Mirta B Torres Berdeguez
UESC
CONJUNTO SUBCRÍTICO ACOPLADO COM
ACELERADOR (ADS) PARA TRANSMUTAÇÃO DE
REJEITOS NUCLEARES: UMA ABORDAGEM DE
MODELAGEM COMPUTACIONAL
IX Latin American IRPA Regional Congress on Radiation Protection and Safety - IRPA 2013 Rio de Janeiro, RJ, Brazil, April 15-19, 2013
Introdução
Justificativa
Objetivos da pesquisa
Estado da arte e fenômenos físicos
O sistema ADS
Os fenômenos de spallation e transmutação
Materiais e métodos
Caracterização do alvo de spallation
Modelagem probabilística de um ADS do tipo leito de bolas.
Resultados
Conclusões e trabalhos futuros
Introdução
“calcanhar de Aquiles”
da energia nuclear
ADS
Produzir nuclídeos mais
estáveis e menos
radio-tóxicos.
TRANSMUTAÇÃO
1914
Spallation
ProjétilCascata Intranuclear
nêutronsEvaporação
Projétil Núcleo Núcleons Nêutrons PrótonsTransmutação
Exemplos de transmutação β υ β α α β υ β Decaimento estável Ru Tc Captura s Tc anos Tc MeV n días Zr estável Ce Pu n Decaimento anos Pu Cm Decaimento anos Cm Am Captura horas Am anos Am MeV n horas Rh estável Xe Pu n Captura anos Pu anos Pu n ⇔ + + → ⇔ → + ⇔ + + + → + ⇔ + → ⇔ + + → ⇔ → + ⇔ + + + → + ⇔ → + − − ) ( ) 8 . 15 ( ) 211000 ( n Fissão 200 2 ) 64 ( ) ( ) 88 ( ) 163 ( ) 16 ( ) 432 ( n Fissão 200 3 ) 35 ( ) ( ) 14 ( ) 6600 ( 100 100 100 99 95 142 238 238 242 242 242 242 241 105 134 241 241 239 e(g)- Sv/Bq RadiotoxicidadeFissão
−
⇔
→
+
n
Y
Captura
X
A z A z T1/2Modelar uma geometria ADS de pequeno porte composta por
combustível TRISO carregado com uma mistura de MOX de
urânio e tório para material alvo de spallation de urânio,
utilizando métodos de modelagem computacional probabilística,
em particular o programa MCNPX 2.6E.
•
Caracterização do alvo de spallation em função da energia do
feixe de prótons incidente e as dimensões do alvo.
•
Modelagem probabilística de um dispositivo ADS do tipo
leito de bolas, visando avaliar as características físicas do disp
ositivo e sua capacidade de transmutação.
Materiais e métodos
Caracterização do alvo de spallation de U
• Estudo de otimização das dimensões do alvo de spallation (espessura e raio);
• Obtenção do espectro de nêutron no alvo de spallation;
• Avaliação da producão de nêutrons (Pn/P) por próton incidente em função da energia do feixe incidente de prótons;
• Por último, visando avaliar a eficiência energética do alvo de spallation, foi estudado o comportamento da produção de nêutrons por unidade de energia do próton incidente.
R= 15 cm δ= 5 até 80 cm Ep 300, 600 e 1000 MeV
MCNPX tally F1
Espessura ótima do alvo de spallation
Dependendo do raio
9, 12 e 15 cm
Espectros de nêutrons e custo do nêutrons
R-15 cm, δ-20 cm 1000 MeV
Materiais e métodos
Modelagem de um ADS do tipo leito de bolas
• Distribuição do fluxo de nêutron no
núcleo do reator;
• Variação da potência térmica no
núcleo do dispositivo;
• Variação
do
coeficiente
de
multiplicação efetivo do núcleo
subcrítico;
• Variação da composição isotópica
do
combustível
do
núcleo.
Especificamente, a avaliação das
concentrações
de
actinídeos
menores e isótopos de plutônio.
U R-15 cm
δ-20
Cálculo de Potência- Tally F7 (1,64E+4) (MeV/g), Cálculo Keff-KCODE, Cálculo de fluxo
nêutrons-Tally F4 (0,62E+17) (# /cm2),
Transmutação- BURN TIME
238U, 232Th, 235U, 233U, 242Pu, 241Pu, 240Pu, 239Pu, 238Pu e os MA, 244Cm, 242Cm, 243Am, 241Am e 237Np.
Resultados
Caracterização
(Pn/P) vs Espessura Ep 300, 600 e 1000 MeV 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 5 10 15 20 25 30 35 40U
Pn /P Espessura (cm)Ep1000MeV Ep600MeV Ep300MeV
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 10 15 20 25 30 35 40
U
P n/ P Espessura (cm) R15cm R12cm R9cm (Pn/P) vs Raio Ep 1000 MeV 40 cm 5 10 15 20 25 30 35 28 30 32 34 36 38 40U
P n/ P Raio (cm) 12 cmResultados
Caracterização
1E-3 0,01 0,1 1 10 100 1000 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 Fl ux o no rm al iz ad o de n êu tr on s Energia (MeV) 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 0 10 20 30 40 50 60 Energia (MeV) P n/ P 0,005 0,010 0,015 0,020 0,025 0,030 0,035 C us to d o n êu tro nEspectro normalizado de nêutrons (Pn/P) e custo do nêutron vs Ep
Resultados
Modelagem ADS do tipo leito de bolas
0 50 100 150 200 250 300 350 1,15E+015 1,20E+015 1,25E+015 1,30E+015 1,35E+015 1,40E+015
1,45E+015 Fluxo de nêutrons
Potência Tempo (dias) F lu xo d e nê ut ro ns ( n/ cm 2 s) 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 Po tê nc ia (M W )
Fluxo de nêutrons e potência em função vs tem po para uma campanha do reator de 365 dias
0 50 100 150 200 250 300 350 400 0,45 0,50 0,55 0,60 0,65 k eff Tempo (dias)
k
eff
Resultados
Modelagem ADS do tipo leito de bolas
Evolução temporal dos isótopos de plutônio 0 50 100 150 200 250 300 350 400 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80
U
M as sa ( g) Tempo (Dias)Pu239 Pu240 Pu241 Pu242
Evolução temporal dos actinídeos menores 0 50 100 150 200 250 300 350 400 0,01 0,1 1 10
U
M as sa ( g) Tempo (Dias) Cm244 Cm242 Np237 Am243 Am241Conclusões
Neste trabalho, se caracterizou o alvo de spallation de urânio em função da energia
do feixe de prótons incidente e as dimensões do alvo, e se realizou a modelagem
probabilística de um dispositivo ADS do tipo leito de bolas, visando avaliar as
características físicas do dispositivo e sua capacidade de transmutação.
• A produção de nêutrons por próton incidente aumenta com o incremento das dimensões do alvo de spallation (espessura e raio), até que é alcançada a máxima produção de nêutrons por próton incidente ou a chamada região de saturação. Os valores de espessura e raio, para a qual é alcançada a máxima produção de nêutrons determinam as dimensões ótimas do alvo de spallation, as quais foram de 40 cm de espessura por 12 cm de raio para um feixe incidente de prótons de 1000 MeV.
• Com relação ao espectro de nêutrons simulados concluímos que os nêutrons gerados pela reação de spallation têm uma distribuição de energia que varia entre zero e a energia do feixe incidente de prótons, com o valor máximo de fluência de nêutrons de 0,6 MeV.
• A produção de nêutrons induzidos por próton incidente varia proporcionalmente com a energia do feixe incidente de prótons. A determinação do custo de nêutrons revelou que, para energias acima de 1000 MeV, a produção de nêutrons por unidade de energia do feixe incidente de prótons diminui, o que significa um aumento do custo de nêutrons