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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Ministério da Agricultura, Pecuária e AbastecimentoEMPARN
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U N I V E R S I D A D E F E D E R A L R U R A L D O S E M I - A R I D OSEBRAE
CE
9 7 8 8 5 8 9 9 4 6 0 6 3Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Agroindústria Tropical
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Raimundo Braga Sobrinho Jorge Anderson Guimarães José de Arimatéia Duarte de Freitas
Daniel Terao Organizadores
Embrapa Agroindústria Tropical Banco do Nordeste do Brasil
Fortaleza, CE 2008
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© Embrapa 2007 P964p Produção integrada de melão / Raimundo Braga Sobrinho... [et al.],
organizadores. – Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, Banco do Nordeste do Brasil, 2008.
338 p.: il.
ISBN 978-85-89946-06-3 978-85-7791-013-7
1. Produção do Melão. 2. Cultivo e Manejo do Melão. 3. Doença e Praga do Melão. 4. Comercialização do Melão. I. Sobrinho, Raimundo Braga. II. Título.
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Nivaldo Duarte Costa
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Raimundo Braga Sobrinho
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Raimundo Maciel Sousa
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Renata Cesar Vilardi Tenente
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Renata Tieko Nassu
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Ricardo Elesbão Alves
Engenheiro agrônomo, D. Sc. em Pós-Colheita, pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical, Rua Dra. Sara Mesquita, 2270 - Pici, CEP 60511-110 Fortaleza, CE, tel: (85) 3299-1847,
elesbao@cnpat.embrapa.br
Rita de Cássia Souza Dias
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Rubens Sonsol Gondim
Engenheiro agrônomo, M. Sc. em Irrigação e Drenagem, pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical, Rua Dra. Sara Mesquita, 2270 - Pici, CEP 60511-110 Fortaleza, CE, tel: (85) 3299-1838, rubens@cnpat.embrapa.br
Sebastião Gomes Amorim
Engenheiro agrônomo, ADD-DIPER, PE
Vera Lúcia Ferracini
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Wanderson da Rocha Mizael
Engenheiro agrônomo, Iharabras S. A. Indústrias Químicas, Av. da Liberdade, 1407, Cajuru do Sul, Sorocaba, SP, (15) 3235-7744, wanderson@ihara.com.br
Wellington Martins Mosqueira da Fonseca
Engenheiro mecânico, Pós-graduação em Gestão da Qualidade, Gerente de Desenvolvimento e Certificação de Produtos do BVQI do Brasil, Sociedade Certificadora Ltda.
Capítulo
14
Manejo e Controle de Plantas Daninhas
Antônio Renes Lins de Aquino, Francisco Nelsieudes Sombra Oliveira e João Paulo Cajazeiras
Introdução
Planta daninha é todo vegetal que cresce onde não é desejado. Considerando esta definição, pode-se inferir que somente nas áreas de culturas agrícolas em exploração é que as plantas espontâneas são conside-radas espécies infestantes.
As plantas daninhas são dotadas de rusticidade, grande vigor vegetativo e reprodutivo, em razão de serem plantas que não passaram por nenhum proces-so de melhoramento genético. Essas plantas, quando crescem juntamente com as culturas, interferem no desenvolvimento, reduzindo a produção. Competem pela extração dos elementos vitais – água, luz, CO2 e nutrientes – e, muitas vezes, exercem inibição quí-mica sobre o desenvolvimento das plantas, conhecida como alelopatia.
As perdas ocasionadas às culturas agrícolas pela interferência das plantas daninhas no Brasil são esti-madas em torno de 20%. Além da redução quantitativa da produção, esta pode ser, também, qualitativamen-te depreciada pela contaminação com semenqualitativamen-tes e restos de plantas daninhas, podendo ainda aumentar o teor de umidade em alguns produtos, diminuindo o seu valor comercial.
No cultivo do meloeiro, é necessário controlar as
plantas daninhas, no mínimo durante o período crítico, ou seja, até que a cultura cubra suficientemente a su-perfície do solo e não sofra mais a interferência nega-tiva delas. Em plantios extensivos, é preciso estabelecer um programa integrado de manejo das plantas dani-nhas, como forma de se obter sistemas agrícolas sus-tentáveis (PEREIRA, 2003).
Período Crítico de Competição
O Período Crítico de Competição (PCC) é aquele em que as plantas daninhas mais prejudicam as cultu-ras. Para o cultivo do meloeiro ainda não existem da-dos definitivos a respeito do PCC, mas, estima-se que ele seja semelhante a outras hortaliças, ocorrendo entre 25% e 50% do seu ciclo vegetativo. Em condições de baixa densidade populacional das plantas daninhas, em virtude de um reduzido banco de sementes no solo, uma a duas capinas, geralmente, são suficientes para manter a área de cultivo livre da interferência das plantas daninhas e garantir o crescimento do meloeiro (PEREIRA, 2003).
Métodos de Controle
O manejo e o controle das plantas daninhas são de grande importância na produção do melão, princi-palmente, depois do incremento da mosca-branca
168 Aspectos Agronômicos
(Bemisia tabaci) e de outras pragas que utilizam algu-mas plantas daninhas como hospedeiras e local de sua reprodução. Outro fator preocupante é o aumento da incidência de várias viroses do meloeiro que, também, reforçam a necessidade de um programa de manejo integrado para as plantas daninhas.
É muito importante conhecer as espécies de plan-tas daninhas presentes na área de plantio da cultura. Na Tabela 1, pode ser observado o levantamento da ocorrência das principais plantas daninhas que infes-tam os plantios de melão nos Estados do Rio Grande do Norte e Ceará, segundo Oliveira e Oliveira, 2001. Merece destaque a tiririca (Cyperus rotundus L.) por se tratar de uma invasora de difícil controle, resistente aos herbicidas e causadora da redução do estande e do rendimento das culturas. Por meio de seus tubércu-los, raízes e rizomas, essa planta libera no solo com-postos fenólicos que inibem o desenvolvimento de plântulas no viveiro e no campo (LORENZI, 1984).
Não existe um método de controle de plantas daninhas que, isoladamente, seja suficiente para resol-ver o problema, razão pela qual é necessário um pla-nejamento onde se utilize a eficiência de cada método em determinado momento ou local das áreas cultivadas com melão.
O controle das plantas daninhas com o objetivo de sua erradicação ou de sua redução consta dos se-guintes métodos:
1) Controle preventivo
Visa prevenir a introdução, disseminação ou es-tabelecimento de espécies infestantes, por meio do uso de práticas agrícolas tais como:
•
Utilização de sementes de boa procedência e livres de plantas daninhas.•
Uso de restos culturais e esterco livres de sementes infestantes.•
Erradicação de plantas daninhas nos carreadores, canais de irrigação e margens das estradas que dão acesso ao plantio.•
Limpeza dos equipamentos agrícolas antes da entra-da no pomar.2) Controle cultural
O controle cultural é a utilização de boas práticas agrícolas como rotação de cultura, variação na popu-lação de plantas e cobertura verde.
a) Rotação de culturas - Muito importante
para o manejo de plantas daninhas, por ser um meio de prevenir o surgimento de altas populações de certas espécies infestantes. Quando são utilizados sucessi-vos cultisucessi-vos com a mesma cultura, algumas espécies mais adaptáveis e com os mesmos hábitos de cresci-mento da cultura, tornam-se reinfestantes nos próxi-mos cultivos.
Com a utilização de rotação de culturas, a popu-lação de plantas daninhas muda a cada ano e uma nova relação de interferência entre as diferentes espé-cies é estabelecida. Nessa comunidade mista, existe sempre um balanço competitivo entre as espécies, pre-dominando apenas as mais agressivas e, conseqüen-temente, uma diminuição no banco de sementes infestantes para os próximos cultivos.
Nome Comum Nome Científico
Vassourinha Borreria verticiclota (L.) G.F.W. Meyer
Jitirana Ipomea glabra L.
Salsa Ipomea fistulosa Martex choisy
Malva Waltheria indica L.
Sensitiva Mimosa pudica L.
Fedegoso Cassia tora L.
Jurubeba Solanum stipulaceum
Cróton Croton lobutus L.
Rama-de-bezerro Swartzia flaemingii Cipó de Tatu Anemopraegma pabstii
Cansanção Cnidoscolus ureus
Tabela 1. Principais plantas daninhas presentes nos
plantios de melão.
Folhas largas
Nome Comum Nome Científico
Cabeça-branca Alternaria brasiliana (L.) O. Kuntze
Capim-colonião Panicum maximum
Capim-tapete Mollungo verticillata
Carrapicho Cenchrus equinatus
Pé-de-galinha Eleusine indica
Tiririca Cyperus rotundus L.
Gengibre Paspalum maritimus Trin.
Fonte: AQUINO, 2003.
169
Manejo e Controle de Plantas Daninhas
b) Variação da população de plantas
-O espaçamento entre as linhas de plantio e a densida-de densida-de semeadura densida-de plantas podensida-dem provocar aumento ou redução da competição das plantas daninhas com a cultura. Muitas vezes, a redução do espaçamento e o aumento na densidade de plantio causa uma diminui-ção da competitividade da planta daninha em razão da sensibilidade dessas espécies ao sombreamento.
c) Cobertura verde - O objetivo principal da
cobertura verde é a melhoria das condições físico-químicas do solo e, também, pelo fato de muitas das plantas utilizadas com essa finalidade possuírem grande poder inibitório sobre determinadas espécies daninhas.
A adubação verde é a incorporação ao solo de plantas ou partes de plantas verdes, com a finalidade de enriquecê-lo com matéria orgânica e elementos mi-nerais, que proporcionarão melhorias nas suas propri-edades físicas, químicas e biológicas.
A adubação verde não necessariamente deve ser feita com leguminosas. A razão da preferência dada as leguminosas na adubação verde, além de outras, é devida à faculdade que apresentam de abrigarem (associação simbiótica) nas suas raízes, certas bacté-rias (Rhizobium) capazes de fixar o nitrogênio do ar enriquecendo o solo com este elemento.
Existe grande número de espécies leguminosas próprias para adubação verde (Tabela 2), cada uma delas com suas características (sistema vegetativo, quantidade de massa, exigência de solo, clima, etc).
Tabela 2. Principais leguminosas usadas na adubação
verde.
Nome vulgar Nome científico
Mucuna-rasteira Stizolobium sp.
Mucuna-anã Stizolobium sp.
Lab-lab Dolichos lablab
Guandu Cajanus cajan
Crotalaria juncea Crotalaria juncea
Crotalaria paulina Crotalaria paulina
Cudzu comum Pueraria thumbergiana
Centrosema Centrosema pubescens
Feijão-de-porco Canavalia ensiformis
Indigofera Indigofera sp.
Soja Glycine sp.
Tremoço Lupinus sp.
Tefrósia Tefrosia candida
Fonte: Oliveira e Oliveira, 2001.
Características desejáveis de um bom adubo verde
•
Crescimento rápido.•
Cobertura abundante.•
Grande quantidade de massa verde.•
Fixação do nitrogênio atmosférico.•
Pouca exigência aos tratos culturais.•
Resistente a pragas e doenças.•
Bom desenvolvimento radicular.•
Aquisição fácil de sementes.•
Facilidade de incorporação.•
Facilidade de plantio.•
Fácil erradicação.Os benefícios proporcionados pela adubação verde
•
Aumento do teor de húmus.•
Proteção contra a erosão e a insolação.•
Economia de capinas no controle de plantas dani-nhas.•
Melhor aproveitamento de adubos minerais.•
Mobilização e transporte dos elementos nutritivos das camadas mais profundas para as mais superfi-ciais.•
Enriquecimento do solo em nitrogênio.•
Controle de nematóides.•
Manutenção da umidade do solo.3) Controle biológico
O controle biológico é o controle ou eliminação das plantas daninhas através de inimigos naturais (pragas e doenças) ou pela inibição química exercida por uma outra planta morta ou viva (LORENZI, 1982).
a) Inimigos naturais - O controle biológico
exercido por inimigos naturais ocorre constantemente na natureza e muitas vezes não é observado. No Brasil, o controle biológico por meio dos inimigos naturais, cientificamente estudado e recomendado ainda é pouco utilizado no controle de plantas daninhas.
b) Alelopatia - O controle de plantas
170 Aspectos Agronômicos
tem como agente causal, um grupo de substâncias secretadas pela parte aérea ou subterrânea das plantas em desenvolvimento ou liberadas pelo material vege-tal (palha) em decomposição. Esse fenômeno é gene-ralizado a todo reino vegetal e o caso mais expressivo e conhecido é o dos antibióticos, em que substâncias químicas são produzidas por microrganismos, como os fungos, para inibir outros microrganismos, como as bactérias (LORENZI, 1982).
Este controle tem sido muito utilizado no sistema de plantio direto, mediante o emprego de cobertura morta. Outro exemplo de utilização deste processo é o controle da guanxuma (Malvaceae) pelo azevém anual (Gramineae).
4) Controle mecânico ou físico
O controle mecânico é o uso de práticas agrí-colas utilizadas na eliminação de plantas daninhas por meio de um efeito físico-mecânico, como o arranquio manual, a capina manual, a roçagem, a inundação, a queima, o cultivo mecanizado ou a cobertura morta.
a) Arranquio - O arranquio manual é o
méto-do mais antigo de controle de plantas daninhas e con-siste na eliminação, principalmente onde a enxada não pode alcançar as plantas infestantes.
b) Capina manual - Este método é,
basica-mente, a utilização da enxada para a eliminação das plantas daninhas. É a prática agrícola mais utilizada na agricultura brasileira, principalmente, onde há mão-de-obra abundante e de baixo custo.
A capina manual deve ser utilizada nos seguintes casos: quando a declividade ou sistema de plantio não permitirem a mecanização, quando houver necessidade de fixar mão-de-obra na propriedade e quando sua utilização for economicamente viável.
c) Roçagem - A roçagem consiste na
elimina-ção de parte das plantas daninhas mediante roçada manual ou mecânica. Esta técnica é muito utilizada em terrenos com declividade acentuada, para evitar erosão do solo, ou em casos específicos como no Nordeste brasileiro, para evitar a incidência dos raios luminosos diretamente no solo.
As roçadeiras mecânicas são acionadas por trator e acopladas no engate de três pontos. Realizam
o corte do mato, mantendo-se entre 3 e 15 centímetros de altura, com largura de corte variável.
d) Inundação - Neste método o controle das
plantas daninhas é realizado mediante a inundação da área onde se planeja o controle das plantas. O método é limitado a solos planos e nivelados onde a erradicação ocorre pela inundação prolongada e as plantas são eliminadas pela falta de oxigenação do seu sistema radicular.
e) Queima - A queima como método de
con-trole de plantas daninhas é pouco utilizada no Brasil.
f) Cultivo mecânico - No cultivo
mecaniza-do são utilizamecaniza-dos cultivamecaniza-dores, tracionamecaniza-dos por ani-mais, ou trator. É um método muito usado na agricultura brasileira, sendo o principal meio de con-trole de plantas daninhas.
A utilização de capinas mecânicas assume grande importância, tornando a operação mais rápida e menos onerosa. Não se pode esquecer, contudo, que várias pesquisas comprovam os efeitos negativos do uso indiscriminado de máquinas e implementos, desde o preparo do solo para o plantio até a colheita das culturas.
As capinas mecânicas com tração animal apre-sentam as vantagens de bons rendimentos, não neces-sitam de mão-de-obra especializada e os equipamentos requeridos são relativamente baratos.
Nas capinas mecânicas com tração motorizada, implementos tradicionais, como cultivadores, grades, enxadas rotativas e roçadeiras, são acoplados ao trator. Esse método apresenta um alto rendimento de serviço, porém exige mão-de-obra especializada e os equipamentos utilizados são de custo elevado.
g) Cobertura morta - A cobertura morta é a
eliminação de plantas daninhas por meio físico-mecâ-nico, utilizando restos vegetais ou polietileno. No caso do uso de lâminas de polietileno, de modo geral, só é utilizado em pequenas áreas.
Nos Estados do Rio Grande do Norte e Ceará tem sido grande o emprego de cobertura morta com palha (bagana) de carnaúba, principalmente, na projeção da copa de diversas fruteiras. Essa cobertura é a principal responsável pelos benefícios, tanto para a planta
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Manejo e Controle de Plantas Daninhas
quanto para o solo, tais como: incrementa a produti-vidade dos cultivos; mantém a disponibilidade de água no solo; diminui a variação de temperatura do solo; protege os agregados do solo contra os efeitos erosivos da chuva; aumenta o armazenamento de água na zona de cobertura; controla a germinação de ervas daninhas; mantém a fertilidade do solo; reduz o turno de rega em cultivos irrigados; e reduz os custos no manejo do pomar.
5) Controle químico
O controle de plantas daninhas por este método tem como base o emprego de determinados produtos químicos que são capazes de inibir ou eliminar algum tipo de planta ou até qualquer planta e são chamados de herbicidas. O herbicida é, portanto, um produto químico que mata ou inibe o desenvolvimento de uma planta.
Geralmente, os herbicidas são seletivos ou não seletivos, com relação ao tipo de plantas que matam. Um herbicida é seletivo para uma cultura quando ele é capaz de matar plantas daninhas infestantes sem pre-judicar aquela cultura. Os herbicidas matam as plantas por contato com estas plantas ou por absorção deste produto por elas.
Outra informação necessária para o emprego de herbicida é o momento em que este produto deve ser aplicado. Esta aplicação será em pré-emergência (PRE) e pós-emergência (POS). Os herbicidas PRE são aplica-dos no solo antes da germinação das sementes das plantas daninhas ou da emergência das plantas da cultura. Alguns dos herbicidas PRE necessitam ser incorporados ao solo. Estes herbicidas são, também, denominados residuais porque deixam resíduos no solo.
Os herbicidas POS são aplicados na folhagem das plantas daninhas para uma melhor absorção pelas partes aéreas destas plantas. Outros POS são absorvi-dos pelo sistema radicular das plantas daninhas.
Os herbicidas usados na agricultura brasileira são formulados de forma diferente, como podem ser observados: forma sólida, que por ser aplicado por meio de pulverizações após sua diluição em água. Na forma líquida, tem-se as soluções aquosas que formam soluções verdadeiras com a água, e os concentrados
emulsionáveis que formam emulsão estável com a água (LORENZI, 1982).
A utilização de herbicida para o controle de plan-tas daninhas em áreas com meloeiro pode ser feita isoladamente ou em combinação com outras práticas, representando alternativa eficiente no cultivo dessa lavoura.
Atualmente só existe um herbicida registrado no Ministério da Agricultura para a cultura do melão. A sua composição tem como base os princípios ativos “Fenoxaprop - P e Clithodiuns”, sendo um herbicida seletivo e do grupo dos ácidos. Deve ser aplicado em pós-emergência, na dosagem de 0,8 a 1,2 L/ha, diluin-do-se em água em virtude de ser um concentrado emul-sionável.
A recomendação para o manejo e o controle de plantas daninhas, no cultivo e produção do melão é a utilização de diferentes métodos de controle simultane-amente nas áreas em produção e nas adjacentes, com a finalidade de um manejo integrado das plantas dani-nhas nas várias fases de atividade cultural e dos plan-tios subsequentes da área em exploração agrícola.
6) Manejo de plantas invasoras
As plantas invasoras nem sempre são daninhas por várias razões:
•
Podem trazer nutrientes das camadas profundas para a superfície.•
Melhoram a aeração e a retenção de água.•
Protegem o solo da erosão e da insolação excessiva.•
Incorporam matéria orgânica ao solo.•
São boas indicadoras das qualidades dos solos.•
Podem ajudar no controle biológico de pragas.•
Podem ser usadas em compostagem.•
Muitas são comestíveis e de valor medicinal.Referências
AQUINO, A. R. L. de; OLIVEIRA, F. N. S.; ROSSETI, A. G.; LEAL, T. C. A. de B. Levantamento de plantas daninhas
na cultura do cajueiro nos baixões agrícolas piauienses.
Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 2003. 6 p. (Embrapa Agroindústria Tropical. Comunicado Técnico, 89).
172 Aspectos Agronômicos
LORENZI, H. Inibição alelopática de plantas daninhas. In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE ADUBAÇÃO VERDE, 1983, Rio de Janeiro. Anais... Campinas: Fundação Cargill, 1984. p. 183.
LORENZI, H. Plantas daninhas do Brasil: terrestre, aquá-ticas, parasitas, tóxicas e medicinais. Nova Odessa, 1982. 425 p. OLIVEIRA, V. H.; OLIVEIRA, F. N. S. Controle de plantas
daninhas em pomares de cajueiro. Fortaleza: Embrapa
Agroindústria Tropical, 2001. 6 p. (Embrapa Agroindústria Tropical. Circular Técnica, 10).
PEREIRA, W. Manejo de plantas daninhas. In: SILVA, H. R. da; COSTA, N. D. (Ed.) Melão: produção: aspectos técnicos. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica: Embrapa Hortaliça; Petrolina: Embrapa Semi-Árido, 2003. cap. 12. (Frutas do Brasil, 33).