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MÉTODOS MAIS UTILIZADOS NA CIÊNCIA FORENSE PARA DETECTAR E QUANTIFICAR DROGAS NO ORGANISMO

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Academic year: 2021

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_____________________________________________________________ Revista Interdisciplinar de Ciências Médicas - Anais - Teresina-PI CNPJ:14.378.615/0001-60

Registro: ISSN 2594-522X

MÉTODOS MAIS UTILIZADOS NA CIÊNCIA FORENSE PARA DETECTAR E QUANTIFICAR DROGAS NO ORGANISMO 1 LANDIM, B .L.S²; TENORIO, M.L.L³; ALVES, A.P.B4; TEOTÔNIO, L.E.O5; LANDIM, D.L.S; 6SALVIANO, C.M.T ; 7 ARAÚJO, W.J.S; 8 BARROS, T.A; 9 JÚNIOR, D.L .S MARQUES, A.F 10

1-Acadêmica de Farmácia da Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte – FMJ. E-mail : barbarasaraiva12@hotmail.com

2- Acadêmica de Sistema da Informação da Faculdade de Juazeiro do Norte- FJN. E-mail: mayra.leslie62@gmail.com

3- Graduado em Farmácia pela Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte – FMJ. Email: depaduabs@hotmail.com

4- Graduado em Farmácia pela Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte – FMJ. E-mail: eduardo-teo@hotmail.com

5- Acadêmica de Farmácia da Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte – FMJ. E-mail : deborasaraiva32@gmail.com

6- Acadêmica de Farmácia da Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte – FMJ. E-mail: carllynha13@hotmail.com

7-Acadêmica de Farmácia da Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte – FMJ.E-mail: co.lap.so@hotmail.com

8- Acadêmica de Farmácia da Faculdade de Juazeiro do Norte- FJN. E-mail: minnyfarma@gmail.com 9- Especialista em Farmacologia Clinica pela URCA , Biomédico pelo Centro Universitário da Leão Sampaio . E-mail: darciolsjr@gmail.com

10- Mestre em Ciências Naturais e Biotecnologia – UFCG . E-mail: anaemiliaformiga@hotmail.com RESUMO: Na perícia forense são utilizados diversos métodos na identificação

de drogas no organismo humano e tais métodos é de suma importância para a resolução de crimes que muitas vezes são considerados sem resposta.O objetivo desse trabalho, por meio de uma revisão bibliográfica, é expor algumas das principais técnicas utilizadas em laboratório pela perícia na área de química forense, sendo assim, as mais utilizadas são a cromatografia líquida de alta eficiência e a cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas.

PALAVRAS-CHAVE: Química Forense; Métodos de análise; Drogas: Cromatografia.

ABSTRACT: Forensic expertise is used in the identification of drugs in the

human organism and these methods are of paramount importance for the resolution of crimes that are often considered unanswered. The objective of this work, through a bibliographic review, is to expose some of the main techniques used in the laboratory by the expertise in the field of forensic chemistry being thus the most used are high performance liquid chromatography and gas chromatography coupled to mass spectrometry.

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INTRODUÇÃO

Segundo a definição da Organização Mundial de Saúde – OMS Droga é qualquer substância não produzida pelo organismo que tem a capacidade de produzir um estado de dependência através da estimulação ou depressão do sistema nervoso central, provocando alucinações ou distúrbios nas funções motoras, cerebrais, comportamentais ou na percepção. O uso abusivo de drogas causa dano ao indivíduo, pois elas podem modificar, aumentar, inibir ou reforçar as funções fisiológicas, psicológicas ou imunológicas do organismo de maneira transitória ou permanente. O consumo de drogas é um dos problemas que mais afetam o contexto social atual. (RANGEL, 2004)

O cientista forense é encarregado de esclarecer com mínimos detalhes, todos os fatos ocorridos no sistema criminal utilizando diversas técnicas para chegar a resultados concretos, por isso a ciência forense usa dos conhecimentos de física, biologia, química, matemática, antropologia, entomologia e várias outras ciências que possam ter utilidade nas investigações. (SEBASTIANY et al, 2011).

A cromatografia é um método muito utilizado nas investigações de crimes, baseia-se na migração de componentes de uma mistura entre duas fases que estão em contato entre si. É uma técnica que pode ser utilizada para purificação de substâncias, na detecção de substâncias ou auxiliar a separação de substâncias indesejáveis. São utilizados diversos métodos analíticos para análises de substâncias pela Química forense para determinação e quantificação de drogas e fluídos e tecidos biológicos, dentre todos os métodos os mais utilizados são os métodos cromatográficos como HPLC (cromatografia líquida de alta eficiência) e GC/MS (cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas). (MERCOLINI et al., 2010; LANGEL et al., 2011)

A cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) é uma técnica muito utilizada para separação de espécies iônicas e macromoléculas. O HPLC requer a utilização de equipamentos específicos como um cromatógrafo composto de bomba, coluna cromatográfica, detector e registrador que suportem altas pressões necessárias para eluição da fase móvel. (DEGANI et al., 1998; PERES, 2002).

O CG (cromatografia gasosa) é uma das técnicas mais utilizadas por possuir um alto poder de resolução e por ter grande sensibilidade podendo assim separar misturas muito complexas com ate 200 compostos muito semelhantes, esse método necessita que a amostra seja volátil ou estável termicamente. (SKOOG, 2014)

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Assim, o objetivo do presente trabalho é expor algumas das principais técnicas laboratoriais utilizadas diariamente pelo perito criminal na identificação e quantificação de drogas no organismo humano, em especial na área química forense, sua relevância, bem como aplicabilidade.

METODOLOGIA

Por meio de uma revisão de literatura foi realizado um estudo detalhado em publicações da área da saúde, judicial e química, utilizando artigos e bases de dados online como: scielo, Pubmed e livros eletrônicos, além de teses. Foram selecionados duas teses e sete artigos que serviram de base para este trabalho . Os temas empregados na pesquisa foram: química forense, técnicas periciais, resolução de crimes, cromatografia gasosa de alta eficiência (HPLC), GC/MS (cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas). Os critérios de inclusão foram mapeados a partir das seguintes situações: tema apropriado a propósito deste trabalho, com idéias explícitas, objetivas e adequadas ao título deste. Os artigos que não consentiram a esses critérios não foram designados.

.RESULTADOS E DISCUSSÃO

As metodologias mais empregadas segundo Barbosa (2018) na ciência forense visando atender suas necessidades são: as cromatografia em camada delgada, gasosa e a líquida de alta eficiência, destacando-se a gasosa pelo seu custo benefício e pela facilidade de dados disponível na literatura.

Na cromatografia gasosa, a fase móvel emprega os gases hélio e nitrogênio, sendo essa inerte e a divisão dos constituintes analíticos, é mensurada através das interações das moléculas da amostra com a fase estacionária composta de um líquido ou um sólido ( alumínio, sílica-gel, carvão ou filtro molecular) que permite separar gases ou substâncias volatilizáveis de acordo com a distribuição diferencial das substâncias. Essa metodologia possui excelente poder de separação de analitos em uma mistura, viabilizando a análise de inúmeras substâncias contidas na amostra, fora a sua alta sensibilidade na identificação dos analitos permitindo a utilização de pequeníssimas quantidades e muitas vezes empregam técnicas auxiliares para tornar segura e efetiva a identificação das substâncias na amostra. Para serem analisadas as substâncias devem ser voláteis e termicamente estáveis, caso contrário, é necessário formar um derivado com essas características, o que nem sempre é viável. Existem casos que é necessário a manipulação da amostra, objetivando a interferência e contaminação da coluna cromatográfica. Após finalizar o processo nas colunas, cada constituinte passa por um detector adequado, que emite um sinal e gera um gráfico, que deve apresentar picos separados e simétricos. Caso tenha sobreposição dos picos, foi devido a uma

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separação deficiente de constituintes na coluna. (BARBOSA, 2018; PEDROSA, F. C. 2018).

A cromatografia líquida normal utiliza a polaridade onde a fase estacionaria (sólida) é mais polar do que a fase móvel (líquida) e de fase reversa ,a fase estacionaria é menos polar que a fase móvel, a escolha depende da polaridade dos analitos que se deseja separar. Na química forense as amostras mais monitoradas são drogas de abuso e seus metabólitos, vindo a se destacar a cromatografia líquida em fase reversa. (BARBOSA, 2018).

Na fase móvel do HPLC deve ser utilizado um solvente que dissolva a amostra sem que ocorra qualquer interação química entre ambas, visto que o método é bastante solicitado nas análises de substâncias não voláteis e termicamente instáveis. A fase estacionária precisa ser compatível com o detector, apresentando polaridade apropriada para possibilitar a separação adequada dos componentes da amostra. Já a coluna cromatográfica deve ser composta de material inerte e que resista a altas pressões, vindo a diferir da convencional. Afinal os detectores devem apresentar vasta faixa de aplicação. (PERES, 2002; BARBOSA, 2018).

A extração em fase sólida ossolventes depende das características de acidez dos analitos, onde para antibióticos, antifungicoss e antiparasitários, os solventes mais utilizados são o copolímero divinilbenzeno e Nvinilpirrolidona, onde, apresentam interações hidrofílica-lipofílica, possibilitando a identificação de analitos de média a alta polaridade. Para extração de analitos com características mais básicas podem ser usados copolímero divinilbenzeno e N-vinilpirrolidona devido modificar grupos sulfonato, já para analitosácidos podem aproveitar os solventes com grupos dimetilbutilamina, devido eles realizarem troca aniônica. Vale destacar os cartuchos em série por proporciona a extração de 15 analitos com características distintas de acidez. Na preparação dos analitos, são empregados solventes polares, como acetona, metanol, acetonitrila e acetato de etila(PETROVIĆ, M. et al., 2005; HERNANDEZ, F.; SANCHO, J. V.; GUERRERO, M. I. C. 2007; DÍAZ-CRUZ, M. S. ; BARCELÓ, D. 2006; LAVÉN, M. et al., 2009; BAILÓN-PÉREZ, M. I. et al., 2009 ).

A espectroscopia de massas é o método mais utilizado como ferramenta analítica no meio científico quando utilizada para distinguir elementos que compõe a amostra, estrutura da molécula orgânica, inorgânica e biológica, da sua composição qualitativa e quantitativa, de estruturas e composição de superfícies sólidas, bem como relações isotópicas de átomos nas amostras. É uma técnica considerada relativamente simples, requer uma solução contendo o analito em estudo que vai sofrer um potencial de alta tensão, provoca pouca fragmentação do analito. (MESQUITA et al., 2015; FERREIRA, 2016)

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O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma análise dos diversos métodos na identificação de drogas no organismo humano, os quais são de suma importância para a resolução de crimes considerados sem decifrações. Nesse viés, o uso de recursos para as principais técnicas utilizadas em laboratório pela perícia, na área de química forense, são as cromatografias. Desta forma, pode-se analisar que as mais utilizadas são as cromatografias: líquida de alta eficiência (HPLC) e gasosa acoplada à espectrometria de massas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, Ingrid Lopes et al. Desenvolvimento de métodos de análise de drogas de abuso em dried urine spots (DUS) por cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas sequencial (LC-MS/MS). 2018.

BAILÓN-PÉREZ, M. I. et al. Trace determination of 10 β-lactam antibiotics in

environmental and food samples by capillary liquid

chromatography. JournalofChromatography A, v. 1216, n. 47, p. 8355-8361, 2009.

DEGANI, A. L.; CASE, Q. L.; VIERA, P. C. Cromatografia um breve ensaio. Química

nova na escola, São Paulo, n. 7, p. 21-25, 1998

DE MESQUITA CUNHA, Murilo et al. Eficiência do método de espectrometria de massas em drogas de abuso. Estudos, v. 42, n. 4, p. 409-423, 2015.

DÍAZ-CRUZ, M. SILVIA; BARCELÓ, DAMIÀ. Determination of antimicrobial residues and metabolites in the aquatic environment by liquid chromatography tandem mass spectrometry. Analytical and bioanalytical chemistry, v. 386, n. 4, p. 973-985, 2006.

FERREIRA, Adriane Guedes. QUÍMICA FORENSE E TÉCNICAS UTILIZADAS EM RESOLUÇÕES DE CRIMES. Acta de Ciências e Saúde, v. 1, n. 2, p. 1-13, 2016. HERNANDEZ, F.; SANCHO, J. V.; GUERRERO, M. I. C. Antibiotic residue determination in environmental waters by LC-MS. Trends Anal.Chem.2007,26, 466.

LANGEL K, et al. A validated method for the detection and quantitation of 50

drugsof abuse and medicinal drugs in oral fluid by gas chromatography-massspectrometry. J Chromatogr B AnalytTechnol Biomed Life Sci, 2011, 879:

859-870.

LAVÉN, MARTIN et al. Serial mixed-mode cation-and anion-exchange solid-phase extraction for separation of basic, neutral and acidic pharmaceuticals in wastewater and analysis by high-performance liquid chromatography– quadrupole time-of-flight mass spectrometry. Journal of Chromatography A, v. 1216, n. 1, p. 49-62, 2009

MERCOLINI L, et al. Analysis of cocaine and two metabolites in dried blood spots

byliquid chromatography with fluorescence detection: a novel test for cocaine andalcohol intake. J Chromatogr A.1217, 2010, 7242-7248.

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PERES, T. B. Noções básicas de cromatografia. Biológico, São Paulo, v. 64, n. 2, p. 227-229, 2002.

PETROVIĆ, MIRA et al. Liquid chromatography–tandem mass spectrometry for the analysis of pharmaceutical residues in environmental samples: a review. JournalofChromatography A, v. 1067, n. 1-2, p. 1-14, 2005.

PEDROSA, FLÁVIA DE CARVALHO. Cromatografia gasosa aplicada em estudos de metabolômica. 2018

Rangel, R., Noções Gerais Sobre Otras Ciências Forenses: Toxicologia Forense. FMUP, 2004;

SANCEVERINO, S. L.; ABREU, J. L. C. Aspectos epidemiológicos do uso de drogas entre estudantes do ensino médio no município de Palhoça, 2003. Ciência& Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 9, n. 4, p. 1047- 1056, 2004.

SEBASTIANY, A. P; et al.A utilização da Ciência Forense e da Investigação

Criminal como estratégia didática na compreensão de conceitos científicos.

Educ. quím, México, v. 24, n. 1, p. 49-56, enero 2013..

SKOOG, DOUGLAS A. Fundamentos da QuímicaAnalítica. 9ª Edição. Boston: Cengage Learning, 2014.

Referências

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