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A cura do paralítico de Bestesda

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L I Ç Ã O

4 de Setembro de 2011 45, 77, 304

A cura do paralítico de

Bestesda

Jo 5.1-9

Segunda terça Quarta

Quinta Sexta Sábado

Mc 2.1-12 Mc 6.53-56 Mc 3.1-5 Mc 5.1-20 Mc 7.24-30 Introdução 1. Conhecendo Betesda 2. A vida do paralítico 3. O amor de Jesus 4. A presença de Jesus Conclusão

“Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma tua cama e anda”. Jo 5.8

Quem encontra com Jesus aprende a ser manso e humil-de, vencendo todos os dardos inflamados do maligno.

Compreender um pouco so-bre o tanque em Betesda;

Identificar a vida do paralíti-co de Betesda;

Incentivar a cada crente a vivenciar o amor de Jesus.

Asmos: Com ausência de fermento.

Apático: Ausência completa de estímulo; indiferença.

Peregrinar: Viajar por terras estranhas.

Jo 5.5 - E estava ali um homem que, havia trinta e oito anos, se achava enfermo.

Jo 5.6 - E Jesus, vendo este deitado e sabendo que estava neste estado havia muito tem-po, disse-lhe: Queres ficar são?

Jo 5.7 - O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me coloque no tanque; mas, quando eu vou, desce ou-tro antes de mim.

Jo 5.8 - Jesus disse-lhe: Levan-ta-te, toma tua cama e anda.

(2)

Conhecendo

Be-tesda

1.

Dizem as Escrituras Sagradas: “Depois disso, havia uma festa entre os judeus, e Jesus subiu a Jerusalém” (Jo 5.1). Havia três festas sagra-das que exigiam que todos os varões judeus fossem a Jerusalém: 1) A Festa da Páscoa e dos Pães Asmos; 2) A Festa de Pentecoste, também conhecida como a Festa das Colheitas; 3) A Festa dos Tabernáculos. Nos-sa lição apresenta um homem paralítico que ficou curado por receber o toque de Jesus, quando Ele subiu a Jerusalém para uma festa.

Introdução

Betesda é a forma grega do termo aramaico “bêth hasdâ”, isto é, “casa da misericórdia”. É mencionado somente no Novo Testamento. A Bíblia relata que este local havia se trans-formado num grande centro de peregrinação de pessoas que pretendiam obter cura através do movimento das águas (Jo 5. 3). Betesda tem uma representação de: 1) Comodismo – os doentes apenas esperavam um milagre;

2) Imediatismo – quem mergu-lhasse primeiro seria curado; 3) Apostasia – os profetas e homens de Deus, naqueles dias, haviam abandonado a verdadeira fé.

1.1. Betesda era um

lu-gar onde havia um

tan-que

Este reservatório ficava em Jerusalém, próximo à porta das ovelhas. Ao redor deste tanque existiam cinco alpendres, onde muitos doentes, bem como cegos e coxos, se juntavam aguardando que as águas, consideradas mi-lagrosas, se agitassem (Jo 5.2). É provável que este versículo fosse incluído para mostrar a crendice que pairava na mente daquelas pessoas. Na realidade, esta passagem é referência para mostrar o poder de Jesus sobre a enfermidade e não um local onde o milagre acontecia.

Os tanques de Betesda estão localizados ao norte do templo. Partes desse tanque duplo foram escavadas (em alguns lugares, chegam a 10 m de profundidade), e fica evidente que podem ter cinco pórticos: quatro em redor e o quinto no largo muro de reten-ção, que faz a separação entre o tanque do norte e o tanque do sul.

1.2. Em Betesda havia

um número grande de

enfermos (Jo 5.3)

Como representa tal situa-ção a humanidade em nossos dias! Cristãos que somos, não podemos permanecer indife-rentes ou apáticos diante dos sofrimentos daqueles que estão ao nosso alcance, mas devemos

(3)

A vida do

paralí-tico

2.

apresentar-lhes Cristo, a solução para os mais difíceis problemas (Mc 16.17,18; Jó 5.7).

1.3. Betesda era um

lu-gar de aflição

Aflição é angústia ou agonia. Não havia pessoas bondosas para ajudarem, mas apenas dor e sofrimento. No mundo em que vivemos é crescente a aflição, e como crentes, devemos esperar contínua tensão em um mundo incrédulo que está fora da comu-nhão com Cristo (Jo 16.33).

Segundo alguns pesquisado-res, a cidade de Jerusalém pa-decia de uma escassez de água. Parece que esta era um artigo que se vendia e comprava. Na cida-de havia dois grancida-des tanques: Siloé, que significa “o enviado” e ficava fora das muralhas, e Betesda, próximo à porta das ovelhas. No tanque de Betesda, situado bem perto do templo, per-maneciam os doentes com o seu sofrimento. A Porta das Ovelhas estava situada à muralha norte de Jerusalém. Por ela entravam no templo as ovelhas que iam servir para os sacrifícios. Atu-almente não existe mais água no local.

A Bíblia não registra o nome do paralítico, mas fala o nome da-quele que fez o milagre (Jo 5.7). A fé em Jesus era essencial para ser curado; entretanto, Jesus optou por curar um homem que nem sequer sabia quem Ele era

(Jo 5.13). O Senhor aqui nos dá a lição da simplicidade e o repúdio à glória pessoal e à fama.

2.1. Um paralítico

soli-tário

Imaginemos aquele homem, deitado sobre o leito, e mesmo no meio da multidão em Betes-da, era solitário. Pode ser que cheirasse mal, por esperar mui-tos dias sem poder banhar-se e viver em torno daquele tanque esperando um milagre. Parece que era desprezado, pois diz o texto: “... Senhor, não tenho ho-mem algum (...) que me coloque no tanque...” (Jo 5.7). Jesus sen-tiu compaixão dele, e se dirigiu para onde estava e disse-lhe:” Levanta-te, toma tua cama e anda” (Jo 5.8).

2.2. Muito tempo

espe-rando

Nesta narrativa é possível per-ceber há quanto tempo aquele homem esperava para ser cura-do. Nutria uma expectativa por algo que durante 38 anos não ti-nha acontecido (Jo 5.5). Quantas vezes esperamos algo acontecer dentro da nossa perspectiva e visão. Mas o Senhor não traba-lha segundo a ótica humana. O glorioso é que o dia do milagre chegou. Valeu a pena esperar.

2.3. O milagre na vida do

paralítico

Aquele homem jamais foi o mesmo após seu encontro com Jesus: “Depois, Jesus encontrou-o nencontrou-o templencontrou-o” (Jencontrou-oãencontrou-o 5.15). O que ele fazia no templo? Procurava por Jesus. Agora, tinha vida so-cial, propósitos. Queria conhecer

(4)

quem o havia curado. “E aquele homem foi e anunciou aos ju-deus que Jesus era o que o cura-ra” (João 5.15). Quanta diferença! Queria que todos conhecessem o Mestre, se interessava pelas pessoas.

Em Jo 5.15,16, o homem cura-do contou aos judeus que fora Jesus quem o curara. Esses, então, o perseguiram, porque transformaram a lei em um peso (Rm 7.12). Observavam a letra e desprezavam o espírito da mes-ma. Sentiam-se mal porque Jesus corrigia o legalismo extremado. Nos versículos 17 e 18, vemos que os judeus ficaram ainda mais irados com Ele, ao revelar-lhes que Deus era seu Pai. Deus não era restrito à lei do sábado, dada a Israel. Da mesma forma, Jesus, o Filho de Deus, não estava sujei-to a essa lei e tinha ausujei-toridade sobre a mesma.

O amor de Jesus

3.

O amor de Jesus não é estático (Ef 5.2; Rm 5.8); alcança e atrai os outros (Lc 19.10). O amor de Deus o levou a pagar o preço da redenção pelo homem: a vida de Cristo, o mais alto preço que Ele poderia pagar (Jo 3.16). Ele recebeu nossa punição, pagou o preço por nossos pecados, e nos ofereceu uma nova vida. Quan-do compartilhamos com outras pessoas, devemos aprender com Jesus a amar e a fazer o bem.

3.1. A Pergunta

esperan-çosa

“Queres ser curado”? Deus não dá a Sua salvação a quem não quer (Jo 3.16; Mt 11.28). Jesus perguntou assim porque queria despertar a esperança. Por incrível que pareça, há pessoas que preferem permanecer do-entes, a fim de gozar da compla-cência pública, receber esmolas. Jesus queria despertar o poder de sua vontade. A fé que traz a cura é algo mais do que uma atitude mental. É também um ato de apropriação.

Baseados em João 5.6, na per-gunta de Jesus, é que afirmamos que Deus não dá a Sua salvação a quem não O quer (Jo 3.16; Mt 11.28). Quanto à cura divina: 1) Jesus viu o paralítico - iniciativa divina (1Jo 4.19); 2) Jesus sabia - compaixão divina (Rm 8.29); 3) Jesus indagou e ordenou (Jo 5.6,7) - cooperação e motivação divinas.

3.2. Uma resposta triste

“...Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agi-tada, me meta no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim” (Jo 5.7). As pa-lavras do sofredor demonstram o quanto estava vencido pelo desânimo, e resignado à sorte. Às vezes ficamos sós porque nos tornamos insuportáveis devido a nossa dor e decepção, mas se en-tregarmos tudo para Jesus, nossa história terá um final milagroso.

3.3. Uma ordem cheia

de poder

Observa-se aqui que ele não orou ao Pai, mas usou de sua autoridade: “Levanta-te, toma a tua cama e anda! (Jo 5.8). Ele

(5)

revelou Sua divindade, como o Emanuel, isto é, Deus habitando conosco (Jo 5.9). Como é mara-vilhoso ouvirmos as Palavras de Jesus, seja nos corrigindo, nos motivando e até curando. Precisamos, nesses últimos dias, usar a autoridade que o Senhor deixou (Mc 16.17,18).

Sem dúvida as pessoas presen-tes levaram um susto ao ouvir tal ordem dirigida a um paralítico, e talvez até julgassem coisa cruel. Mas não o foi, porque: a) Quem lhe ordenou levantar-se, também tinha poder para curá-lo; b) Suas palavras inspiraram fé em seu coração. Quando Deus manda (Jo 5.9), também dá poder para a concretização daquilo que determinou. A fé lançou mão do invisível (Hb 11.1). O corpo deformado do paralítico recebeu o poder de Deus, e num instante ficou completamente são. Glória a Deus!

A presença de

Je-sus

4.

A presença de Jesus, nesse caso, ilustra a diferença entre o tempo da lei, ou seja, ela era a sombra das coisas melhores, mas vindouras, e o tempo da graça. O que antes dependia de esforço pessoal, hoje depende apenas de crer em Cristo, nosso Salvador que tudo pode. O que antes só alguns desfrutavam, hoje todos podem receber. Compreendemos que Jesus trouxe o milagre para aquele homem.

4.1. Jesus sempre traz

alegria

Aquele homem vivia em dor desde o seu nascimento, sem-pre dependeu de pessoas que o ajudassem. Sua vida era mar-cada pela inutilidade, mas um dia tudo mudou. Entendo que existem situações em nossas vi-das que querem nos aprisionar, mas Jesus deseja que cada um domine “a sua cama”, isto é, sua fraqueza, e que vença aquilo que tem tentado dominá-lo, pois o Senhor é o dono da liberdade e da bênção.

4.2. Jesus sempre traz

paz

O Senhor mudou a história de vida daquele paralítico que, provavelmente, vivia cheio de conflitos, pois estava fadado a morrer naquele estado infeliz e sem paz. A paz que vem do Senhor é diferente da paz do mundo (Jo 14.27). A verdadeira paz vem de saber que Deus está no controle de todas as coisas. Nossa cidadania no Reino de Cristo está garantida (Rm 14.17), nosso destino já foi determinado e podemos alcançar a vitória sobre o pecado. Deixemos a paz de Deus proteger e curar nosso coração das ansiedades (Fp 4.7).

4.3. Jesus sempre traz a

verdade

“Depois Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: eis que já estás são; não peques mais, para não te suceda alguma coisa pior” (Jo 5.4). Logo que Jesus se afastou da cena, o paralítico, agora curado, perdeu o contato

(6)

com o Mestre. Mas Jesus não o esqueceu! Tinha para ele uma verdade. Jesus, algumas vezes, curou primeiro e tratou dos pe-cados depois. Em outras vezes ocorreu o contrário. O Espírito Santo nos orienta em cada assun-to ou acontecimenassun-to, de acordo com a necessidade daquele que está carente.

Não volte a pecar (v.14). As consequências eternas do pecado são muito piores que as enfermi-dades físicas temporais. Aquele homem coxo ou paralítico teve um encontro com Jesus e, de re-pente, podia andar. Este era um grande milagre. Mas ele neces-sitava de um maior: ter os seus pecados perdoados. O homem estava muito feliz por estar fisi-camente curado, mas precisava afastar-se de suas iniquidades e buscar o perdão de Deus, a fim de que fosse curado espiritualmente. O perdão de Deus é o maior pre-sente que podemos receber.

É importante enfati-zar que Jesus fez mui-tos milagres e muimui-tos aconteceram no sába-do. Vejamos alguns: 1) O endemoninhado em Cafarnaum (Mc 1.21-27); 2) A sogra de Pedro (Mc 1.29-31); 3) O paralítico em Jerusalém (Jo 5.1-9); 4) O homem com a mão atrofiada (Mc 3.1-6); 5) A mulher encurvada (Lc

Conclusão

13.10-17); 6) O homem com hidropisia (Lc 14.1-6); 7) O cego de nascença (Jo 9.1-14).

1. Quais são as três festas sa-gradas que exigiam que todos os varões judeus fossem a Je-rusalém?

R. A Festa da Páscoa e dos Pães Asmos, a Festa de Pentecoste, também conhecida como a Fes-ta das ColheiFes-tas e a FesFes-ta dos Tabernáculos.

2. Cite, de acordo com a lição, as manifestações sublimes do amor nas Escrituras.

R. O amor ajudando, vestindo, sustentando, perdoando e su-portando.

3. Qual o nome do paralítico que ficava no tanque de Be-tesda?

R. A Bíblia não registra o nome do paralítico, mas fala o nome daquele que fez o milagre: Jesus.

4. Qual o significado do nome “Betesda”?

R. Casa da Misericórdia.

5. Além do milagre que Jesus fez na vida do paralítico, po-demos afirma que Ele trouxe:

R. A alegria , a paz e a ver-dade.

Referências

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