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Estado do Pará GOVERNO MUNICIPAL DE CANAA DOS CARAJAS Comissão Permanente de Licitação

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Processo Licitatório n. 064/2015-FMAS-CPL - Pregão Presencial OBJETO: Registro de preços para futura e eventual

aquisição de artigos de cama mesa e banho, enxoval para bebês, roupas e acessórios para usuários da Casa Abrigo, para suprir as necessidades do Fundo Municipal de Assistência Social de Canaã dos Carajás, Estado do Pará. Recorrente: TELMA M. SILVA-ME

Interessado: G. S. DE SOUZA VARIEDADES LTDA-ME

Aos 15 de ABRIL de 2015, no Prédio Sede da Prefeitura Municipal de Canaã dos Carajás, na sala onde é instalada a Comissão Permanente de Licitação, a equipe de pregão responsável pela condução do processo acima referido, procedeu a apreciação do pleito de RECURSO ADMINISTRATIVO interposto pela empresa TELMA M. SILVA-ME. Procedendo aos argumentos da presente:

I. Dos Fatos Processuais

Preliminarmente convém observar que no curso do julgamento do certame, no momento do pregão, a pregoeira teve por bem declarar HABILITADA e vencedora a empresa TELMA M. SILVA-ME. Após este momento, quando aberta a oportunidade para interposição das intenções de recurso, foram apresentados questionamentos pela empresa G. S. DE SOUZA VARIEDADES LTDA-ME quanto a Habilitação da empresa Vencedora e, pela própria vencedora, quanto à sua desclassificação dos lotes 04, 05 e 06. Fora concedido o prazo para apresentação das razões recursais, cientes os presentes. Apenas a empresa G. S. DE SOUZA VARIEDADES LTDA-ME fez juntar ao processo peça que fora recebida na condição de Razões de Recurso, vez que pertinente aos argumentos apresentados. No curso regular do processo a Secretaria de Fazenda, através do setor responsável, apresentou informações dando por revogado o alvará que estava presente aos autos.

Estando suficientes os dados do processo a equipe de pregão teve por bem julgar o recurso e, sendo impossível o aproveitamento dos autos, determinou o fracasso do procedimento.

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Entendendo de forma diversa a licitante TELMA M. SILVA-ME teve por bem entrar com novo recurso, neste momento quanto à decisão que fracassou o certame, de forma tempestiva e regular, pelo que passamos a apreciar.

II. Dos Argumentos do Recurso

Em breve síntese se observa que a licitante TELMA M. SILVA-ME restou indignada quanto a decisão de fracasso julgando como aproveitáveis os atos processuais e dirigindo alguns fatos que merecem destaque, assim listados: (i) que a revogação de seu alvará fora irregular, (ii) que momento da habilitação da documentação estava apta, (iii) que há favorecimento da licitante G. S. DE SOUZA VARIEDADES LTDA-ME. Sobre estes itens passamos a informar.

II.I. Da Revogação do Alvará e Do Momento de sua Revogação

O procedimento de revogação do alvará da empresa que havia se habilitado como vencedora não fora apresentado para esta equipe de pregão, de fato não seria necessário. O documento que é presente aos autos é suficiente para atestar que a empresa teve o documento revogado por ato próprios da administração aos quais não caberia à comissão de licitação (entenda-se, equipe de pregão) fazer ilações.

Primeiramente convém observar que a decisão fora plenamente fundamentada e teve por bem garantir a máxima legalidade do procedimento, sendo um ato unilateral da administração para que pudesse garantir a plena legalidade e segurança jurídica dos feitos processuais, em plena consonância com a jurisprudência vigente, vejamos:

Apelação Cível. Mandado de Segurança.Licitação. Revogação pela licitante (CDHU). Pretensão da impetrante de invalidar ato que revogou a licitação de que era participante - na fase de habilitação -sob a alegação de ausência de fato superveniente à abertura do certame que legitimasse a providência, bem como por inobservância do contraditório e da ampla defesa. Segurança denegada na origem. Alegações no sentido da ausência de fato superveniente ao início do certame ou da existência de desvio de finalidade na revogação, insuscetíveis de serem apreciadas em sede de mandado de segurança. Matérias que exigem dilação probatória incompatível com via eleita pela impetrante. Possibilidade de a autoridade a dministrativa proceder à revogação dos atos inconvenientes e inoportunos (Súmula 473/STF). Mérito do ato administrativo. Revogação que comporta análise apenas quanto à legalidade. Desnecessidade de observância do contraditório e da ampla defesa. Revogação que apenas enseja a aplicação do disposto no § 3", do art. 49, da Lei n." 8.666/93, se decretada após a conclusão do certame. Precedentes do STJ. Concessão, no mais, de prazo para recorrer da revogação, quando da publicação do ato. Ausência de impugnação por parte da impetrante. Incidência da preclusão administrativa. Segurança denegada. Sentença mantida. Recurso não provido.

(TJ-SP - APL: 994050720836 SP , Relator: Rui Stoco, Data de Julgamento: 03/05/2010, 4ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 11/05/2010)

MANDADO DE SEGURANÇA - Impetração por empresa participante de pregão eletrônico em face de decisão da Presidência desta Corte que lhe adjudicou um dos objetos do certame - Ilegalidade do ato apontado como coator que restou evidenciada nos autos - Proposta apresentada pela autora que apresentava desconformidade manifesta em relação ao objeto descrito no edital, levando-a a pedir logo ao início da

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princípios da vinculação ao instrumento convocatório e da igualdade entre os licitantes - Pregoeiro que deveria pronunciar a imediata desclassificação da proposta da acionante, uma vez verificada que não atendia as exigências impostas no edital da licitação, na forma estabelecida pelos artigos 4o, inciso VII, da Lei Federal nº 10.520/02, e 48 da Lei Federal nº 8.666/93, este de aplicação subsidiária - Inobservância desses preceitos legais que importa em vício insanável ao procedimento licitatório, impondo o acolhimento do pedido exordial para desobrigar a autora de firmar o contrato administrativo decorrente do certame em causa - Ordem concedida.

(TJ-SP - MS: 01684404220128260000 SP 0168440-42.2012.8.26.0000, Relator: Paulo Dimas Mascaretti, Data de Julgamento: 27/02/2013, Órgão Especial, Data de Publicação: 07/03/2013)

Ademais, evocando-se a norma geral das licitações, é verificado que o procedimento está em plena conformidade, assim transcrevemos a norma:

Art. 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedimentos: (...)

§ 5o Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes (incisos I e II) e abertas as propostas (inciso III), não cabe desclassificá-los por motivo relacionado com a habilitação, salvo em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos após o julgamento.

Nesse sentido houve fato específico, que estava sob julgamento e apreciação em sede de recurso, portanto plenamente apto a ensejar a decisão emitida, a qual por conseguinte fora plenamente capaz, válida e apta. Ensejando a não habilitação da empresa. Decisão esta que é convalidada pelos entendimentos análogos:

CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. LICITAÇÃO. MANDADO DE SEGURANÇA. CONDIÇÕES DE HABILITAÇÃO. REGULARIDADE FISCAL. ÔNUS DA CONTRATADA. ARTS. 27, 27, 55, XIII, E 71, DA LEI 8.666/1993. 1- A ação de mandado de segurança é idônea para viabilizar pedido de liberação de pagamento retido pela Administração, em razão da falta de prova de regularidade fiscal do fornecedor. 2- Sendo legítima a retenção ou suspensão do pagamento, pela Administração Pública Federal, decorrente de contrato de prestação de serviço, por falta de prova de regularidade do fornecedor para com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS e para com o Previdência Social, por ser uma prova exigida para habilitação na licitação, e, também, durante toda a execução do contrato, conforme dispõem os arts. 27, IV, 29 e 55, XIII, da Lei n.º 8.666/93. 3- Segurança denegada à unanimidade.

(TJ-MA - MS: 109072007 MA , Relator: MARIA DAS GRAÇAS DE CASTRO DUARTE MENDES, Data de Julgamento: 25/04/2008, SAO LUIS)

Improcedem os argumentos apresentados, pelo que se mantém a decisão quanto a INABILITAÇÃO da empresa e, em sentido absoluto, a manutenção da REVOGAÇÃO da LICITAÇÃO e todos os seus termos, conforme avido até o presente momento.

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Ademais, merece breve comentário, a alegação de que a empresa G. S. DE SOUZA VARIEDADES LTDA-ME está sendo beneficiada pela presente licitação. Improcedem em pleno e absoluto as alegações indicadas, o que se pode presumir como senso uma tentativa de tumultuar o feito e indicar ilícitos que não são presentes.

De fato os itens sob solicitação são necessários e urgentes para o município, estando os mesmos em plena urgência de sua aquisição, fato este que ensejou inclusive a emissão (ou republicação) de novo edital com os mesmos itens, o que não indica que uma ou outra empresa chegará a vencer ao certame. Muito ao contrário, um novo certame permitirá que as mesmas empresas e outras novas que o venham atender possam participar e assim, não só o município adquirir os produtos como também o fazer pelo menor preço possível.

MANDADO DE SEGURANÇA. LICITAÇÃO. IRREGULARIDADE NO CREDENCIAMENTO DE REPRESENTANTE DE EMPRESA LICITANTE. REGRAS EDITALÍCIAS. PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO. ART. 41, DA LEI Nº 8.666/93. DESOBEDIÊNCIA. ELIMINAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE ILEGALIDADE. ALEGAÇÕES CONCERNENTES A VÁRIOS VÍCIOS NO PROCEDIMENTO LICITATÓRIO. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. INCOMPATIBILIDADE COM A VIA DO MANDADO DE SEGURANÇA. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. SEGURANÇA DENEGADA. PRECEDENTES DO STJ E DO TJMA. I. O princípio da vinculação ao instrumento convocatório impõe à Administração Pública obediência às regras que haja previamente estabelecido para disciplinar o certame, conforme previsto no art. 41 da Lei nº 8.666/93. II. Ausente configuração de ilegalidade na eliminação de licitante calcada na inobservância de regra editalícia no tocante ao credenciamento de representante, posto que desrespeitado o princípio da vinculação ao instrumento convocatório, não havendo, por isso, direito líquido e certo da impetrante de ver suspensa a concorrência, bem assim de prosseguir participando do aludido certame. III. A comprovação de alegações concernentes a supostos vícios no procedimento licitatório, tais como incompatibilidade do acervo técnico da vencedora com o objeto licitado, atropelo das etapas do certame e eventual parcialidade na condução dos trabalhos demandaria ampla e profunda dilação probatória, sendo incompatível com a via processual do mandado de segurança, a qual imprescinde da demonstração do alegado direito líquido e certo por meio de apresentação de prova pré-constituída. IV. Segurança denegada.

(TJ-MA - MS: 0590982013 MA 0012607-41.2013.8.10.0000, Relator: VICENTE DE PAULA GOMES DE CASTRO, Data de Julgamento: 06/06/2014, PRIMEIRAS CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Data de Publicação: 10/06/2014)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. LICITAÇÃO E CONTRATO ADMINISTRATIVO. PREGÃO. ESCAVADEIRA. VELOCIDADE MÍNIMA. VINCULAÇÃO AO EDITAL. NÃO ATENDIMENTO. INABILITAÇÃO. LEGALIDADE DO ATO. Observados os princípios da vinculação ao edital e da igualdade entre os licitantes, bem como o interesse público, é de ser reconhecida, ao menos na cognição não exauriente do recurso manejado, a legalidade do ato de inabilitação da empresa agravante. Decisão vergastada mantida in

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(Agravo de Instrumento Nº 70053893665, Vigésima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Eduardo Kraemer, Julgado em 14/05/2013)

Pelo esposado não se observa qualquer nulidade no ato que teve por bem determinar o fracasso da licitação, garantindo os objetivos do procedimento licitatório e a ampla legalidade do processo administrativo.

III. Da Conclusão

Considerando os entendimentos colacionados acima tem por bem esta equipe de pregão, acatando aos recursos apresentados, conferir-lhe tempestividade e regularidade, decidindo pela IMPROCEDÊNCIA do recurso da empresa TELMA M. SILVA-ME.

Com esta decisão tem-se como ratificados os atos havidos no procedimento, mantido o seu fracasso.

S.M.J. estes são os entendimentos que submetemos para convalidação da autoridade superior.

CLEUDENICE B. DE MACEDO

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