Ensinando Cidades
Escola de verão ILEA
FAMED/UFRGS
Maria Inês Azambuja
Teaching the city
• “teaching about the city is a critical way by which universities can help their students build strong
and healthy ties to their home cities and to urban centers more generally. Are universities taking
advantage of all the opportunities to teach the city? Are there innovative new approaches for
turning the city into a classroom?”
http://www.bu.edu/ioc/teaching-the-city-page/
• Cities are central to economic development and the entrepreneurial and technological advances
that improve the human condition. But urban density has a downside: it can exacerbate pollution,
overburden infrastructure and public services, and increase the potential for crime and violence.
We are championing a new model of academic research to address these challenges and improve
the opportunities available to the billions of urban residents around the world. THE MARRON
INSTITUTE,
http://marroninstitute.nyu.edu/
•
https://www.sps.nyu.edu/professional-pathways/diplomas/cities.html
• A UNIQUE RESEARCH CENTER THAT USES NEW YORK CITY AS ITS LABORATORY TO HELP CITIES
http://cusp.nyu.edu/
Programa
Saúde Urbana
Saúde como
acesso/consumo de serviços
Saúde como
resultado de desenvolvimento
econômico e social
Determinantes Sociais da Saúde
• BLACKWELL: A primeira coisa
necessária é reconhecer que onde
você vive impacta na sua saúde. Que
o ambiente na comunidade, o
ambiente social, o físico e o
econômico juntos determinam se
teremos ou não uma existência
saudável.
• WILLIAMS: Isto significa que
política
de habitação é política de saúde,
educação é política de saúde,
política antiviolência é política de
saúde, políticas de melhorias nos
bairros são políticas de saúde
. Tudo
que nós fizermos para melhorar a
qualidade de vida dos indivíduos na
sociedade tem um impacto na sua
saúde e é política de saúde.
•
(diálogo final do vídeo “O lugar importa”,
da séria “Unnatural causes: ... is
inequalities making us sick?”, lançada pela
PBS em 2008).
Distribuição dos bairros segundo a média de anos de estudo das pessoas responsáveis pelos
domicílios permanentes*, Porto Alegre, 2000.
Fonte: IBGE * Pós suavização bayesiana
EDUCAÇÃO
Média de anos de
estudo
-20000
0
20000
0 a 4
5 a 19
20 a 39
40 a 59
60 a 69
70 e mais
-20000
0
20000
0 a 4
5 a 19
20 a 39
40 a 59
60 a 69
70 e mais
-20000
0
20000
0 a 4
5 a 19
20 a 39
40 a 59
60 a 69
70 e mais
-20000
0
20000
0 a 4
5 a 19
20 a 39
40 a 59
60 a 69
70 e mais
Moinhos
Rubem Berta
Ilhas
Partenon
Desigualdades Sociodemográficas
Censo 2000
Porto Alegre
Esperança de vida segundo o estrato
* Análise de Variância: p<0,001; Post Hoc (LSD e Duncan): Todos estratos diferenciam-se entre si
** Kruskal Wallis p<0,0001
*** Análise de Variância: p<0,001; Post Hoc (LSD e Duncan): Estratos 3 e 4 não se diferenciam entre si.
ESPERANÇA DE VIDA AO
NASCER
ESPERANÇA DE VIDA
AOS 60 ANOS
ESTRATO
Todos
*
Homens
*
Mulheres
*
Todos
**
Homens
**
Mulheres
***
1. ALTO
78,3
74,4
81,3
22,9
20,0
24,9
2. MÉDIO
ALTO
74,1
69,2
78,4
20,4
17,3
22,6
3. MEDIO
BAIXO
70,8
66,2
75,3
18,5
15,7
20,7
4. BAIXO
68,6
64,0
73,4
18,0
15,4
20,1
Todos
73,3
68,7
77,3
20,1
17,2
22,2
Bassanesi SL, 2009
Alunos bolsistas de extensão 2012
Anely Mar (serviço social) anely1992@hotmail.comBárbara Schmitz(serviço social) barbara.schmitz1@hotmail.com(voluntária) Cristiano Borges Martins (psico) cristiano_dudu@yahoo.com.br
Leandro Mello (políticas públicas) lcm_poa_rs@hotmail.com
Marília Backes (arquitetura) marilia.backes@yahoo.com.br
Rafaela Faccin (nutrição) faelafaccin@hotmail.com
Rhaiza Schuller Grassotti (educação) rhayza.tecnutri@gmail.com
Sandra Paródia (nutrição) sandra.parodia@ufrgs.br
Alunos bolsistas de pesquisa 2012
Daniela Domingues (medicina) damdomingues@gmail.comGabriela Zanin (serviço social) gabrielaszanin@hotmail.com
Lucas Godoy (estatística) lucasdac.godoy@gmail.com
Doutorando de Psicologia Social2012
James Ferreira (Psicologia) jamesferreirajr@gmail.comProfessores período 2011/12
Aline Petter Schneider" aline@ipgs.com.br(Nutrição) Aloyzio Achutti achutti@gmail.com(Aposentado/FAMED) Alzira Lewgoy <lewgoy@terra.com.br (Serviço Social/Psicologia) Cristiane Farmer Rocha cristianne.rocha@terra.com.br(Comunicação) Darci Campani campani@ufrgs.br(Engenharia, Coord. Gestão Ambiental) Francisco J. Arsego Q. Oliveira farsego@hcpa.ufrgs.br(UBS/HCPA, FAMED) João Henrique Kolling jhkolling@yahoo.com(UBS/HCPA) Jorge Castellá Sarriera sarriera@terra.com.br(Psicologia Social/PPG Psico) Lívia Piccinini liviapiccinini@hotmail.com(Arquitetura) Maria Ines Azambuja miazambuja@terra.com.br(DMS/FAMED) Maurem Ramos maurem.profnut@gmail.com(Nutrição, DMS/FAMED) Miguel Aloysio Sattler masattler@gmail.com, (Engenharia, PPG/NORIE) Paul Fisher paul.fisher@ufrgs.br(DMS/FAMED) Roberta Alvarenga Reis robfono@gmail.com(Fonoaudiologia/Odonto) Roger dos Santos Rosa roger.rosa@bcb.gov.br(DMS/FAMED) Sérgio Luiz Bassanesi sergio.bassanesi@ufrgs.br(DMS/FAMED, PPG EPI)Profissionais UFRGS / Instituições Parceiras (Projeto InterSossego)
Dr. João Henrique Kolling, Médico, UBS HCPA/Santa Cecília Enf. Margery Zanetello, Enfermeira, UBS HCPA/ Santa Cecília Agente Comunitária Jovina Dornelles, UBS HCPA/Santa Cecília Assistente Social Milene Silva, CRAS Centro, PMPA. Fonoaudióloga Brunah Brasil, UFRGS Agente Comunitária Jovina Dorneles, UBS HCPA/Santa CecíliaBolsistas de extensão 2011
Alexandre Hauber da Silva (informática) xandihds@hotmail.comBárbara Schmitz (serviço social) barbara.schmitz1@hotmail.com
Bruno Hoffmeister (arquitetura) brunooh@gmail.com
Lucas Godoy (estatística) lucasdac.godoy@gmail.com
Lucas Garbelotti (administração) lucasgarbelotti@gmail.com
Humberto Felizzola (informática) hbfelizzola@gmail.com
Iarema Soares (comunicação) iaremasoares@gmail.com
Priscila Thomas (medicina) priscila.thomas@gmail.com
Sandra Parodia (nutrição) sandra.parodia@ufrgs.br
Simone Zuconelli (fonoaudiologia) simo.zucconelli@gmail.com
Pós-Doutorandada de Psicologia Social 2011
Veronica Morais Ximenes vemorais@yahoo.com.brSOBRE O DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA DE
EXTENSÃO E PESQUISA EM SAÚDE URBANA, AMBIENTE
E DESIGUALDADES: ANO 3 (2011-12)
AZAMBUJA, MARIA INES REINERT
*; LEWGOY, ALZIRA MARIA BAPTISTA
+
; RAMOS, MAUREM
^
; KOLLING, JOÃO HENRIQUE
GODINHO
* u
; REIS, ROBERTA ALVARENGA
x
; OLIVEIRA, FRANCISCO JORGE ARSEGO QUADROS DE
* u
; ROSA, ROGER DOS
SANTOS
*
; FISHER, PAUL
*
; ACHUTTI, ALOYZIO CECHELLA
*
; BACKES, MARÍLIA
&
; MARTINS, CRISTIANO BORGES
++
Cursos de Medicina
*, Serviço Social
+, Nutrição
^, Fonoaudiologia
x, Arquitetura
&e Psicologia
++da UFRGS; UBS/ HCPA
u.
Pesquisa
Extensão
Publicação e Divulgação
Projeto Seminários e Cursos
ARTIGOS ZERO HORA Hora 06 de outubro de 2011 | N° 16848
Saúde urbana e medicina social
, por Maria Inês Azambuja*Temos assistido e lido nos jornais sobre tragédias das nossas emergências, aquela pequena ponta visível do grande iceberg que é a má saúde da nossa população. Os temas educação e segurança também não saem das manchetes... Mas, restritos a olhares setoriais, não conseguimos avançar num diagnóstico mais amplo sobre o mal que nos acomete. O momento que vive o Brasil hoje tem semelhanças com o vivido pela Europa no século 19. A industrialização resultou em urbanização acelerada e crescimento simultâneo da riqueza e da pobreza nas cidades. Esse crescimento urbano rápido com desigualdade e segregação espacial e social (agravada aqui pela recessão das últimas décadas e a corrupção) é o que explica os atuais níveis de doença, falta de educação e violência.
No século 19, crianças e adultos jovens eram dizimados por epidemias e pela tuberculose, e a violência era endêmica. Hoje, as doenças podem ter mudado, mas basta olharmos os dados do INSS... mais de 50% dos gastos mensais com benefícios previdenciários correspondem a auxílio-doença por incapacidade temporária para o trabalho. E sobre a violência é desnecessário falar...
Temos que parar de apenas tentar enxugar gelo e atacar as causas dos problemas. Recentemente, o vereador Sebastião Melo afirmou no Conversas Cruzadas que há 700 áreas de moradia irregular em Porto Alegre, a cidade símbolo do Fórum Social Mundial! Que futuro estamos planejando para a nossa cidade? Os novos empreendimentos em habitação popular integram ou segregam os mais pobres? Asseguram a eles acesso a serviços públicos, trabalho e lazer, ou seja, o direito à cidade, a cidadania? É a cidadania que produz saúde, educação e segurança!
No século 19, Virchow, o pai da Medicina Social, dizia que a Medicina é uma ciência social, e a Política nada mais é do que Medicina em grande escala. Todos nós, já cidadãos, temos o dever de ampliar o acesso à cidadania. Não há justificativa moral para a exclusão social. E, feitas as contas, há muito mais custos do que ganhos. Basta olharmos as estatísticas. Este é um grande momento para os políticos, com o apoio de toda a comunidade, imbuírem-se da missão de médicos sociais e agirem para promover a saúde das nossas cidades.
* Professora do Departamento de Medicina Social da Famed/UFRGS, Programa de Extensão em Pesquisa em Saúde Urbana, Ambiente e Desigualdades
Zero
Home-page (em construção)
Rev Bras Med Fam e Comunidade v. 6, n. 19 (2011)
Saúde urbana, ambiente e desigualdades
Maria Inês Reinert Azambuja, Aloyzio Cechella Achutti, Roberta Alvarenga Reis, Jacqueline Oliveira Silva, Paul Douglas Fisher, Roger dos Santos Rosa, Ronaldo Bordin, Francisco Arsego de Oliveira, Roger Keller Celeste, Aline Petter Schneider, Darci Barnech Campani, Lívia Piccinini, Maurem Ramos, Miguel Aloysio Sattler, Paulo Antonio Barros Oliveira, Alzira Maria Baptista Lewgoy
Resumo
Os ambientes psicossocial, econômico e físico, nos quais se nasce, cresce, vive e trabalha, afetam a saúde e a longevidade, tanto quanto o fumo, o exercício e a dieta. A atenção individual à saúde não é suficiente para prevenir ou controlar os efeitos das más condições ambientais. Evidências históricas e atuais apontam para o agravamento das condições de saúde das populações mais pobres, acompanhando processos de urbanização rápida. Esperadamente, o envelhecimento populacional num ambiente urbano de desigualdade social deverá agravar a situação de saúde da população mais pobre, resultando em mais sofrimento e em perdas econômicas para o país. Com base nestas justificativas, um grupo de professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul se organizou, via extensão universitária, para contribuir com a discussão e as iniciativas nacionais de intervenção sobre a saúde urbana. Os projetos do grupo abarcam: o debate sobre o impacto potencial de iniciativas privadas e políticas públicas setoriais (de habitação, saneamento, transporte, educação, inovação tecnológica, sustentabilidade ambiental etc.) na saúde urbana; a produção e divulgação de conteúdos sobre determinantes sociais e ambientais da saúde; a produção e disseminação dos indicadores de desigualdade social dos determinantes da saúde; a formação de recursos humanos; e a participação em redes sociais. A apresentação pública deste projeto cumpre o objetivo de contribuir desde já com essa discussão.
Projeto INCT Observatório das Metrópoles
O Estado de São Paulo, sábado 1/9/2012, p. A14
Produção de Professores e Alunos
Salão de Extensão 2012 - UFRGS
Projeto Intersossego
de Extensão Comunitária
SAÚDE URBANA COMO ESPAÇO PARA MULTIPROFISSIONALIDADE, INTERSETORIALIDADE E INTEGRALIDADE. Área temática: Saúde e Educação. Responsável pelo trabalho: LEWGOY, A. M. B; Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Nome dos Autores: LEWGOY, A. M. B.; AZAMBUJA, M. I.; KOLLING,
J.;
RAMOS, M.; PICCININI, L.; REIS, R.A.; BRASIL. B. C.; XIMENES, V.; SCHMITZ, B.; HOFFMEISTER, B.; PARÓDIA, S.; THOMAS, P.; ZUCCONELLI, S.; SOARES, I.
Resumo: O Grupo de Extensão em Saúde Urbana, Meio Ambiente e
Desigualdades da UFRGS propõe-se ao desenvolvimento de estratégias de promoção da saúde e intervenção sobre os determinantes sociais e ambientais das desigualdades. O projeto apresentado aqui pode ser descrito como um laboratório para a exploração de formas de aproximação ao objetivo do Grupo. Abrange um território peculiar, qualificado, diferente de outros territórios, onde habita uma população com características culturais, sociais, políticas, econômicas próprias, localizada na área de cobertura da unidade básica de saúde do HCPA. Oportuniza o trabalho conjunto do Grupo de Extensão em Saúde Urbana (UFRGS) com os trabalhadores em saúde da UBS Santa Cecília/HCPA junto a esta população específica e a exposição de profissionais e alunos de graduação de cursos da saúde e de outras áreas (arquitetura, comunicação, fonoaudiologia, medicina, nutrição e serviço social) a uma abordagem interdisciplinar que identifique problemas enfrentados pelas comunidades nos locais, objetivando a formação de quadros para as carreiras de saúde pública com uma perspectiva renovada, intersetorial e contextualizada. A bússola é a concepção dos determinantes sociais e ambientais das desigualdades e sua interferência no processo de saúde/doença. A travessia se constitui no processo coletivo alicerçado pelo compromisso, diálogo e participação, expresso nos encontros entre a equipe de profissionais e bolsistas, e que, pelo exercício da problematização e apropriação de conceitos e abordagens junto à comunidade, vêm fortalecendo a interlocução necessária para a vivência da interdisciplinaridade e da intersetorialidade. Os resultados parciais se evidenciam pela nucleação da equipe interdisciplinar, planejamento, intervenção e avaliação conjunta das atividades da equipe junto a comunidade e publicização do processo e do produto das intervenções pelos autores envolvidos.
Palavras-chave: Saúde Urbana, Intersetorialidade, Integralidade.