedagogia tradicional à pedagogia nova

O fim do século XIX e o início do XX são marcados pela passagem da pedagogia tradicional para a pedagogia nova. A pedagogia tradicional, portadora dos costumes dos séculos passados, define-se como uma prática de saber-fazer conservadora, prescritiva e ritualizada, e como uma forma que respeita e perpetua o método de ensino do século XVII. Essa tradição, baseada na ordem, foi levada ao extremo no século XIX, no período dito de “ensino mútuo”, que corresponde à Revolução Industrial. A pedagogia tradicional é caracterizada pela preocupação com a eficiência sempre maior, inspirada no modelo econômico dominante, e pelo impulso da educação popular, isto é, o aparecimento de enormes grupos-classes, implicando uma organização global extremamente detalhada.

Entretanto, no início do século XX, a pedagogia tradicional foi contestada pela Escola Nova. A pedagogia nova se constitui como oposição estreita à tradição: concentração da atenção na criança, suas afinidades e seus campos de interesse; definição do docente como guia etc. A pedagogia nova se opõe a uma pedagogia tradicionalmente centrada no mestre e nos conteúdos a transmitir.

C. Grauthier e M. Turdif. A pedagogia – Teorias e práticas da Antiguidade aos nossos dias. 2ª Edição. Editora Vozes, 2013, p. 175 (com adaptações).

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LÍNGUA PORTUGUESA

6 Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA, julgue o seguinte item.

O que distingue a pedagogia nova da pedagogia tradicional é o protagonismo que cada uma delas atribui a aprendizes, professores e conteúdos.

QUESTÃO 02 – CESPE – SEDF – NÍVEL SUPERIOR – 2017

Conforme o texto, no período da Revolução Industrial, houve uma grande preocupação com a qualidade e com a eficiência da educação popular.

QUESTÃO 03 – CESPE – FUB – NÍVEL SUPERIOR – 2016

Em meados da década de 90 do século passado, o economista norte-americano Jeremy Rifkin causou polêmica com seu livro O Fim do Emprego, no qual previa que a era do emprego estava com os dias contados. Segundo Rifkin, o aumento da produtividade resultante da adoção de novas tecnologias – como a informática, a robótica e as telecomunicações – iria provocar efeitos devastadores no nível de emprego mundial. Milhões de pessoas perderiam seu ganha-pão no campo, na indústria e no setor de serviços. Somente uma pequena elite de trabalhadores especializados conseguiria prosperar em uma economia global dominada pela tecnologia.

Mas nem todos concordam com os prognósticos pessimistas de Rifkin. “Embora a tecnologia possa tanto criar trabalhos como extingui-los, o efeito líquido é geralmente o aumento do emprego”, diz um relatório do Futuro os Work, um programa do governo neozelandês que discute as grandes tendências no mercado de trabalho. “Ao aumentar a produtividade, a tecnologia aumenta a renda e, portanto, a demanda na

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LÍNGUA PORTUGUESA

7 economia como um todo”, afirma o estudo, que, no entanto, reconhece que o problema não é tão simples: “Motivo de maior preocupação é que trabalhadores que perderam seus empregos devido a mudanças na tecnologia podem não ter as habilidades ou os meios para adquirir as habilidades que serão exigidas no mercado de trabalho do futuro”.

Se a tecnologia pode decretar o fim do emprego para alguns, ela pode, paradoxalmente, representar um aumento do trabalho para muitos. Nos últimos anos, inovações como a Internet e o telefone celular reduziram as dificuldades relacionadas às limitações de tempo e espaço. Qualquer pessoa pode hoje ser encontrada a qualquer momento, em qualquer lugar, o que amplia seu ambiente virtual de trabalho. “Se não houver uma mudança no perfil cultural da sociedade como um todo, as tecnologias só trarão mais e mais trabalho para a vida das pessoas”, diz o consultor Simon Franco.

Juliana de Moraes. Emprego que não acaba mais. In: Revista

Superinteressante, n. 209, maio/2005 (com adaptações). Internet: http://super.abril.com.br.

O livro O Fim do Emprego e o relatório do Future of Work apresentam conclusões equivalentes sobre o impacto da tecnologia na geração de empregos.

QUESTÃO 04 – CESPE – FUB – NÍVEL SUPERIOR – 2016

O último parágrafo do texto caracteriza-se como predominantemente descritivo, pois apresenta uma articulação textual de informações e opiniões.

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LÍNGUA PORTUGUESA

8 A tendência ao trabalho informal no Brasil vem acentuando-se cada vez mais. Podemos observar que tanto o emprego informal como o desemprego são problemas que apontam para a mesma direção. Se o desemprego cresce na economia formal, aumenta, também, o emprego informal. O Brasil mudará o perfil de seu mercado de trabalho nos próximos anos. Hoje, temos três categorias diferentes de trabalhadores. Dessas três categorias, uma, infelizmente, não se enquadrará nas novas oportunidades que surgirão. Ela engloba aqueles que possuem pouca formação intelectual e estão acostumados, ao longo dos anos, com a cultura do emprego e que resistem em voltar a estudar. Estes continuarão sofrendo e engrossando a fila de desempregados até descobrirem que podem sobreviver prestando serviços autônomos de pouca relevância.

A segunda categoria é constituída por jovens com boa formação intelectual, que estão atentos às tendências e que precisam da ajuda para entender melhor como fazer uso de seus conhecimentos. Em médio prazo, essa categoria estará em evidência.

A última categoria é constituída por talentos já feitos e que, infelizmente, são uma minoria, o que faz com que as empresas vivam disputando seus passes. Esses profissionais são alvos de altas propostas feitas pelas empresas. São pessoas com visão estratégica e mentalidade evoluída, que buscam, por conta própria, a sua formação e que usam a criatividade para inventar novos produtos e serviços.

Agenor Manoel de Carvalho. O impacto da tecnologia no mercado de trabalho. In: Evidência, Araxá, n. 6, 2010, p. 153-7.

De acordo com as informações do texto, há relação entre desemprego e emprego informal; entretanto, tais informações são insuficientes para se inferir se tal relação é diretamente proporcional.

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LÍNGUA PORTUGUESA

9 Texto para as questões seguintes.

Para começar, ele nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a gente olha de cima, com superioridade. Com ele é olho ou tela no olho. Ele nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré-eletrônico, mostre o que você sabe fazer. A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou precisa fazer tudo ao modo dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você. Mas se apenas ignorasse ainda seria suportável. Ele responde. Repreende. Corrige. Uma tela vazia, muda, nenhuma reação aos nossos comandos digitais, tudo bem. Mas quando você o manda fazer alguma coisa, mas manda errado, ele fiz “Errado”. Não diz “Burro”, mas está implícito. É pior, muito pior. Às vezes, quando a gente erra, ele faz “bip”. Assim, para todo mundo ouvir. Comecei a usar o computador na redação do jornal e volta e meia errava. E lá vinha ele: “Bip” “Olha aqui, pessoal: ele errou”.

Outra coisa: ele é mais inteligente que você. Sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que sabe. Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem a usa não vale com ele. Está subentendido, nas suas relações com o computador, que você jamais aproveitará metade das coisas que ele tem para oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando o outro igual a ele o estiver programando. A máquina de escrever podia ter recursos que você nunca usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só aguentava os humanos por falta de coisa melhor, no momento. E a máquina, mesmo nos seus instantes de maior impaciência conosco, jamais faria “bip” em público.

Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela primeira vez, cheguei em casa e bati na minha máquina. Sabendo que ela aguentaria sem reclamar, como sempre, a pobrezinha.

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LÍNGUA PORTUGUESA

10 Luiz Fernando Veríssimo. Tecnologia. In: Pai não entende nada. Porto Alegre: L&PM, 1990, p. 58-60.

QUESTÃO 06 – CESPE – FUB – NÍVEL SUPERIOR – 2016

O autor defende a opinião de que, na relação com o usuário, o computador é mais passivo e a máquina de escrever, mais ativa.

QUESTÃO 07 – CESPE – FUB – NÍVEL SUPERIOR – 2016

O computador e a máquina de escrever, instrumentos do cotidiano do trabalho do autor do texto, são descritos com o uso de recursos textuais que remetem a características humanas.

QUESTÃO 08 – CESPE – FUB – NÍVEL SUPERIOR – 2016

Considerando os gêneros e tipos textuais, o texto em apreço configura-se como uma crônica em que se combinam ficcionalidade e narratividade.

QUESTÃO 09 – CESPE – FUB – NÍVEL SUPERIOR – 2016

No trecho “cheguei em casa e bati na minha máquina” (l. 23), o autor explora o potencial plurissignificativo do verbo bater para produzir um efeito expressivo de humor dado o contexto de suas afirmações sobre sua relação com o computador e a máquina de escrever.

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LÍNGUA PORTUGUESA

11 QUESTÃO 10 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA/COMUNICAÇÃO E MÁRQUETING – 2016

A imprensa, como praticamente todos os setores econômicos, sofreu o impacto da tecnologia da informação, que mudou a cara do mundo. A Internet promoveu rapidez na troca de dados, interferindo, inclusive, na nossa noção de tempo e espaço. Essas inovações mudaram a forma de consumir notícias: a audiência agora quer tudo em excesso, e de maneira instantânea. Os órgãos de comunicação tiveram que se ajustar para atender a um público agora empoderado dessas inovações.

Adaptar-se a essa nova configuração de mercado deixou de ser uma opção, passando a ser imprescindível. Muita gente se esquece de que os veículos de comunicação são também empresas que trabalham com a lógica comercial. Sua função social de fortalecer a liberdade de expressão, de educar e de provocar reflexão, de forma a fornecer, de maneira equânime, diferentes pontos de vista, ainda é fundamento para a imprensa do jeito como a conhecemos. Essa prioridade, no entanto, foi colocada em xeque em nome da sobrevivência econômica, com implicações na forma de produzir notícias.

As mudanças foram redesenhadas de acordo com a realidade do mercado: satisfazer seu público e atrair o interesse dos anunciantes. Se a receita com propaganda era antes responsável por cobrir 80% dos custos de produção da notícia, as receitas obtidas pela circulação mundial de jornais foram, em 2014, maiores do que as provenientes de publicidade: dos US$ 179 bilhões em receitas, US$ 92 bilhões corresponderam à circulação impressa e digital, enquanto US$ 87 bilhões corresponderam à publicidade.

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LÍNGUA PORTUGUESA

12 Luís Humberto S. Carrijo. O valor da notícia na era digital. Internet: <http://observatoriodaimprensa.com.br> (Com adaptações).

Com relação às ideias e à estrutura do texto 1A2AAA, julgue o item a seguir.

O tema Internet, anunciado no início do primeiro parágrafo e mantido ao longo dos demais parágrafos, é o elemento textual que garante o encadeamento das ideias no texto.

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LÍNGUA PORTUGUESA

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b. Revisão 2 (questões)

Texto para as questões seguintes.

A imprensa, como praticamente todos os setores econômicos, sofreu o impacto da tecnologia da informação, que mudou a cara do mundo. A Internet promoveu rapidez na troca de dados, interferindo, inclusive, na nossa noção de tempo e espaço. Essas inovações mudaram a forma de consumir notícias: a audiência agora quer tudo em excesso, e de maneira instantânea. Os órgãos de comunicação tiveram que se ajustar para atender a um público agora empoderado dessas inovações.

Adaptar-se a essa nova configuração de mercado deixou de ser uma opção, passando a ser imprescindível. Muita gente se esquece de que os veículos de comunicação são também empresas que trabalham com a lógica comercial. Sua função social de fortalecer a liberdade de expressão, de educar e de provocar reflexão, de forma a fornecer, de maneira equânime, diferentes pontos de vista, ainda é fundamento para a imprensa do jeito como a conhecemos. Essa prioridade, no entanto, foi colocada em xeque em nome da sobrevivência econômica, com implicações na forma de produzir notícias.

As mudanças foram redesenhadas de acordo com a realidade do mercado: satisfazer seu público e atrair o interesse dos anunciantes. Se a receita com propaganda era antes responsável por cobrir 80% dos custos de produção da notícia, as receitas obtidas pela circulação mundial de jornais foram, em 2014, maiores do que as provenientes de publicidade: dos US$ 179 bilhões em receitas, US$ 92 bilhões corresponderam à circulação impressa e digital, enquanto US$ 87 bilhões corresponderam à publicidade.

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LÍNGUA PORTUGUESA

14 Luís Humberto S. Carrijo. O valor da notícia na era digital. Intenet:

http://observatoriodaimprensa.com.br (com adaptações).

QUESTÃO 11 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA/COMUNICAÇÃO E MÁRQUETING – 2016

O emprego da expressão “essa nova configuração de mercado” (l.7) para fazer referência às inovações tecnológicas mencionadas no primeiro parágrafo é um recurso que confere coesão ao texto.

QUESTÃO 12 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA/COMUNICAÇÃO E MÁRQUETING – 2016

No texto, recomenda-se que as empresas satisfaçam seu público e atraiam o interesse dos anunciantes.

QUESTÃO 13 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA/COMUNICAÇÃO E MÁRQUETING – 2016

O segundo período do segundo parágrafo do texto constitui, de acordo com a teoria

da argumentação,um exemplo de raciocínio categórico.

QUESTÃO 14 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA/COMUNICAÇÃO E MÁRQUETING – 2016

O primeiro período do primeiro parágrafo apresenta, de forma resumida, a ideia central do texto.

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LÍNGUA PORTUGUESA

15 QUESTÃO 15 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA/COMUNICAÇÃO E MÁRQUETING – 2016

A imprensa foi o setor econômico que sofreu mais fortemente o impacto da tecnologia da informação, visto que trabalha diretamente com a promoção do acesso à informação.

Texto para as questões seguintes.

Minha tia, Mary Beton, devo dizer-lhes, morreu de uma queda de cavalo, quando estava em Bombaim. A notícia da herança chegou certa noite quase simultaneamente com a da aprovação do decreto que deu o voto às mulheres. A carta de um advogado caiu na caixa do correio e, quando a abri, descobri que ela me havia deixado quinhentas libras anuais até o fim da minha vida. Dos dois – o voto e o dinheiro –, o dinheiro, devo admitir, pareceu-me infinitamente mais importante. Antes disso, eu ganhara a vida mendigando trabalhos esporádicos nos jornais, fazendo reportagens sobre um espetáculo de burros aqui ou um casamento ali; ganhara algumas libras endereçando envelopes, lendo para senhoras idosas, fazendo flores artificiais, ensinando o alfabeto a crianças pequenas num jardim de infância. Tais eram as principais ocupações abertas às mulheres antes de 1918. De fato, pensei, deixando a prata escorregar para dentro de minha bolsa e recordando a amargura daqueles dias: é impressionante a mudança de ânimo que uma renda fixa promove. Nenhuma força no mundo pode arrancar-me minhas quinhentas libras. Comida, casa e roupas são minhas para sempre. Assim, cessam não apenas o esforço e o trabalho árduo, mas também o ódio e a amargura. Não preciso odiar homem algum: ele não pode ferir-me. Não preciso bajular homem algum: ele nada tem a dar-me. Assim, imperceptivelmente, descobri-me adotando uma nova atitude em relação à outra metade da raça humana. E, ao reconhecer tais obstáculos, medo e amargura

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LÍNGUA PORTUGUESA

16 convertem-se gradativamente em piedade e tolerância; e depois, passados um ou dois anos, a piedade e a tolerância se foram, e chegou a maior de todas as liberações, que é a liberdade de pensar nas coisas em si. Aquele prédio, por exemplo, gosto dele ou não? E aquele quadro, é belo ou não? Será esse, em minha opinião, um bom ou um mau livro? Com efeito, o legado de minha tia me desvendou o céu e substituiu a grande e imponente figura de um cavaleiro, que Milton recomendava para minha perpétua adoração, por uma visão do céu aberto.

QUESTÃO 16 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA/COMUNICAÇÃO E MÁRQUETING – 2016

O texto é desenvolvido com base na ideia de que a independência financeira é determinante para que as mulheres conquistem sua autonomia.

QUESTÃO 17 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA/COMUNICAÇÃO E MÁRQUETING – 2016

Infere-se do texto que a narradora acredita ser mais importante para as mulheres ter dinheiro que votar.

QUESTÃO 18 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA/COMUNICAÇÃO E MÁRQUETING – 2016

Somente após receber a herança da tia, a narradora tornou-se uma mulher independente, capaz de governar-se pelos próprios meios.

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LÍNGUA PORTUGUESA

17 QUESTÃO 19 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA/COMUNICAÇÃO E MÁRQUETING – 2016

A conquista da “liberdade de pensar nas coisas em si” (l.22) resultou em sentimentos de piedade e tolerância em relação aos homens, sentimentos esses que substituíram o ódio e a amargura nutridos inicialmente pela narradora.

QUESTÃO 20 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA/COMUNICAÇÃO E MÁRQUETING – 2016

Depreende-se do trecho “ganhara algumas libras endereçando envelopes (...) jardim de infância” (l. 8 a 11) que as diversas ocupações da narradora garantiam-lhe uma renda fixa.

QUESTÃO 21 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA/COMUNICAÇÃO E MÁRQUETING – 2016

A narradora utiliza a expressão “outra metade da raça humana” (l. 18 e 19) para se referir ao gênero masculino.

Texto para as questões seguintes.

O europeu tem a respeito da mulher brasileira uma noção falsíssima. Para ele nós só nascemos para o amor e a idolatria dos homens, sendo para tudo mais o protótipo da nulidade. Dir-se-ia que a existência para nós desliza como rio de rosas sem espinhos e que recebemos do céu o dom escultural da formosura, que impõe a adoração... Nem uma nem outra coisa. Nem a mulher brasileira é bonita, senão

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LÍNGUA PORTUGUESA

18 nos curtos anos da primeira mocidade, nem a sociedade lhe alcatifa a vida de facilidades. Ela é exatamente digna de observação elogiosa pelo seu caráter independente, pela presteza com se submete aos sacrifícios, a bem dos seus, e pela presteza com que se submete aos sacrifícios, a bem dos seus, e pela sua virtude. A brasileira não se contenta com o ser amada: ama; não se resigna a ser inútil; age, vibrando à felicidade ou à dor, sem ofender os tristes com a sua alegria e sabendo subjugar o sofrimento. Parecerá por isso indiferente ou sossegada, a quem não a conhecer senão pelas exterioridades. Mas não tivesse ela capacidade para a luta e inda as portas das academias não se lhe teriam aberto, nem teria ela conseguido lecionar em colégios superiores. A esses lugares de responsabilidade ninguém vai por fantasia nem chega sem sacrifícios e coragem. Apesar da antipatia do homem pela mulher intelectual, que ele agride e ridiculariza, a brasileira de hoje procura enriquecer a sua inteligência frequentando cursos que lhe ilustrem o espírito e lhe proporcionem um escudo para a vida, tão sujeita a mutabilidades.

Júlia Lopes de Almeida. A mulher brasileira. In: Livro das donas e donzelas. Rio de Janeiro: Editora Livraria Francisco Alves e Cia., 1906 (com adaptações).

QUESTÃO 22 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA – 2016

Segundo a autora, ao homem europeu a mulher brasileira parece ser “indiferente ou sossegada” (l.12) porque sua alegria não diminui frente à dor de outrem.

QUESTÃO 23 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA – 2016

Infere-se do trecho “Mas não tivesse ela capacidade para a luta (...) nem teria ela conseguido lecionar em colégios superiores” (l. 13 a 15) que as mulheres brasileiras

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LÍNGUA PORTUGUESA

19 conquistaram, com “sacrifícios e coragem” (l.16), o direito do acesso irrestrito às universidades tanto como estudantes quanto como professoras.

QUESTÃO 24 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA – 2016

A partir do trecho “Nem uma nem outra coisa” (l. 5), a autora apresenta ideias antagônicas para desconstruir estereótipos associados à mulher brasileira.

QUESTÃO 25 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA – 2016

A autora refuta, no texto, a ideia de que a beleza da mulher brasileira limita-se à juventude.

QUESTÃO 26 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA – 2016

O sentido original e a correção gramatical do texto seriam preservados caso o primeiro período fosse reescrito da seguinte maneira: A concepção do europeu acerca da mulher brasileira é demasiado falsa.

Texto para as questões seguintes.

No fundo, Ana sempre tivera necessidade de sentir a raiz firme das coisas. E isso um lar perplexamente lhe dera. Por caminhos tortos, viera a cair num destino de mulher, com a surpresa de nele caber como se o tivesse inventado. O homem com quem casara era um homem verdadeiro, os filhos que tivera eram filhos verdadeiros. Sua juventude anterior parecia-lhe estranha como uma doença de vida. Dela havia aos poucos emergido para descobrir que também sem a felicidade se vivia: abolindo-a,

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LÍNGUA PORTUGUESA

20 encontrara uma legião de pessoas, antes invisíveis, que viviam como quem trabalha – com persistência, continuidade, alegria. O que sucedera a Ana antes de ter o lar estava para sempre fora de seu alcance: uma exaltação perturbada que tantas vezes se confundira com felicidade insuportável. Criara em troca algo enfim compreensível, uma vida de adulto. Assim ela o quisera e escolhera.

Sua preocupação reduzia-se a tomar cuidado na hora perigosa da tarde, quando a casa estava vazia sem precisar mais dela, o sol alto, cada membro da família distribuído nas suas funções. Olhando os móveis limpos, seu coração se apertava um pouco em espanto. Mas na sua vida não havia lugar para que sentisse ternura pelo seu espanto – ela o abafava com a mesma habilidade que as lides em casa lhe haviam transmitido. Saía então para fazer compras ou levar objetos para consertar, cuidando do lar e da família à revelia deles. Quando voltasse era o fim da tarde e as crianças vindas do colégio exigiam-na. Assim chegaria a noite, com sua tranquila vibração. De manhã acordaria aureolada pelos calmos deveres. Encontrava os móveis de novo empoeirados e sujos, como se voltassem arrependidos. Quanto a ela mesma, fazia obscuramente parte das raízes negras e suaves do mundo. E alimentava anonimamente a vida. Estava bom assim. Assim ela o quisera e escolhera.

QUESTÃO 27 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA – 2016 Ana dissimula as suas inquietações com afazeres domésticos.

QUESTÃO 28 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA – 2016

Com um lar, com a vida que “quisera e escolhera”, a única preocupação de Ana era ser uma exímia dona de casa.

(21)

LÍNGUA PORTUGUESA

21 QUESTÃO 29 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA – 2016

Infere-se do primeiro parágrafo do texto que, desde a juventude, Ana considerava o casamento e a maternidade sua vocação inata, ou seja, seu destino de mulher.

QUESTÃO 30 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA – 2016

Depreende-se do texto que o casamento proporcionou a Ana o direito à felicidade, sentimento desconhecido para ela na juventude.

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LÍNGUA PORTUGUESA

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c. Revisão 3 (mapas mentais)

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LÍNGUA PORTUGUESA

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LÍNGUA PORTUGUESA 24

d. Gabarito

1 2 3 4 5 C E E E C 6 7 8 9 10 E C C C E 11 12 13 14 15 C E E C E 16 17 18 19 20 C E E E E 21 22 23 24 25 C E E C E 26 27 28 29 30 C C E E E

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LÍNGUA PORTUGUESA

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e. Breves comentários às questões

Textos para os itens seguintes.

Da pedagogia tradicional à pedagogia nova

O fim do século XIX e o início do XX são marcados pela passagem da pedagogia tradicional para a pedagogia nova. A pedagogia tradicional, portadora dos costumes dos séculos passados, define-se como uma prática de saber-fazer conservadora, prescritiva e ritualizada, e como uma forma que respeita e perpetua o método de ensino do século XVII. Essa tradição, baseada na ordem, foi levada ao extremo no século XIX, no período dito de “ensino mútuo”, que corresponde à Revolução Industrial. A pedagogia tradicional é caracterizada pela preocupação com a eficiência sempre maior, inspirada no modelo econômico dominante, e pelo impulso da educação popular, isto é, o aparecimento de enormes grupos-classes, implicando uma organização global extremamente detalhada.

Entretanto, no início do século XX, a pedagogia tradicional foi contestada pela Escola Nova. A pedagogia nova se constitui como oposição estreita à tradição: concentração da atenção na criança, suas afinidades e seus campos de interesse; definição do docente como guia etc. A pedagogia nova se opõe a uma pedagogia tradicionalmente centrada no mestre e nos conteúdos a transmitir.

C. Grauthier e M. Turdif. A pedagogia – Teorias e práticas da Antiguidade aos nossos dias. 2ª Edição. Editora Vozes, 2013, p. 175 (com adaptações).

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LÍNGUA PORTUGUESA

26 Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA, julgue o seguinte item.

O que distingue a pedagogia nova da pedagogia tradicional é o protagonismo que cada uma delas atribui a aprendizes, professores e conteúdos.

Comentário:

A questão é bem simples! Trata do seguinte questionamento: O que é pedagogia tradicional e o que é pedagogia nova?

Vamos delimitar os conceitos. Observe.

No último parágrafo, temos a seguinte informação:

 A pedagogia nova: concentração da atenção na criança, suas afinidades e seus

campos de interesse; definição do docente como guia etc.

 A pedagogia tradicional: centrada no mestre e nos conteúdos a transmitir.

Podemos concluir, assim, que o que distingue a pedagogia nova da pedagogia tradicional é, sim, o protagonismo que cada uma delas atribui a aprendizes, professores e conteúdos.

Resposta: C

QUESTÃO 02 – CESPE – SEDF – NÍVEL SUPERIOR – 2017

Conforme o texto, no período da Revolução Industrial, houve uma grande preocupação com a qualidade e com a eficiência da educação popular.

(27)

LÍNGUA PORTUGUESA

27 Vamos ver o que diz o texto sobre a qualidade do ensino no período da Revolução Industrial. Hehehehehe... Não tem erro! Repare. Basta destacar o tópico frasal do trecho.

“A pedagogia tradicional, portadora dos costumes dos séculos passados, define-se como uma prática de saber-fazer conservadora, prescritiva e ritualizada, e como uma forma que respeita e perpetua o método de ensino do século XVII. Essa tradição, baseada na ordem, foi levada ao extremo no século XIX, no período dito de ‘ensino mútuo’, que corresponde à Revolução Industrial.”

O que podemos perceber?

No período da Revolução Industrial, tínhamos uma pedagogia tradicional, voltada para a escola, baseada na ordem. Não havia preocupação com a qualidade de ensino.

Resposta: E

QUESTÃO 03 – CESPE – FUB – NÍVEL SUPERIOR – 2016

Em meados da década de 90 do século passado, o economista norte-americano Jeremy Rifkin causou polêmica com seu livro O Fim do Emprego, no qual previa que a era do emprego estava com os dias contados. Segundo Rifkin, o aumento da produtividade resultante da adoção de novas tecnologias – como a informática, a robótica e as telecomunicações – iria provocar efeitos devastadores no nível de emprego mundial. Milhões de pessoas perderiam seu ganha-pão no campo, na indústria e no setor de serviços. Somente uma pequena elite de trabalhadores especializados conseguiria prosperar em uma economia global dominada pela tecnologia.

(28)

LÍNGUA PORTUGUESA

28 Mas nem todos concordam com os prognósticos pessimistas de Rifkin. “Embora a tecnologia possa tanto criar trabalhos como extingui-los, o efeito líquido é geralmente o aumento do emprego”, diz um relatório do Futuro os Work, um programa do governo neozelandês que discute as grandes tendências no mercado de trabalho. “Ao aumentar a produtividade, a tecnologia aumenta a renda e, portanto, a demanda na economia como um todo”, afirma o estudo, que, no entanto, reconhece que o problema não é tão simples: “Motivo de maior preocupação é que trabalhadores que perderam seus empregos devido a mudanças na tecnologia podem não ter as habilidades ou os meios para adquirir as habilidades que serão exigidas no mercado de trabalho do futuro”.

Se a tecnologia pode decretar o fim do emprego para alguns, ela pode, paradoxalmente, representar um aumento do trabalho para muitos. Nos últimos anos, inovações como a Internet e o telefone celular reduziram as dificuldades relacionadas às limitações de tempo e espaço. Qualquer pessoa pode hoje ser encontrada a qualquer momento, em qualquer lugar, o que amplia seu ambiente virtual de trabalho. “Se não houver uma mudança no perfil cultural da sociedade como um todo, as tecnologias só trarão mais e mais trabalho para a vida das pessoas”, diz o consultor Simon Franco.

Juliana de Moraes. Emprego que não acaba mais. In: Revista

Superinteressante, n. 209, maio/2005 (com adaptações). Internet: http://super.abril.com.br.

O livro O Fim do Emprego e o relatório do Future of Work apresentam conclusões equivalentes sobre o impacto da tecnologia na geração de empregos.

(29)

LÍNGUA PORTUGUESA

29 Já deu para perceber que as questões de interpretação de texto da banca não trazem grandes complexidades. Vamos ver o que o texto diz a respeito do impacto da tecnologia na geração de empregos.

O livro O Fim do Emprego prevê que a era do emprego estaria com os dias contados. Por sua vez, o relatório do Future of Work conclui que, embora a tecnologia possa tanto criar trabalhos como extingui-los, o efeito líquido é geralmente o aumento do emprego.

Bingoooooooo!!! As conclusões tanto do livro quanto do relatório não são equivalentes. Item incorreto.

Resposta: E

QUESTÃO 04 – CESPE – FUB – NÍVEL SUPERIOR – 2016

O último parágrafo do texto caracteriza-se como predominantemente descritivo, pois apresenta uma articulação textual de informações e opiniões.

Comentário:

Item incorreto. O texto em referência é dissertativo-argumentativo. Mas por quê, professora?

Bem simples!!! Esse tipo de texto caracteriza-se por expressar defesa de uma ideia por meio de argumentos e explicações e objetiva formar a opinião do leitor. Isso quer dizer que o autor tenta convencer o leitor de sua maneira de pensar.

Fácil, não é mesmo?! Resposta: E

(30)

LÍNGUA PORTUGUESA

30 QUESTÃO 05 – CESPE – FUB – NÍVEL SUPERIOR – 2016

A tendência ao trabalho informal no Brasil vem acentuando-se cada vez mais. Podemos observar que tanto o emprego informal como o desemprego são problemas que apontam para a mesma direção. Se o desemprego cresce na economia formar, aumenta, também, o emprego informal. O Brasil mudará o perfil de seu mercado de trabalho nos próximos anos. Hoje, temos três categorias diferentes de trabalhadores. Dessas três categorias, uma, infelizmente, não se enquadrará nas novas oportunidades que surgirão. Ela engloba aqueles que possuem pouca formação intelectual e estão acostumados, ao longo dos anos, com a cultura do emprego e que resistem em voltar a estudar. Estes continuarão sofrendo e engrossando a fila de desempregados até descobrirem que podem sobreviver prestando serviços autônomos de pouca relevância.

A segunda categoria é constituída por jovens com boa formação intelectual, que estão atentos às tendências e que precisam da ajuda para entender melhor como fazer uso de seus conhecimentos. Em médio prazo, essa categoria estará em evidência.

A última categoria é constituída por talentos já feitos e que, infelizmente, são uma minoria, o que faz com que as empresas vivam disputando seus passes. Esses profissionais são alvos de altas propostas feitas pelas empresas. São pessoas com visão estratégica e mentalidade evoluída, que buscam, por conta própria, a sua formação e que usam a criatividade para inventar novos produtos e serviços.

Agenor Manoel de Carvalho. O impacto da tecnologia no mercado de trabalho. In: Evidência, Araxá, n. 6, 2010, p. 153-7.

De acordo com as informações do texto, há relação entre desemprego e emprego informal; entretanto, tais informações são insuficientes para se inferir se tal relação é diretamente proporcional.

(31)

LÍNGUA PORTUGUESA

31 Comentário:

Nesta questão, precisamos identificar o significado da expressão “diretamente proporcional”.

Hehehehe... Não é tão difícil assim, né?! As grandezas diretamente proporcionais estão relacionadas entre si. Como assim, professora? Simples! Quando uma medida de algo aumenta ou diminui, a outra sofre alteração proporcional.

Bingoooooo!!! Matamos a questão!!!

E o que podemos concluir com essa explicação?

Repare o que diz no primeiro parágrafo do texto: Se o desemprego cresce na economia formal, aumenta, também, o emprego informal.

Podemos concluir, assim, que há relação de aumento entre o desemprego e o emprego informal. Mas o texto não afirma, com propriedade, se essa relação é diretamente proporcional, ou seja, quando uma aumenta, a outra aumenta em mesma proporção.

A banca quis brincar com o concursando, não é mesmo?! Kkkkkkkk... Alternativa correta.

Resposta: C

Texto para as questões seguintes.

Para começar, ele nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a gente olha de cima, com superioridade. Com ele é olho ou tela no olho. Ele nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré-eletrônico, mostre o que você sabe

(32)

LÍNGUA PORTUGUESA

32 fazer. A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou precisa fazer tudo ao modo dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você. Mas se apenas ignorasse ainda seria suportável. Ele responde. Repreende. Corrige. Uma tela vazia, muda, nenhuma reação aos nossos comandos digitais, tudo bem. Mas quando você o manda fazer alguma coisa, mas manda errado, ele fiz “Errado”. Não diz “Burro”, mas está implícito. É pior, muito pior. Às vezes, quando a gente erra, ele faz “bip”. Assim, para todo mundo ouvir. Comecei a usar o computador na redação do jornal e volta e meia errava. E lá vinha ele: “Bip” “Olha aqui, pessoal: ele errou”.

Outra coisa: ele é mais inteligente que você. Sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que sabe. Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem a usa não vale com ele. Está subentendido, nas suas relações com o computador, que você jamais aproveitará metade das coisas que ele tem para oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando o outro igual a ele o estiver programando. A máquina de escrever podia ter recursos que você nunca usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só aguentava os humanos por falta de coisa melhor, no momento. E a máquina, mesmo nos seus instantes de maior impaciência conosco, jamais faria “bip” em público.

Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela primeira vez, cheguei em casa e bati na minha máquina. Sabendo que ela aguentaria sem reclamar, como sempre, a pobrezinha.

Luiz Fernando Veríssimo. Tecnologia. In: Pai não entende nada. Porto Alegre: L&PM, 1990, p. 58-60.

(33)

LÍNGUA PORTUGUESA

33 O autor defende a opinião de que, na relação com o usuário, o computador é mais passivo e a máquina de escrever, mais ativa.

Comentário:

Aqui a banca quis “pegar” o candidato. Hehehehe... Não mesmo!!!

O autor defende exatamente o contrário: o computador é ativo, e a máquina, passiva. Observe os trechos:

 Máquina:

✓ “A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo que seja a tapa.”

 Computador:

✓ “Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou precisa fazer

tudo ao modo dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você”;

✓ “Ele responde. Repreende. Corrige”;

✓ “Uma tela vazia, muda, nenhuma reação aos nossos comandos digitais, tudo bem”;

✓ “Mas quando você o manda fazer alguma coisa, mas manda errado, ele fiz “Errado”.

Não diz “Burro”, mas está implícito. É pior, muito pior”;

✓ “Às vezes, quando a gente erra, ele faz ‘bip’.”

Percebeu? Resposta: E

(34)

LÍNGUA PORTUGUESA

34 QUESTÃO 07 – CESPE – FUB – NÍVEL SUPERIOR – 2016

O computador e a máquina de escrever, instrumentos do cotidiano do trabalho do autor do texto, são descritos com o uso de recursos textuais que remetem a características humanas.

Comentário:

Alternativa correta. Em diversas passagens do texto, podemos perceber que o autor empregou ações humanos tanto ao computador quanto à máquina de escrever. Observe.

Computador: ignora você; responde; repreende; corrige...

Máquina: “E a máquina, mesmo nos seus instantes de maior impaciência conosco, jamais faria “bip” em público”...

Resposta: C

QUESTÃO 08 – CESPE – FUB – NÍVEL SUPERIOR – 2016

Considerando os gêneros e tipos textuais, o texto em apreço configura-se como uma crônica em que se combinam ficcionalidade e narratividade.

Comentário:

Esta questão é típica da banca: gêneros e tipos textuais!!!

Bom! Vamos lá!!! Crônica se caracteriza por ser uma narrativa de fatos que acontecem no cotidiano, o que propicia interação com o leitor. Há, neste tipo de texto também, frases dirigidas aos leitor.

(35)

LÍNGUA PORTUGUESA

35 Resposta: C

QUESTÃO 09 – CESPE – FUB – NÍVEL SUPERIOR – 2016

No trecho “cheguei em casa e bati na minha máquina” (l. 23), o autor explora o potencial plurissignificativo do verbo bater para produzir um efeito expressivo de humor dado o contexto de suas afirmações sobre sua relação com o computador e a máquina de escrever.

Comentário:

Item correto. A crônica em referência tem caráter humorístico. Assim, várias expressões foram empregadas com intuito de trazer efeito hilário ao texto. No caso, o texto abordou, com humor, a relação do autor do texto com o computador e a máquina de escrever.

Resposta: C

QUESTÃO 10 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA/COMUNICAÇÃO E MÁRQUETING – 2016

A imprensa, como praticamente todos os setores econômicos, sofreu o impacto da tecnologia da informação, que mudou a cara do mundo. A Internet promoveu rapidez na troca de dados, interferindo, inclusive, na nossa noção de tempo e espaço. Essas inovações mudaram a forma de consumir notícias: a audiência agora quer tudo em excesso, e de maneira instantânea. Os órgãos de comunicação tiveram que se ajustar para atender a um público agora empoderado dessas inovações.

(36)

LÍNGUA PORTUGUESA

36 Adaptar-se a essa nova configuração de mercado deixou de ser uma opção, passando a ser imprescindível. Muita gente se esquece de que os veículos de comunicação são também empresas que trabalham com a lógica comercial. Sua função social de fortalecer a liberdade de expressão, de educar e de provocar reflexão, de forma a fornecer, de maneira equânime, diferentes pontos de vista, ainda é fundamento para a imprensa do jeito como a conhecemos. Essa prioridade, no entanto, foi colocada em xeque em nome da sobrevivência econômica, com implicações na forma de produzir notícias.

As mudanças foram redesenhadas de acordo com a realidade do mercado: satisfazer seu público e atrair o interesse dos anunciantes. Se a receita com propaganda era antes responsável por cobrir 80% dos custos de produção da notícia, as receitas obtidas pela circulação mundial de jornais foram, em 2014, maiores do que as provenientes de publicidade: dos US$ 179 bilhões em receitas, US$ 92 bilhões corresponderam à circulação impressa e digital, enquanto US$ 87 bilhões corresponderam à publicidade.

Luís Humberto S. Carrijo. O valor da notícia na era digital. Internet: <http://observatoriodaimprensa.com.br> (Com adaptações).

Com relação às ideias e à estrutura do texto 1A2AAA, julgue o item a seguir.

O tema Internet, anunciado no início do primeiro parágrafo e mantido ao longo dos demais parágrafos, é o elemento textual que garante o encadeamento das ideias no texto.

Comentário:

Aqui a resolução não traz muita complexidade! A pergunta é simples: qual a temática do texto?

(37)

LÍNGUA PORTUGUESA

37 Podemos perceber que o texto tem como foco o impacto da tecnologia da informação de uma maneira geral. Isso também pode ser inferido do título do texto: O valor da notícia na era digital.

Fica a dica!!! Resposta: E

Texto para as questões seguintes.

A imprensa, como praticamente todos os setores econômicos, sofreu o impacto da tecnologia da informação, que mudou a cara do mundo. A Internet promoveu rapidez na troca de dados, interferindo, inclusive, na nossa noção de tempo e espaço. Essas inovações mudaram a forma de consumir notícias: a audiência agora quer tudo em excesso, e de maneira instantânea. Os órgãos de comunicação tiveram que se ajustar para atender a um público agora empoderado dessas inovações.

Adaptar-se a essa nova configuração de mercado deixou de ser uma opção, passando a ser imprescindível. Muita gente se esquece de que os veículos de comunicação são também empresas que trabalham com a lógica comercial. Sua função social de fortalecer a liberdade de expressão, de educar e de provocar reflexão, de forma a fornecer, de maneira equânime, diferentes pontos de vista, ainda é fundamento para a imprensa do jeito como a conhecemos. Essa prioridade, no entanto, foi colocada em xeque em nome da sobrevivência econômica, com implicações na forma de produzir notícias.

As mudanças foram redesenhadas de acordo com a realidade do mercado: satisfazer seu público e atrair o interesse dos anunciantes. Se a receita com propaganda era antes responsável por cobrir 80% dos custos de produção da notícia, as receitas

(38)

LÍNGUA PORTUGUESA

38 obtidas pela circulação mundial de jornais foram, em 2014, maiores do que as provenientes de publicidade: dos US$ 179 bilhões em receitas, US$ 92 bilhões corresponderam à circulação impressa e digital, enquanto US$ 87 bilhões corresponderam à publicidade.

Luís Humberto S. Carrijo. O valor da notícia na era digital. Intenet:

http://observatoriodaimprensa.com.br (com adaptações).

QUESTÃO 11 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA/COMUNICAÇÃO E MÁRQUETING – 2016

O emprego da expressão “essa nova configuração de mercado” (l.7) para fazer referência às inovações tecnológicas mencionadas no primeiro parágrafo é um recurso que confere coesão ao texto.

Comentário:

A questão traz o conceito de coesão e coerência.

Bom! Vamos relembrar um pouco o que é cada termo. Vejamos.

À conexão entre os elementos de um texto – palavras, orações, períodos, parágrafos... – damos o nome de coesão.

Por sua vez, o sentido obtido por meio dessa conexão chama-se coerência.

Dessa maneira, o emprego da expressão anafórica – “essa nova configuração de mercado” – é, sim, um recurso que confere coesão ao texto.

Item correto. Resposta: C

(39)

LÍNGUA PORTUGUESA

39 QUESTÃO 12 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA/COMUNICAÇÃO E MÁRQUETING – 2016

No texto, recomenda-se que as empresas satisfaçam seu público e atraiam o interesse dos anunciantes.

Comentário:

A forma verbal recomenda-se nos auxilia na resolução da questão. Hehehehehe... Percebe-se que o texto não traz recomendações. Ele é um texto dissertativo. Observe: “Sua função social de fortalecer a liberdade de expressão, de educar e de provocar reflexão, de forma a fornecer, de maneira equânime, diferentes pontos de vista, ainda é fundamento para a imprensa do jeito como a conhecemos. Essa prioridade, no entanto, foi colocada em xeque em nome da sobrevivência econômica, com implicações na forma de produzir notícias.

As mudanças foram redesenhadas de acordo com a realidade do mercado: satisfazer

seu público e atrair o interesse dos anunciantes.”

A expressão destacada em azul não é uma recomendação. É um aposto explicativo, ou seja, uma explicação.

Resposta: E

QUESTÃO 13 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA/COMUNICAÇÃO E MÁRQUETING – 2016

O segundo período do segundo parágrafo do texto constitui, de acordo com a teoria

da argumentação,um exemplo de raciocínio categórico.

(40)

LÍNGUA PORTUGUESA

40 Sofrido!!!!

Que podemos fazer neste tipo de questão?! Bom! Sugiro que tente analisar o significado das palavras em referência para tentar desenvolver um raciocínio do contexto. Por exemplo, raciocínio categórico é quando há certeza absoluta sobre algo. O trecho em referência traz um raciocínio categórico?! Podemos perceber que não. Há uma contradição, um paradoxo: a prioridade da imprensa – fortalecer a liberdade de expressão, de educar e de provocar reflexão, de forma a fornecer, de maneira

equânime, diferentes pontos de vista – versus necessidade de adaptar-se a nova

configuração do mercado. Resposta: E

QUESTÃO 14 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA/COMUNICAÇÃO E MÁRQUETING – 2016

O primeiro período do primeiro parágrafo apresenta, de forma resumida, a ideia central do texto.

Comentário:

A banca “bateu”!!! Agora resolveu soprar. Hehehehehehe... Questão mamão com açúcar!!!

Qual é a característica do parágrafo introdutório do texto? Não há dúvidas!!! A introdução tem por função apresentar, resumidamente, ao leitor o tema que será tratado nos outros parágrafos.

(41)

LÍNGUA PORTUGUESA

41 Item correto.

Resposta: C

QUESTÃO 15 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA/COMUNICAÇÃO E MÁRQUETING – 2016

A imprensa foi o setor econômico que sofreu mais fortemente o impacto da tecnologia da informação, visto que trabalha diretamente com a promoção do acesso à informação.

Comentário:

Item incorreto. Não há dúvidas! Basta voltar ao texto. Observe.

“A imprensa, como praticamente todos os setores econômicos, sofreu o impacto da tecnologia da informação, que mudou a cara do mundo.”

A imprensa não sofreu mais fortemente o impacto da tecnologia da informação. Ela sofreu como praticamente todos os setores econômicos. A relação é de igualdade. Resposta: E

Texto para as questões seguintes.

Minha tia, Mary Beton, devo dizer-lhes, morreu de uma queda de cavalo, quando estava em Bombaim. A notícia da herança chegou certa noite quase simultaneamente com a da aprovação do decreto que deu o voto às mulheres. A carta de um advogado caiu na caixa do correio e, quando a abri, descobri que ela me havia deixado quinhentas libras anuais até o fim da minha vida. Dos dois – o voto e o dinheiro –, o dinheiro, devo admitir, pareceu-me infinitamente mais importante. Antes disso, eu

(42)

LÍNGUA PORTUGUESA

42 ganhara a vida mendigando trabalhos esporádicos nos jornais, fazendo reportagens sobre um espetáculo de burros aqui ou um casamento ali; ganhara algumas libras endereçando envelopes, lendo para senhoras idosas, fazendo flores artificiais, ensinando o alfabeto a crianças pequenas num jardim de infância. Tais eram as principais ocupações abertas às mulheres antes de 1918. De fato, pensei, deixando a prata escorregar para dentro de minha bolsa e recordando a amargura daqueles dias: é impressionante a mudança de ânimo que uma renda fixa promove. Nenhuma força no mundo pode arrancar-me minhas quinhentas libras. Comida, casa e roupas são minhas para sempre. Assim, cessam não apenas o esforço e o trabalho árduo, mas também o ódio e a amargura. Não preciso odiar homem algum: ele não pode ferir-me. Não preciso bajular homem algum: ele nada tem a dar-me. Assim, imperceptivelmente, descobri-me adotando uma nova atitude em relação à outra metade da raça humana. E, ao reconhecer tais obstáculos, medo e amargura convertem-se gradativamente em piedade e tolerância; e depois, passados um ou dois anos, a piedade e a tolerância se foram, e chegou a maior de todas as liberações, que é a liberdade de pensar nas coisas em si. Aquele prédio, por exemplo, gosto dele ou não? E aquele quadro, é belo ou não? Será esse, em minha opinião, um bom ou um mau livro? Com efeito, o legado de minha tia me desvendou o céu e substituiu a grande e imponente figura de um cavaleiro, que Milton recomendava para minha perpétua adoração, por uma visão do céu aberto.

QUESTÃO 16 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA/COMUNICAÇÃO E MÁRQUETING – 2016

O texto é desenvolvido com base na ideia de que a independência financeira é determinante para que as mulheres conquistem sua autonomia.

(43)

LÍNGUA PORTUGUESA

43 É exatamente essa a temática do texto: independência financeira da mulher como conquista de sua autonomia. Os trechos do texto abaixo corroboram essa ideia:

✓ Nenhuma força no mundo pode arrancar-me minhas quinhentas libras. Comida,

casa e roupas são minhas para sempre.

✓ Não preciso odiar homem algum: ele não pode ferir-me.

✓ Não preciso bajular homem algum: ele nada tem a dar-me.

✓ Assim, imperceptivelmente, descobri-me adotando uma nova atitude em relação

à outra metade da raça humana. E, ao reconhecer tais obstáculos, medo e amargura convertem-se gradativamente em piedade e tolerância;

E, por fim,

✓ e depois, passados um ou dois anos, a piedade e a tolerância se foram, e chegou

a maior de todas as liberações, que é a liberdade de pensar nas coisas em si. Alternativa correta.

Resposta: C

QUESTÃO 17 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA/COMUNICAÇÃO E MÁRQUETING – 2016

Infere-se do texto que a narradora acredita ser mais importante para as mulheres ter dinheiro que votar.

Comentário:

Ah!!! A banca quis brincar com uma informação do texto: “Dos dois – o voto e o dinheiro –, o dinheiro, devo admitir, pareceu-me infinitamente mais importante”.

(44)

LÍNGUA PORTUGUESA

44 Observe que a frase destaca um pensamento pessoal: o dinheiro pareceu a mim. Não houve generalização. Item incorreto.

Resposta: E

QUESTÃO 18 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA/COMUNICAÇÃO E MÁRQUETING – 2016

Somente após receber a herança da tia, a narradora tornou-se uma mulher independente, capaz de governar-se pelos próprios meios.

Comentário:

Já deu para perceber que as questões de intepretação de texto da banca não trazem muita complexidade, né?!

Observe o que diz o texto: “Antes disso (de receber a herança), eu ganhara a vida mendigando trabalhos esporádicos nos jornais, fazendo reportagens sobre um espetáculo de burros aqui ou um casamento ali; ganhara algumas libras endereçando envelopes, lendo para senhoras idosas, fazendo flores artificiais, ensinando o alfabeto a crianças pequenas num jardim de infância”.

Esse trecho deixa claro que a narradora possuía atividade econômica antes de receber a herança, ou seja, já era independente.

Resposta: E

QUESTÃO 19 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA/COMUNICAÇÃO E MÁRQUETING – 2016

(45)

LÍNGUA PORTUGUESA

45 A conquista da “liberdade de pensar nas coisas em si” (l.22) resultou em sentimentos de piedade e tolerância em relação aos homens, sentimentos esses que substituíram o ódio e a amargura nutridos inicialmente pela narradora.

Comentário:

Esta questão exige um pouco mais de cuidado! Leia novamente o trecho:

“E, ao reconhecer tais obstáculos, medo e amargura convertem-se gradativamente em

piedade e tolerância; e depois, passados um ou dois anos, a piedade e a tolerância se

foram, e chegou a maior de todas as liberações, que é a liberdade de pensar nas coisas em si.”

Qual sentimento vem primeiro? Medo e amargura. (...) depois, passados um ou dois

anos, a piedade e a tolerância se foram, e chegou a maior de todas as liberações, que é a liberdade de pensar nas coisas em si.”

A questão fala exatamente o contrário. Item incorreto. Resposta: E

QUESTÃO 20 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA/COMUNICAÇÃO E MÁRQUETING – 2016

Depreende-se do trecho “ganhara algumas libras endereçando envelopes (...) jardim de infância” (l. 8 a 11) que as diversas ocupações da narradora garantiam-lhe uma renda fixa.

Comentário:

A informação extrapola o texto. Há menção quanto à renda. O que se percebe, por meio das atividades mencionadas, é que há variação na renda. Item incorreto.

(46)

LÍNGUA PORTUGUESA

46 Resposta: E

QUESTÃO 21 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA/COMUNICAÇÃO E MÁRQUETING – 2016

A narradora utiliza a expressão “outra metade da raça humana” (l. 18 e 19) para se referir ao gênero masculino.

Comentário:

Item correto. A expressão em destaque é anafórica. Refere-se ao que já havia

narrado anteriormente: “Não preciso odiar homem algum: ele não pode ferir-me. Não

preciso bajular homem algum: ele nada tem a dar-me. Assim, imperceptivelmente,

descobri-me adotando uma nova atitude em relação à outra metade da raça humana”. Resposta: C

Texto para as questões seguintes.

O europeu tem a respeito da mulher brasileira uma noção falsíssima. Para ele nós só nascemos para o amor e a idolatria dos homens, sendo para tudo mais o protótipo da nulidade. Dir-se-ia que a existência para nós desliza como rio de rosas sem espinhos e que recebemos do céu o dom escultural da formosura, que impõe a adoração... Nem uma nem outra coisa. Nem a mulher brasileira é bonita, senão nos curtos anos da primeira mocidade, nem a sociedade lhe alcatifa a vida de facilidades. Ela é exatamente digna de observação elogiosa pelo seu caráter independente, pela presteza com se submete aos sacrifícios, a bem dos seus, e pela presteza com que se submete aos sacrifícios, a bem dos seus, e pela sua virtude. A brasileira não se contenta com o ser amada: ama; não se resigna a ser

(47)

LÍNGUA PORTUGUESA

47 inútil; age, vibrando à felicidade ou à dor, sem ofender os tristes com a sua alegria e sabendo subjugar o sofrimento. Parecerá por isso indiferente ou sossegada, a quem não a conhecer senão pelas exterioridades. Mas não tivesse ela capacidade para a luta e inda as portas das academias não se lhe teriam aberto, nem teria ela conseguido lecionar em colégios superiores. A esses lugares de responsabilidade ninguém vai por fantasia nem chega sem sacrifícios e coragem. Apesar da antipatia do homem pela mulher intelectual, que ele agride e ridiculariza, a brasileira de hoje procura enriquecer a sua inteligência frequentando cursos que lhe ilustrem o espírito e lhe proporcionem um escudo para a vida, tão sujeita a mutabilidades.

Júlia Lopes de Almeida. A mulher brasileira. In: Livro das donas e donzelas. Rio de Janeiro: Editora Livraria Francisco Alves e Cia., 1906 (com adaptações).

QUESTÃO 22 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA – 2016

Segundo a autora, ao homem europeu a mulher brasileira parece ser “indiferente ou sossegada” (l.12) porque sua alegria não diminui frente à dor de outrem.

Comentário:

Atenção! Questão simples! Mas precisamos estar atentos. Repare:

“... age, vibrando à felicidade ou à dor, sem ofender os tristes com a sua alegria e sabendo subjugar o sofrimento.”

Não se trata da dor do outro e, sim, a própria dor. Item incorreto. Resposta: E

(48)

LÍNGUA PORTUGUESA

48 QUESTÃO 23 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA – 2016

Infere-se do trecho “Mas não tivesse ela capacidade para a luta (...) nem teria ela conseguido lecionar em colégios superiores” (l. 13 a 15) que as mulheres brasileiras conquistaram, com “sacrifícios e coragem” (l.16), o direito do acesso irrestrito às universidades tanto como estudantes quanto como professoras.

Comentário:

Vamos destacar alguns vocábulos importantes no trecho abaixo:

“Mas não tivesse ela capacidade para a luta e ainda as portas das academias não se lhe teriam aberto, nem teria ela conseguido lecionar em colégios superiores. A esses lugares de responsabilidade ninguém vai por fantasia nem chega sem sacrifícios e coragem”.

Os vocábulos destacados no trecho evidenciam que houve sacrifício para as mulheres terem o direito de lecionar em colégios superiores.

Extrapola o texto a informação: o direito de acesso irrestrito às universidades como estudantes.

Resposta: E

QUESTÃO 24 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA – 2016

A partir do trecho “Nem uma nem outra coisa” (l. 5), a autora apresenta ideias antagônicas para desconstruir estereótipos associados à mulher brasileira.

Comentário:

(49)

LÍNGUA PORTUGUESA

49 Item correto. A autora apresentou ideias antagônicas para desconstituir a imagem associada à mulher brasileira. Observe o trecho do texto:

“Dir-se-ia que a existência para nós desliza como rio de rosas sem espinhos e que

recebemos do céu o dom escultural da formosura, que impõe a adoração...”

Resposta: C

QUESTÃO 25 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA – 2016

A autora refuta, no texto, a ideia de que a beleza da mulher brasileira limita-se à juventude.

Comentário:

Basta procurar essa informação no texto! A autora argumenta exatamente o contrário. Observe:

“Nem a mulher brasileira é bonita, senão nos curtos anos da primeira mocidade, nem a sociedade lhe alcatifa a vida de facilidades.”

Item incorreto. Resposta: E

QUESTÃO 26 – CESPE – FUNPRESP/JUD – ANALISTA – 2016

O sentido original e a correção gramatical do texto seriam preservados caso o primeiro período fosse reescrito da seguinte maneira: A concepção do europeu acerca da mulher brasileira é demasiado falsa.

(50)

LÍNGUA PORTUGUESA

50 No primeiro período do texto, temos: “O europeu tem a respeito da mulher brasileira uma noção falsíssima”.

Na frase, empregou-se o superlativo – falsíssima –, para enfatizar a qualidade. Dessa maneira, a substituição está correta, uma vez que também se empregou advérbio de intensidade – demasiado – para dar ênfase ao adjetivo (falsa).

Resposta: C

Texto para as questões seguintes.

No fundo, Ana sempre tivera necessidade de sentir a raiz firme das coisas. E isso um lar perplexamente lhe dera. Por caminhos tortos, viera a cair num destino de mulher, com a surpresa de nele caber como se o tivesse inventado. O homem com quem casara era um homem verdadeiro, os filhos que tivera eram filhos verdadeiros. Sua juventude anterior parecia-lhe estranha como uma doença de vida. Dela havia aos poucos emergido para descobrir que também sem a felicidade se vivia: abolindo-a, encontrara uma legião de pessoas, antes invisíveis, que viviam como quem trabalha – com persistência, continuidade, alegria. O que sucedera a Ana antes de ter o lar estava para sempre fora de seu alcance: uma exaltação perturbada que tantas vezes se confundira com felicidade insuportável. Criara em troca algo enfim compreensível, uma vida de adulto. Assim ela o quisera e escolhera.

Sua preocupação reduzia-se a tomar cuidado na hora perigosa da tarde, quando a casa estava vazia sem precisar mais dela, o sol alto, cada membro da família distribuído nas suas funções. Olhando os móveis limpos, seu coração se apertava um pouco em espanto. Mas na sua vida não havia lugar para que sentisse ternura pelo seu

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