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Ensinando Cidades. Escola de verão ILEA FAMED/UFRGS Maria Inês Azambuja 2018

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(1)
(2)

Ensinando Cidades

Escola de verão ILEA

FAMED/UFRGS

Maria Inês Azambuja

(3)

Teaching the city

• “teaching about the city is a critical way by which universities can help their students build strong

and healthy ties to their home cities and to urban centers more generally. Are universities taking

advantage of all the opportunities to teach the city? Are there innovative new approaches for

turning the city into a classroom?”

http://www.bu.edu/ioc/teaching-the-city-page/

• Cities are central to economic development and the entrepreneurial and technological advances

that improve the human condition. But urban density has a downside: it can exacerbate pollution,

overburden infrastructure and public services, and increase the potential for crime and violence.

We are championing a new model of academic research to address these challenges and improve

the opportunities available to the billions of urban residents around the world. THE MARRON

INSTITUTE,

http://marroninstitute.nyu.edu/

https://www.sps.nyu.edu/professional-pathways/diplomas/cities.html

• A UNIQUE RESEARCH CENTER THAT USES NEW YORK CITY AS ITS LABORATORY TO HELP CITIES

http://cusp.nyu.edu/

(4)
(5)

Programa

Saúde Urbana

Saúde como

acesso/consumo de serviços

Saúde como

resultado de desenvolvimento

econômico e social

(6)

Determinantes Sociais da Saúde

• BLACKWELL: A primeira coisa

necessária é reconhecer que onde

você vive impacta na sua saúde. Que

o ambiente na comunidade, o

ambiente social, o físico e o

econômico juntos determinam se

teremos ou não uma existência

saudável.

• WILLIAMS: Isto significa que

política

de habitação é política de saúde,

educação é política de saúde,

política antiviolência é política de

saúde, políticas de melhorias nos

bairros são políticas de saúde

. Tudo

que nós fizermos para melhorar a

qualidade de vida dos indivíduos na

sociedade tem um impacto na sua

saúde e é política de saúde.

(diálogo final do vídeo “O lugar importa”,

da séria “Unnatural causes: ... is

inequalities making us sick?”, lançada pela

PBS em 2008).

(7)

Distribuição dos bairros segundo a média de anos de estudo das pessoas responsáveis pelos

domicílios permanentes*, Porto Alegre, 2000.

Fonte: IBGE * Pós suavização bayesiana

EDUCAÇÃO

Média de anos de

estudo

-20000

0

20000

0 a 4

5 a 19

20 a 39

40 a 59

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70 e mais

-20000

0

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60 a 69

70 e mais

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0

20000

0 a 4

5 a 19

20 a 39

40 a 59

60 a 69

70 e mais

Moinhos

Rubem Berta

Ilhas

Partenon

Desigualdades Sociodemográficas

Censo 2000

Porto Alegre

(8)

Esperança de vida segundo o estrato

* Análise de Variância: p<0,001; Post Hoc (LSD e Duncan): Todos estratos diferenciam-se entre si

** Kruskal Wallis p<0,0001

*** Análise de Variância: p<0,001; Post Hoc (LSD e Duncan): Estratos 3 e 4 não se diferenciam entre si.

ESPERANÇA DE VIDA AO

NASCER

ESPERANÇA DE VIDA

AOS 60 ANOS

ESTRATO

Todos

*

Homens

*

Mulheres

*

Todos

**

Homens

**

Mulheres

***

1. ALTO

78,3

74,4

81,3

22,9

20,0

24,9

2. MÉDIO

ALTO

74,1

69,2

78,4

20,4

17,3

22,6

3. MEDIO

BAIXO

70,8

66,2

75,3

18,5

15,7

20,7

4. BAIXO

68,6

64,0

73,4

18,0

15,4

20,1

Todos

73,3

68,7

77,3

20,1

17,2

22,2

Bassanesi SL, 2009

(9)

Alunos bolsistas de extensão 2012

Anely Mar (serviço social) anely1992@hotmail.com

Bárbara Schmitz(serviço social) barbara.schmitz1@hotmail.com(voluntária) Cristiano Borges Martins (psico) cristiano_dudu@yahoo.com.br

Leandro Mello (políticas públicas) lcm_poa_rs@hotmail.com

Marília Backes (arquitetura) marilia.backes@yahoo.com.br

Rafaela Faccin (nutrição) faelafaccin@hotmail.com

Rhaiza Schuller Grassotti (educação) rhayza.tecnutri@gmail.com

Sandra Paródia (nutrição) sandra.parodia@ufrgs.br

Alunos bolsistas de pesquisa 2012

Daniela Domingues (medicina) damdomingues@gmail.com

Gabriela Zanin (serviço social) gabrielaszanin@hotmail.com

Lucas Godoy (estatística) lucasdac.godoy@gmail.com

Doutorando de Psicologia Social2012

James Ferreira (Psicologia) jamesferreirajr@gmail.com

Professores período 2011/12

Aline Petter Schneider" aline@ipgs.com.br(Nutrição) Aloyzio Achutti achutti@gmail.com(Aposentado/FAMED) Alzira Lewgoy <lewgoy@terra.com.br (Serviço Social/Psicologia) Cristiane Farmer Rocha cristianne.rocha@terra.com.br(Comunicação) Darci Campani campani@ufrgs.br(Engenharia, Coord. Gestão Ambiental) Francisco J. Arsego Q. Oliveira farsego@hcpa.ufrgs.br(UBS/HCPA, FAMED) João Henrique Kolling jhkolling@yahoo.com(UBS/HCPA) Jorge Castellá Sarriera sarriera@terra.com.br(Psicologia Social/PPG Psico) Lívia Piccinini liviapiccinini@hotmail.com(Arquitetura) Maria Ines Azambuja miazambuja@terra.com.br(DMS/FAMED) Maurem Ramos maurem.profnut@gmail.com(Nutrição, DMS/FAMED) Miguel Aloysio Sattler masattler@gmail.com, (Engenharia, PPG/NORIE) Paul Fisher paul.fisher@ufrgs.br(DMS/FAMED) Roberta Alvarenga Reis robfono@gmail.com(Fonoaudiologia/Odonto) Roger dos Santos Rosa roger.rosa@bcb.gov.br(DMS/FAMED) Sérgio Luiz Bassanesi sergio.bassanesi@ufrgs.br(DMS/FAMED, PPG EPI)

Profissionais UFRGS / Instituições Parceiras (Projeto InterSossego)

Dr. João Henrique Kolling, Médico, UBS HCPA/Santa Cecília Enf. Margery Zanetello, Enfermeira, UBS HCPA/ Santa Cecília Agente Comunitária Jovina Dornelles, UBS HCPA/Santa Cecília Assistente Social Milene Silva, CRAS Centro, PMPA. Fonoaudióloga Brunah Brasil, UFRGS Agente Comunitária Jovina Dorneles, UBS HCPA/Santa Cecília

Bolsistas de extensão 2011

Alexandre Hauber da Silva (informática) xandihds@hotmail.com

Bárbara Schmitz (serviço social) barbara.schmitz1@hotmail.com

Bruno Hoffmeister (arquitetura) brunooh@gmail.com

Lucas Godoy (estatística) lucasdac.godoy@gmail.com

Lucas Garbelotti (administração) lucasgarbelotti@gmail.com

Humberto Felizzola (informática) hbfelizzola@gmail.com

Iarema Soares (comunicação) iaremasoares@gmail.com

Priscila Thomas (medicina) priscila.thomas@gmail.com

Sandra Parodia (nutrição) sandra.parodia@ufrgs.br

Simone Zuconelli (fonoaudiologia) simo.zucconelli@gmail.com

Pós-Doutorandada de Psicologia Social 2011

Veronica Morais Ximenes vemorais@yahoo.com.br

SOBRE O DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA DE

EXTENSÃO E PESQUISA EM SAÚDE URBANA, AMBIENTE

E DESIGUALDADES: ANO 3 (2011-12)

AZAMBUJA, MARIA INES REINERT

*

; LEWGOY, ALZIRA MARIA BAPTISTA

+

; RAMOS, MAUREM

^

; KOLLING, JOÃO HENRIQUE

GODINHO

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; REIS, ROBERTA ALVARENGA

x

; OLIVEIRA, FRANCISCO JORGE ARSEGO QUADROS DE

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; ROSA, ROGER DOS

SANTOS

*

; FISHER, PAUL

*

; ACHUTTI, ALOYZIO CECHELLA

*

; BACKES, MARÍLIA

&

; MARTINS, CRISTIANO BORGES

++

Cursos de Medicina

*

, Serviço Social

+

, Nutrição

^

, Fonoaudiologia

x

, Arquitetura

&

e Psicologia

++

da UFRGS; UBS/ HCPA

u

.

Pesquisa

Extensão

Publicação e Divulgação

Projeto Seminários e Cursos

ARTIGOS ZERO HORA Hora 06 de outubro de 2011 | N° 16848

Saúde urbana e medicina social

, por Maria Inês Azambuja*

Temos assistido e lido nos jornais sobre tragédias das nossas emergências, aquela pequena ponta visível do grande iceberg que é a má saúde da nossa população. Os temas educação e segurança também não saem das manchetes... Mas, restritos a olhares setoriais, não conseguimos avançar num diagnóstico mais amplo sobre o mal que nos acomete. O momento que vive o Brasil hoje tem semelhanças com o vivido pela Europa no século 19. A industrialização resultou em urbanização acelerada e crescimento simultâneo da riqueza e da pobreza nas cidades. Esse crescimento urbano rápido com desigualdade e segregação espacial e social (agravada aqui pela recessão das últimas décadas e a corrupção) é o que explica os atuais níveis de doença, falta de educação e violência.

No século 19, crianças e adultos jovens eram dizimados por epidemias e pela tuberculose, e a violência era endêmica. Hoje, as doenças podem ter mudado, mas basta olharmos os dados do INSS... mais de 50% dos gastos mensais com benefícios previdenciários correspondem a auxílio-doença por incapacidade temporária para o trabalho. E sobre a violência é desnecessário falar...

Temos que parar de apenas tentar enxugar gelo e atacar as causas dos problemas. Recentemente, o vereador Sebastião Melo afirmou no Conversas Cruzadas que há 700 áreas de moradia irregular em Porto Alegre, a cidade símbolo do Fórum Social Mundial! Que futuro estamos planejando para a nossa cidade? Os novos empreendimentos em habitação popular integram ou segregam os mais pobres? Asseguram a eles acesso a serviços públicos, trabalho e lazer, ou seja, o direito à cidade, a cidadania? É a cidadania que produz saúde, educação e segurança!

No século 19, Virchow, o pai da Medicina Social, dizia que a Medicina é uma ciência social, e a Política nada mais é do que Medicina em grande escala. Todos nós, já cidadãos, temos o dever de ampliar o acesso à cidadania. Não há justificativa moral para a exclusão social. E, feitas as contas, há muito mais custos do que ganhos. Basta olharmos as estatísticas. Este é um grande momento para os políticos, com o apoio de toda a comunidade, imbuírem-se da missão de médicos sociais e agirem para promover a saúde das nossas cidades.

* Professora do Departamento de Medicina Social da Famed/UFRGS, Programa de Extensão em Pesquisa em Saúde Urbana, Ambiente e Desigualdades

Zero

Home-page (em construção)

Rev Bras Med Fam e Comunidade v. 6, n. 19 (2011)

Saúde urbana, ambiente e desigualdades

Maria Inês Reinert Azambuja, Aloyzio Cechella Achutti, Roberta Alvarenga Reis, Jacqueline Oliveira Silva, Paul Douglas Fisher, Roger dos Santos Rosa, Ronaldo Bordin, Francisco Arsego de Oliveira, Roger Keller Celeste, Aline Petter Schneider, Darci Barnech Campani, Lívia Piccinini, Maurem Ramos, Miguel Aloysio Sattler, Paulo Antonio Barros Oliveira, Alzira Maria Baptista Lewgoy

Resumo

Os ambientes psicossocial, econômico e físico, nos quais se nasce, cresce, vive e trabalha, afetam a saúde e a longevidade, tanto quanto o fumo, o exercício e a dieta. A atenção individual à saúde não é suficiente para prevenir ou controlar os efeitos das más condições ambientais. Evidências históricas e atuais apontam para o agravamento das condições de saúde das populações mais pobres, acompanhando processos de urbanização rápida. Esperadamente, o envelhecimento populacional num ambiente urbano de desigualdade social deverá agravar a situação de saúde da população mais pobre, resultando em mais sofrimento e em perdas econômicas para o país. Com base nestas justificativas, um grupo de professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul se organizou, via extensão universitária, para contribuir com a discussão e as iniciativas nacionais de intervenção sobre a saúde urbana. Os projetos do grupo abarcam: o debate sobre o impacto potencial de iniciativas privadas e políticas públicas setoriais (de habitação, saneamento, transporte, educação, inovação tecnológica, sustentabilidade ambiental etc.) na saúde urbana; a produção e divulgação de conteúdos sobre determinantes sociais e ambientais da saúde; a produção e disseminação dos indicadores de desigualdade social dos determinantes da saúde; a formação de recursos humanos; e a participação em redes sociais. A apresentação pública deste projeto cumpre o objetivo de contribuir desde já com essa discussão.

Projeto INCT Observatório das Metrópoles

O Estado de São Paulo, sábado 1/9/2012, p. A14

Produção de Professores e Alunos

Salão de Extensão 2012 - UFRGS

Projeto Intersossego

de Extensão Comunitária

SAÚDE URBANA COMO ESPAÇO PARA MULTIPROFISSIONALIDADE, INTERSETORIALIDADE E INTEGRALIDADE. Área temática: Saúde e Educação. Responsável pelo trabalho: LEWGOY, A. M. B; Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Nome dos Autores: LEWGOY, A. M. B.; AZAMBUJA, M. I.; KOLLING,

J.;

RAMOS, M.; PICCININI, L.; REIS, R.A.; BRASIL. B. C.; XIMENES, V.; SCHMITZ, B.; HOFFMEISTER, B.; PARÓDIA, S.; THOMAS, P.; ZUCCONELLI, S.; SOARES, I.

Resumo: O Grupo de Extensão em Saúde Urbana, Meio Ambiente e

Desigualdades da UFRGS propõe-se ao desenvolvimento de estratégias de promoção da saúde e intervenção sobre os determinantes sociais e ambientais das desigualdades. O projeto apresentado aqui pode ser descrito como um laboratório para a exploração de formas de aproximação ao objetivo do Grupo. Abrange um território peculiar, qualificado, diferente de outros territórios, onde habita uma população com características culturais, sociais, políticas, econômicas próprias, localizada na área de cobertura da unidade básica de saúde do HCPA. Oportuniza o trabalho conjunto do Grupo de Extensão em Saúde Urbana (UFRGS) com os trabalhadores em saúde da UBS Santa Cecília/HCPA junto a esta população específica e a exposição de profissionais e alunos de graduação de cursos da saúde e de outras áreas (arquitetura, comunicação, fonoaudiologia, medicina, nutrição e serviço social) a uma abordagem interdisciplinar que identifique problemas enfrentados pelas comunidades nos locais, objetivando a formação de quadros para as carreiras de saúde pública com uma perspectiva renovada, intersetorial e contextualizada. A bússola é a concepção dos determinantes sociais e ambientais das desigualdades e sua interferência no processo de saúde/doença. A travessia se constitui no processo coletivo alicerçado pelo compromisso, diálogo e participação, expresso nos encontros entre a equipe de profissionais e bolsistas, e que, pelo exercício da problematização e apropriação de conceitos e abordagens junto à comunidade, vêm fortalecendo a interlocução necessária para a vivência da interdisciplinaridade e da intersetorialidade. Os resultados parciais se evidenciam pela nucleação da equipe interdisciplinar, planejamento, intervenção e avaliação conjunta das atividades da equipe junto a comunidade e publicização do processo e do produto das intervenções pelos autores envolvidos.

Palavras-chave: Saúde Urbana, Intersetorialidade, Integralidade.

Interdisciplinaridade

Intersetorialidade

Lugar

(10)

Programa

Saúde Urbana

NO CONTEXTO BRASILEIRO

E LATINO-AMERICANO:

(11)
(12)

Contexto Mundial e Local

(13)

http://writings.basiliochen.com/?p=891

Fonte: IBGE

MUNDO

BRASIL

Demografia

(14)

Fonte da Figura: Azambuja, J.A. 2014.

Dados ONU.

MUNDO

0

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40

60

80

100

120

140

160

180

1940

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2000

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Urbana

Rural

Brasil

Demografia

2- urbanização

(15)

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1900 1920 1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010

São Paulo

Porto Alegre

Evolução das Populações das

Cidades de Porto Alegre e São

Paulo no século XX

Evolução do PIB Brasileiro entre 1920-2014.

Fonte:

http://www.paulogala.com.br/?p=2317

Fonte: AZAMBUJA et al, 2015

Demografia

2- urbanização

(16)

0

200000

400000

600000

800000

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1600000

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1900 1920 1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010

São Paulo

Porto Alegre

Evolução das Populações das

Cidades de Porto Alegre e São

Paulo no século XX

Transição da taxa de fertilidade total, 1940-2005.

Fonte: IBGE

Fonte: AZAMBUJA et al, 2015

2,1

2,4

5,8

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2,9

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6,2

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0

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2

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1940

1950

1960

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1980

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2000

2005

Anos

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Demografia

3 – Envelhecimento Populacional

(17)

16

0%

20%

40%

60%

80%

100%

1950

1960

1970

1980

1990

2000

2010

2020

2030

2040

2050

0-14

15-64

65+

Variação relativa de 3 grupos etários

Brasil, 1950-2050

(18)

Demografia

4 – Pobreza e Desigualdade Social

O Brasil é pobre e a renda é extremamente concentrada

Temos 10ª pior distribuição de renda no Mundo

(19)

Distribuição dos bairros segundo a média de anos de estudo das pessoas responsáveis pelos

domicílios permanentes*, Porto Alegre, 2000.

Fonte: IBGE * Pós suavização bayesiana

EDUCAÇÃO

Média de anos de

estudo

-20000

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70 e mais

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20 a 39

40 a 59

60 a 69

70 e mais

Moinhos

Rubem Berta

Ilhas

Partenon

Desigualdades Sociodemográficas

Censo 2000

Porto Alegre

(20)

Desigualdade social em

Porto Alegre

0

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2000

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Renda

per capita

média em 335 microáreas (UDHs) de Porto Alegre em

2010

(21)

Desigualdade social, mortalidade infantil e

longevidade em Porto Alegre

70

72

74

76

78

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82

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0

5

10

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20

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3000

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5000

6000

7000

8000

Longevidade (verde) e Mortalidade infantil (azul) X

médias de Renda per capita nas 335 UDHs de Porto

Alegre, 2010

(22)

Esperança de vida segundo o estrato

* Análise de Variância: p<0,001; Post Hoc (LSD e Duncan): Todos estratos diferenciam-se entre si

** Kruskal Wallis p<0,0001

*** Análise de Variância: p<0,001; Post Hoc (LSD e Duncan): Estratos 3 e 4 não se diferenciam entre si.

ESPERANÇA DE VIDA AO

NASCER

ESPERANÇA DE VIDA

AOS 60 ANOS

ESTRATO

Todos

*

Homens

*

Mulheres

*

Todos

**

Homens

**

Mulheres

***

1. ALTO

78,3

74,4

81,3

22,9

20,0

24,9

2. MÉDIO

ALTO

74,1

69,2

78,4

20,4

17,3

22,6

3. MEDIO

BAIXO

70,8

66,2

75,3

18,5

15,7

20,7

4. BAIXO

68,6

64,0

73,4

18,0

15,4

20,1

Todos

73,3

68,7

77,3

20,1

17,2

22,2

Bassanesi SL, 2009

(23)

Determinantes Sociais da Saúde

BLACKWELL: A primeira coisa

necessária é reconhecer que onde

você vive impacta na sua saúde.

Que o ambiente na comunidade, o

ambiente social, o físico e o

econômico juntos determinam se

teremos ou não uma existência

saudável.

WILLIAMS: Isto significa que

política de habitação é política de

saúde, educação é política de

saúde, política antiviolência é

política de saúde, políticas de

melhorias nos bairros são políticas

de saúde

. Tudo que nós fizermos

para melhorar a qualidade de vida

dos indivíduos na sociedade tem

um impacto na sua saúde e é

política de saúde.

(diálogo final do vídeo “O lugar importa”,

da séria

Unnatural causes: ... is

inequalities making us sick?”, lançada pela

PBS em 2008).

(24)

• Mas produzir diagnósticos não basta

• Como avançar para a ação?

(25)

Por onde começar?

(26)

Desafios para a academia

1-Entender e ensinar o Contexto Global

Agendas Globais

-

Global Health 1990s

-

Objetivos do Milênio – agenda macroeconômica- 2000

-

Determinantes Sociais da Saúde - 2000

-

Cobertura Universal 2000

-

Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2015

-

Cobertura Universal 2018, integrada aos ODS

(27)

Agendas Globais

Cobertura Universal em Saúde (2000, 2018), Objetivos do Desenvolvimento

Sustentável (2015)

(28)

1- Cobertura Universal por Serviços

de Saúde

• Desde o final do século XX

• Fortemente embasada na ideia de detecção precoce e tratamento medicalizado

de fatores de risco para doenças cardiovasculares

• Justificativas

• envelhecimento populacional e

• catástrofismo econômico caso a prevenção não fosse priorizada

“migração” da epidemia de doenças do coração dos países ricos para os mais pobres

• Estratégias

• No Brasil – migração da ênfase em atendimento de condições agudas e cirúrgicas em

serviços de assistência médica para um sistema de atendimento continuado de doenças

crônicas e fatores de risco nas periferias, via estratégia de Saúde da Família no SUS

(29)
(30)

2- Agenda para o Desenvolvimento

Sustentável

• Lançada pelas Nações Unidas em 2012 para ser implementada após 2015 em

seguimento à agenda dos Objetivos do Milênio

• dois componentes: perseguir as metas do Milênio onde elas não se

concretizaram, e identificar objetivos e promover metas de desenvolvimento

sustentável

• no foco desta nova agenda estão problemas urbanos: a erradicação da pobreza

e da segregação urbana, e o desenvolvimento urbano com sustentabilidade

social e ambiental – investimentos em água, saneamento, habitação,

mobilidade urbana... E educação, segurança, e saúde...

• Justificativas demográficas, sociais (aumento das desigualdades), o

aquecimento global, a aceleração da urbanização, a crise hídrica, a crise

energética...

(31)

Beneficiários Principais das Agendas

• Agenda da Universalização da Assistência:

• Complexo Médico-Industrial global, seguradoras

• Agenda do Desenvolvimento Sustentável:

• Investidores e financiadores internacionais de serviços de infraestrutura urbana

(água, saneamento, energia, transporte) e desenvolvimento social (habitação, saúde,

educação e segurança). Seguradoras e Previdencia privada.

(32)

Programa

Saúde Urbana

Desafios para a Academia

2- Repensar a formação? Como tornar as cidades

laboratórios de aprendizado e intervenção?

Prof. Alzira Lewgoy, S.Social (coord); Prof. Maria Ines Azambuja (Med); Dr. João Kolling (ESF), Prof. Maurem Ramos (Nut), Enf. Margery B. (UBS),

A.S. Milene Latuada (CRAS-PrefPoa), Prof. Roberta Reis (Fono) e alunos de diversos cursos.

Ex.: Dengue na Sossego

Participação

Interprofissionalidade

Parcerias intra

e extra-muros

(33)

1- Uma explicação sobre a escolha do tema e sobre a forma de

desenvolvimento do curso

2- O tema “cidades” no mundo contemporâneo

3- Aquecimento global e manifestações nas cidades

4- Metabolismo Urbano

5- Saude Urbana – conceitos e interfaces

6- Saúde em todas as políticas

7- Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

8- Planejamento urbano, Sustentabilidade e Saúde nas cidades

9- Desigualdades Sociais, Sustentabilidade e Saúde nas cidades

10- Transporte, Sustentabilidade e Saúde nas cidades

11- Resíduos Sólidos, Sustentabilidade e Saúde nas cidades

12- Manejo da Água, Sutentabilidade e Saúde nas cidades

(34)

Universal Health Care Coverage

• An annotated bibliography – Inst. Global Health, Geneve, 2014

http://graduateinstitute.ch/files/live/sites/iheid/files/sites/globalhealth/ghp-new/Documents/Publications/Books/Universal%20Health%20Coverage.pdf

• World Economic Forum

https://www.weforum.org/agenda/2015/09/why-universal-health-coverage-in-a-generation-is-achievable/

• World Bank

http://www.worldbank.org/en/topic/universalhealthcoverage

• WHO

http://www.who.int/health_financing/GlobalPushforUHC_final_11Jul14-1.pdf

• OPAS

http://www.paho.org/hq/index.php?option=com_content&view=article&id=9200%3A2

013-toward-universal-health-coverage-latin-american-caribbean-measuring-results&catid=6253%3Auniversal-health-coverage&lang=pt

• Ministerio da Saúde

http://www.blog.saude.gov.br/index.php/servicos/52096-novo-

portal-de-dados-da-oms-ajuda-a-acompanhar-progressos-em-relacao-a-cobertura-universal-da-saude

• Do modelo de atenção às condições agudas para o de detecção precoce e tto.

Continuado de donças cronicas – racionalidade (ideologia):

(35)

Sustainable Development Goals

• World Economic Forum – Davos

https://www.weforum.org/agenda/2015/09/what-are-the-sustainable-development-goals/

• Banco Mundial

http://www.worldbank.org/en/topic/sustainabledevelopment

• ONU

https://sustainabledevelopment.un.org/

• OPAS -

http://www.paho.org/mdgpost2015/?page_id=1335

• Escritorio Nacional da ONU – PNUD

http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/post-2015.html

• Ministerio das Relações Exteriores, Brasil

http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/desenvolvimento-sustentavel-e-meio-ambiente/134-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel-ods

(36)

Revolução da Tecnologia/ do Trabalho

http://www.marketwatch.com/story/this-chart-spells-out-in-black-and-white-just-how-many-jobs-will-be-lost-to-robots-2017-05-31

https://learnmore.economist.com/story/57a849c338ba0ee26d98a68d

The future of work – Economist 2016

https://youtu.be/DRJRJQOpRYs

http://spectrum.ieee.org/the-human-os/robotics/medical-robots/autonomous-robot-surgeon-bests-human-surgeons-in-world-first

http://www.simers.org.br/?s=tedmed

TEDMED 2017 - Simers

(37)

Obrigada

Maria Inês Azambuja

Departamento de Medicina Social

FAMED/UFRGS

Programa Saúde Urbana

Maria.azambuja@ufrgs.br

https://www.abrasco.org.br/site/outras-noticias/saude-da-populacao/saude-urbana-e-os-objetivos-do-desenvolvimento-sustentavel/9468/

Referências

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