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RELATÓRIO. PT Unida na diversidade PT. Parlamento Europeu A8-0312/

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RR\1137444PT.docx PE606.257v02-00

PT

Unida na diversidade

PT

Parlamento Europeu

2014-2019 Documento de sessão A8-0312/2017 19.10.2017

RELATÓRIO

Recomendação ao Conselho sobre o mandato de negociação para as negociações comerciais da UE com a Nova Zelândia

(2017/2193(INI))

Comissão do Comércio Internacional

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PR_INI_AgreementMandate

ÍNDICE

Página PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DO PARLAMENTO EUROPEU... 3 INFORMAÇÕES SOBRE A APROVAÇÃO NA COMISSÃO COMPETENTE QUANTO À MATÉRIA DE FUNDO ... 19 VOTAÇÃO NOMINAL FINAL NA COMISSÃO COMPETENTE QUANTO À MATÉRIA DE FUNDO ... 20

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PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DO PARLAMENTO EUROPEU

Recomendação ao Conselho sobre o mandato de negociação para as negociações comerciais da UE com a Nova Zelândia

(2017/2193(INI)) O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta a comunicação da Comissão, de 14 de outubro de 2015, intitulada «Comércio para Todos – Rumo a uma política mais responsável em matéria de comércio e de investimento» (COM(2015)0497),

– Tendo em conta a declaração comum do Presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, do Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e do Primeiro-Ministro da Nova Zelândia, John Key, de 29 de outubro de 2015,

– Tendo em conta a declaração comum sobre as relações e a cooperação entre a UE e a Nova Zelândia, de 21 de setembro de 2007, e o Acordo de Parceria sobre as Relações e a Cooperação entre a UE e a Nova Zelândia (PARC), assinado em 5 de outubro

de 2016,

– Tendo em conta o pacote relativo ao comércio, publicado pela Comissão Europeia em 14 de setembro de 2017, no qual a Comissão se compromete a tornar públicos todos os futuros mandatos de negociação comercial,

– Tendo em conta o Acordo UE-Nova Zelândia de Cooperação e de Assistência Administrativa Mútua em Matéria Aduaneira, assinado em 3 de julho de 2017, – Tendo em conta os demais acordos bilaterais entre a UE e a Nova Zelândia,

nomeadamente o acordo relativo a medidas sanitárias aplicáveis ao comércio de animais vivos e produtos animais e o acordo sobre reconhecimento mútuo em matéria de

avaliação da conformidade,

– Tendo em conta as suas anteriores resoluções, nomeadamente a de 25 de fevereiro de 2016, sobre a abertura de negociações relativas a um Acordo de Comércio Livre (ACL) com a Austrália e a Nova Zelândia1, e a sua resolução legislativa, de 12 de setembro de 2012, referente à proposta de decisão do Conselho relativa à conclusão do Acordo entre a União Europeia e a Nova Zelândia, que altera o Acordo sobre Reconhecimento Mútuo2,

– Tendo em conta o comunicado emitido na sequência da reunião do G20 de Chefes de Estado e de Governo que teve lugar em Brisbane, nos dias 15 e 16 de novembro de 2014,

– Tendo em conta a declaração comum, de 25 de março de 2014, do Presidente Van Rompuy, do Presidente Barroso e do Primeiro-Ministro Key sobre o aprofundamento da

1Textos Aprovados, P8_TA(2016)0064.

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parceria entre a Nova Zelândia e a União Europeia,

– Tendo em conta o Parecer 2/15 do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), de 16 de maio de 2017, sobre as competências da União no que diz respeito à assinatura e celebração do Acordo de comércio livre com Singapura1,

– Tendo em conta o estudo de 15 de novembro de 2016, sobre os efeitos cumulativos de futuros acordos comerciais sobre a agricultura da UE, publicado pela Comissão, – Tendo em conta o projeto de relatório da sua Comissão do Comércio Internacional

intitulado «Rumo a uma estratégia comercial digital» (2017/2065(INI)),

– Tendo em conta o artigo 207.º, n.º 3, e o artigo 218.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

– Tendo em conta o artigo 108.º, n.º 3, do seu Regimento,

– Tendo em conta o relatório da Comissão do Comércio Internacional e o parecer da Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural (A8-0312/2017),

A. Considerando que a UE e a Nova Zelândia trabalham em conjunto para combater desafios similares num amplo espetro de problemáticas e cooperam numa série de fóruns internacionais, inclusive sobre questões em matéria de política comercial no plano multilateral;

B. Considerando que, em 2015, a UE foi o segundo maior parceiro comercial da Nova Zelândia no comércio de mercadorias, a seguir à Austrália, e que o comércio de mercadorias entre a UE e a Nova Zelândia ascendeu a 8,1 mil milhões de euros e o comércio de serviços atingiu 4,3 mil milhões de euros;

C. Considerando que, em 2015, o volume de investimento direto estrangeiro da UE na Nova Zelândia correspondeu a cerca de 10 mil milhões de euros;

D. Considerando que a Nova Zelândia é parte no Acordo sobre Contratos Públicos; E. Considerando que a UE concluiu as negociações relativas ao Acordo de Parceria sobre

as Relações e a Cooperação (PARC) entre a UE e a Nova Zelândia em 30 de julho de 2014;

F. Considerando que o setor agrícola europeu e certos produtos agrícolas, como as carnes de bovino e de ovino, os produtos lácteos, os cereais e o açúcar – incluindo os açúcares especiais – são particularmente sensíveis nestas negociações;

G. Considerando que a Nova Zelândia é o principal exportador mundial de manteiga, o segundo maior exportador mundial de leite em pó e é também um importante

exportador de outros produtos lácteos e de carnes de bovino e de ovino para o mercado

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mundial;

H. Considerando que a UE e a Nova Zelândia participam em negociações multilaterais com vista a uma maior liberalização do comércio de produtos verdes (Acordo em matéria de Bens Ambientais) e do comércio de serviços (Acordo sobre o Comércio de Serviços);

I. Considerando que a UE reconhece a adequação da proteção de dados pessoais na Nova Zelândia;

J. Considerando que a Nova Zelândia é também parte nas negociações concluídas sobre uma Parceria Transpacífica (TPP), cujo futuro permanece incerto, e nas negociações em curso sobre uma Parceria Económica Regional Abrangente (RCEP) na Ásia Oriental, que une os seus parceiros comerciais mais importantes; que, desde 2008, vigora um acordo de comércio livre entre a Nova Zelândia e a China;

K. Considerando que, no âmbito da TPP, a Nova Zelândia assumiu compromissos importantes para promover a longo prazo a conservação de determinadas espécies e combater o tráfico ilegal de espécies selvagens através de medidas de conservação reforçadas, e que também adotou disposições para a aplicação efetiva de medidas de proteção do ambiente e para a participação numa maior cooperação regional; que tais compromissos devem servir de referência para o ACL UE-Nova Zelândia;

L. Considerando que a Nova Zelândia figura entre os parceiros mais antigos e próximos da UE e que partilha com esta valores comuns e o empenho em promover a prosperidade e a segurança no âmbito de um sistema global baseado em regras;

M. Considerando que a Nova Zelândia ratificou e aplicou os principais pactos internacionais sobre os direitos humanos, sociais e laborais e sobre a proteção do ambiente e respeita plenamente o primado do direito;

N. Considerando que a Nova Zelândia é um dos seis membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) que não têm um acordo de acesso preferencial ao mercado da UE, nem negociações em curso nesse sentido;

O. Considerando que, na sequência da declaração comum de 29 de outubro de 2015, foram iniciados exercícios de definição do âmbito de negociação para avaliar a viabilidade do lançamento de negociações sobre um acordo de comércio livre entre a UE e a Nova Zelândia, assim como para medir a ambição partilhada de ambas as partes relativamente a estas negociações; que esse exercício já foi concluído;

P. Considerando que o Parlamento será chamado a decidir se dá a sua aprovação ao eventual ACL UE-Nova Zelândia;

Contexto estratégico, político e económico

1. Sublinha a importância de aprofundar as relações entre a UE e a região da Ásia-Pacífico, nomeadamente para promover o crescimento económico na Europa, e insiste em que esta questão se reflita na política comercial da UE; reconhece que a Nova

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Zelândia constitui uma parte fundamental desta estratégia e que o alargamento e o aprofundamento das relações comerciais podem contribuir para o cumprimento deste objetivo;

2. Louva a Nova Zelândia pelo seu forte e constante empenho relativamente à agenda para o comércio multilateral;

3. Entende que o pleno potencial das estratégias de cooperação bilateral e regional da União apenas poderá materializar-se através de práticas comerciais fundadas em valores e regras, e que a conclusão de um ACL ambicioso, equilibrado, justo e de elevada qualidade com a Nova Zelândia, num espírito de reciprocidade e benefícios mútuos, não prejudicando a ambição de alcançar o progresso de forma multilateral, nem a aplicação dos acordos multilaterais e bilaterais já celebrados, constitui um aspeto fundamental dessas estratégias; entende que uma cooperação bilateral mais aprofundada pode impulsionar uma maior cooperação multilateral e plurilateral;

4. Considera que a negociação de um ACL moderno, amplo, ambicioso, equilibrado, justo e abrangente constitui uma forma adequada de aprofundar a parceria bilateral e de reforçar ainda mais as relações bilaterais existentes, e já consolidadas, em matéria de comércio e investimento; entende que estas negociações podem servir de exemplo para uma nova geração de acordos de comércio livre, e realça a importância de continuar a elevar as ambições, ampliando os limites do que um ACL moderno implica, tendo em conta a economia e o quadro regulamentar altamente desenvolvidos da Nova Zelândia; 5. Salienta que a UE e a Nova Zelândia estão na vanguarda a nível internacional em

matéria de políticas de sustentabilidade ambiental e que, nesse contexto, têm a oportunidade de negociar e implementar um capítulo de desenvolvimento sustentável com um grau de ambição muito elevado;

6. Chama a atenção para o risco de o acordo se caracterizar por um forte desequilíbrio no setor agrícola, prejudicial para a UE, e para a tentação de se utilizar a agricultura como moeda de troca para um maior acesso ao mercado neozelandês em matéria de produtos industriais e serviços;

O exercício de definição do âmbito de negociação

7. Faz notar a conclusão do exercício de definição do âmbito de negociação entre a UE e a Nova Zelândia, em 7 de março de 2017, a contento da Comissão e do Governo da Nova Zelândia;

8. Congratula-se com a conclusão e publicação em tempo útil da avaliação de impacto da Comissão, com vista a apresentar uma avaliação abrangente dos possíveis ganhos e perdas decorrentes do reforço das relações comerciais e de investimento entre a UE e a Nova Zelândia, em benefício mútuo das respetivas populações e empresas, incluindo as regiões ultraperiféricas e os países e territórios ultramarinos, e a prestar especial atenção aos impactos sociais e ambientais, inclusive no mercado de trabalho da UE, bem como a antecipar e a ter em conta o possível impacto do Brexit nos fluxos de comércio e de investimento da Nova Zelândia para a UE, nomeadamente no que diz respeito à preparação das negociações e ao cálculo dos contingentes;

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Mandato de negociação

9. Solicita ao Conselho que autorize a Comissão a encetar negociações sobre um acordo de comércio e investimento com a Nova Zelândia, com base nos resultados do exercício de definição do âmbito de negociação, nas recomendações formuladas na presente

resolução, na avaliação de impacto e em metas claramente definidas;

10. Insta o Conselho a respeitar plenamente a repartição de competências entre a UE e os seus Estados-Membros na sua decisão sobre a adoção das diretivas de negociação, tal como pode deduzir-se do Parecer 2/15, de 16 de maio de 2017, do TJUE;

11. Exorta a Comissão e o Conselho a apresentarem o mais rapidamente possível uma proposta sobre a futura arquitetura geral dos acordos comerciais, tendo em conta o Parecer 2/15 do TJUE sobre o ACL UE-Singapura, e a distinguirem claramente entre um acordo sobre o comércio e a liberalização do investimento direto estrangeiro (IDE), que abranja apenas questões da competência exclusiva da UE, e um possível segundo acordo que abranja questões cuja competência é partilhada com os Estados-Membros; salienta que tal distinção teria implicações no processo de ratificação parlamentar e que não deve ser interpretada como uma forma de contornar processos democráticos

nacionais, mas sim considerada como uma questão de delegação democrática de responsabilidades com base nos Tratados europeus; exorta à estreita participação do Parlamento em todas as negociações de ACL em curso e futuras, em todas as fases do processo;

12. Solicita à Comissão que, aquando da apresentação dos acordos finalizados para assinatura e conclusão, e ao Conselho que, aquando da decisão sobre a assinatura e a conclusão, respeitem plenamente a repartição de competências entre a UE e os seus Estados-Membros;

13. Insta a Comissão a realizar as negociações com a maior transparência possível, sem comprometer a posição de negociação da UE, garantindo, pelo menos, o mesmo grau de transparência e consulta pública adotado nas negociações da Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento com os EUA, através da manutenção de um diálogo constante com os parceiros sociais e a sociedade civil, e no pleno respeito das melhores práticas estabelecidas noutras negociações; saúda a iniciativa da Comissão de publicar todas as suas recomendações relativas às diretrizes de negociação de acordos comerciais e considera que tal constitui um precedente positivo; insta o Conselho a seguir o exemplo publicando as diretrizes de negociação imediatamente após a sua adoção;

14. Frisa que um ACL deve conduzir a um melhor acesso ao mercado e à facilitação do comércio no terreno, criar emprego digno, garantir a igualdade de género, em benefício dos cidadãos de ambas as partes, fomentar o desenvolvimento sustentável, defender os padrões da UE, salvaguardar os serviços de interesse geral e respeitar os procedimentos democráticos, melhorando simultaneamente as oportunidades de exportação da UE; 15. Salienta que um acordo ambicioso deve dar resposta, de forma significativa, ao

investimento, ao comércio de bens e serviços (inspirando-se nas recentes

recomendações do Parlamento sobre as reservas quanto à margem de manobra política e os setores sensíveis), às alfândegas e à facilitação do comércio, à digitalização, ao

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comércio eletrónico e à proteção de dados, à investigação no domínio da tecnologia e ao apoio à inovação, aos contratos públicos, à energia, às empresas públicas, à

concorrência, ao desenvolvimento sustentável, às questões regulamentares como as normas sanitárias e fitossanitárias de elevada qualidade e outras normas dos produtos agrícolas e alimentares, sem enfraquecer os elevados padrões da UE, a compromissos robustos e exequíveis em matéria de normas laborais e ambientais, bem como à luta contra a evasão fiscal e a corrupção, permanecendo no âmbito de aplicação da competência exclusiva da UE e dedicando especial atenção às necessidades das microempresas e das PME;

16. Insta o Conselho a reconhecer explicitamente as obrigações da outra parte em relação às populações indígenas;

17. Sublinha que a UE é líder mundial em matéria de evolução das políticas relativas ao bem-estar animal e que, tendo em conta que o ACL entre a UE e a Nova Zelândia terá impacto em milhões de animais de exploração, a Comissão deve assegurar que as partes assumem compromissos sólidos no sentido de melhorar o bem-estar e a proteção dos animais de exploração;

18. Sublinha que o tráfico ilícito de animais selvagens tem importantes repercussões a nível ambiental, económico e social e que um acordo ambicioso deve promover a

conservação de todas as espécies de animais selvagens e dos seus habitats e combater firmemente a sua captura, comércio e transbordo ilegais;

19. Salienta que a gestão inadequada das pescas e a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada podem prejudicar significativamente o comércio, o desenvolvimento e o ambiente, pelo que as partes devem assumir compromissos substanciais a favor da proteção dos tubarões, das raias, das tartarugas e dos mamíferos marinhos, assim como da prevenção da sobrepesca, do excesso de capacidade e da pesca ilegal, não declarada e não regulamentada;

20. Frisa que, para que um ACL seja verdadeiramente vantajoso para a economia da UE, cumpre incluir nas diretivas de negociação os seguintes aspetos:

a) Liberalização do comércio de bens e serviços e oportunidades reais de acesso recíproco aos mercados de bens e serviços para ambas as partes, através da eliminação de entraves regulamentares desnecessários, garantindo,

simultaneamente, que nada no acordo impede qualquer das partes de adotar regulamentação, de forma proporcionada, com vista à consecução de objetivos políticos legítimos; o presente acordo não deve i) impedir as partes de definirem, regulamentarem, fornecerem e apoiarem serviços de interesse geral e deve prever disposições explícitas nesse sentido; nem ii) exigir que os governos privatizem nenhum serviço nem impedir os governos de alargarem a gama de serviços prestados ao público; nem iii) impedir os governos de tornarem novamente públicos serviços que tinham anteriormente optado por privatizar, como, por exemplo, o abastecimento de água, a educação, a saúde e os serviços sociais, ou diminuir as elevadas normas da UE em matéria de saúde, alimentos, saúde, defesa dos consumidores, ambiente, emprego e segurança na UE ou limitar o

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sociais, como sucedeu com anteriores acordos comerciais; devem ser assumidos

compromissos com base no Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços (GATS); realça, a este respeito, que convém preservar as normas a que obedecem os

produtores europeus;

b) Na medida em que o acordo possa incluir um capítulo sobre a legislação nacional, os negociadores não devem incluir análises de necessidade;

c) Compromissos relativamente a medidas antidumping e de compensação que vão para além das normas da OMC nesta matéria, excluindo eventualmente a sua aplicação sempre que existam normas comuns em matéria de concorrência e uma cooperação suficientes;

d) A redução das barreiras não pautais desnecessárias e o reforço e alargamento dos diálogos sobre a cooperação em matéria de regulamentação, numa base voluntária sempre que possível e mutuamente vantajoso, sem, no entanto, limitar a

capacidade de cada uma das partes para levar a cabo as suas atividades

regulamentares, legislativas e políticas, atendendo a que a cooperação em matéria de regulamentação deve ter como objetivo beneficiar a governação da economia mundial intensificando a convergência e a cooperação em matéria de normas internacionais e harmonização a nível da regulamentação mediante, por exemplo, a adoção e aplicação das normas fixadas pela Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa (UNECE), garantindo simultaneamente o mais elevado nível de proteção do consumidor (por exemplo, a segurança alimentar), ambiental (por exemplo, a saúde e o bem-estar dos animais e a fitossanidade), social e laboral;

e) Concessões importantes no domínio dos contratos públicos a todos os níveis de governo, incluindo empresas públicas e empresas com direitos especiais ou exclusivos, que garantam às empresas europeias o acesso ao mercado em setores estratégicos e o mesmo grau de abertura que o dos mercados de contratos públicos da UE, atendendo a que a simplificação dos procedimentos e a transparência para os proponentes, nomeadamente os provenientes de outros países, podem

igualmente ser instrumentos eficazes para prevenir a corrupção e para promover a integridade na administração pública, garantindo simultaneamente aos

contribuintes uma boa relação custo-eficácia no que respeita à qualidade da prestação, à eficiência, à eficácia e à responsabilização; garantir que sejam aplicados critérios ecológicos e sociais na adjudicação de contratos públicos;

f) Um capítulo distinto que tenha em conta as necessidades e os interesses das microempresas e das PME, no que respeita à facilitação do acesso ao mercado incluindo, nomeadamente, uma maior coerência das normas técnicas e

procedimentos aduaneiros simplificados, com vista a gerar oportunidades de negócio concretas e a promover a sua internacionalização;

g) Tendo em conta o Parecer 2/15 do TJUE sobre o ACL UE-Singapura, segundo o qual o comércio e o desenvolvimento sustentável são da competência exclusiva da

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UE e o desenvolvimento sustentável é parte integrante da política comercial comum da UE, um capítulo sólido e ambicioso sobre o desenvolvimento sustentável constitui uma parte indispensável de qualquer potencial acordo; disposições relativas a instrumentos eficazes para o diálogo, a monitorização e a cooperação, incluindo disposições vinculativas e executórias, que estejam sujeitas a mecanismos de resolução de litígios adequados e eficazes, que considerem, entre vários métodos de coação, um mecanismo baseado em sanções, e que permitam uma participação adequada dos parceiros sociais e da sociedade civil, bem como uma estreita cooperação com peritos de organizações multilaterais pertinentes; disposições no capítulo sobre os aspetos laborais e ambientais do comércio e a importância do desenvolvimento sustentável num contexto

comercial e de investimento, englobando disposições que promovam a adesão e a aplicação efetiva de regras e princípios pertinentes acordados a nível

internacional, como as principais normas laborais e as quatro convenções prioritárias da OIT em matéria de governação e os acordos ambientais multilaterais, designadamente os relacionados com as alterações climáticas; h) A exigência de obrigar as partes a promoverem a responsabilidade social das

empresas (RSE), nomeadamente no que diz respeito aos instrumentos

reconhecidos internacionalmente, e a adoção de orientações setoriais da OCDE e os Princípios Orientadores das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos

Humanos;

i) Disposições abrangentes em matéria de liberalização do investimento no domínio da competência da União, que tenham em conta a recente evolução política, como, por exemplo, o Parecer 2/15 do TJUE sobre o ACL UE-Singapura, de 16 de maio de 2017;

j) Medidas sólidas e com força executória que abranjam o reconhecimento e a proteção dos direitos de propriedade intelectual, incluindo as indicações

geográficas (IG) para vinhos e bebidas espirituosas e outros produtos agrícolas e géneros alimentícios; procedimentos aduaneiros simplificados e regras de origem simples e flexíveis adequadas a um mundo complexo de cadeias de valor globais, incluindo em termos de reforço da sua transparência e da sua responsabilização, e aplicando, sempre que possível, regras de origem multilaterais ou, noutros casos, regras de origem não onerosas como uma «alteração de uma subposição pautal»; k) Um resultado equilibrado e ambicioso nos capítulos da agricultura e das pescas só

poderá estimular a competitividade e ser benéfico para os consumidores e os produtores se tiver em devida consideração os interesses de todos os produtores e consumidores europeus, respeitando o facto de existirem determinados produtos agrícolas sensíveis que devem beneficiar de um tratamento adequado, por exemplo, através de contingentes pautais ou de períodos de transição adequados, tendo devidamente em conta o impacto cumulativo dos acordos comerciais sobre a agricultura, e excluindo potencialmente do âmbito das negociações os setores mais sensíveis; a inclusão de uma cláusula de salvaguarda bilateral viável, eficaz, adequada e rapidamente aplicável que permita a suspensão temporária de

preferências, se, na sequência da entrada em vigor do acordo comercial, um aumento das importações causar ou ameaçar causar danos graves em setores

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sensíveis;

l) Disposições ambiciosas que permitam o pleno funcionamento do ecossistema digital e promovam os fluxos transfronteiras de dados, incluindo princípios como a concorrência leal e regras ambiciosas para as transferências transfronteiras de dados, em total conformidade com as regras da UE em matéria de proteção de dados e de privacidade e sem prejuízo das mesmas, e regras relativas à proteção da privacidade, visto os fluxos de dados serem dinamizadores cruciais da

economia dos serviços e um elemento essencial das cadeias de valor mundiais das empresas manufatureiras convencionais, pelo que os requisitos de localização injustificados devem ser limitados ao máximo; a proteção de dados e a

privacidade não são obstáculos ao comércio, mas direitos fundamentais,

consagrados no artigo 39.º do Tratado da União Europeia e nos artigos 7.º e 8.º da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia;

(m) Disposições precisas e específicas sobre o tratamento concedido aos países e territórios ultramarinos (PTU) e às regiões ultraperiféricas (RUP), a fim de ter em conta os seus interesses especiais nestas negociações;

21. Insta a Comissão a garantir a proteção da rotulagem, da rastreabilidade e da verdadeira origem dos produtos agrícolas enquanto elemento essencial de um acordo equilibrado, para não dar ao consumidor uma impressão falsa ou enganosa;

22. Sublinha a diferença na dimensão do mercado único europeu e do mercado neozelandês, a qual deverá ser tida em conta num potencial acordo de comércio livre entre as duas partes;

O papel do Parlamento

23. Salienta que, na sequência do Parecer 2/15 do TJUE sobre o ACL UE-Singapura, o papel do Parlamento deve ser reforçado em todas as fases das negociações do ACL da UE, desde a adoção do mandato até à conclusão final do acordo; aguarda com

expetativa a abertura das negociações com a Nova Zelândia, e o seu acompanhamento de perto, e a oportunidade de contribuir para o seu êxito; recorda à Comissão a sua obrigação de informar imediata e plenamente o Parlamento em todas as fases das negociações (antes e depois das rondas de negociações); manifesta o seu empenho em examinar as questões legislativas e regulamentares que poderão surgir no contexto das negociações e do futuro acordo, sem prejuízo das suas prerrogativas enquanto

colegislador; reitera a sua responsabilidade fundamental de representar os cidadãos da UE, e aguarda com expetativa a oportunidade de facilitar debates inclusivos e abertos durante o processo de negociação;

24. Recorda que será solicitado ao Parlamento que aprove o futuro acordo, como estipulado pelo TFUE, e que as suas posições devem, por conseguinte, ser tidas em devida conta em todas as fases; insta a Comissão e o Conselho a solicitarem a aprovação do

Parlamento antes da aplicação provisória do acordo, integrando também, ao mesmo tempo, esta prática no acordo interinstitucional;

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25. Relembra que o Parlamento acompanhará a execução do futuro acordo; °

° °

26. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente resolução ao Conselho e, para conhecimento, à Comissão e aos governos e parlamentos dos Estados-Membros e ao governo e parlamento da Nova Zelândia.

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3.10.2017

PARECER DA COMISSÃO DA AGRICULTURA E DO DESENVOLVIMENTO RURAL

dirigido à Comissão do Comércio Internacional

referente à recomendação ao Conselho sobre o mandato de negociação para as negociações comerciais da UE com a Nova Zelândia

(2017/2193(INI))

Relator de parecer: James Nicholson

SUGESTÕES

A Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural insta a Comissão do Comércio Internacional, competente quanto à matéria de fundo, a incorporar as seguintes sugestões na proposta de resolução que aprovar:

1. Considera que a agricultura europeia se encontra claramente numa posição defensiva em relação aos produtos neozelandeses, sobretudo os de origem animal, nomeadamente no que diz respeito aos custos de produção, que são dos mais baixos do mundo e estão associados a práticas agrícolas extensivas; observa que, tendo em conta a dimensão do mercado neozelandês (4,5 milhões de consumidores), os interesses ofensivos europeus estão limitados a produtos de nicho e dependem da supressão de barreiras não pautais; 2. Considera que um acordo de comércio livre (ACL) ambicioso, equilibrado e abrangente,

que respeite e proteja plenamente os setores vulneráveis da agricultura europeia e que respeite e apoie os elevados padrões de produção, proteção ambiental, segurança alimentar e bem-estar dos animais defendidos pelos produtores da UE, pode ser mutuamente

benéfico, proporcionar oportunidades aos produtores europeus e promover a posição da UE como um dos principais intervenientes no mercado mundial;

3. Chama a atenção para a natureza sensível de alguns setores da agricultura europeia, como o dos laticínios, da carne de ovinos, de borrego, caprinos e bovinos, do vinho, dos

produtos apícolas e da fruta, e adverte para o facto de que qualquer desequilíbrio no ACL em relação ao setor agrícola e aos seus setores sensíveis seria prejudicial para os

produtores europeus, especialmente para as pequenas e médias explorações;

4. Insta a Comissão a garantir igualdade de condições, tratando como sensíveis os produtos relativamente aos quais uma concorrência direta sujeitaria os produtores agrícolas da UE a uma pressão excessiva ou insustentável, por exemplo através da introdução de períodos de transição ou de quotas adequadas, não assumindo compromissos no que toca aos setores mais sensíveis, ou até prevendo a sua exclusão; apela a que a Comissão tenha em conta os ciclos sazonais de produção na Europa, principalmente nos setores da produção de

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borrego e dos laticínios;

5. Apela à inclusão de medidas de salvaguarda bilaterais eficazes, para evitar um aumento das importações suscetível de causar, ou que ameace causar, prejuízos graves para os produtores europeus em setores sensíveis;

6. Sublinha que a agricultura europeia tem um papel especial a desempenhar para manter o tecido das comunidades rurais e garantir a segurança alimentar na Europa, e alerta para o risco de um desequilíbrio grave do acordo no setor agrícola em detrimento da União Europeia e do modelo de exploração agrícola familiar, bem como para contrariar a tentação de utilizar a agricultura como moeda de troca para um maior acesso ao mercado da Nova Zelândia para os produtos industriais e os serviços; insiste, portanto, na

necessidade de o setor agrícola ser um dos primeiros capítulos a negociar, no futuro, em acordos deste tipo;

7. Chama a atenção para o facto de os produtores europeus enfrentarem uma série de obrigações, quer atuais, quer futuras, em termos de atenuação das alterações climáticas, proteção ambiental e manutenção de padrões elevados de bem-estar animal, paralelamente a um elevado nível de obrigações administrativas;

8. Salienta que o respeito da produção agrícola sustentável, do princípio da precaução, no qual se baseiam os regulamentos da UE em matéria de segurança alimentar, a abordagem «do prado ao prato», que estabelece regras mais rigorosas da UE, bem como das normas e procedimentos sanitários e fitossanitários da UE e da preservação rigorosa das normas em matéria de saúde humana e animal e segurança alimentar, tal como definido na legislação da UE, constitui um princípio fundamental e irredutível de todas as negociações de ACL da UE no que diz respeito à agricultura europeia;

9. Realça que o bem-estar dos animais é muito importante para os cidadãos da UE, sublinha a necessidade de garantir que as normas da UE em matéria de bem-estar dos animais sejam protegidas e de assegurar que todas as importações estejam em conformidade com a legislação da UE em matéria de segurança alimentar, saúde animal, fitossanidade,

proteção dos consumidores e normas ambientais;

10. Insta a Comissão a assegurar que as partes assumam compromissos firmes para melhorar a proteção e o bem-estar dos animais de exploração e sublinha que nada no acordo deve impedir qualquer uma das partes de regulamentar de forma independente com o propósito de definir e aplicar objetivos políticos legítimos e superiores;

11. Solicita à Comissão que mantenha uma abordagem de negociação harmonizada e em equilíbrio com a adotada durante as negociações concomitantes com a Austrália, tendo em devida conta as especificidades que diferenciam os dois mercados;

12. Salienta a importância do reconhecimento do sistema das indicações geográficas (IG) enquanto componente fundamental dos interesses europeus, e frisa a necessidade de incluir uma lista suficientemente extensa e representativa dos produtos com indicações geográficas registadas ao abrigo dos regimes num eventual acordo futuro com a Nova Zelândia, bem como de garantir a sua proteção jurídica, quer enquanto interesse ofensivo prioritário, quer como um requisito para a conclusão de um acordo;

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13. Insta a Comissão a garantir a proteção da rotulagem, da rastreabilidade e da verdadeira

origem dos produtos agrícolas enquanto elemento essencial de um acordo equilibrado, para não dar ao consumidor uma impressão falsa ou enganosa;

14. Assinala que os produtores da Nova Zelândia não suportam os custos associados à identificação eletrónica de ovinos, às zonas vulneráveis aos nitratos ou à incineração dos animais mortos, e solicita que tal fique claro através da rotulagem;

15. Sublinha a diferença na dimensão do mercado único europeu e do mercado neozelandês, a qual deverá ser tida em conta num potencial acordo de comércio livre entre as duas partes; 16. Recorda que a Nova Zelândia tem um setor agrícola muito competitivo e fortemente

orientado para a exportação, único na sua exposição aos mercados internacionais devido ao fraco nível de apoio à agricultura; sublinha, em particular, a predominância dos setores dos laticínios e da carne de ovino e caprino e um setor de produção frutícola dominante e fortemente orientado para a exportação;

17. Considera que a Nova Zelândia é um dos principais intervenientes no comércio mundial de produtos agrícolas, tendo desenvolvido setores fortes assentes em empresas em regime de quase monopólio orientadas para a exportação; faz notar que os produtos agrícolas e agroalimentares são responsáveis por 60 % do total do comércio de mercadorias, com o setor dos laticínios a representar 25,3 % do total das exportações e constituindo as

exportações de carne de ovino 45 % do comércio mundial; considera que a Nova Zelândia é um dos principais exportadores de carne de ovino e, em especial, de borrego, bem como o maior exportador de quivis;

18. Sublinha que as exportações da Nova Zelândia para a União Europeia são principalmente constituídas por produtos agrícolas, ao passo que nas importações neozelandesas

provenientes da União Europeia predominam os produtos manufaturados e assinala que a Nova Zelândia ainda impõe tarifas relativamente elevadas a uma série de produtos

agroalimentares transformados (por exemplo, queijos, vinhos e bebidas espirituosas) e que algumas barreiras de natureza não pautal, como medidas em matéria de fitossanidade, impedem de forma significativa algumas exportações da UE;

19. Recorda que a Nova Zelândia é um dos países signatários do Acordo de Parceria Transpacífico, o que deverá igualmente ser tido em conta durante o processo de negociação;

20. Sublinha que vários setores agrícolas europeus sensíveis foram duramente atingidos pelo atual embargo russo, por flutuações cambiais decorrentes do resultado do referendo do Brexit e por crises de mercado em resultado da extrema volatilidade dos preços; entende que uma maior abertura do mercado nestes setores, especialmente no que diz respeito à estrutura monopolista de certas indústrias, em especial do setor dos laticínios neozelandês, poderá causar graves problemas e ter consequências desastrosas para os produtores

europeus; salienta que o resultado final tem de ter em devida conta os interesses de todos os produtores europeus;

21. Regista a publicação da avaliação de impacto da Comissão sobre o potencial impacto de um ACL entre a UE e a Nova Zelândia, e insta a Comissão a realizar uma análise mais aprofundada sobre o impacto do ACL por setor e por Estado-Membro, com o intuito de

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permitir uma avaliação completa dos possíveis ganhos e perdas de um tal acordo

comercial para os produtores europeus, assim como do seu potencial impacto nos preços ao produtor em setores sensíveis e nos compromissos assumidos no âmbito do Acordo de Paris sobre as alterações climáticas;

22. Sublinha as vantagens nos setores dos laticínios e da carne de ovino concedidas à Nova Zelândia no momento da adesão do Reino Unido às Comunidades Europeias e salienta que estas dotações devem ser tidas em conta nas negociações dos ACL;

23. Salienta que todos os futuros contingentes pautais que possam vir a ser concedidos à Nova Zelândia ao abrigo de um ACL serão aplicáveis a um mercado de menor dimensão da UE, com 443 milhões de consumidores, o que afeta necessariamente o impacto económico desses contingentes, em particular em setores como os da carne de ovino e dos laticínios, no âmbito dos quais o Reino Unido detém atualmente uma parte significativa do consumo e/ou da importação destes produtos; insta a Comissão, por conseguinte, a ter em conta as negociações em curso relativamente ao Brexit e às respetivas consequências para os setores agrícola e alimentar da UE nas negociações comerciais com a Nova Zelândia; 24. Sublinha o impacto cumulativo das concessões comerciais da UE no setor da agricultura e

assinala que quaisquer concessões agrícolas à Nova Zelândia devem ser plenamente analisadas no contexto das concessões de acesso ao mercado concedidas no âmbito da Organização Mundial do Comércio ou como parte de outras negociações em curso ou já concluídas de outros ACL; salienta, a este respeito, que o estudo da Comissão Europeia sobre o impacto cumulativo de futuros acordos comerciais indica que, no caso dos laticínios, o atual défice comercial de 200 milhões de euros duplicará ou triplicará, consoante as hipóteses de liberalização;

25. Realça que a Comissão deve colaborar de maneira transparente, oportuna e abrangente com todas as partes interessadas do setor agrícola relativamente a todos os aspetos das negociações e solicita que a Comissão da Agricultura seja informada sobre os

desenvolvimentos relativos à agricultura.

26. Recorda que, na União Europeia, os borregos só podem ser comercializados aos 6 ou 9 meses de idade, ao passo que, na Nova Zelândia, é permitida uma idade superior, ou seja, 12 meses; insiste que o futuro acordo deve estabelecer um limite de idade de 6 ou 9 meses para a venda legal no mercado interno da UE de borrego de países terceiros.

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INFORMAÇÕES SOBRE A APROVAÇÃO

NA COMISSÃO ENCARREGADA DE EMITIR PARECER

Data de aprovação 2.10.2017

Resultado da votação final +:

–: 0:

35 7 3

Deputados presentes no momento da votação final

John Stuart Agnew, Clara Eugenia Aguilera García, Eric Andrieu, Richard Ashworth, José Bové, Daniel Buda, Nicola Caputo, Matt Carthy, Viorica Dăncilă, Michel Dantin, Paolo De Castro, Jean-Paul Denanot, Albert Deß, Diane Dodds, Jørn Dohrmann, Herbert Dorfmann, Norbert Erdős, Edouard Ferrand, Luke Ming Flanagan, Beata Gosiewska, Martin Häusling, Anja Hazekamp, Esther Herranz García, Jan Huitema, Peter Jahr, Ivan Jakovčić, Jarosław Kalinowski, Zbigniew Kuźmiuk, Philippe Loiseau, Nuno Melo, Giulia Moi, Ulrike Müller, James Nicholson, Maria Noichl, Marijana Petir, Bronis Ropė, Maria Lidia Senra Rodríguez, Ricardo Serrão Santos, Czesław Adam Siekierski, Tibor Szanyi, Marc Tarabella, Marco Zullo

Suplentes presentes no momento da votação final

Franc Bogovič, Angélique Delahaye, Norbert Lins, Hannu Takkula, Tom Vandenkendelaere

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PT

FINAL VOTE BY ROLL CALL IN COMMITTEE ASKED FOR OPINION

35

+

ALDE Jan Huitema, Ivan Jakovčić, Ulrike Müller, Hannu Takkula

ECR Richard Ashworth, Jørn Dohrmann, Beata Gosiewska, Zbigniew Kuźmiuk, James Nicholson

ENF Edouard Ferrand, Philippe Loiseau

NI Diane Dodds

PPE Franc Bogovič, Daniel Buda, Michel Dantin, Albert Deß, Herbert Dorfmann, Norbert Erdős, Esther Herranz García, Peter Jahr, Jarosław Kalinowski, Nuno Melo, Marijana Petir, Czesław Adam Siekierski, Tom Vandenkendelaere

S&D Clara Eugenia Aguilera García, Eric Andrieu, Nicola Caputo, Paolo De Castro, Jean-Paul Denanot, Viorica Dăncilă, Maria Noichl, Ricardo Serrão Santos, Tibor Szanyi, Marc Tarabella

7

-

GUE/NGL Matt Carthy, Luke Ming Flanagan, Anja Hazekamp, Maria Lidia Senra Rodríguez VERTS/ALE José Bové, Martin Häusling, Bronis Ropė

3

0

EFDD John Stuart Agnew, Giulia Moi, Marco Zullo

Key to symbols: + : in favour - : against 0 : abstention

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INFORMAÇÕES SOBRE A APROVAÇÃO

NA COMISSÃO COMPETENTE QUANTO À MATÉRIA DE FUNDO

Data de aprovação 12.10.2017

Resultado da votação final +:

–: 0:

30 5 3

Deputados presentes no momento da votação final

Tiziana Beghin, David Borrelli, David Campbell Bannerman, Salvatore Cicu, Karoline Graswander-Hainz, France Jamet, Jude Kirton-Darling, Patricia Lalonde, Bernd Lange, David Martin, Emmanuel Maurel, Emma McClarkin, Anne-Marie Mineur, Alessia Maria Mosca, Franck Proust, Godelieve Quisthoudt-Rowohl, Viviane Reding, Inmaculada Rodríguez-Piñero Fernández, Tokia Saïfi, Matteo Salvini, Marietje Schaake, Helmut Scholz, Joachim Schuster, Joachim Starbatty, Adam Szejnfeld, Hannu Takkula, Iuliu Winkler, Jan Zahradil

Suplentes presentes no momento da votação final

Klaus Buchner, Nicola Danti, Edouard Ferrand, Seán Kelly, Frédérique Ries, Fernando Ruas, Paul Rübig, José Ignacio Salafranca Sánchez-Neyra, Pedro Silva Pereira, Jarosław Wałęsa

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VOTAÇÃO NOMINAL FINAL

NA COMISSÃO COMPETENTE QUANTO À MATÉRIA DE FUNDO

30

+

ALDE Frédérique Ries, Hannu Takkula, Marietje Schaake, Patricia Lalonde

ECR David Campbell Bannerman, Emma McClarkin, Jan Zahradil, Joachim Starbatty EFDD David Borrelli, Tiziana Beghin

PPE Adam Szejnfeld, Fernando Ruas, Franck Proust, Godelieve Quisthoudt-Rowohl, Iuliu Winkler, Jarosław Wałęsa, José Ignacio Salafranca Sánchez-Neyra, Paul Rübig, Salvatore Cicu, Seán Kelly, Tokia Saïfi, Viviane Reding

S&D Alessia Maria Mosca, Bernd Lange, Inmaculada Rodríguez-Piñero Fernández, Joachim Schuster, Jude Kirton-Darling, Karoline Graswander-Hainz, Nicola Danti, Pedro Silva Pereira

5

-

ENF Edouard Ferrand, France Jamet, Matteo Salvini GUE/NGL Anne-Marie Mineur, Helmut Scholz

3

0

S&D David Martin, Emmanuel Maurel Verts/ALE Klaus Buchner

Legenda dos símbolos utilizados: + : votos a favor

- : votos contra 0 : abstenções

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