Sistemas e Redes de Telecomunicações
Capítulo 5
Introdução à Teoria do Tráfego e
Comutação
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 2
Introdução à teoria do tráfego (I)
•
O objectivo principal da rede telefónica pública comutada consiste em
estabelecer circuitos. Os circuitos podem ser
comutados
ou
alugados.
•
Os circuitos comutados são estabelecidos em resposta às chamadas
telefónicas e são dinâmicos. Um circuito comutado suporta um débito de
64 kb/s.
•
Os circuitos alugados são usados para responder a volumes de tráfego
elevados, são implementados com cruzadores (cross-connects), são
estáticos e suportam débitos múltiplos de 64 kb/s até 2 Mb/s.
Circuito comutado: ligação bidireccional extremo-a-extremo
estabelecida por acção do plano de controlo, usando sinalização
Circuito alugado: ligação bidireccional extremo-a-extremo
estabelecida por acção do plano de gestão
Introdução à teoria do tráfego (II)
•
O estabelecimento de circuitos envolve a afectação de recursos da
rede (vias de transmissão, equipamento de multiplexagem e
comutação etc.).
•
Número e duração das chamadas telefónicas associadas aos
circuitos comutados variam aleatoriamente.
Î a análise e projecto da rede recorre a modelos estatísticos
apropriados
Î engenharia de teletráfego
Aplicação da engenharia de teletráfego
•
Dimensionar o número de troncas (circuitos) necessárias numa
determinada ligação entre centrais telefónicas que garantem uma
determinada qualidade (resposta a pedidos de serviço).
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 4
Características do tráfego telefónico
•
Variação considerável do número de chamadas com o período de medição
e no período de medição.
•
Utilização de medidas de tráfego na hora mais carregada para analisar e
projectar as redes telefónicas: compromisso entre a inteira utilização
(incluindo horas de utilização quase nula) e os picos de tráfego de curta
duração (resultantes de fenómenos imprevisíveis).
Tráfego telefónico versus IP
•
O tráfego telefónico tem uma estatística de Poisson e o tráfego
IP tem uma distribuição de Pareto (auto-similar).
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 tunit = 10 ms P ack et s/ ti m e s lo t 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 tunit = 10 ms P ack et s/ ti m e s lo t 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 P acket s/ ti m esl o t 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 tunit = 10 s P acket s/ ti m esl o t
Auto-similar
Poisson
tempo tempoSistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 6
Acesso total das centrais telefónicas
•
Admite-se acesso total das centrais telefónicas: qualquer entrada livre
pode ligar-se a qualquer saída livre.
•
Estabelecimento de um circuito: apresar uma das N troncas de saída e
ligá-la a uma das M linhas de entrada.
– Se todas as troncas de saída estão ocupadas (activas), a chamada é
bloqueada.
– Para haver bloqueio é necessário que M>N Î sistema com concentração
Î partilha de recursos de saída devido à redução de custos.
1 2 3 M 1 2 3 N
Saídas
(troncas)
Entradas
(troncas)
Definições relacionadas com o tráfego
( )
1 se a tronca está activa
0 caso contrário
i
K t
= ⎨
⎧
⎩
( )
0
T
v
A
= ∫
m t dt
•
Tráfego instantâneo transportado pela tronca i:
•
Tráfego instantâneo transportado por um grupo de M troncas:
( )
( )
1
M
i
i
m t
K t
=
= ∑
Número de
troncas activas
num certo instante
de tempo
•
Volume de tráfego transportado por um grupo de M troncas durante um
intervalo de tempo de duração T:
número médio de chamadas
no intervalo de tempo
duração média das chamadas
v
C
A
C h
T
h
≡
⎧
⎪
= ⋅
⎨
⎪ ≡
⎩
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 8
Intensidade de tráfego
v
A
C h
A
h
T
T
λ
⋅
=
=
= ⋅
•
Intensidade de tráfego (fluxo de tráfego)
•
Unidades da intensidade de tráfego: Erlang (E)
Tráfego máximo transportado por uma tronca é 1 E
Îa tronca está sempre ocupada durante o período de medida
(habitualmente 1 hora)
número médio de chamadas
por unidade de tempo
λ
≡
Taxa de chamadas na
HMC varia entre
0.5 (zona rural) e
1.5 (zona muito activa)
Taxa de chamadas na HMC:
número médio de
chamadas realizadas por
assinante durante a HMC
Duração das
chamadas varia entre
3 e 4 minutos
Tráfego por assinante
0.025 E ≤ A ≤ 0.1 E
Funções das centrais telefónicas
•
Sinalização: responsável por transferir a informação sobre o
estado das linhas para o sistema de controlo e por gerar os sinais
adequados para estabelecer, manter e terminar ligações
(circuitos).
– Nos casos em que os caminhos físicos da sinalização e do sinal de voz são os
mesmos Î sinalização em canal associado ou CAS (channel-associated signalling).
– Nos casos em que a rede de sinalização é independente da rede de voz Î
sinalização em canal comum ou CCS (common-channel signalling), ex: Sistema de
Sinalização n°7.
•
Controlo: interacção com o equipamento de comutação de modo a
responder aos requisitos da sinalização.
– O controlo pode ser distribuído ou centralizado.
•
Comutação: responsável por estabelecer, manter e concluir as
ligações físicas (circuitos).
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 10
Tipos de comutação
•
As centrais de comutação telefónica usam comutação de
circuitos
e a redes de dados comutação de pacotes
•
A comutação de circuitos pode ser analógica ou digital.
Comutação de circuitos
: Na comutação de circuitos estabelece-se uma ligação física entre os intervenientes na chamada, que se mantém durante toda a duração da chamada.Comutação de pacotes
: As mensagens trocadas entre os intervenientes na chamada são segmentadas em pacotes, sendo o encaminhamento dos pacotes realizado com baseno endereço presente no cabeçalho do pacote.
Comutação analógica
: A ligação física é mantida continuamente durante toda a duração da chamada. Usa comutação espacial.Comutação digital
: A ligação física é mantida de uma forma cíclica só durante o time-slot correspondente a essa chamada. Usa comutação espacial e comutação temporal.Centrais manuais
•
Usavam operadores humanos
para ligar os circuitos de entrada
e saída
•
O desenvolvimento das redes
telefónicas ditou o seu
desaparecimento
ÎAutomatização da comutação
Foram usadas na rede telefónica portuguesa até ao início da década de 80.
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 12
Comutação passo-a- passo
•
A ligação é estabelecida progressivamente ao longo dos diferentes
andares do comutador, por acção dos pulsos decádicos gerados pelo
telefone.
•
Cada selector avança uma posição por cada pulso de controlo. O
selector pode ser de 1 ou 2 movimentos. Neste último caso, os
movimentos ocorrem quer na horizontal quer na vertical.
Controlo Progressivo Controlo Distribuído
2
7 5
Sequência de pulsos decádicos Selector #1
275
Selector da comutação passo-a-passo
•
Elemento de comutação básico do comutador
Strowger é o
selector.
•
Conjunto de escovas que se movem sobre um
conjunto de contactos fixos em resposta
directa aos impulsos decádicos do telefone
•
O movimento na vertical é controlado pelo
dígito marcado e o movimento na horizontal é
realizado até encontrar uma linha de saída
livre.
A comutação analógica Strowger foi usada na rede telefónica portuguesa até meados dos anos 90.
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 14
Comutação de barras cruzadas
Controlo centralizado: o sistema de controlo armazena os dígitos marcados,
processa-os em seguida e gera os sinais apropriados para controlar o
comutador no estabelecimento das ligações.
•
O elemento de comutação parece uma matriz constituída por barras
horizontais e verticais que são operadas por electroímanes activados pela
corrente gerada pelo sistema de controlo, sendo os pontos de cruzamento
estabelecidos pelo contacto mecânico das barras.
Centrais de Controlo Centralizado
•
Nas centrais de controlo centralizado o plano de controlo é
implementado usando um processador e um programa residente, ou
seja é baseado em software.
•
Nas centrais SPC há uma separação entre o plano de utilizador e
plano de controlo.
Centrais SPC (Stored Program Control)
Matriz de Comutação Sistema de controlo Sistema de controlo Matriz de Comutação Central A Central B Voz sinalização Matriz de Comutação Sistema de Controlo Sistema de controlo Matriz de Comutação sinalização voz Central B Central A
Sinalização em canal associado Sinalização em canal comum (SS7)
Os sinais de sinalização e de voz
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 16
Estrutura de uma central de comutação digital
•
Uma central de comutação digital local é constituída por duas grandes
unidades: Unidade de assinante & concentração (UAC) e unidade do grupo de
comutação (UGC). A UAC pode em alguns casos estar fisicamente separada
da central local fazendo parte da unidade remota. O equipamento de
comutação está situado na unidade de concentração e na UGC.
Interface de linha de assinante (1) Multiplexador Unidade de concentração Bloco do grupo de comutação Interface de linha de assinante (30)
Sistema de controlo da central
Controlador das interfaces Sin. MF Tons Sin. MF CAS CCS Tronca digital Sistema de gestão
Unidade de assinante & concentração Unidade do grupo de comutação
Linha analógica As centrais de comutação de troncas incluem só a UGC. Sinais de controlo Linha digital Linha analógica CCS: Common Channel Signaling
CAS: Channel Associated
Signalling
Sistema de Sinalização nº 7
Interface de linha de assinante analógico
•
A estrutura de uma interface de linha de assinante (ILA) analógico é a seguinte:• A alimentação é responsável por alimentar os telefones analógicos com uma tensão –48 V
DC. A protecção contra sobre-tensões protege a linha telefónica contra altas tensões (descargas atmosféricas, linhas de alta tensão). O relé de toque é responsável por gerar o sinal de toque de campainha. A unidade de supervisão extrai/insere a informação de sinalização. O híbrido faz a conversão de 2/4 e 4/2 fios. O codificador / descodificador é responsável pela conversão A/D e D/A. O relé de teste permite testar o lacete local e detectar possíveis falhas.
Relé de teste de acesso Relé de toque Unidade de supervisão Alimentação de linha Protecção de sobre-tensões Híbrido Descodificador Codificador 64 kb/s 64 kb/s Mux 1 1 30 Outras ILAs Controlador de interfaces Extracção de sinalização Outras ILAs Sistema de controlo da central 2 Mb/s As funções de uma ILA podem sintetizar-se no
acrónimo BORSCHT, ou seja alimentação
(Battery), protecção contra sobre-tensões (O
ver-voltage protection), toque de campainha
(Ringing), supervisão de linha (Supervision),
codificação A/D e D/A (Coding), híbrido (Hybrid )
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 18
Etapas associadas à realização de uma
chamada local
• As principais etapas são as seguintes:
Sinal de aclarar inv. Sinal de aclarar
10
Desliga o equipamento
Assinante Chamador Central local Assinante chamado
Endereço 4 1 Sinal de apresar
1) Estabelecimento de corrente DC na linha (sinal de apresar). 2) O assinante que requereu o pedido de serviço é identificado e é atribuído a esse assinante uma área de memória (registo). 3) Depois de disponibilizar o registo, a central envia para o assinante chamador o sinal de linha.
4) O assinante marca os dígitos correspondentes ao endereço do destinatário.
5) O sistema de controlo analisa os dígitos e escolhe o circuito de saída apropriado para encaminhar a chamada. Se o circuito de saída estiver ocupado será enviado para o assinante o sinal de linha impedida.
6) Nesta fase são conhecidos os portos de entrada e de saída da matriz de comutação. Para estabelecer um caminho entre o porto de entrada e de saída da matriz de comutação o sistema de controlo deverá enviar para esta um sinal de controlo apropriado.
7) O sinal de chamada é enviado para o destinatário (toque de campainha) e o tom de chamada é enviado para o chamador. 8) O assinante chamado atende, levando ao estabelecimento de uma corrente DC. A conversação pode iniciar-se usando o circuito estabelecido através da matriz de comutação.
2 Identificação de assinante Sinal de linha 3 Atribuição de memória 5
Análise dos dígitos
6 Estabelece o caminho Sinal de chamada 7 Tom de chamada Sinal de resposta 8 Desliga o sinal e o tom de
chamada Conversação
9 Supervisão
Comutação espacial
•
As matrizes de comutação espacial eram usadas nas antigas centrais de
comutação analógicas, como também são usadas nas modernas centrais
digitais. São ainda usadas como malhas de interligação nos comutadores de
alta velocidade (ATM).
•
Matriz de comutação espacial: consiste numa matriz de pontos de
cruzamento, designada por matriz de barras cruzadas. Para ligar N linhas de
entrada a M linhas de saída requer NM pontos de cruzamento.
1 2 3 N 1 2 3 M Entradas Matriz de comutação espacial N×M Ponto de cruzamento N × M 1 2 3 N 1 2 3 M M<N: concentrador M>N: expansor M=N: distribuidor 2×2 1 2 1 2 Elemento de comutação
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 20
Matriz espacial com um único andar
•
Esta matriz não apresenta bloqueio de
interligação (conectividade total)
•
A complexidade
(número de pontos de
cruzamento)
aumenta com o quadrado da
dimensão da matriz (N×N):
C(1)=N
2•
A eficiência
(fracção de pontos de
cruzamento activos)
decresce inversamente
com N:
ε
=N/C(1)=1/N.
•
Apresenta baixa fiabilidade (
qualquer
avaria num ponto de cruzamento implica que
uma ligação não se pode efectuar
)
1 2 3 4 5 5 4 3 2 1
Mapa das ligações 1 2 3 4 5
3 1 5 2 4
Entradas
Arquitecturas multi-andar
•
É desejável encontrar arquitecturas alternativas que garantam
conectividade total e ainda que:
– permitam caminhos alternativos na malha de comutação (para a aumentar
fiabilidade)
– partilhem pontos de cruzamento entre as diversas ligações possíveis (para
aumentar a eficiência)
•
Para resolver essas limitações usam-se as arquitecturas multi-andar
– Cada andar é composto por sub-matrizes com conectividade total (sem
bloqueio)
– Possibilidade dos diferentes andares serem realizados por diferentes
tecnologias
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 22
Arquitecturas com dois andares
•
As arquitecturas multiandar são
baseadas em sub-matrizes sem
bloqueio
•
Só há uma ligação entre as
sub-matrizes de andares diferentes
•
Devido ao número limitado de
ligações, as arquitecturas com
dois andares introduzem bloqueio
de interligação
•
Fiabilidade reduzida
1 2 3 4 4 3 1 2 1 3 3 2 2 4?
4 1?
Bloqueio BloqueioAnálise da arquitectura com dois andares
•
Só há uma ligação entre cada sub-matriz do andar de entrada e cada sub-matriz do
andar de saída
•
Para estruturas com dois andares, a complexidade é
C(2)=2k(n×k)=2nk
2=2N
2/n
(N: nº linhas de entrada e n: nº entradas da sub-matriz)
•
Parâmetro adicional: nº total de ligações entre as sub-matrizes do 1º andar e do 2º
andar (
k
2=
N
2/
n
2)
•
k sub-matrizes no
andar de entrada
(e no andar de
saída).
•
Cada sub-matriz
no andar de
entrada tem n
entradas
Î N=
n×k
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 24
Matriz de comutação espacial com três andares
•
Os problemas (bloqueio e baixa fiabilidade) da arquitectura de dois
andares, resultantes de só ser possível estabelecer uma ligação entre
as sub-matrizes de andares diferentes, podem ser ultrapassados
usando arquitecturas com três ou mais andares.
Matriz espacial com três andares NxN
n×k n×k n×k r×s r×s r×s k×n k×n k×n N linhas de en trada N linhas de sa ída r=s=N/n
• as N entradas e as N saídas
são divididas em sub-grupos
de dimensão n e
• existem k percursos de uma
dada entrada para uma dada
saída (um por cada
sub-matriz do andar intermédio).
#N/n #k #N/n
(
)
22 (3) 2 N N N 2 N C n k k k N n n n n ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ = × + ⎜ × ⎟ = ⎜⎜ + ⎟⎟ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ComplexidadeBloqueio de interligação
•
Bloqueio de interligação nulo: é sempre possível estabelecer uma
ligação entre uma entrada livre e uma saída livre, independentemente
do estado da rede de interligação.
•
Tipos de matrizes sem bloqueio:
– Em sentido estrito: é sempre possível ligar uma entrada livre a uma qualquer
saída livre independentemente do conjunto de interligações já estabelecidas e
do algoritmo de conexão.
– Em sentido lato: é possível ligar uma entrada livre a uma saída livre desde que
se use um algoritmo adequado para estabelecer as ligações.
– Rearranjáveis: para ligar uma entrada livre a uma saída livre pode ser
necessário rearranjar as interligações.
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 26
Teorema de Clos para redes com três
andares
• Para demonstrar o teorema de Clos, suponha-se que se pretende realizar uma ligação
entre uma entrada livre a e uma saída livre b. A pior situação é representada abaixo. As n-1 entradas da sub-matriz a que pertence a estão ocupadas e as n-1 saídas da sub-matriz a que pertence b também estão ocupadas. Além disso, estas 2(n-1) ligações são
realizadas através de sub-matrizes do andar intermédio diferentes.
• Assim, requer-se uma sub-matriz adicional no andar intermédio, o que perfaz um total de
k=2n-1 sub-matrizes intermédias. 1 n-1 2n-2 2n-1 n nxk kxn 1º andar 2º andar 3º andar n-1 saídas do 1ºandar ocupadas n-1 entradas no 3ºandar ocupadas n-1 entradas ocupadas n-1 saídas ocupadas É necessária uma sub-matriz adicional Entrada livre Saída livre b a #k Teorema de Clos
Indica o número mínimo de sub-matrizes do andar intermédio que
garantem ausência de bloqueio
de interligação em sentido estrito:
Probabilidade de bloqueio de interligação
•
Em muitas centrais de comutação telefónica não são requeridas
redes de comutação sem bloqueio em sentido estrito
– Por exemplo, os concentradores são dimensionados para proporcionarem
algum bloqueio na hora de ponta, tendo presente que os telefones
residenciais só estão ocupados em cerca de 10% do tempo na HMC.
– Porque não são económicas.
•
O cálculo da probabilidade de bloqueio pode ser realizado
usando o método de Lee
– Este método utiliza a teoria dos grafos para representar a matriz de
comutação.
– O grafo é uma colecção de pontos designados por vértices (sub-matrizes)
ligados por linhas designadas por arcos (caminhos entre sub-matrizes).
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 28
Representação de uma matriz espacial por
um grafo
•
Matriz 9x9, com n=3 e k=3
nxk
3 3 3 3 3 3
9 9
Grafo da matriz Grafo de canal
3 3 3
O grafo da matriz representa as interligações entre as sub-matrizes que são simbolizadas por pontos.
O grafo de canal representa só os caminhos usados para estabelecer uma ligação entre
Probabilidade de bloqueio
(caminhos alternativos)
•
O método de Lee baseia-se na independência entre caminhos
alternativos e na independência entre a ocupação de arcos da
mesma ligação.
•
Seja p
ia probabilidade de ocupação do caminho i.
A probabilidade de bloqueio de uma ligação constituída por n
caminhos alternativos é dada por
n
p
p
p
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 30
Probabilidade de bloqueio
(caminhos em série)
•
Seja p
ia probabilidade de ocupação do arco i.
A probabilidade de bloqueio de uma ligação constituída por n
arcos em série é dada por
)
1
)...(
1
)(
1
(
1
p
1p
2p
nB
=
−
−
−
−
B
=
1
−
(
1
−
p
)
np
1=
p
2=
....
=
p
n=
p
Análise do bloqueio em
redes com três andares
•
Considere-se uma rede com três andares, que é caracterizada por
cada sub-matriz do 1º andar ter n entradas e k saídas (k<(2n-1)).
•
A probabilidade de ocupação em cada andar é obtida dividindo o
tráfego total oferecido pelo número de ligações presentes nesse
andar.
Grafo da rede com três andares
. . .. k 1 2 p p’ p p’ p’
p: probabilidade de
ocupação da linha de
entrada
p’ : probabilidade de
ocupação das ligações
entre matrizes
p n
⋅ =
p k
′
⋅
Principais características
• k caminhos entre a entrada e a saída
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 32
Bloqueio em redes com três andares
2
2
[1 (1
) ]
k
[1 (1
/ ) ]
k
B
= − −
p
′
= − −
pn k
Probabilidade de bloqueio para a rede com três andares
(
)
(
)
Probabilidade dos caminhos estarem ocupados
= Probabilidade de um caminho qualquer estar ocupado
= Probabilidade de que pelo menos uma ligação no caminho esteja ocupada
= 1- Probabilidade d
k
k
B
=
k
( )
1-
2
e que nenhuma ligação no caminho esteja ocupada
k
p′
⎛
⎞
⎜
⎟
⎜
⎟
⎜
⎟
⎝
⎠
1444444444444
424444444444444
3
Exemplo de probabilidade de bloqueio (1)
Matriz de três andares com distribuição no primeiro andar
100 100 10 10 100 100 1000 1000 10 100 10 5
Número de pontos
de cruzamento
(3) 2.1 10
C
=
×
1000
A
a
=
⇒
p
=
p
′
=
a
Tráfego oferecido à matriz,
Tráfego oferecido a cada linha de entrada,
Número de linhas de entrada,
A
a
N
=
2 100
[1 (1
) ]
B
= − −
p
0.37
1.7×10
-28×10
-52.7×10
-83.2×10
-137.5×10
-73B
0.9
0.8
0.7
0.6
0.5
0.1
p
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 34
Exemplo de probabilidade de bloqueio (2)
Matriz de três andares com concentração no primeiro andar
100 10 10 10 10 100
1000 1000
10 10 10
(
)
(
)
4
Número de pontos de cruzamento
(3) 2 10 100 10
10 10 10
(3) 2.1 10
C
C
= × ×
×
+ ×
×
=
×
10 10
p
′ =
p
=
a
B
= − −
[1 (1 10 ) ]
p
2 10
0.39
0.17
5.6×10
-21.2×10
-21.2×10
-3B
0.07
0.06
0.05
0.04
0.03
p
Quando p é pequeno podem usar-se concentradores para
reduzir C(3)
Nota: na rede local podem usar-se concentradores porque a varia entre 0.025 E e 0.1 E.
Na rede de troncas, a
varia entre 0.5 E e 0.7 E, pelo que não se deve utilizar concentração.
Factor de
concentração
1
n
k
β
=
1
10
β
=
Comparação da complexidade de
matrizes de três andares
Probabilidade de
ocupação das linhas
2 2
(3)
2
N
C
k
N
n
⎛
⎞
=
⎜
⎜
+
⎟
⎟
⎝
⎠
Uma ordem de grandezaSistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 36
Comutação digital telefónica
• A comutação digital também é conhecida por comutação por divisão no tempo, porque
neste tipo de comutação o circuito associado a uma conversação só é activado durante o intervalo de tempo correspondente a essa conversação.
• Note-se que, neste método, antes da operação de comutação, os canais telefónicos são
amostrados à frequência de 8 kHz (o que origina um intervalo de amostragem de 125 μs),
codificados com 8 bits e multiplexados para formar um sinal TDM.
Comutador Espacial e Temporal 31 32 3 2 1 1 1 trama 31 32 3 2 1 1 1 trama 31 32 3 2 1 1 31 32 3 2 1 1 1 N 1 N
O canal 3 (time-slot 3) da linha 1 de entrada é comutado para o canal 31 (time-slot 31) da linha N de saída. A comutação tem lugar quer no domínio do espaço (linha 1 para a linha N), quer no domínio do tempo (do
Princípios da comutação temporal
•
A comutação temporal consiste em transferir o conteúdo de um
time-slot para outro time-time-slot.
TS2 TS2 TS7 TS7 Trama #1 Trama #2 TS7 TS7 Trama #1 Trama #2 TS2 TS2 Tempo Tempo
• O conteúdo dos canais de entrada e saída do comutador mantém-se na mesma trama • Atraso de 5 time-slots
• O conteúdo dos canais de entrada e saída do comutador é atrasado até à trama seguinte
• Se a via de entrada é um E1, 32 canais (time-slots), o atraso introduzido é (32-7)+2 = 27 time-slots
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 38
Implementação da comutação temporal
• A comutação temporal é implementada usando um dispositivo designado por TSI
(Time-Slot Interchange). Exemplifica-se em seguida a utilização de um TSI para realizar o intercâmbio de time-slots entre tramas de entrada e tramas de saída.
• Implementação (escrita sequencial e leitura aleatória)
A B C D E A B C D E Trama#1 Trama#2 D E A C 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 B A C B 1 ⇒ 3 2 ⇒ 5 3 ⇒ 4 4 ⇒ 2 5 ⇒ 1 Padrão de ligações Entrada do TSI Saída do TSI A 1 B 2 C 3 D 4 E 5 5 1 4 2 1 3 3 4 2 5 Contador Memória de endereços E D A C B tempo E D A B C tempo Escrita sequencial controlada pelo contador
Leitura aleatória controlada pela memória de endereços
Endereço da célula Conteúdo da célula Memória de dados Trama TS# 1 E L tempo Alocação do tempo de escrita (E) e leitura (L)
TS# 2 E L TS# 3 E L TS# 4 E L TS# 5 E L
...
...
Dimensão das memórias do TSI
(escrita sequencial e leitura aleatória)
•
Para uma trama da via TDM de entrada com w
1time-slots, e saída com w
2time-slots, cada um com b bits,
– Dimensão da memória de dados (w
1células de b bits cada): b × w
1bits
– Dimensão da memória de endereços (w
2células de log
2w
1bits cada): w
2× log
2w
1bits
A 1 . . . G w1 w1 1 . 2 . . . . 1 w2 Contador Memória de endereços G … … … A tempo Escrita sequencial controlada pelo contador
Leitura aleatória controlada pela memória de endereços
Endereço da célula Conteúdo da célula Memória de dados tempo G A Trama TS#1 TS#w1 … … Trama TS#1 … TS#w2 Endereço da célula Conteúdo da célula 1 ⇒ w2 . . . w1 ⇒ 1 Padrão de ligações
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 40
Dimensão máxima
do sistema de comutação temporal
•
A dimensão do sistema de comutação temporal é limitada pelo
tempo de acesso à memória.
•
Para uma trama da via TDM (de entrada e saída) com w time-slots,
cada um com b bits, e em que o débito binário por canal é D
b– Débito binário do sinal TDM: w·D
bbit/s
– Duração de cada time-slot: b/(w·D
b)
– Em cada time-slot dão-se dois acessos à memória (uma operação de escrita
e outra de leitura) Î o tempo de acesso deve verificar
t
a
≤ b / (2w·D
b
)
3.8×10
-93.1×10
-84.9×10
-72.0×10
-6t
a(s)
16384
2048
128
32
w
b = 8 bits
D
b= 64 kbit/s
Comutador de intercâmbio de time-slots
• Exemplo de aplicação de um comutador de intercâmbio de time-slots (TSI):
• As amostras dos diferentes canais (conteúdo dos time-slots) são escritas
sequencialmente na memória de dados (com capacidade para 100 octetos).
• Os endereços de escrita são gerados por um contador de time slots.
• A memória de dados é lida segundo a ordem determinada pelo conteúdo da memória de
endereços (ou de controlo).
• No exemplo apresentado, para ligar as linhas telefónicas 1 a 99, a posição de memória de
H H H A/D & MUX DMUX & D/A 0 1 99 0 1 99 Trama 0 1 99 1 0 99 - 99 1 Trama Contador de time-slots 99 1 0 1 99 Memória de endereços Memória de dados Endereço de escrita Endereço de leitura
Durante cada time-slot tem lugar uma operação de escrita e uma operação de leitura Îo tempo de acesso à memória é dado por
ta≤125μs/(2w), onde w é o número de canais por trama
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 42
Estrutura básica de um TSI
•
Estrutura básica de um TSI de 32 canais (w=32) com
escrita sequencial e
leitura aleatória
Memória de dados 32x8 S/P P/S Selector Memória de endereços 32x5 Contador Selector Endereço de leitura Endereço de leitura 8 bits 8 bits 5 bits 5 bits 5 bits Do sistema de controlo da central Endereço de escrita Endereço de escrita 5 bits E/L E/L Endereços 2.048 Mbit/s 32 canais × 8 kHz / canal = 256 kHz RelógioSelecciona a operação de escrita ou leitura
E L E L E L
TS#1 TS#2 TS#w
Controla a leitura da memória de endereços e a escrita da
memória de dados
A memória de dados e a memória de endereços são implementadas usando RAMs. Cada RAM tem uma entrada, uma saída, um porto de
endereços, um porto de
comando de escrita / leitura e uma entrada de relógio.
Comutador digital espacial
• Um comutador digital espacial pode ser visto como uma matriz de pontos de cruzamento
cuja configuração (estado dos pontos de cruzamento) pode ser alterada de time-slot para time-slot. Esses pontos de cruzamento são implementados usando portas lógicas
rápidas, as quais são controladas por memórias (memórias de conexão).
1 2 n 1 2 m 1 w 1 w 1 w
O comutador compreende uma matriz nxm e um conjunto de memórias de conexão. As n linhas de entrada transportam vias TDM com w time-slots, enquanto que as m linhas de saída transportam também vias TDM com w time-slots.
Os pontos de cruzamento em cada uma das m colunas são controlados por uma memória de conexão com capacidade para armazenar um número de palavras igual ao número de time-slots
w. A cada ponto de cruzamento de uma coluna é
atribuído um endereço binário único.
A dimensão das palavras da memória de endereços deverá ser suficiente para armazenar um endereço binário para cada um dos n pontos de cruzamento de cada coluna, mais um
endereço para manter todos os pontos
desactivados. São necessários n+1 endereços, cada um identificado por um número binário de log (n+1) bits.
Memórias de conexão Descodificador de endereços
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 44
Comutação digital espacial (exemplo)
• Exemplifica-se na figura abaixo a utilização de um comutador espacial para implementar
um determinado padrão de ligações.
1 2 7 1 2 7 Descodificador de endereços Memórias de conexão 010 111 001 1 2 3 w 001 010 111 1 2 3 w 111 001 010 1 2 3 w 1 2 3 w tempo 1 tempo 2 3 w 7 1 tempo 2 3 w 1 2 3 w 1 22 3 1 2 3 tempo tempo 2 1 3 1/TS1 → 2/TS1 2/TS1 → 1/TS1 7/TS1 → 7/TS1 7/TS2 → 1/TS2 2/TS2 → 2/TS2 1/TS2 → 7/TS2 1/TS3 → 1/TS3 7/TS3 → 2/TS3 2/TS3 → 7/TS3 Padrão de ligações 001 010 111 001 010 111 001 010 111 Sinais TDM de entrada com w time-slots Endereço do ponto de cruzamento
Arquitecturas de comutação digital
• Os comutadores digitais podem ser baseados na matriz espacial digital (andar S), ou no TSI (andar
T), ou ainda na combinação de ambos.
– Os andares S não podem comutar time-slots o que reduz a sua aptidão para interligar quaisquer dois assinantes. – Por sua vez, a dimensão dos comutadores digitais baseadas em andares T é limitada pelo tempo de acesso às
memórias.
– Assim, usa-se, normalmente combinações de andares S e T.
• As arquitecturas com 2 andares introduzem bloqueio. Para ultrapassar o problema do bloqueio é
necessário recorrer a arquitecturas com, pelo menos, 3 andares (Ex: TST ou STS).
15 Comutador Espacial NxN 1 N TSI TSI TSI N 1 2 2 8 2 15 15 15 Comutador Espacial NxN 1 N TSI TSI TSI N 1 2 2 8 2 21 20 20 TSI TSI TSI 15 21 15 Arquitectura TS Arquitectura TST [1,2] ⇒ [N,15] [1,8] ⇒ [2,15] Ligações exemplificadas
Bloqueio: conflito entre dois time-slots 15
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 46
Arquitectura STS
• As arquitecturas de comutação digital usadas normalmente utilizam três andares. A
arquitectura STS usa um andar S (comutador digital espacial), seguido de um andar T (comutador de intercâmbio de time-slots) e termina com um andar S.
w time-slots
Comutador
Espacial
k x N
1 N TSI TSI TSI N 1 2 2 8 2 15 15Comutador
Espacial
N x k
8 15 2 15 1 k tempo Trama TS#1 TS#w … … tempo Trama TS#1 TS#w … … tempo Trama TS#1 TS#w … … tempo Trama TS#1 TS#w … … [1,2] ⇒ [N,15] [1,8] ⇒ [2,15] Ligações exemplificadasFactor de
concentração:
N / k
Arquitectura TST
Comutador
Espacial
N x N
1 N TSI TSI TSI N 1 2 2 8 2 21 20 20 TSI TSI TSI 15 21 15 [1,2] ⇒ [N,15] [1,8] ⇒ [2,15] Ligações exemplificadas tempo Trama TS#1 TS#w … … tempo Trama TS#1 TS#l … … tempo Trama TS#1 TS#l … … tempo Trama TS#1 TS#w … …• A arquitectura TST usa um andar T (TSI), seguido de um andar S (comutador espacial) e
termina com um andar T.
Factor de
concentração:
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 48
Interligações numa matriz de comutação TST
• Pretende-se estabelecer a interligação: A2/TS10→C1/TS45
2 124 Memória de conexão MC-B1 1 2 1 3 MC-B2 MC-B3 10 10 124 124 45 124 124 45 10 45 C1 A1 TSI Memória de dados Memória de endereços
Escrita sequencial - Leitura aleatória
No time-slot 124 é lido o conteúdo da célula de memória de dados com endereço 10.
Escrita aleatória - Leitura sequencial
No time-slot 124 é escrita a célula da memória de dados com endereço 45. ME-A1
MD-A1
ME-A2
MD-A2 ME-C1
MD-C1
No time-slot 124 é activado o ponto de cruzamento com endereço 2.
Para realizar este tipo de interligações o sistema de controlo escolhe um
time-slot livre na matriz espacial. Neste caso
o time-slot considerado é o 124.
Matriz espacial digital A2
Interligações numa matriz de comutação STS
• Pretende-se estabelecer a interligação: A1/TS10→C1/TS45
3 45 Memória de conexão MC-C1 1 2 1 3 2 MC-C2 MC-C32 10 10 45 45 10 Matriz espacial
de entrada Memória de dados
Memória de endereços
No time-slot 45 é lida a célula da memória de dados com endereço 10
ME-B2 MD-B2
ME-B3 MD-B3
No time-slot 10 é activado o ponto de cruzamento com endereço 3 da entrada A1
2 1 2 1 3 2 MC-A2 2 MC-A3 10 Matriz espacial de saída A2 A1 A3 3 10 MC-A1 Memórias de conexão B3 B2 B1
Escrita sequencial - Leitura aleatória
C3 C2 C1
45
No time-slot 45 é activado o ponto de cruzamento nº3 da saída C1
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 50
Equivalentes espaciais analógicos
TSI
-TSI
tempo Trama TS#1 TS#w … … tempo Trama TS#1 TS#l … …•
Descrevem, em termos de matriz de comutação espacial analógica,
as estruturas de comutação digital.
•
Úteis na compreensão do funcionamento dos comutadores digitais e
na determinação da sua probabilidade de bloqueio.
w
× l
w 1 2 l 1 2Equivalente espacial analógico
comutador digital espacial
-Comutador
Digital
Espacial
N x N
1 N 2 tempo Trama TS# 1 TS#l … … N 1 2 tempo Trama TS# 1 TS#l … …N
× N
TS#1
N
× N
TS#2
N
× N
TS#l
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 52
Equivalente espacial analógico
arquitectura STS
-Comutador Espacial k x N 1 N TSI TSI TSI N 1 2 2 Comutador Espacial N x k 1 k tempo Trama TS# 1 TS#w … … tempo Trama TS# 1 TS#w … … tempo Trama TS#1 TS#w … … tempo Trama TS# 1 TS#w … …Teorema de Clos: k ≥ 2N-1
N×k N×k N×k w×w w×w w×w k×N k×N k×N TS#1 TS#2 TS#w TS#1 TS#2 TS#w #1 #2 #k . . .. k 1 2 p p’ p p’ p’p N
⋅ =
p k
′
⋅
2 2[1 (1
) ]
[1 (1
/ ) ]
k kB
p
B
pN k
′
= − −
= − −
Grafo de canal
Equivalente espacial analógico
arquitectura TST
-Comutador Espacial N x N 1 N TSI TSI TSI N 1 2 2 TSI TSI TSI tempo Trama TS# 1 TS#w … … tempo Trama TS# 1 TS#l … … tempo Trama TS#1 TS#l … … tempo Trama TS#1 TS#w … …Teorema de Clos: l ≥ 2w-1
w×l w×l w×l N x N l×w l×w l×w #2 TS#2 . . . . l 1 2 p p’ p p’ p’p w
⋅ =
p l
′
⋅
2 2[1 (1
) ]
[1 (1
/ ) ]
l lB
p
B
pw l
′
= − −
= − −
Grafo de canal
#1 #N TS#1 TS#l N x N N x N #2 #1 #NSistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 54
Exemplos de centrais digitais
Fabricante Designação IntroduçãoAno de Aplicação de linhasNúmero
As dimensões do comutador digital espacial aumentam com o quadrado do número de linhas de entrada / saída Îas matrizes espaciais são implementadas em vários andares
Î estruturas TSSST (EWSD) ou TSSSST (4 ESS)
Toll = Inter-urbano
ESS = Electronic Switching System EAX = Electronic Automated eXchange
Central de comutação EWSD
Principais sub-sistemas:
• CP (call processor)
• CCNC (common channel network control)
• DLU (digital line unit) • SN (switching network)
• Espaço requerido com 10 000 linhas: 35 m2
DLU Unidade de assinante e concentração
SN Bloco do grupo de
comutação
CP103: máximo de 22000 call attempts na HMC
CP112:máximo de 60000 call attempts na HMC
CP113D: máximo de 106 call attempts na HMC
CP113C: máximo de 6×106call attempts na HMC
CP113E: máximo de 10×106call attempts na HMC
Estrutura da SN TSSST
Sistemas e Redes de Telecomunicações (07/08) 56
Estrutura simplificada da rede
DSLAM Modem xDSL Filtro Filtro Par simétrico R P Repartidor principal ATM ADM ADM ADM ADM
ATM ISP Internet
Router IP Comutador ATM Central de Trânsito Rede telefónica Rede de transporte Central (ou estação) Local Central de Comutação Digital Internet Service Provider