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SUICÍDIO E OCUPAÇÃO FUNCIONAL NA 20ª REGIÃO DE SAÚDE DO PARANÁ

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SUICÍDIO E OCUPAÇÃO FUNCIONAL NA 20ª REGIÃO DE

SAÚDE DO PARANÁ

Vania Frigotto (20ª Regional de Saúde), Manoela de Carvalho e Marize Rauber Engelbrecht (Universidade Estadual do Oeste do Paraná)

Resumo

A região oeste do Paraná é reconhecida nacionalmente por sua atividade agrícola inserida no contexto econômico altamente produtivo e lucrativo do agronegócio. No entanto, o modelo de produção adotado nesta atividade tem sido questionado por suas consequências à saúde da população e, especialmente, a saúde do trabalhador rural. Objetiva-se descrever a incidência de suicídios e as características dos casos segundo a ocupação funcional, abordando faixa etária, gênero e escolaridade dos óbitos por lesões autoprovocadas intencionalmente em dezoito municípios de abrangência da 20ª Regional de Saúde no Estado do Paraná, no período de 2008 a 2015. Para construção do referencial teórico utilizou-se o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/DATASUS), o programa TABWIN e site do Ministério do Trabalho e Emprego. Houve no período pesquisado 290 óbitos por suicídio classificados em diferentes grupos de trabalho. Isto reflete particularmente, em sua maioria, nos trabalhadores rurais. Observa-se que nessa região, proporcionalmente, os suicídios têm acometido, em sua maioria, trabalhadores rurais, revelando uma preocupação às políticas sociais e de saúde quanto à relação existente entre o trabalho neste setor e a preservação da saúde destes trabalhadores.

Introdução

Segundo o Ministério da Saúde – MS os acidentes de trânsito, os homicídios e os suicídios respondem, em conjunto, por cerca de dois terços dos óbitos por causas externas no Brasil. As taxas são consideravelmente mais altas na população de adultos jovens, principalmente do sexo masculino.

Para (Durkheim, 1982:16) “Chama-se suicídio todo o caso de morte que resulte direta ou indiretamente de um ato positivo ou negativo, praticado pela própria vítima, sabedora de que devia produzir esse resultado”. De acordo com este, o suicídio é um evento multicausal, onde não apenas as questões psicológicas e emocionais devem ser consideradas, mas também os aspectos de determinadas sociedades em dados períodos históricos.

Nesta perspectiva identifica-se que na 20ª Região de Saúde do Estado do Paraná, polo econômico na atividade agrícola, que no período de 2008 a 2015 houve grande incidência de lesões autoprovocadas intencionalmente com óbitos, sendo que a predominância foi entre os trabalhadores e produtores rurais, correlacionando a ocupação funcional na área rural com a alta incidência de suicídios.

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Metodologia

As informações sobre lesões autoprovocadas intencionalmente com óbito, ou seja, suicídios, identificadas na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde 10ª Revisão – CID 10 no grupo X60 a X84, foram extraídas do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde - SIM/DATASUS, bem como, seus dados demográficos clássicos como faixa etária, gênero, escolaridade e estado civil, com local de residência nos dezoito municípios de abrangência da 20ª Regional de Saúde no Estado do Paraná, cito bloco de municípios por número de habitantes – hab. em 2015, sendo Diamante do Oeste, Entre Rios do Oeste, Maripá, Mercedes, Nova Santa Rosa, Ouro Verde do Oeste, Pato Bragado, Quatro Pontes, São Pedro do Iguaçu, São José das Palmeiras, Tupãssi (com até 10 mil hab.), Assis Chateaubriand, Guaira, Santa Helena, Palotina, Terra Roxa (de 10 a 50 mil hab.), Marechal Candido Rondon (de 50 a 100 mil hab.), e Toledo (mais de 100 mil hab.) e, no período de 2008 a 2015.

Para levantamento das ocupações no mercado de trabalho dos óbitos por lesões autoprovocadas intencionalmente, foi utilizado o programa Tab para Windows - TabWin, bem como o site do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, para identificação das diversas ocupações na Classificação Brasileira de Ocupações – CBO. As correlações entre suicídios e a ocupação no mercado de trabalho foram analisadas pelas categorias de Grande Grupo da CBO que é a classificação mais agregada e consequentemente de Subgrupos Principais, que de acordo com o MTE é o agrupamento mais restrito que o Grande Grupo, e configura, principalmente, as grandes linhas do mercado de trabalho.

Resultados

De 2008 a 2015 ocorreram no Estado do Paraná um total de 5030 óbitos por lesões autoprovocadas intencionalmente, destes 5,7% (ou seja, 290) tiveram como local de residência a 20ª Região de Saúde do Paraná, ficando em quarto lugar se comparada com as demais Regiões de Saúde do Estado. Ressalta-se que a taxa de mortalidade por suicídios (Número de óbitos de residentes por Suicídios / População total residente) X 100.000, teve variação de 5,5 até 6,2 por 100 mil habitantes no período no Paraná, já para a área da 20 ª Região as taxas tiveram variação entre 8,12 a 13,73, superiores ao Estado e ao Brasil que em 2012 registrou a taxa de 6,0 por 100 mil habitantes.

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Tabela 1

Coeficiente de mortalidade por lesões autoprovocadas intencionalmente CID 10 X60 a X84. 20ª Região de Saúde – Paraná. Período 2008 a 2015

Mun RS Residência PR 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Paraná 5,6 6 5,6 5,6 5,9 5,9 5,5 6,2 20. Reg. Saúde Toledo 10,1 8,1 7,8 9,6 8,7 8,9 11,2 13,7 Assis Chateaubriand 6 12,1 15,1 0 0 2,9 0 8,8 Diamante d'Oeste 19,5 0 19,8 0 19,8 19,1 0 0 Entre Rios do Oeste 0 0 0 25,1 0 0 0 23,2 Guaíra 3,37 10,1 3,2 5,3 3,2 3,3 15,4 8,3 Marechal Cândido

Rondon 10,7 3,4 2,4 12,6 20,9 6 13,9 15,7 Maripá 0 0 17,5 0 0 0 17,2 0 Mercedes 0 0 19,8 19,6 0 0 0 18,5 Nova Santa Rosa 25,3 12,2 0 13 25,9 12,5 12,4 37 Ouro Verde do Oeste 0 0 0 0 0 0 0 0 Palotina 6,9 13,8 13,9 13,8 6,8 6,5 6,5 9,7 Pato Bragado 20,5 20,2 0 20,4 0 19,3 0 37,7 Quatro Pontes 26,3 0 0 0 0 75,7 25,1 0 Santa Helena 12,5 8,2 8,5 8,4 16,7 36,1 35,7 7,8 São José das Palmeiras 0 0 0 26,2 52,7 0 0 0 São Pedro do Iguaçu 15 0 15,4 0 0 30,7 0 31,3 Terra Roxa 17,9 17,9 17,9 0 0 17,2 22,9 17,1 Toledo 12,1 5,9 5,8 9,7 7,3 3,1 9,2 12,8 Tupãssi 0 0 0 12,5 12,5 12,13 12,1 0

Fonte: elaborada pelo autor

Os dados demográficos dos óbitos por lesões autoprovocadas intencionalmente demonstram um percentual elevado de indivíduos do sexo masculino 83,1%, se comparado com os indivíduos do sexo feminino apenas 16,9%. Nesta região os homens cometem suicídio seis vezes mais do que as mulheres, conforme Tabela 2.

Tabela 2

Mortalidade por lesões autoprovocadas intencionalmente CID 10 X60 a X84, por gênero 20ª Região de Saúde – Paraná. Período 2008 a 2015

Mun RS Residência PR Masculino Feminino

20. Reg. Saúde Toledo 241 49 Assis Chateaubriand 14 1 Diamante d'Oeste 4 0 Entre Rios do Oeste 3 0

Guaíra 19 8

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Maripá 2 0 Mercedes 2 1 Nova Santa Rosa 11 0 Palotina 22 1 Pato Bragado 5 0 Quatro Pontes 5 0 Santa Helena 25 8 São José das Palmeiras 2 0 São Pedro do Iguaçu 5 0 Terra Roxa 15 4 Toledo 65 17

Tupãssi 4 0

Fonte: SIM/DATASUS

A mortalidade ocorreu nas faixas etárias economicamente ativas que são mais expostas as contradições inerentes as relações sociais advindas do modo de produção capitalista, destaca-se que se analisados individualmente, os municípios apresentam diferenciais, em Toledo sede da Região e município com maior densidade demográfica a faixa etária de maior ocorrência se deu entre 25 e 34 anos, Marechal Candido Rondon segundo em população a incidência se dá de forma acentuada em indivíduos de 45 a 54 anos, já Guaira que é região de fronteira com o Estado do Mato Grosso e Paraguai a faixa etária de maior incidência é de 15 a 24 anos, com número de óbitos nessa faixa etária superior ao município sede que conta com três vezes mais população que este.

Tabela 3

Mortalidade por lesões autoprovocadas intencionalmente CID 10 X60 a X84, por faixa etária 20ª Região de Saúde – Paraná. Período 2008 a 2015

Mun RS Residência PR 5-14 Anos 15-24 Anos 25-34 Anos 35-44 Anos 45-54 Anos 55-64 Anos > 65 Anos Total

20. Reg. Saúde Toledo 2 36 53 56 52 42 49 290 Assis Chateaubriand 0 3 1 3 3 3 2 15 Diamante d'Oeste 0 1 2 0 0 0 1 4 Entre Rios do Oeste 0 0 0 0 1 1 1 2 Guaíra 0 9 6 5 1 2 4 27 Marechal Cândido

Rondon 0 5 6 6 12 7 8 44

Maripá 0 0 0 1 0 0 1 2

Mercedes 0 0 0 1 0 0 2 3 Nova Santa Rosa 0 1 1 4 1 3 1 11 Palotina 1 2 2 5 5 6 2 23 Pato Bragado 0 0 2 1 1 1 1 6 Quatro Pontes 0 0 1 1 2 1 0 5 Santa Helena 0 2 6 7 4 6 8 33 São José das Palmeiras 0 1 1 0 1 0 0 3

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São Pedro do Iguaçu 0 1 1 1 0 0 3 6 Terra Roxa 0 2 3 6 2 4 2 19 Toledo 1 8 21 14 18 8 12 82 Tupãssi 0 1 0 1 1 0 1 4 Fonte: SIM/DATASUS

Em relação aos anos de escolaridade, observa-se que 41% dos indivíduos cursaram de 4 a 7 anos de estudo e ainda 25% com 8 a 11 anos. O nível de escolaridade com menor incidência de óbitos por lesões autoprovocadas intencionalmente foi nenhuma, reiterando o pensamento de Durkheim (2003) no qual, o nível educacional, está associada ao nível de suicídios, em seus estudos conclui que quanto maior a escolaridade maior a incidência de suicídios na população, por criar no indivíduo um sentimento maior de independência.

Tabela 4

Mortalidade por lesões autoprovocadas intencionalmente CID 10 X60 a X84, por escolaridade, 20ª Região de Saúde – Paraná. Período 2008 a 2015

Mun RS Residência PR Nenhuma 1-3 anos 4-7 anos 8-11 anos 12e+ Não

informado Ignorado Total

20. Reg. Saúde Toledo 13 49 119 73 16 2 18 290 Assis Chateaubriand 1 3 6 2 1 0 2 15 Diamante d'Oeste 0 1 1 0 0 1 1 4 Entre Rios do Oeste 0 1 1 0 0 0 1 3

Guaíra 1 5 13 4 2 1 1 27

Marechal Cândido

Rondon 0 11 21 11 1 0 0 44

Maripá 0 0 2 0 0 0 0 2

Mercedes 1 1 1 0 0 0 0 3

Nova Santa Rosa 1 2 3 3 0 0 2 11 Palotina 1 3 9 6 2 0 2 23 Pato Bragado 1 0 2 2 0 0 1 6 Quatro Pontes 0 0 4 1 0 0 0 5 Santa Helena 0 7 12 9 3 0 2 33 São José das Palmeiras 0 0 2 1 0 0 0 3 São Pedro do Iguaçu 0 1 3 1 0 0 1 6 Terra Roxa 1 5 5 5 0 0 3 19 Toledo 5 9 32 27 7 0 2 82

Tupãssi 1 0 2 1 0 0 0 4

Fonte: SIM/DATASUS

Outro dado relevante no estudo sobre as lesões autoprovocadas intencionalmente com óbito é a ocupação no mercado de trabalho destes. Identificados pelos Grandes Grupos da CBO observa-se maior incidência no grupo 6 Trabalhadores Agropecuários, Florestais e da Pesca com 24,48%. Contrariando os estudos de Durkheim (2003), que

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afirma que as taxas de suicídio nas cidades são maiores se comparadas ao campo, devido aos padrões de trabalho e vida mais estressantes. Há estudos que apontam as influencias sobre o uso de agrotóxicos na produção rural, como indicadores do aumento de suicídios, outros, porém, como Gonçalves apud Middleton et al. (2003) abordam como possibilidades o difícil acesso à rede de saúde e de serviços em geral, bem como, o declínio econômico, o aumento do desemprego e o êxodo rural.

Tabela 5

Mortalidade por lesões autoprovocadas intencionalmente CID 10 X60 a X84, por ocupação segundo Grande Grupo da CBO, 20ª Região de Saúde – Paraná. Período 2008 a 2015

Grande Grupo Da CBO Quantitativo Percentual

0- Membros Das Forças Armadas, Policiais E Bombeiros Militares 1 0,34

1 - Membros Superiores Do Poder Público, Dirigentes De

Organizações De Interesse Público E De Empresas 14 4,82 2- Profissionais Das Ciências E Das Artes 14 4,82 3- Técnicos De Nível Médio 3 1,03 4 - Trabalhadores De Serviços Administrativos 11 3,79 5 - Trabalhadores Dos Serviços, Vendedores Do Comercio Em Lojas

E Mercados 42 14,48

6 - Trabalhadores Agropecuários, Florestais E Da Pesca 71 24,48 7- Trabalhadores Da Produção De Bens E Serviços Industriais 57 19,65 8- Trabalhadores Da Produção De Bens E Serviços Industriais 3 1,03 9 - Trabalhadores Em Serviços De Reparação E Manutenção 53 18,27

Não Informado 21 7,24

Total 290 100

Fonte: elaborado pelo autor

Quando analisa se de forma mais especifica a ocupação no mercado de trabalho via subgrupos e pela própria definição que o Livro 2 da CBO traz, torna-se evidente as diferenças entre trabalhadores rurais, detentores da força de trabalho que desempenham suas atividades em propriedades rurais, e produtores rurais proprietários de terras. Além da maior incidência neste Grande Grupo de Trabalhadores, acentua-se ainda a diferença entre seus subgrupos, os produtores na exploração agropecuária tiveram 10% do total óbitos e os trabalhadores na exploração agropecuária totalizaram 14,48% de óbitos por lesões autoprovocadas intencionalmente.

Tabela 6

Mortalidade por lesões autoprovocadas intencionalmente CID 10 X60 a X84, por ocupação segundo Grande Grupo 6 e grupamentos da CBO, 20ª Região de Saúde – Paraná. Período 2008 a 2015

Classificação da CBO Títulos de grupamentos Quantidade

Grande Grupo 6 Trabalhadores Agropecuários, Florestais E Da Pesca 71 Subgrupo Principal 6.1 Produtores Na Exploração Agropecuária 29

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Subgrupo 6.1.2 Produtores Agrícolas 20 Subgrupo 6.1.1 Produtores Agropecuários Em Geral 9 Subgrupo Principal 6.2 Trabalhadores Na Exploração Agropecuária 42 Subgrupo 6.2.1 Trabalhadores Na Exploração Agropecuária Em Geral 22 Subgrupo 6.2.2 Trabalhadores Agrícolas 20 Fonte: elaborado pelo autor

A grande incidência de trabalhadores/produtores agropecuários que cometem lesões autoprovocadas intencionalmente com óbito podem indicar que as dificuldades de acessibilidade de serviços sociais, crises econômicas, aumento e uso indiscriminado de agrotóxicos na região, que tem como maior fonte de renda a produção agroindustrial podem desencadear quadros depressivos nessa população que elevam o risco de suicídio na área rural.

Conclusão

A discussão sobre o suicídio ainda é incipiente, fato comprovado pela existência de raros estudos, em especial, na perspectiva da sociologia que baseada em Durkheim (1982) coloca o suicídio com base multifatorial, não apenas um ato individual exclusivo de aspectos psicológicos/neurológicos, mas, também o coloca como um campo complexo que envolve determinadas sociedades em dados períodos históricos.

Delimitando essa sociedade da região Oeste do Paraná, de acordo com Piffer at. Al (2006), a formação socioeconômica dessa região foi incentivada por colonizadoras de forma estruturada na pequena propriedade familiar, com predominância de povos de origem europeia (ítalo-germânicos), advindos dos demais estados do Sul. As transformações de produção das pequenas propriedades do período de colonização da região, foram substituídas por técnicas modernas de produção com tecnologias avançadas que alteraram o perfil produtivo da região voltando-se a culturas de exportação (milho, soja e trigo), tornando-se reconhecida nacionalmente por sua atividade agrícola inserida no contexto econômico altamente produtivo e lucrativo do agronegócio.

Ainda no período socioeconômico referenciado neste estudo, de acordo com Análise da Conjuntura Agropecuária (2014) do Departamento de Economia Rural – DERAL nos anos de 2006, 2009, 2012 e 2014 as lavouras de soja (principal cultura da região) foram afetadas por estiagens que comprometeram as respectivas produtividades, lembrando que os períodos de plantio e colheita vão em média de outubro a março, nestes mesmos anos o coeficiente de lesões autoprovocadas intencionalmente com óbito também foram elevados, afirmando a correlação entre a conjuntura econômica, em especial, na área rural e os suicídios na 20ª Região de Saúde do Paraná.

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A Organização Mundial de Saúde – OMS em seu Mental Health Action Plan 2013−2020 tem como objetivo a redução em 10% dos suicídios até 2020. Na perspectiva de redução desses óbitos o Estado do Paraná lançou a Rede de Saúde Mental, em 2014, na qual oferece atendimento multiprofissional gratuito para casos de transtornos mentais e decorrentes do uso de álcool e outras drogas em qualquer Unidade de Saúde e Pronto Atendimento 24h, em um dos 53 Ambulatórios de Atenção Especializada em Saúde Mental e um dos 116 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) por todo o Paraná, entretanto, novamente se vê a questão de dificuldade de acesso, em especial para os trabalhadores rurais, aos serviços especializados centralizados nos grandes centros urbanos. Cabe, por fim, o desenvolvimento de ações por meio de políticas sociais, e em especial de saúde, quanto à relação existente entre o trabalho neste setor e a preservação da saúde destes trabalhadores o mais próximo possível de suas residências.

Referencias

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