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De nome filhote Há um castelo severo de poucas janelas. Ali vive uma única castelã, jovem, muito jovem. Não está prisioneira. Não está confinada.

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Academic year: 2021

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De nome filhote

Há um castelo severo de poucas janelas. Ali vive uma única castelã, jovem, muito jovem. Não está prisioneira. Não está confinada. Está só. Com sua ama.

Suas irmãs e primas partiram uma a uma para outras terras, levadas por casamento. Os velhos, pais e parentes, morreram progressivamente. Os homens da família estão sempre ausentes. Vão chamados por guerras, caçadas, ou longas viagens. Uns voltam, outros não. E os que voltam demoram tanto a chegar, e tão pouco a partir novamente.

Os dias escorrem lentos de um cômodo a outro do castelo. E sombrios. De nada serve à jovem subir ou descer escadas, degraus não encurtam o tempo. Em dias mais quentes, sai para os mínimos jardins entre muros, colhe uma rosa ou um lírio, entedia-se ao ar livre. Mas assim que chega o frio, tão longo naquelas paragens, nem esse mínimo prazer lhe resta. Faz-se então mais pesada a falta de companhia.

- Uma criança – diz um dia à ama-, por que não posso procurar uma criança abandonada? Seria bom para ela e para nós. Cuidaríamos dela juntas, e teríamos companhia.

- Crianças há muitas- responde a ama que a criou e a quer como uma filha. – Mas são sonho impossível para moça solteira. Quem acreditaria que a criança não é sua? A desonra mancharia o brasão da família. E traria de volta os homens para um castigo feroz.

- Um filhote, então! – diz a jovem. – Quero um filhote macio de animal carinhoso, a quem eu possa querer bem. Não há nada de mal em ter um filhote.

E envia a ama em busca daquilo que quer.

Tarefa difícil para a boa senhora. Descarta logo as aves, apesar do canto. Dos animais que habitam a floresta ao redor do castelo, lobo, raposa, javali, nenhum lhe parece aconselhável. Nem esquilo ou lebre, muito fugidios. Pensa em gato, que seria fácil de achar, mas o considera pouco para tanta solidão. Cachorro, só sendo muito especial. Vai até a aldeia mais próxima, e nada. Aventura-se mais além, até a cidade que é perto do mar. E ali, junto ao cais, encontra afinal o que lhe parece à altura da sua jovem senhora. Paga o preço que pedem, mete o filhote dentro de uma cesta, o cobre com um pano para que não pegue frio, e toma o caminho da volta.

Com quanta alegria é recebida!

- Meu filhote! – exclama amorosamente a jovem tirando-o da cesta. E a exclamação já é um batizado.

O bichinho corresponde a tudo o que a jovem havia desejado. Macio e alegre, de língua quente e dentinhos afiados, exalando cheiro bom de vida nova. Parece uma raça diferente de cachorro, como ela nunca viu antes, ou talvez seja apenas parente dos cães, um outro cruzamento. O pelo curto cor de sol, as orelhas arredondadas, e aqueles olhos puro mel. Certamente haverá de crescer, porque as patas largas denunciam o futuro vigor.

Com ele, os dias se fazem mais curtos nos cômodos que parecem ter ganho outra luz. Risos e chamados ocupam o espaço que pertenciam ao silêncio, enquanto a jovem e Filhote se perseguem brincando de sala em sala. A ama sorri satisfeita com tanta alegria.

Durante alguns dias, lhe dão de comer pão molhado no leite. Passou o tempo de mamar. Mas em breve, com Filhote ganhando peso, aquilo parece pouco. Precisa de alguma coisa mais forte para o crescimento dos ossos. Pedacinhos de carne. Isso sim, lhe agrada. E com que fome os ataca! Mas não há tanta carne disponível no castelo, alguma pequena caça, um coelho ou ave que compravam dos lenhadores haviam bastado até então para a jovem e sua ama. Logo, porém, se revelam insuficientes para a Filhote.

- Vou caçar para ele! –declara a jovem num ímpeto, em plena manhã de sol. E a ama ria, damas não caçam, não educou sua patroa para isso.

De fato, sair do castelo revela-se inútil. A saia longa estorva os passos, prendese nos arbustos rasteiros, os longos cabelos se emaranham nos galhos mais baixos, a jovem mal avança. E não tem sequer força para tender o arco, as flechas caem adiante sem nada atingir. Ela volta desconsolada.

É teimosa, entretanto, essa jovem castelã. E tem a animá-la a fome de Filhote, que aumenta à medida que progride o seu crescimento. Vais ela abrir os baús deixados para trás pelos homens, vasculha entre calças, coletes, casacos, botas. Escolhe os que melhor lhe cabem, e os veste por cima de suas próprias camisas rendadas. Trança os cabelos. Ama se indigna a princípio, nada a preparou para isso, mas tem que reconhecer, a sua cria está bela com um pajem.

Depois é a vez das armas. Nos pequenos jardins internos, a jovem já não se interessa pelas roseiras e sim pelos alvos nos quais treina a pontaria. Não pratica somente arco e fecha. Como um aprendiz de cavaleiro, treina também o uso da lança, e a espada.

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Que belo vai se tornando Filhote. Musculoso e alto, bem mais que um cão, a linha esguia do corpo prolongada na cauda longa que um tufo de pelos arremata. Ao redor da cabeça que se faz mais poderosa dia a dia, começam a surgir longos pelos.

- De que raça é mesmo Filhote? – havia perguntado a jovem à ama. Mas esta não se lembrava ou não sabia, comprara o bicho de um mercador vindo de terras distantes, sem sequer indagar que terras eram aquelas.

Ficando ele tão forte, parece natural à jovem levar Filhote consigo à floresta, agora que a caça se tornou sua principal ocupação. Lá se vão os dois no verde até anoitecer, a moça cavaleiro e o animal fulvo de longa juba, ala retesando a corda do arco, ele saltando sobre presas maiores, em plena sintonia. Nunca dois amigas foram mais companheiros e se amaram mais do que eles se amam.

E chega o dia em que a garganta de Filhote forja um som diferente, e erguendo a cabeça ruge, uma e duas vezes, airando sua majestade para aquela floresta que toda estremece.

O coração da jovem abre-se para um novo entendimento.

Dona de seus passos, não demora muito para que tudo ao redor, inclusive o bosque, lhe pareça pequeno e ela deseje intensamente seguir o caminho dos irmãos e primos. Na espessa sombra das árvores, o cheiro de Filhote lhe fala de sol.

Ainda se contém durante todo o inverno, segredando a Filhote o que vai no pensamento. Mas a chegada da primavera traz a tarde em que na floresta, onde tudo brota e renasce, ela olha decidida para trás. Vê ao longe o castelo severo, acredita vislumbrar a ama em uma das poucas janelas.

- Eu volto- murmura baixinho em despedida, sem ter certeza de estar dizendo a verdade. E enroscando os dedos na juba do companheiro segue adiante, rumo às distâncias tantas que se abrem para ela.

(COLASANTI, Marina. De nome filhote. In: ______. Mais de 100 histórias maravilhosas. São Paulo: Global Editora, 2015).

Para que ninguém a quisesse

Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armários tirou as roupas de seda, da gaveta tirou todas as jóias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia à passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos.

Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por ela. Esquiva como um gato, não mais atravessava praças. E evitava sair.

Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em silêncio pelos cômodos, mimetizada com os móveis e as sombras.

Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias. Não saudade da mulher. Mas do desejo inflamado que tivera por ela.

Então lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. À noite tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos.

Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido em uma gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cômoda.

(COLASANTI, Marina. “Para que ninguém a quisesse”.In:___. Contos de amor rasgados. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. P. 111-2).

Olhos d’água

Uma noite, há anos, acordei bruscamente e uma estranha pergunta explodiu de minha boca. De que cor eram os olhos de minha mãe? Atordoada, custei reconhecer o quarto da nova casa em que eu estava morando e não conseguia me lembrar de como havia chegado até ali. E a insistente pergunta martelando,

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martelando. De que cor eram os olhos de minha mãe? Aquela indagação havia surgido há dias, há meses, posso dizer. Entre um afazer e outro, eu me pegava pensando de que cor seriam os olhos de minha mãe. E o que a princípio tinha sido um mero pensamento interrogativo, naquela noite, se transformou em uma dolorosa pergunta carregada de um tom acusativo. Então eu não sabia de que cor eram os olhos de minha mãe?

Sendo a primeira de sete filhas, desde cedo busquei dar conta de minhas próprias dificuldades, cresci rápido, passando por uma breve adolescência. Sempre ao lado de minha mãe, aprendi a conhecê-la. Decifrava o seu silêncio nas horas de dificuldades, como também sabia reconhecer, em seus gestos, prenúncios de possíveis alegrias. Naquele momento, entretanto, me descobria cheia de culpa, por não recordar de que cor seriam os seus olhos. Eu achava tudo muito estranho, pois me lembrava nitidamente de vários detalhes do corpo dela. Da unha encravada do dedo mindinho do pé esquerdo... da verruga que se perdia no meio de uma cabeleira crespa e bela... Um dia, brincando de pentear boneca, alegria que a mãe nos dava quando, deixando por uns momentos o lava-lava, o passa-passa das roupagens alheias e se tornava uma grande boneca negra para as filhas, descobrimos uma bolinha escondida bem no couro cabeludo dela. Pensamos que fosse carrapato. A mãe cochilava e uma de minhas irmãs, aflita, querendo livrar a boneca-mãe daquele padecer, puxou rápido o bichinho. A boneca-mãe e nós rimos e rimos e rimos de nosso engano. A boneca-mãe riu tanto, das lágrimas escorrerem. Mas de que cor eram os olhos dela?

Eu me lembrava também de algumas histórias da infância de minha mãe. Ela havia nascido em um lugar perdido no interior de Minas. Ali, as crianças andavam nuas até bem grandinhas. As meninas, assim que os seios começavam a brotar, ganhavam roupas antes dos meninos. Às vezes, as histórias da infância de minha mãe confundiam-se com as de minha própria infância. Lembro-me de que muitas vezes, quando a mãe cozinhava, da panela subia cheiro algum. Era como se cozinhasse, ali, apenas o nosso desesperado desejo de alimento. As labaredas, sob a água solitária que fervia na panela cheia de fome, pareciam de bochar do vazio do nosso estômago, ignorando nossas bocas infantis em que as línguas brincavam a salivar sonho de comida. E era justamente nesses dias de parco ou nenhum alimento que ela mais brincava com as filhas. Nessas ocasiões, a brincadeira preferida era aquela em que a mãe era a Senhora, a Rainha. Ela se assentava em seu trono, um pequeno banquinho de madeira. Felizes, colhíamos flores cultivadas em um pequeno pedaço de terra que circundava o nosso barraco. As flores eram depois solenemente distribuídas por seus cabelos, braços e colo. E diante dela fazíamos reverências à Senhora. Postávamos deitadas no chão e batíamos cabeça para a Rainha. Nós, princesas, em volta dela, cantávamos, dançávamos, sorríamos. A mãe só ria de uma maneira triste e com um sorriso molhado... Mas de que cor eram os olhos de minha mãe? Eu sabia, desde aquela época, que a mãe inventava esse e outros jogos para distrair a nossa fome. E a nossa fome se distraía.

Às vezes, no final da tarde, antes que a noite tomasse conta do tempo, ela se sentava na soleira da porta e, juntas, ficávamos contemplando as artes das nuvens no céu. Umas viravam carneirinhos; outras, cachorrinhos; algumas, gigantes adormecidos, e havia aquelas que eram só nuvens, algodão doce. A mãe, então, espichava o braço, que ia até o céu, colhia aquela nuvem, repartia em pedacinhos e enfiava rápido na boca de cada uma de nós. Tudo tinha de ser muito rápido, antes que a nuvem derretesse e com ela os nossos sonhos se esvaecessem também. Mas de que cor eram os olhos de minha mãe?

Lembro-me ainda do temor de minha mãe nos dias de fortes chuvas. Em cima da cama, agarrada a nós, ela nos protegia com seu abraço. E com os olhos alagados de prantos balbuciava rezas a Santa Bárbara, temendo que o nosso frágil barraco desabasse sobre nós. E eu não sei se o lamento-pranto de minha mãe, se o barulho da chuva... Sei que tudo me causava a sensação de que a nossa casa balançava ao vento. Nesses momentos os olhos de minha mãe se confundiam com os olhos da natureza. Chovia, chorava! Chorava, chovia! Então, por que eu não conseguia lembrar a cor dos olhos dela?

E naquela noite a pergunta continuava me atormentando. Havia anos que eu estava fora de minha cidade natal. Saíra de minha casa em busca de melhor condição de vida para mim e para minha família: ela e

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minhas irmãs tinham ficado para trás. Mas eu nunca esquecera a minha mãe. Reconhecia a importância dela na minha vida, não só dela, mas de minhas tias e de todas as mulheres de minha família. E também, já naquela época, eu entoava cantos de louvor a todas as nossas ancestrais, que desde a África vinham arando a terra da vida com as suas próprias mãos, palavras e sangue. Não, eu não esqueço essas Senhoras, nossas Yabás, donas de tantas sabedorias. Mas de que cor eram os olhos de minha mãe?

E foi então que, tomada pelo desespero por não me lembrar de que cor seriam os olhos de minha mãe, naquele momento resolvi deixar tudo e, no dia seguinte, voltar à cidade em que nasci. Eu precisava buscar o rosto de minha mãe, fixar o meu olhar no dela, para nunca mais esquecer a cor de seus olhos.

Assim fiz. Voltei, aflita, mas satisfeita. Vivia a sensação de estar cumprindo um ritual, em que a oferenda aos Orixás deveria ser a descoberta da cor dos olhos de minha mãe. E quando, após longos dias de viagem para chegar à minha terra, pude contemplar extasiada os olhos de minha mãe, sabem o que vi? Sabem o que vi?

Vi só lágrimas e lágrimas. Entretanto, ela sorria feliz. Mas eram tantas lágrimas, que eu me perguntei se minha mãe tinha olhos ou rios caudalosos sobre a face. E só então compreendi. Minha mãe trazia, serenamente em si, águas correntezas. Por isso, prantos e prantos a enfeitar o seu rosto. A cor dos olhos de minha mãe era cor de olhos d’água. Águas de Mamãe Oxum! Rios calmos, mas profundos e enganosos para quem contempla a vida apenas pela superfície. Sim, águas de Mamãe Oxum.

Abracei a mãe, encostei meu rosto no dela e pedi proteção. Senti as lágrimas delas se misturarem às minhas.

Hoje, quando já alcancei a cor dos olhos de minha mãe, tento descobrir a cor dos olhos de minha filha. Faço a brincadeira em que os olhos de uma se tornam o espelho para os olhos da outra. E um dia desses me surpreendi com um gesto de minha menina. Quando nós duas estávamos nesse doce jogo, ela tocou suavemente no meu rosto, me contemplando intensamente. E, enquanto jogava o olhar dela no meu, perguntou baixinho, mas tão baixinho, como se fosse uma pergunta para ela mesma, ou como estivesse buscando e encontrando a revelação de um mistério ou de um grande segredo. Eu escutei quando, sussurrando, minha filha falou:

— Mãe, qual é a cor tão úmida de seus olhos?

Vozes-mulheres

A voz de minha bisavó ecoou criança

nos porões do navio. ecoou lamentos

de uma infância perdida. A voz de minha avó ecoou obediência

aos brancos-donos de tudo. A voz de minha mãe ecoou baixinho revolta no fundo das cozinhas alheias debaixo das trouxas

roupagens sujas dos brancos pelo caminho empoeirado rumo à favela.

A minha voz ainda ecoa versos perplexos com rimas de sangue e

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A voz de minha filha

recolhe todas as nossas vozes recolhe em si

as vozes mudas caladas engasgadas nas gargantas. A voz de minha filha recolhe em si

a fala e o ato.

O ontem – o hoje – o agora. Na voz de minha filha se fará ouvir a ressonância o eco da vida-liberdade.

Verdadeira história de um amor ardente

Nunca tivera namorada, esposa, amante. Desde jovem vivia só. Entretanto, passando os anos, sentia-se como sentia-se mais só ficassentia-se, adensando-sentia-se ao sentia-seu redor aquele mesmo silêncio que antes lhe parecera apenas repousante.

E, vindo por fim a tristeza instalar-se no seu cotidiano, decidiu providenciar uma companheira que, partilhando com ele o espaço, expulsasse a intrusa lamentosa.

Em loja especializada adquiriu grande quantidade de cera, corantes, e todo o material necessário. Em breves estudos nos almanaques e tratados aprendeu a técnica. E logo, trancado à noite em sua casa, começou a moldar aquela que preencheria seus desejos. Pronta, surpreendeu-se com a beleza que quase inconscientemente lhe havia transmitido. A suavidade opalinada, rósea palidez que aqui e ali parecia acentuar-se num rubor, não tinha semelhança com a áspera pele das mulheres que porventura conhecera.

Já há algum tempo viviam juntos, quando uma noite a luz faltou. Começava ele a cansar-se de tanta docilidade. Começava ela a empoeirar-se, turvando em manchas acinzentadas os tons antes translúcidos. Um certo tédio havia-se infiltrado na vida do casal. Que ele tentava justamente combater naquela noite empunhando um bom livro, no momento em que a lâmpada apagou.

Sentado na poltrona, com o livro nas mãos prometendo delícias, ainda hesitou. Depois levantou-se, e tateando, com o mesmo isqueiro com que há pouco acendera o cigarro, inflamou a trança da mulher, iluminando o aposento.

Arrastou-a então para mais perto de si, refestelou-se na poltrona. E, sereno, começou a ler à luz do seu passado amor, que queimava lentamente.

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