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CONSULTA PÚBLICA DA CMVM N.º 12/2006

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CONSULTA PÚBLICA DA CMVM N.º 12/2006

Proposta de alteração do Decreto-Lei n.º 453/99, de 5 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 82/2002, de 5 de Abril, relativo ao regime jurídico da titularização de créditos e que regula a constituição e a actividade dos fundos de titularização de créditos, das respectivas sociedades gestoras e das sociedades de titularização de créditos

§ 1.º INTRODUÇÃO

1.1. A Proposta de alteração ao regime jurídico da titularização

O tratamento legislativo dado às operações de titularização de créditos, designadas internacionalmente pelo termo “securitisation”, encontra-se plasmado no Decreto-Lei n.º 453/99, de 5 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 82/2002, de 5 de Abril, pelo Decreto-Lei n.º 303/2003, de 5 de Dezembro e pelo Decreto-Lei n.º 52/2006, de 15 de Março. Este diploma regula as operações de titularização, compreendendo a cessão de créditos para efeitos de titularização, a delimitação, constituição e funcionamento dos veículos de titularização e a ainda o regime aplicável à emissão de valores mobiliários com base nos activos titularizados. A crescente inovação dos mercados financeiros alargou as operações de titularização numa fase inicial centradas no crédito hipotecário a outros tipos de crédito (emergentes de operações de locação financeira, cartões de crédito, créditos a empresas ou ao consumo, etc.) e mais recentemente a outros activos, incluindo activos intangíveis (por exemplo, direitos de propriedade intelectual), determinando o surgimento de valores mobiliários emitidos com base em operações de titularização conhecidos como "asset-backed securities". A proposta de revisão do diploma que presentemente regula as operações de titularização insere-se neste quadro de inovação e crescente complexidade dos mercados financeiros em geral e dos mercados de capitais em particular, procurando assim responder às necessidades de um mercado que se quer moderno e competitivo, mas simultaneamente credível.

1.2. O processo de consulta

Porque as alterações propostas ao referido regime jurídico pretendem sobretudo acompanhar as necessidades do sector e da economia nacional, considera-se

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adequado submeter ao escrutínio do público a proposta ora apresentada, de modo a que todos os agentes de mercado e entidades relevantes se possam pronunciar sobre as opções consideradas. Precisamente para atender a este objectivo, foi elaborado o presente documento de consulta o qual opta por, relativamente às alterações consideradas mais relevantes, fazer uma exposição de motivos onde se evidenciam as principais alterações e seguidamente colocar um conjunto de questões de forma a suscitar uma discussão alargada sobre as mesmas. A formulação de questões objectivas não pretende, de modo algum, circunscrever a discussão às matérias evidenciadas no presente documento de consulta, sendo muito bem vindos contributos relativamente a assuntos abrangidos (ou omissos) na proposta de articulado apresentada.

Nesta medida, são V. Exas. convidadas a apresentar os V. comentários à proposta de alteração do regime jurídico das sociedades de capital de risco e dos fundos de capital de risco aqui incluída, no âmbito da consulta que decorrerá até ao dia 4 de Dezembro de 2006.

O V. contributo deverá ser remetido, preferencialmente, para o endereço de correio

electrónico cmvm@cmvm.pt, podendo igualmente ser expedido, por correio normal,

para a morada Avenida da Liberdade, n.º 252, 1056-801 Lisboa, e para o telefax n.º 21 353 70 77/78.

Atendendo a razões de transparência, a CMVM propõe-se publicar os contributos recebidos ao abrigo desta consulta. Assim, caso o respondente se oponha à referida publicação deve comunicá-lo expressamente no contributo a enviar.

Qualquer dúvida ou esclarecimento adicional sobre a presente consulta pública poderá ser elucidada pelo Dr. António Miguel Oliveira, do Departamento Internacional e de Política Regulatória da CMVM.

§ 2.º O ANTEPROJECTO DE DIPLOMA DE ALTERAÇÃO DO REGIME JURÍDICO DA TITULARIZAÇÃO

2.1 Principais alterações propostas

2.1.1 Alargamento do âmbito da actividade (titularização de activos)

Face ao actual regime, propõe-se o alargamento a outros activos (além da cessão de créditos) a elegibilidade para efeitos de titularização. As sociedades/fundos de titularização de créditos dão assim lugar a sociedades/fundos de titularização de activos. Propõe-se igualmente a figura "inovadora" da titularização sintética, centrada não na transferência dos activos, mas dos fluxos financeiros ou dos riscos associados a esses activos sejam eles presentes ou futuros (desde sejam quantificáveis ou previsíveis, estejam livres de restrições legais ou convencionais e esteja garantida a sua existência e exigibilidade pelo cedente). Ainda no âmbito dos activos passíveis de cessão, realce-se o facto de se desobstruir a cedência de activos litigiosos (embora tal tenha que ser conciliado com a necessidade de o cedente garantir que os mesmos lhe são exigíveis, o que pode afigurar-se de difícil demonstração, e a necessidade de o contrato de cessão de activos fazer menção expressa a situações de litigância pendentes, bem como vicissitudes contratuais patológicas ou ónus ou encargos que recaiam sobre os activos cedidos).

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Questão 1: Concorda com cedência de activos litigiosos para efeitos de titularização?

Que aspectos antevê devam ser acautelados?

Propõe-se o alargamento do universo das sociedades que podem ceder activos para efeitos de titularização, abrindo-se a possibilidade de o fazerem também os organismos de investimento colectivo, os fundos de investimento imobiliário (avanço para a possibilidade do "real estate securitisation") e os fundos de capital de risco. O anteprojecto que se submete a consulta pública prevê igualmente a possibilidade de pessoas físicas cederem activos para efeitos de titularização, tendo-se em mente, nomeadamente, a cedência de activos intangíveis (v.g., direitos de propriedade intelectual). Elimina-se a exigência de contas auditadas nos 3 últimos anos, sendo suficiente que as entidades cedentes desenvolvam actividade há mais de um ano, pretendendo-se com esta flexibilização do regime permitir também as PME's possam

recorrer a esta figura.

Questão 2: Concorda com cedência de activos por parte de pessoas físicas para

efeitos de titularização?

2.1.2 Reforço das medidas de segregação patrimonial

É proposto o reforço das medidas tendentes a assegurar a segregação dos activos cedidos face ao património do cessionário ou de terceiros que este subcontrate para gestão dos créditos. Refira-se, em especial, as disposições do artigo 9.º do ante-projecto que afastam da massa falida do cedente «quaisquer montantes pagos no âmbito de activos cedidos para titularização anteriormente à falência e que apenas se vençam ou sejam devidos depois dela» e, no caso especifico da titularização sintética, a previsão de que os activos e os fluxos financeiros associados, além de não fazerem

parte da massa falida do cedente1 (sendo objecto de gestão autónoma2 em caso de

dissolução e liquidação da entidade cedente), «constituem património segregado e não respondem por quaisquer dívidas da entidade cedente, devendo os mesmos ser adequadamente registados em contas segregadas na contabilidade daquela entidade (...)».

2.1.3 Simplificação do regime das sociedades e fundos de titularização de activos

As sociedades de titularização de activos (STA) deixam, de acordo com a presente proposta, de estar confinadas à emissão de obrigações titularizadas, podendo igualmente proceder à gestão de fundos de titularização de activos. Mantém-se a sua qualificação como sociedades comerciais, sem assumir a natureza de sociedades financeiras, competindo à CMVM a supervisão prudencial das mesmas

1 Aproveitando-se do regime previsto no Código da Insolvência e da recuperação de Empresas

que permite a excepção da não integração dos activos titularizados na massa falida do cedente (artigo 121º deste regime).

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(designadamente em matéria de delimitação dos elementos aceites como fundos próprios).

Propõe-se igualmente que o regime de recursos financeiros seja também flexibilizado visando permitir que possam ser emitidas, além das obrigações titularizadas, papel comercial sobre o património segregado ou sobre os fundos geridos. Refira-se que o novo regime consagra um privilégio creditório especial aos titulares de obrigações titularizadas e de papel comercial emitidos pela STA e por FTA, com precedência sobre quaisquer outros credores, designadamente, sobre os detentores das unidades de titularização de activos, quando se trate de obrigações titularizadas ou de papel comercial emitido por conta de um FTA.

Questão 3: Concorda com a emissão de papel comercial sobre o património segregado

ou sobre os fundos geridos pelas STA? Que (des)vantagens poderão daí advir?

Está previsto na proposta que o início da actividade das sociedades de titularização de activos dependa de registo prévio na CMVM, embora a sujeição a registo prévio possa ser uma matéria em que, conforme as situações, se equacione o eventual registo tácito em caso de não resposta da CMVM em determinado prazo.

A constituição de fundos de titularização de activos e a emissão de valores mobiliários tendo por base patrimónios segregados fica, nos termos da proposta apresentada,

igualmente dependente de registo prévio da CMVM3 (regime que é de autorização no

caso dos FTA, eliminando-se assim as diferenças regulatórias entre as duas figuras), suprimindo-se igualmente a necessidade de parecer a emitir pelo Banco de Portugal e a necessidade de sujeição a registo comercial das emissões de papel comercial e obrigações titularizadas.

2.2 Proposta de articulado

Ante-projecto de Decreto Lei n.º ___/____

(Titularização de activos)

Capítulo I Disposições gerais

Artigo 1.º Âmbito

1 - O presente decreto-lei estabelece o regime da titularização de activos e regula a

3 No caso das unidades de titularização ou das obrigações titularizadas se realize por recurso a

subscrição pública, a concessão de registo implica igualmente o registo da oferta pública de subscrição.

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constituição e o funcionamento dos fundos de titularização de activos e das sociedades de titularização de activos.

2 – Consideram-se realizadas para efeitos de titularização as operações referidas no número seguinte, em que a entidade cessionária seja um fundo de titularização de activos ou uma sociedade de titularização de activos.

3 - As operações a que se refere o número anterior compreendem:

a) A cessão de créditos ou de outros activos que preencham os requisitos previstos no artigo 4º;

b) A transferência de fluxos financeiros, dos direitos e obrigações ou de riscos, associados a um conjunto de entidades ou de activos, sem a consequente cessão dos mesmos, os quais constituem um património de referência, doravante designada por titularização sintética.

Artigo 2.º Entidades cedentes

1 - Podem ceder activos para titularização o Estado e demais pessoas colectivas públicas, as instituições de crédito, as sociedades financeiras, as empresas de seguros, os fundos de pensões e as sociedades gestoras de fundos de pensões, bem como outras pessoas colectivas ou singulares que desenvolvam actividade há mais de um ano.

2 – Quando os interesses relevantes estejam devidamente salvaguardados, pode a CMVM autorizar outras pessoas ou patrimónios autónomos a ceder activos, fluxos financeiros, direitos e obrigações ou de riscos para efeitos de titularização, designadamente, organismos de investimento colectivo (OIC), fundos de investimento imobiliário (FII) e fundos de capital de risco (FCR).

Artigo 3.º

Entidades cessionárias

Só podem adquirir activos para titularização: a) Os fundos de titularização de activos; b) As sociedades de titularização de activos.

Artigo 4.º

Activos susceptíveis de titularização

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titularização activos em relação aos quais se verifiquem cumulativamente os seguintes requisitos:

a) A transmissibilidade não se encontrar sujeita a restrições legais ou convencionais;

b) Traduzam fluxos monetários ou riscos quantificáveis ou previsíveis, designadamente com base em modelos estatísticos;

c) Seja garantida pelo cedente a respectiva existência e exigibilidade.

2 - Podem ainda ser cedidos para titularização créditos e outros fluxos monetários futuros, emergentes de relações constituídas ou a constituir, desde que sejam em ambos os casos, de montante conhecido ou estimável.

3 - Sem prejuízo do regime especial aplicável à titularização de créditos tributários, o Estado e a segurança social podem ceder créditos para titularização, ainda que esses créditos se encontrem sujeitos a condição ou sejam litigiosos, podendo, neste caso, o cedente não garantir a existência e exigibilidade desses créditos.

4 - O disposto no presente diploma não prejudica a possibilidade de os activos serem garantidos pelo cedente ou por terceiro, ou o risco de não cumprimento transferido para empresa de seguros.

Artigo 5.º

Efeitos da cessão de créditos

1 - A eficácia da cessão de créditos para titularização em relação aos devedores fica dependente de notificação a estes últimos, devendo a mesma ser efectuada por carta registada enviada para o domicílio do devedor constante do contrato do qual emerge o crédito objecto da cessão, considerando-se, para todos os efeitos, a notificação realizada no 3.º dia útil posterior ao do registo da carta.

2 - Nas situações referidas no n.º 1 do artigo seguinte, a cessão de créditos para titularização produz efeitos em relação aos respectivos devedores no momento em que se tornar eficaz entre o cedente e o cessionário, não dependendo do conhecimento, aceitação ou notificação desses devedores.

3 - Dos meios de defesa que lhes seria lícito invocar contra o cedente, os devedores dos créditos objecto de cessão só podem opor ao cessionário aqueles que provenham de facto anterior ao momento em que a cessão se torne eficaz entre o cedente e o cessionário.

4 - A cessão de créditos para titularização respeita sempre as situações jurídicas de que emergem os créditos objecto de cessão e todos os direitos e garantias dos devedores oponíveis ao cedente dos créditos ou o estipulado nos contratos celebrados com os devedores dos créditos, designadamente quanto ao exercício dos respectivos

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direitos em matéria de reembolso antecipado, cessão da posição contratual e sub-rogação.

5 - No caso de cessão para titularização de quaisquer créditos hipotecários concedidos ao abrigo de qualquer dos regimes previstos no Decreto-Lei n.º 348/98, de 11 de Novembro, as entidades cessionárias passarão, por efeito da cessão, a ter também direito a receber quaisquer subsídios aplicáveis, não sendo os regimes de crédito previstos naquele decreto-lei afectados de forma alguma pela titularização dos créditos em causa.

Artigo 6.º Gestão dos créditos

1 – A obrigação de notificação a que se refere o n.º 1 do artigo anterior é dispensada nas situações em que seja celebrado, simultaneamente com a cessão, contrato pelo qual a entidade cedente fique obrigada a praticar, em nome e em representação da entidade cessionária, todos os actos que se revelem adequados à boa gestão dos créditos ou dos respectivos riscos e, se for o caso, das respectivas garantias, a assegurar os serviços de cobrança, os serviços administrativos relativos aos activos, todas as relações com os respectivos devedores e os actos conservatórios, modificativos e extintivos relativos às garantias, caso existam.

2 - Sem prejuízo do caso previsto no número seguinte, a gestão dos créditos pode, nas demais situações, ser assegurada pelo cessionário, pelo cedente ou por terceira entidade idónea.

3 - A gestão e cobrança dos créditos tributários objecto de cessão pelo Estado e pela segurança social para efeitos de titularização é assegurada, mediante retribuição, pelo cedente ou pelo Estado através da Direcção-Geral dos Impostos.

4 - Em casos devidamente justificados, a CMVM pode autorizar que o disposto no n.º 1 seja igualmente aplicável quando a gestão dos créditos seja assegurada por entidade diferente do cedente.

5 - Sem prejuízo da responsabilidade das partes, o contrato de gestão dos créditos objecto de titularização só pode cessar com motivo justificado, devendo a substituição do gestor dos créditos realizar-se com a observância do disposto nos números anteriores.

6 - Em caso de falência do gestor dos créditos, os montantes que estiverem na sua posse decorrentes de pagamentos relativos a esses activos não integram a massa falida, nem podem em caso algum ser penhorados ou apreendidos, mesmo em caso de liquidação do gestor dos activos.

7 – O disposto nos números 5 e 6 é aplicável à gestão de outros activos, sempre que haja sido celebrado contrato para o efeito com entidade diferente do cessionário.

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Artigo 7.º

Gestão do património de referência e das garantias

1 – Para efeitos de titularização sintética, pode a CMVM autorizar a STA a contratar junto de terceiras entidades idóneas e devidamente habilitadas:

a) A gestão do património de referência cujos riscos, fluxos financeiros ou demais direitos e obrigações hajam sido transferidos para a entidade cessionária;

b) A gestão das garantias, entendido como o produto da subscrição dos valores mobiliários emitidos.

2 – É aplicável, com as devidas adaptações, o disposto nos números 5 e 6 do artigo 6.º às situações descritas no número anterior.

Artigo 8.º

Contrato de cessão dos activos

1 – O contrato de cessão de activos, ou dos respectivos riscos, para titularização pode ser celebrado por documento particular, ainda que tenha por objecto activos cuja transmissão careça de forma legal mais exigente.

2 – Para efeitos de averbamento no registo da transmissão dos activos, ou outras garantias sujeitas a registo, o documento particular referido no número anterior constitui título bastante desde que contenha o reconhecimento presencial das assinaturas nele apostas, efectuado por notário ou, se existirem, pelos secretários das sociedades intervenientes.

3 – O disposto nos números anteriores aplica-se igualmente às transmissões efectuadas nos termos do artigo 10.º, da alínea a) do n.º 2 do artigo 25.º, da alínea b) do n.º 1 do artigo 26.º e do n.º 4 do artigo 32.º.

4 – A entidade cedente fica obrigada a revelar ao cessionário os factos relevantes susceptíveis de afectar significativamente o valor dos activos que sejam do seu conhecimento à data da produção de efeitos da cessão, sendo responsável por eventuais danos ou prejuízos em que o cessionário incorra em virtude dessa omissão. 5 – O contrato de cessão dos activos faz referência expressa e exaustiva a todos os requisitos e características inerentes a esses activos, nomeadamente quanto a eventuais litigâncias que sobre eles impendam, ao facto de se encontrarem vencidos ou em mora, ou à existência de quaisquer outros ónus ou encargos.

Artigo 9.º Tutela dos Activos

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1 - A cessão dos activos para titularização:

a) Só pode ser objecto de impugnação pauliana no caso de os interessados provarem a verificação dos requisitos previstos nos artigos 610.º e 612.º do Código Civil.;

b) Não pode ser resolvida em benefício da massa falida, excepto se os interessados provarem que as partes agiram de má fé, aplicando-se o disposto no n.º 2 do artigo 121.º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas.

2 - Não fazem parte da massa falida do cedente quaisquer montantes pagos no âmbito de activos cedidos para titularização anteriormente à falência e que apenas se vençam ou sejam devidos depois dela.

3 – Os activos e, sendo o caso, os respectivos fluxos financeiros, que integrem o património de referência no âmbito de operações de titularização sintética:

a) Não fazem parte da massa falida do cedente;

b) Constituem património segregado e não respondem por quaisquer dívidas da entidade cedente, devendo os mesmos ser adequadamente registados em contas segregadas na contabilidade daquela entidade e identificados sob forma codificada no contrato de cessão dos respectivos riscos, fluxos financeiros ou direitos e obrigações que lhes sejam inerentes;

c) Em caso de dissolução e liquidação da entidade cedente, são separados da massa insolvente, tendo em vista a sua gestão autónoma, nos termos a definir em Regulamento da CMVM.

Artigo 10.º

Transmissão dos activos a terceiros

1 – Salvo disposição em contrário, as entidades cessionárias podem transmitir activos

que tenham adquirido em operações de titularização, para gerir eficientemente o património sob sua administração.

2 – A faculdade prevista no número anterior é exercida de acordo com o regulamento

de gestão do fundo de titularização de activos ou das condições de emissão das obrigações titularizadas, os quais definem, nomeadamente, as condições em que a transmissão se pode operar, os fins a que a mesma se destina e, bem assim, as entidades a quem podem ser transmitidos os activos.

3 - Os activos cedidos pelo Estado e pela segurança social para efeitos de titularização não são susceptíveis de posterior cessão pela entidade cessionária a terceiros, salvo a fundos de titularização de activos ou sociedades de titularização de activos com o consentimento do Estado ou da segurança social, conforme aplicável.

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Capítulo II

Sociedades de titularização de activos Secção I

Requisitos gerais Artigo 11.º

Tipo, objecto, firma, capital social, sede e fundos próprios

1 – As sociedades de titularização de activos adoptam o tipo de sociedade anónima e têm por objecto exclusivo a aquisição de activos para realização de operações de titularização previstas no presente diploma, através da constituição de patrimónios segregados a que se refere o artigo 39º, e a administração de fundos de titularização de activos (FTA).

2 - A firma das sociedades de titularização de activos deve incluir a expressão «Sociedade de Titularização de Activos» ou a abreviatura «STA», as quais, ou outras que com elas se confundam, não podem ser usadas por outras entidades.

3 - O capital social das sociedades de titularização de activos deve ser representado por acções nominativas.

4 - As sociedades de titularização de activos podem ser constituídas por um único accionista.

5 - Compete ao Ministro das Finanças fixar, por portaria, o capital social mínimo das sociedades de titularização de activos, não podendo os respectivos fundos próprios, aferidos em função dos valores mobiliários emitidos directamente ou por FTA por si administrados, serem inferiores a:

a) Até €75.000.000 - 0,5%; b) No excedente - 1(por mil).

6 - A CMVM, por regulamento, fixa os elementos que podem integrar os fundos próprios das sociedades de titularização de activos.

7 - As STA devem ter a sua sede e a sua administração efectiva em Portugal.

Artigo 12.º

Idoneidade e experiência profissional dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização e dos detentores de participações qualificadas

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administração e de fiscalização de sociedade de titularização de activos devem ser pessoas cuja idoneidade, disponibilidade e experiência profissional adequada ao exercício das suas funções, dêem garantias de gestão sã e prudente.

2 - É vedado aos membros dos órgãos de administração das STA exercer quaisquer funções em outras STA.

Artigo 13.º Recursos financeiros

1 – Para além do recurso a fundos próprios para efeitos do seu funcionamento, as sociedades de titularização de activos só podem financiar a sua actividade:

a) Relativamente aos patrimónios segregados a que se refere o artigo 36.º, através da emissão de obrigações titularizadas ou de papel comercial;

b) Por conta dos FTA que administram, através da emissão de unidades de titularização de activos, de obrigações titularizadas ou de papel comercial.

2 - Para satisfazer necessidades de liquidez ou para cobrir o respectivo risco, nomeadamente para efeitos de reembolso e de remuneração dos valores mobiliários por si emitidos ou por conta dos FTA que administrem, as sociedades de titularização de activos podem recorrer a quaisquer financiamentos junto de terceiros previstos no artigo 23.º.

3 - As STA podem no exercício das respectivas funções ter acesso ao mercado interbancário, nas condições definidas pelo Banco de Portugal.

Artigo 14.º

Funções e deveres da STA

1 – Na administração de FTA, compete às STA praticar todos os actos e realizar todas as operações necessárias ou convenientes à boa administração do fundo, de acordo com critérios de elevada diligência e competência profissional, designadamente:

a) Aplicar os recursos do fundo na aquisição de activos elegíveis nos termos do presente diploma e do regulamento de gestão e proceder, nos casos em que seja aplicável o disposto no n.º 1 do artigo 5.º, à notificação da cessão aos respectivos devedores e, quando se trate de créditos hipotecários, promover o averbamento da transmissão no registo predial;

b) Praticar todos os actos e celebrar todos os contratos necessários ou convenientes para a emissão dos valores mobiliários titularizados;

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c) Contrair empréstimos por conta do fundo, nos termos do artigo 23.º, desde que o regulamento de gestão do fundo o permita;

d) Gerir os montantes gerados pelos activos que integrarem o fundo;

e) Calcular e efectuar os pagamentos correspondentes aos rendimentos e reembolsos dos valores mobiliários emitidos por conta do fundo;

f) Pagar as despesas que, nos termos do regulamento de gestão, caibam ao fundo suportar;

g) Manter em ordem a escrita do fundo;

h) Dar cumprimento aos deveres de informação estabelecidos por lei e pelo regulamento de gestão;

i) Praticar todos os actos adequados à boa gestão dos activos e das respectivas garantias, caso esta não seja assegurada pelo cedente ou por terceiro;

j) Sem prejuízo da faculdade prevista na alínea b) do n.º 1 do artigo 7º, gerir as garantias no âmbito das operações de titularização sintética.

2 - As STA não podem transferir para terceiros, total ou parcialmente, os poderes de administração dos FTA e dos patrimónios segregados que lhes são conferidos por lei, sem prejuízo da possibilidade de recorrerem aos serviços de terceiros que se mostrem convenientes para o exercício da sua actividade.

3 – A STA tem o dever de actuar com diligência a prossecução da sua actividade e

independência tendo em conta o legítimo interesse de todos os investidores, nomeadamente quanto ao respeito pelos direitos e privilégios creditórios que se encontrem devidamente previstos nos documentos de emissão ou no regulamento de gestão dos fundos que administre.

4 – A STA deve manter, na sua contabilidade, um registo autónomo relativamente aos activos e passivos adstritos a cada um dos patrimónios segregados que gere e, em relação a cada um dos FTA que administra, proceder ao respectivo registo contabilístico de forma completamente segregada, de acordo com as regras fixadas em Regulamento da CMVM.

Artigo 15.º Operações vedadas

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a) Adquirir, por conta própria, valores mobiliários de qualquer natureza, com excepção de fundos públicos, nacionais e estrangeiros, e de valores mobiliários aos mesmos equiparados;

b) Conceder crédito, incluindo prestação de garantias, por conta própria, dos patrimónios segregados que gerem ou dos fundos que administrem, salvo nas situações expressamente previstas no presente diploma;

c) Sem prejuízo do disposto no n.º 3 do artigo 23º, adquirir, por conta própria, imóveis para além dos necessários às suas instalações e funcionamento.

2 – Salvo nos casos previstos no presente diploma, é especialmente vedado às STA onerar, por qualquer forma, os activos que integrem os patrimónios segregados e os FTA que administrem.

Artigo 16.º Actividade

São aplicáveis, com as devidas adaptações, às sociedades de titularização de activos, as normas constantes dos números 2 e 4 do artigo 304.º, os artigos 305.º, 308.º, 316º e 317º, bem como o disposto nos números 1 e 3 do artigo 309.º e no n.º 1 do artigo 314.º, todos do Código dos Valores Mobiliários.

Secção II Registo Artigo 17.º

Registo

1 - O início da actividade das sociedades de titularização de activos depende de registo prévio na CMVM.

2 – A CMVM fixa, através de Regulamento, os elementos sujeitos a registo, incluindo os membros dos órgãos sociais e detentores de participações qualificadas e, bem assim, os termos da instrução do respectivo processo.

Artigo 18.º

Recusa de registo ou de averbamento

1 - Além de outros fundamentos legalmente previstos, o registo será recusado quando:

a) O pedido de registo não estiver instruído com todos os elementos, informações e documentos necessários;

b) Algum dos documentos que instruem o respectivo pedido for falso ou estiver em desconformidade com os requisitos legais ou regulamentares.

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2 - Antes da recusa, a CMVM deve notificar o requerente para suprir, em prazo razoável, os vícios sanáveis.

Artigo 19.º

Cancelamento do registo

1 – Além de outros fundamentos legalmente previstos, constituem fundamento de cancelamento do registo da STA pela CMVM:

a) Se o mesmo tiver sido obtido por meio de falsas declarações ou outros expedientes ilícitos;

b) Se deixar de se observar algum dos requisitos de que depende a concessão do registo, ou a verificação de circunstância que obstaria ao registo, se essa circunstância não tiver sido sanada no prazo fixado pela CMVM;

c) Se a actividade da STA não corresponder ao seu objecto legal;

d) Se se verificarem irregularidades graves na administração, na fiscalização ou na organização contabilística da sociedade;

e) Em caso de violação reiterada das disposições legais e regulamentares que disciplinam a sua actividade ou não observar as determinações da CMVM, ou de colocar em risco os legítimos interesses dos investidores.

2 – A CMVM pode ainda cancelar o registo se a STA não iniciar a actividade no prazo de nove meses a contar da notificação do registo.

3 – O cancelamento do registo determina a prévia substituição da sociedade de titularização de activos nos termos do artigo seguinte ou a amortização antecipada dos valores mobiliários emitidos e, sendo o caso, a liquidação dos fundos de titularização administrados pela sociedade.

Artigo 20.º Substituição da STA

1 - Em casos excepcionais, a CMVM pode, a requerimento da STA, ouvidos os investidores, nomeadamente nos termos do artigo 44.º, autorizar a substituição da entidade gestora.

2 – Desde que devidamente justificada, a autorização a que se refere o número anterior pode ainda ser requerida pelos participantes ou, sendo o caso, pelos obrigacionistas nos termos do mesmo preceito.

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Artigo 21.º

Responsabilidade da STA

1 - A sociedade de titularização de activos responde perante os diferentes investidores pelo cumprimento das obrigações contraídas nos termos da lei, dos documentos de emissão e do regulamento de gestão dos FTA que administre.

2 - A STA é ainda responsável pela veracidade, actualidade, clareza, objectividade e

licitude da informação contida nos documentos informativos utilizados nas ofertas de valores mobiliários por si emitidos, ou por conta dos fundos que administra, incluindo o respectivo regulamento de gestão, sendo-lhe aplicável o disposto no art. 7º do Código dos Valores Mobiliários.

3 - A responsabilidade da STA não é afectada pelo uso da faculdade prevista no n.º 2 do artigo 14.º.

Capítulo III

Patrimónios Segregados e Fundos de titularização de activos Secção I

DISPOSIÇÕES COMUNS Artigo 22.º

Registo

1 - A constituição de fundos de titularização de activos e a emissão de valores mobiliários tendo por base patrimónios segregados depende de registo prévio da CMVM.

2 – A CMVM fixa, através de Regulamento, os elementos sujeitos a registo e, bem assim, os termos de instrução do respectivo processo.

3 - A decisão deve ser notificada pela CMVM à requerente no prazo de 30 dias a contar da data de recepção do pedido ou, se for o caso, da recepção das informações complementares ou dos documentos alterados a que se refere o número anterior.

4 - Quando a sociedade gestora requeira que a emissão das unidades de titularização ou das obrigações titularizadas se realize por recurso a subscrição pública, a concessão de registo implica igualmente o registo da oferta pública de subscrição.

Artigo 23.º

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1 – Por conta dos FTA e dos patrimónios segregados que administrem, nomeadamente para efeitos de constituição e manutenção de reservas de liquidez e de cobertura ou assunção de riscos, quando os respectivos documentos constitutivos e de emissão o prevejam, as STA podem:

a) Contrair empréstimos junto de terceiras entidades;

b) Recorrer a técnicas e instrumentos derivados financeiros e de crédito.

2 – Sem prejuízo da aquisição de novos activos ou da amortização dos valores mobiliários emitidos, o produto do reembolso dos activos e dos respectivos rendimentos só pode ser aplicado em instrumentos de baixo risco e elevada liquidez, não podendo a sua aquisição ou detenção em carteira determinar a degradação da notação de risco atribuída à operação.

3 – A STA não pode adquirir imóveis para os patrimónios segregados e para os FTA que administre, excepto para efeitos da realização de operações de titularização ou na decorrência da execução de garantias reais associadas aos activos detidos, devendo, neste último caso, ser alienados no prazo máximo de 1 ano a contar da data em que tenham integrado os referidos patrimónios.

Secção II

FUNDOS DE TITULARIZAÇÃO DE ACTIVOS

Subsecção I Noção e funcionamento

Artigo 24.º Noção

1 - Os fundos de titularização de activos (FTA) são patrimónios autónomos pertencentes, no regime especial de comunhão regulado no presente decreto-lei, a uma pluralidade de pessoas, singulares ou colectivas, não respondendo, em caso algum, pelas dívidas destas pessoas, das entidades que, nos termos da lei, asseguram a sua gestão e das entidades às quais hajam sido adquiridos os activos que os integrem.

2 - Os fundos são divididos em parcelas, com o valor nominal que for previsto no regulamento de gestão do fundo e são designadas por unidades de titularização de activos.

3 – Sem prejuízo do disposto na al. b) do n.º 5, o número de unidades de titularização de cada fundo e o respectivo valor nominal, são determinados no regulamento de gestão.

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4 - A responsabilidade de cada titular de unidades de titularização pelas obrigações do fundo é limitada ao valor das unidades de titularização subscritas.

5 – Os fundos de titularização, por forma a financiar a aquisição dos activos, ou no âmbito de operações de titularização sintética, podem ainda emitir obrigações titularizadas ou papel comercial, desde que:

a) Tal possibilidade conste do regulamento de gestão;

b) O capital do fundo seja constituído, pelo menos, por uma unidade de titularização de activos, que deve ter valor nominal não inferior a €1.000.

6 – A administração dos FTA deve ser exercida por uma sociedade de titularização de activos.

Artigo 25.º Modalidades de fundos

1 - Os fundos podem ser de património variável ou de património fixo.

2 - São de património variável os fundos cujo regulamento de gestão preveja, cumulativa ou exclusivamente:

a) A aquisição de novos activos, ou apenas de riscos, direitos e obrigações a eles inerentes;

b) A realização de novas emissões de UTA, de obrigações titularizadas ou de papel comercial, ainda que inseridos em programas de emissão continuada.

3 - São de património fixo os fundos em relação aos quais não seja possível, nos termos do número anterior, modificar os respectivos activos ou passivos.

Artigo 26.º

Modificação do activo dos fundos de património fixo

1 - Os fundos de património fixo podem sempre adquirir novos activos desde que o respectivo regulamento de gestão o preveja e se verifique alguma das seguintes situações:

a) Maturidade antecipada dos activos ou cumprimento antecipado de créditos detidos pelo fundo;

(18)

2 – Para além do disposto no número anterior, os fundos de património fixo apenas podem transmitir activos que hajam adquirido para efeitos do disposto no n.º 4 do artigo 32.º.

Artigo 27.º

Composição do património dos FTA

1 – Salvo quando financiem parte substancial do seu activo através da emissão de papel comercial, os fundos devem aplicar o seu património na aquisição inicial ou subsequente de activos, nos termos do presente decreto-lei e do respectivo regulamento de gestão, os quais não podem representar menos de 75% do activo do fundo.

2 – Os fundos que desenvolvam operações de titularização sintética devem verificar o limite a que se refere o número anterior relativamente à exposição proporcionada pelos instrumentos de transferência de riscos.

Artigo 28.º Despesas do fundo

O regulamento de gestão deve prever todas as despesas e encargos que devam ser suportados pelo fundo, designadamente as remunerações dos serviços a prestar pela entidade gestora ou, nos casos em que a lei o permite, por terceiros.

Subsecção II

Constituição dos fundos de titularização e regulamento de gestão Artigo 29.º

Constituição

1 - O fundo considera-se constituído no momento da liquidação financeira da subscrição das unidades de titularização.

2 – Sendo caso disso, e desde que o regulamento de gestão do fundo expressamente o preveja e calendarize, pode a liquidação financeira dos demais valores mobiliários a emitir pelo fundo ocorrer em momento ulterior ao fixado no número anterior.

Artigo 30.º

Regulamento de gestão

(19)

2 - O regulamento de gestão deve conter, pelo menos, informação sobre os seguintes elementos:

a) Denominação e duração do fundo, bem como a data do respectivo registo e constituição;

b) Identificação da sociedade gestora e demais entidades que se assumam como contrapartes do fundo e, sendo o caso, das entidades a quem tenha sido confiada a gestão do património de referência e das garantias nos termos do n.º 1 do artigo 7.º; c) As características dos activos e, no caso das operações de titularização sintética, dos instrumentos de transferência de riscos, que integram o fundo, assim como o regime da sua gestão, designadamente se estes serviços são prestados pela entidade gestora, pelo cedente ou por terceira entidade;

d) Os valores mobiliários a emitir, as características e os direitos inerentes a cada categoria de unidades de titularização, de obrigações titularizadas ou de papel comercial e o regime da emissão;

e) Regras relativas à ordem de prioridade dos pagamentos a efectuar pelo fundo; f) Regras relativas à liquidação e partilha do fundo, designadamente sobre as condições de transmissão dos créditos detidos pelo fundo à data de liquidação;

g) Os contratos a celebrar pela STA, por conta do fundo, destinados à cobertura de riscos em que se preveja que este último possa vir a incorrer;

h) Regras relativas aos empréstimos que a STA pode contrair por conta do fundo;

i) Remuneração dos serviços da STA, respectivos modos de cálculo e condições de cobrança, bem como quaisquer outras despesas e encargos que devam ser suportados pelo fundo;

j) Deveres da STA;

l) Regras relativas à admissão da substituição dos activos antes da maturidade do fundo, incluindo de créditos vencidos;

m) Política de distribuição de rendimentos gerados pelo fundo e, se for o caso, de amortização parcial ou antecipada das unidades de participação e demais valores mobiliários emitidos;

n) Regras relativas ao funcionamento e de deliberação da assembleia-geral de cada uma das categorias de investidores a que se refere o artigo 43.º;

o) Regras relativas a de cada uma das categorias de investidores a que se refere o artigo 44.º e, se for o caso, à identificação do representante comum.

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3 - No caso de fundos de património variável, o regulamento de gestão deve ainda conter informação relativa aos activos a adquirir ou a alienar em momento posterior ao da constituição do fundo, designadamente sobre:

a) As características dos activos;

b) O montante máximo de activos a adquirir e a alienar;

c) A calendarização prevista para as aquisições e respectivos montantes; d) As informações a que se refere o n.º 2 do artigo 10.º;

e) Procedimentos a adoptar no caso de, por motivos excepcionais, não ser possível concretizar as aquisições previstas.

4 - No caso de fundos de património variável em que se encontre prevista a alteração do respectivo passivo, o regulamento de gestão deve ainda conter informação sobre os direitos inerentes aos valores mobiliários a emitir, sobre os montantes das emissões, a calendarização prevista para as emissões e sobre as eventuais consequências das novas emissões em relação aos valores mobiliários já emitidos.

5 - Na hipótese de o regulamento de gestão permitir a modificação do activo do fundo de património fixo, de acordo com o previsto no presente diploma, deve estabelecer os termos e condições em que a mesma se pode realizar.

6 - As alterações ao regulamento de gestão previstas nos números 2 e 3 ficam dependentes de registo prévio na CMVM.

7 – As alterações ao regulamento de gestão decorrentes do disposto no n.º 4 anterior são objecto de mera comunicação à CMVM, desde que sejam fungíveis com alguma das categorias de valores mobiliários anteriormente emitidos pelo fundo.

Artigo 31.º Domicílio

Consideram-se domiciliados em Portugal os fundos administrados por STA cuja sede esteja situada em território nacional.

Artigo 32.º Liquidação e partilha

1 - Os detentores das unidades de titularização, das obrigações titularizadas ou do papel comercial não podem exigir a liquidação e partilha do fundo, salvo:

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b) Nas situações de liquidação antecipada previstas no n.º 2 do artigo seguinte;

c) Em caso de concentração dos valores mobiliários emitidos num só investidor, desde que tal faculdade se encontre prevista no regulamento de gestão;

d) Quando o montante dos activos em carteira representar um valor inferior ao montante inicial em determinada percentagem, desde que fixada no regulamento de gestão;

e) Por determinação da CMVM, no caso de ser cancelado o registo da STA, nomeadamente, em resultado do incumprimento continuado das disposições legais, regulamentares e contratuais aplicáveis, ou de se verificar outra causa de dissolução da sociedade, não sendo esta substituída.

2 – A decisão de reembolso antecipado das unidades de titularização determina a liquidação do fundo, só podendo esta ocorrer, sendo o caso, se existir manifestação expressa de concordância por parte dos detentores das obrigações titularizadas ou do papel comercial, determinando o imediato reembolso dos valores mobiliários em causa nas condições fixadas no regulamento de gestão.

3 - A conta de liquidação do fundo e a aplicação dos montantes apurados deve ser objecto de apreciação por auditor registado na CMVM.

4 - Os activos que integram o fundo à data da liquidação devem ser transmitidos nos termos e condições previstos no regulamento de gestão.

Artigo 33.º Reembolso antecipado

1 – Antes da maturidade do fundo, quando o regulamento de gestão o preveja, a STA pode proceder, em uma ou mais vezes, a reembolsos parciais ou integrais das unidades de titularização e, sendo o caso, das obrigações titularizadas ou da emissão de papel comercial, contanto que seja assegurada a igualdade de tratamento dos investidores dentro da mesma categoria.

2 – Os participantes, os obrigacionistas e os detentores de papel comercial emitido pelo fundo podem exigir o respectivo reembolso antecipado, desde que verificados os eventos expressamente previstos no respectivo regulamento de gestão.

Subsecção III

Unidades de titularização de activos Artigo 34.º

(22)

1 - As unidades de titularização de activos são valores mobiliários, podendo assumir a forma titulada ou escritural, sendo aplicável ao respectivo registo e controlo, conforme os casos, o regime dos valores mobiliários, previsto no Código dos valores mobiliários.

2 - As unidades de titularização não podem ser emitidas sem que a importância correspondente ao preço de emissão seja efectivamente integrada no activo do fundo.

3 - A subscrição das unidades de titularização implica a aceitação do regulamento de gestão e confere à entidade gestora os poderes necessários para que esta administre com autonomia o fundo.

4 – À emissão de obrigações titularizadas e de papel comercial por fundos de titularização de activos aplica-se, em tudo o que não for regulado na presente Subsecção, o disposto na Secção IV do presente Capítulo.

5 - As entidades cedentes podem adquirir unidades de titularização, obrigações titularizadas ou papel comercial emitidos por fundos para os quais hajam transmitido activos ou os respectivos riscos.

Artigo 35.º

Direitos inerentes às unidades de titularização de activos

1 - As unidades de titularização conferem aos respectivos detentores, cumulativa ou exclusivamente, os seguintes direitos, nos termos e condições estabelecidos no regulamento de gestão:

a) Direito ao pagamento de rendimentos periódicos; b) Direito ao reembolso do valor nominal;

c) Direito, no termo do processo de liquidação e partilha do fundo, à parte que proporcionalmente lhes competir do montante que remanescer depois de pagos os rendimentos periódicos e todas as demais despesas e encargos do fundo;

d) Direito à participação nas assembleias-gerais de participantes e a eleger o respectivo representante comum, nos termos previstos no artigo 44.º.

2 - Sem prejuízo do direito de exigirem o cumprimento do disposto na lei e no regulamento de gestão, nomeadamente em relação ao disposto no n.º 2 do artigo 33.º, os detentores das unidades de titularização não podem dar instruções à sociedade gestora relativamente à administração do fundo.

3 - Desde que o regulamento de gestão o preveja, os fundos podem emitir unidades de titularização de diferentes categorias que confiram direitos iguais entre si, mas distintos das demais categorias, designadamente quanto ao grau de preferência no

(23)

pagamento dos rendimentos periódicos, no reembolso do capital, maturidade ou no pagamento do saldo de liquidação.

4 - O risco de incumprimento das obrigações correspondentes aos activos que integrarem o fundo corre por conta dos investidores, não podendo a entidade gestora ser responsabilizada pela mora e incumprimento das obrigações referidas no n.º 1 que sejam causados por estas circunstâncias, sem prejuízo do disposto no artigo 21.º.

Secção III

Patrimónios Segregados Artigo 36.º

Princípio da segregação

1 - Os activos e instrumentos afectos ao reembolso de uma emissão de obrigações titularizadas ou de papel comercial, bem como o produto do reembolso daqueles e os respectivos rendimentos, constituem um património segregado, não respondendo por quaisquer dívidas da sociedade de titularização de activos até ao pagamento integral dos montantes devidos aos titulares daqueles valores mobiliários e das despesas e encargos relacionados com a respectiva emissão.

2 - Os activos que em cada momento integrem o património segregado afecto à respectiva emissão devem ser adequadamente descritos em contas segregadas da sociedade e identificados sob forma codificada nos documentos da emissão, salvo quando se trate de créditos tributários em que a forma de descrição e identificação daqueles bens é definida de modo a garantir a confidencialidade dos dados pessoais relativos aos contribuintes, mediante portaria conjunta do Ministro das Finanças e do ministro competente em função da titularidade dos activos objecto de cessão para efeitos de titularização.

3 - Na falta de disposição legal ou convenção em contrário incluída em contrato respeitante à operação de titularização de activos correspondente, a sociedade de titularização de activos tem direito ao remanescente do património segregado afecto ao pagamento de cada emissão de obrigações titularizadas ou de papel comercial, após o pagamento integral dos montantes devidos aos respectivos titulares e das despesas e encargos com esta relacionados.

4 - Na execução movida contra a sociedade de titularização de activos, o credor apenas pode penhorar o direito ao remanescente de cada património segregado a que se refere o número anterior, se provar a insuficiência dos restantes bens da sociedade.

Artigo 37.º

Cumprimento do serviço da dívida

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emitidos pela STA com base nos patrimónios segregados e o pagamento das despesas e encargos relacionados com a sua emissão, são garantidos apenas pelos activos, fluxos financeiros, direitos e obrigações ou riscos que lhes estão exclusivamente afectos, pelo produto do seu reembolso, pelos respectivos rendimentos e por outras garantias ou instrumentos de cobertura de riscos eventualmente contratados no âmbito da sua emissão, por aquelas não respondendo o restante património da sociedade de titularização de activos.

Artigo 38.º

Ficha técnica da emissão

1 – Para cada emissão de obrigações titularizadas e de papel comercial, a STA elabora uma ficha técnica da emissão.

2 – A ficha técnica a que se refere o número anterior contém as características da emissão, sendo-lhe aplicáveis, com as necessárias adaptações, o disposto nos n.os 2 e 3 do artigo 30.º.

3 – A ficha técnica da emissão deve ser redigida em língua Portuguesa, podendo a CMVM, por motivos atendíveis invocados pela STA, nomeadamente tendo em conta a origem dos investidores, aceitar que o documento em causa seja apresentado em língua Inglesa.

Secção IV

Da emissão de obrigações titularizadas e de papel comercial Artigo 39.º

Âmbito e direito subsidiário

1 – À emissão de obrigações titularizadas e de papel comercial emitido pelas STA e pelos fundos de titularização de activos aplicam-se as disposições constantes do presente capítulo.

2 – Sem prejuízo do disposto no artigo 44.º, não se aplica à emissão de obrigações titularizadas o Capítulo IV do título IV do Código das Sociedades Comerciais e, bem assim, o disposto no artigo 169º do Código dos Valores Mobiliários.

3 – Às emissões de papel comercial aplicam-se as disposições constantes do Decreto-Lei n.º 69/2004, de 25 de Março, com excepção do limite previsto no n.º 2 do artigo 2.º e disposto no artigo 4º, ambos daquele diploma.

4 – A emissão de obrigações titularizadas pode ser efectuada de forma contínua ou por séries.

(25)

Artigo 40.º

Garantia dos credores obrigacionistas, dos detentores de papel comercial e demais credores da emissão

1 - Os titulares de obrigações titularizadas e de papel comercial emitidos pela STA e por FTA e, bem assim, as entidades que prestem serviços relacionados com a sua emissão gozam de privilégio creditório especial sobre os bens que em cada momento integrem o património segregado afecto à respectiva emissão, com precedência sobre quaisquer outros credores.

2 - O privilégio referido no número anterior não está sujeito a inscrição em registo. 3 – Para efeitos do n.º 1, considera-se existir precedência igualmente sobre os detentores das unidades de titularização de activos, quando se trate de obrigações titularizadas ou de papel comercial emitido por conta de um FTA.

Secção V

Oferta pública e prestação de contas Artigo 41.º

Oferta pública de subscrição papel comercial

Às ofertas públicas de papel comercial não é aplicável o disposto no n.º 4 do artigo 12º do Decreto-Lei n.º 69/2004, de 25 de Março.

Artigo 42.º

Contas das STA e dos FTA

1 - A contabilidade dos FTA e das STA é organizada de harmonia com as normas emitidas pela CMVM.

2 - As contas das STA e dos FTA são encerradas anualmente com referência a 31 de Dezembro e devem ser certificadas por auditor registado na CMVM, podendo a CMVM aceitar, quando devidamente justificado, outro prazo de encerramento anual das contas.

3 - Até 31 de Março de cada ano, ou outro prazo que a CMVM venha a fixar em função do número anterior, a STA deve colocar à disposição dos interessados, na sua sede, o balanço e a demonstração de resultados, acompanhados de um relatório de gestão e

(26)

da certificação legal das contas referida no número anterior, bem como para cada fundo que administre.

4 - O relatório de gestão a que alude o número anterior contém uma descrição das actividades do respectivo exercício e as informações relevantes que permitam aos investidores apreciar a evolução da actividade da STA e do FTA.

5 - As STA remetem à CMVM, até às datas referidas nos números anteriores, ou logo que sejam disponibilizados aos interessados, os documentos referidos no n.º 3.

Secção VI

Assembleia geral e representante comum Artigo 43.º

Assembleia geral

1 – Os detentores das unidades de titularização, das obrigações titularizadas e do papel comercial deliberam em assembleia geral, nos termos, condições e matérias previstos no regulamento de gestão do FTA e nas condições de emissão que integram a ficha técnica.

2 – Entre outras matérias que sejam fixadas nos documentos referidos no número anterior, a assembleia-geral pode deliberar sobre os seguintes assuntos

a) Reembolso antecipado dos valores mobiliários emitidos nos termos do n.º 2 do artigo 33.º;

b) Alterações ao regulamento de gestão e às matérias que integram a ficha técnica da emissão;

c) Nomeação dos respectivos representantes comuns, conferindo-lhes os poderes necessários para agir em seu nome relativamente às matérias expressamente previstas nos documentos referidos no número anterior;

d) Substituição da entidade gestora a que se refere o artigo 20.º.

Artigo 44.º Representante comum

1 – É aplicável às emissões de obrigações titularizadas o disposto no artigo 357.º do Código das Sociedades Comerciais, com as especificidades constantes dos números seguintes.

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2 – Para além das entidades a que se refere o n.º 2 do artigo 357.º do Código das Sociedades Comerciais pode ainda ser designado como representante comum dos obrigacionistas uma instituição de crédito ou outra entidade autorizada a prestar serviços de representação de investidores em algum Estado membro da União Europeia.

3 – O representante comum dos obrigacionistas ou dos detentores do papel comercial é inicialmente designado pelo órgão de administração da STA, não podendo a escolha recair:

a) Sobre pessoa singular que tenha contrato de trabalho ou seja membro dos órgãos sociais da STA, do cedente ou de outras entidades que se encontrem, nos termos do disposto no artigo 21º do Código dos Valores Mobiliários, em relação de domínio ou de grupo com este último.

b) Sobre pessoa colectiva que se encontre constituída em relação de domínio ou de grupo, nos termos do preceito invocado na alínea anterior.

4 – Os termos da designação prevista no n.º 2 são estabelecidos na ficha técnica da emissão, designadamente no que respeita à remuneração do representante comum, aos custos e encargos inerentes ao desenvolvimento das suas funções, às despesas de convocação e realização de assembleias de obrigacionistas, aos limites aplicáveis à responsabilidade do representante comum e aos termos das responsabilidades que perante ele são assumidas pela sociedade de titularização de activos e demais intervenientes na emissão em causa.

5 – A assembleia de obrigacionistas delibera sobre a nomeação, remuneração e destituição do representante comum, bem como sobre a alteração das condições iniciais da respectiva designação.

6 – A remuneração do representante comum, os demais custos e encargos inerentes ao desenvolvimento das suas funções, as despesas de convocação e realização de assembleias de obrigacionistas, quando incorridas com respeito pelas condições da emissão presentes na ficha técnica, são encargos do património segregado correspondente a essa emissão, por elas não respondendo o restante património da STA, e beneficiam do privilégio creditório previsto no n.º 1 do artigo 40.º.

7 – As condições da emissão podem estabelecer os poderes de representação dos obrigacionistas conferidos ao representante comum e a forma da sua articulação com a assembleia de obrigacionistas, podendo ser atribuídos ao representante comum poderes para:

a) Executar as deliberações da assembleia de obrigacionistas que tenham decretado o vencimento antecipado das obrigações em causa;

b) Accionar as cláusulas de vencimento antecipado das obrigações titularizadas, verificadas que se encontrem as condições e os eventos expressamente previstos na ficha técnica de emissão;

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c) Exercer, em nome e representação dos obrigacionistas, os direitos que lhe sejam conferidos pelo presente decreto-lei, incluindo a pronuncia sobre as matérias a que se referem os artigos 20º e 32º, ou pelas condições da emissão que contam da ficha técnica;

d) Representar os obrigacionistas em juízo, em qualquer tipo de acções.

8 - As condições da emissão podem ainda limitar o exercício isolado de direitos dos obrigacionistas que seja contrário às deliberações da assembleia de obrigacionistas.

9 – São aplicáveis, com as devidas adaptações, as disposições constantes dos números anteriores ao representante comum:

a) Dos detentores de papel comercial emitido por sociedades de titularização de activos e por FTA;

b) Dos detentores de unidades de participação emitidas por fundos de titularização de activos, passando os elementos que devam constar da “ficha técnica da emissão” aí prevista, a ser considerados no regulamento de gestão do fundo.

Capítulo IV

Disposições finais e transitórias Artigo 45.º

Qualificação da actividade das STA

A actividade desenvolvida pelas STA, incluindo a administração e gestão de fundos de titularização de activos, não se considera actividade de intermediação financeira.

Artigo 46.º

Supervisão e regulamentação

1 - Compete à CMVM a supervisão das sociedades de titularização de activos e dos FTA por si administrados

2 - A CMVM pode estabelecer, por regulamento:

a) Regras prudenciais das sociedades de titularização de activos;

b) Regras relativas à organização da contabilidade das STA e FTA, tal como previsto no artigo 42.º;

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c) Deveres de informação à CMVM e ao público; d) Regras relativas aos processos de registo;

e) Requisitos relativos aos meios humanos, materiais e técnicos exigidos às sociedades de titularização de activos;

f) Conteúdo da ficha técnica de emissão.

Artigo 47.º

Ilícitos de mera ordenação social

À violação das normas deste diploma e respectiva regulamentação, aplica-se o disposto no Código dos Valores Mobiliários para os ilícitos de mera ordenação social.

Artigo 48.º

Disposições transitórias e revogatórias

1 – As STC e as SGFTC devem adaptar-se ao disposto no presente diploma no prazo máximo de 1 ano a contar da sua entrada em vigor.

2 – São revogados os Decretos-Lei n.º XXXXXXXXXXX

Artigo 49.º Entrada em vigor

Referências

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